09/02/10

NÃO EXISTE UM PROBLEMA ÁRABE

Israel está padecendo uma crise de fê. Embora o sionismo ocupou no seu dia um lugar central na sociedade israeli, hoje tem sido sustituído em grande medida pela apatia e o cinismo. Israel está numa encrucilhada, combatendo perpetuamente a um inimigo que não se cansará nem cesará, incapaz de vencer mas o suficientemente orgulhoso como para admitir a derrota. Israel está acosada e arrodeada por inimigos em todas as frontes – Hamas no sul, Hezbolá no norde, ambos aliados de Iran e Síria. Os seus detratores gastam a maior parte das suas energias argalhando formas innovadoras de destruir os judeus e deslegitimar o Estado Judeu. A resposta israeli reparte-se entre a confusão, a resignação e o desalento.

Israel é um país que procura desesperadamente aceitação e legitimidade internacional. Um país que está intentando fogir da sua herdança e o seu destino com cada ápice das suas forças. Nada exemplifica isto mais que a enfermiza e suicida obsessão por criar um Estado terrorista palestiniano em Judea e Samaria. A fim de obter o agarimo dum mundo versátil, cuja estima pelos judeus se tem volatilizado 60 anos depois de Auschwitz, Israel está ansiosa por render o seu fogar bíblico a um povo conjurado na sua destrucção e em edificar outro Estado árabe terrorista sobre as cinzas do ré-assentamento de meio milhão de judeus.

Nunca existiu uma nação ou país árabe em Judea e Samaria. Os “palestinianos” nunca gozaram dum Estado soberano ou auto-governado nestas terras. Sem embargo, foi neste território onde a nação judia nasceu e se desenvolveu. Lá deambularam os Patriarcas, combateram os Reis de Israel e os Profetas dirigiram-se às gentes. Lá foi onde os Macabeus começaram a sua luta contra os helenistas, e lá foi onde Bar Kochba e o Rabbi Akiva arengaram à nação para sacudir-se a opressão da tirania romana. Miles de anos depois de que o primeiro judeu plantasse a sua tenda nos altos de Hebron e Sijém, depois de que o povo judeu conquistasse e dividisse a Terra sob o liderádego de Josué, tras presenciar o esplendor e declive de dois Reinos independentes, dois Exílios e a destrucção de dois Templos, alguém escutou falar por vez primeira do palavro “Palestina”. Depois de que os romanos sofocassem brutalmente a última revolta judia e submetessem aos combatentes pela liberdade judeus à cautividade, decidiram renomear este território como “Palestina” a fim de borrar qualquer traza de judaísmo nesta Terra.

A nação palestiniana é um fraude e uma mentira, erigida pela comunidade internacional e os patéticos israelis, carentes de raízes e herdança. Em 1967, tras a derrota de três exércitos árabes decididos a arrojar aos judeus ao mar, Israel libertou Judea e Samaria. Uma vez mais estávamos agrupados com Hebron, onde as nossas Mães e os nossos Pais estám soterrados, com Bethlehem, confortando à nossa Mãe Raquel com a realização da divina promesa de que “haverá uma recompensa para os vossos sofrimentos…e os vossos filhos regressaram das terras do inimigo”. Beit El, Sijém, Jericó –estas terras voltavam ser judias uma vez mais. O mundo viu-se literalmente comocionado pelo bramido: “O Monte do emplo está nas nossas mãos!”. E então, de modo inacreditável, em vez de anexionar estas terras que foram arrebatadas ao renascido Estado Judeu 20 anos antes, Israel optou por não fazer nada. E segue sem fazer nada.

A razão da inactividade de Israel não se deve à pressão internacional, ou aop medo ante a reacção árabe. Israel não se anexiona legitimamente Judea e Samaria pelo que significaria: o regresso do Povo Judeu às Terras da Torá. Desgraçadamente, Israel quer desesperadamente com todas as suas forças limitar-se a ser Tel-Aviv e Herzliah, a ser a Rua Dizengoff e as praias mediterrâneas. O regresso a Hebron significaria também o retorno ao estilo de vida daqueles que estám soterrados ali. Judea e Samaria têm demassiada força, são uma chamada a renunciar ao assimilacionismo secular que dirige e controla o Estado.

E isto leva-nos a fechar o círculo. Na medida em que Israel se negue a reclamar Judea e Samaria, estará permanentemente abocada aos ataques e o fustigamento árabes. Essa é a causa de todos os nossos problemas, e a razõ pela que a nova geração de israelis seculares avanzam na senda equivocada. Juda e Samaria são o nosso destino. Lembram aos Povo Judeu, um povo que se empenha em ser “normal” e aceitado por todos, que não pode ser um povo normal. Lembra-lhe a sua inata diferença, o propósito da sua missão. Que Israel não foi construída para que os judeus comam falafel e vaiam à praia. De ser esse o nosso destino, sem dúvida que há praias muito melhores por aí adiante, praias que não estám tingidas de guerras sanguentas e permanentes ataques terroristas. De facto, milhões de israelis entendem-no assim e têm construñido o seu fogar longe de aquí –em New York, Los Angeles, Toronto, Miami, etc.

Porque de ser assim, para que se fundou o Estado de Israel? O Estado de Israel foi fundado só porque o D’us da história, o D’u de Israel, prometeu aos Patriarcas do Povo Judeu que Ele nunca os abandoaria nem permitiria que se assimilassem entre as nações. Foi fundado porque D’us arrancou um Povo do cautivério em Egipto e o eligiu para estar ao Seu servizo. Foi fundado porque D’us escolheu ao Povo Judeu, separando-o e elevando-o sobre todas as nações e dando-lhe uma terra na que puider viver isolado, livre as influências e das culturas alheias dos goyim. É desde esta terra que se expandirão a santidade e a Divindade. “De Sion brotará a Torá, e a palabra de D’us de Jerusalém”.

Isto é o que tanto aterroriza aos assimilados sabra, afastados da Torá e as suas ensinanças. E sem isto, ao mesmo tempo, estám perdidos, sem sentido nem direcção. É Israel um Estado Judeu ou um Estado occidental mais? Um Estado Judeu ou um Estado de todos os seus cidadãos? Esta é a questão que não se contesta e que propícia um futuro de incertidumes. Em ressumo: Israel não tem um problema árabe, senão um problema judeu. Um dirigente movido por valores judeus não teria problema em tomar possessão do que legitimamente é seu, e em dizer àqueles que ocupam a sua terra e pretendem aniquilá-lo que, por favor, procurem os seus fogares longe de aquí.

Quase 63 anos depois do renascimento do Povo Judeu, tras o sofrimento do Exílio, não podemos seguir vacilando e ocultando-nos do nosso destino. O destino do Povo Judeu está aí. Ou nos aferramos a ele pela nossa própria vontade, ou veremo-nos forzados a fazê-lo.


BAR KOCHBA

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