O assalto ao patrimônio judeu de Israel tem começado. A Administração dos EEUU tem tomado o relevo à Autoridade Palestiniana e Hamas à hora de negar o direito de Israel a edificar em Jerusalém e, por extensão, as profundas raízes históricas judias na Terra de Israel. A crescente pressão norteamericana sobre Israel para que detenha a edificação na sua capital e para entregar a metade da cidade aos palestinianos, junto com o permanente assalto ao patrimônio judeu de Israel, rfedunda na deslegitimação do direito a existir de Israel.
Em Fevereiro, o Primeiro Ministro Binyamin Netanyahu anunciou que incorporaria Mearat HaMachpela, a Tumba dos Patriarcas, em Hebron, e Kever Rachel, a Tumba de Raquel, em Belém, à lista de lugares históricos do Judaísmo e o Sionismo. A Cova dos Patriarcas considera-se que é o lugar onde estám soterrados os patriarcas bíblicos Abraham, Isaac e Jacob, assim como as suas donas Sara, Rebeca e Lea. A Tumba de Raquel aparesce descrita no Livro da Gênese como o enclave onde Jacob dou sepultura à sua dona Raquel tras a sua morte durante um parto. Estes dois lugares sagrados são prova incontestável da profunda conexão judia, bíblica e histórica, com a Terra de Israel.
A revolta por parte dos palestinianos, e a condeia internacional, seguiram ao reconhecimento de Bibi do patrimônio nacional judio. O dirigente de Fatah, Mahmoud Abbas, definiu o passo dado como “séria provocação”, mentres que o dirigente de Hamas, Ismail Haniyeh, a meaçou com uma Terceira Intifada. Ao longo de toda Israel os árabes ergueram-se em revoltas, com actos vandálicos contras as propriedades judias e ataques contra os soldados. Em Hebron, os árabes lançaram botelhas de vidro contra as patrulhas das IDF, mentres que em Jaffa, os vizinhos árabes, ajudados pelos esquerdistas israelis, lançaram cócteis molotgov contra os autobuses. O Director Geral da UNESCO fixo público um comunicado exprimindo a sua “preocupação” pela iniciativa. O Departamento de Estado dos EEUU definiu-na de “provocativa e entorpecedora”. O absurdo desta situação alcançou o seu climax com a negação a grande escala do direito histórico judeu sobre estes lugares pelas declarações do premier turco Erdogan a um jornal saudi nas que manifestava que a Cova dos Patriarcas e a Tumba de Raquel “nem são nem serão jamais lugares judeus, senão lugares islâmicos”.
O seguinte objectivo no assalto ao patrimônio nacional judeu foi Jerusalém. Quando o enviado dos EEUU à zona, George Mitchell, estava de visita em Israel com a intenção de reanudar as conversas diferidas entre Israel e Fatah, o Ministro israeli do Interior, Eli Yishai, anunciou a construcção de 1.600 vivendas judias no bairro judeu de Ramat Shlomo. Mitchell afirmou que esta construcção rutinária formava parte dum intento por parte de Israel de humilhá-lo. A Secretária de Estado, Hillary Clinton, qualificou o anúncio de “insulto”, mentres o máximo conselheiro de Obama, David Axelrod, denominou-no “afrenta”. Quando Bibi visitou Washington para ronunciar um discurso ante a AIPAC, Obama ameaçou-no com desdenhá-lo e humilhá-lo. Não houvo fotografia oficial entre Bibi e Obama nem ceia oficial. Obama exprimiu o seu enfado fazendo esperar a Bibi quarenta minutos mentres se ía a cear com a sua família. O Primeiro Ministro de Israel recebeu um trato que teria sido considerado vergonhoso até pelo dirigente de Angola.
A alcaueteria de Obama com os árabes tem envalentonado a estes na sua guerra contra Israel e o povo judeu. A sua desabrida postura sobre Jerusalém e o humilhante trato proporcionado a Bibi tem logrado que os árabes endureçam a sua posição e continuem o seu assalto sobre Israel. Fatah fez um chamamento aos muçulmães para que se reunissem na mesquita de Al Aqsa para “protegê-la dos intentos judeus de destrui-la”. Hamas incitou aos muçulmães à revolta através do “Dia da ira” contra Israel. O motivo: a reconstrucção da sinagoda de Hurva, do século XVII, na Cidade Velha de Jerusalém. A sinagoga, construída há quatro séculos pelo Rabbi Judah Ha-Chassid, tem sido destruída duas vezes –a última delas pelos jordanos em 1967. Depois de que os jordanos dividissem ilegalmente Jerusalém em 1967, expulsaram à população judia da Cidade Velha e procederam a profanar as sinagogas, yeshivot e lugares judeus de Jerusalém. Para simbolizar a destrucção da comunidade judia de Jerusalém, o exército jordano dinamitou a sinagoga de Hurva passando a utilizar as suas ruínas como cortelho. A restauração israeli da mais importante sinagoga medieval da Cidade Velha de Jerusalém, provoca a ira e a violência islâmica. O embaixador de Hamas no Líbano, Osama Hamdan, dixo a “Al Jazeera” que a apertura da sinagoga de Hurva formava parte dum intento aínda maior por parte de Israel de “inventar” uma história judia para Jerusalém.
O patrimônio histórico judeu está sendo claramente atacado. Durante muito tempo tem sido a política tanto de Hamas como de Fatah, assim como da maioria dos países árabes e islâmicos: negar o facto histórico das raízes judias e da sua presença na Terra de Israel. Esta negação vê-se fortalecida pela forma em que a Administração Obama apresenta a construcção judia na capital de Israel como se for um “assentamento” e “uma ameaça para a paz”. A hostilidade de Obama face Israel ignora o facto de que Jerusalém é, e sempre tem sido, uma cidade judia. Permanece no centro da conciência judia desde que o Rei David a converteu na sua capital há mais de 3.500 anos, e desde que o seu filho Salomão erigiu o Primeiro Templo sobrfe o Monte Moriah.
Internacionalmente, circula uma campanha para retratar a Israel como uma potença colonial ilegítima. Borrando as raízes do Povo Judeu na Terra de Israel e apresentando aos judeus como uns entrometidos europeus que roubaram Palestina aos seus nativos, os propagandistas ánti-israelis pavimentam o caminho para a aniquilação do Estado de Israel. Dado que Israel se basea no pecado originário do roubo territorial culminado em 1948, as ameaças genocidas islâmicas e o terrorismo são meios perfeitamente aceitáveis de “resistência”. Qualquer intento israeli de auto-defesa etiqueta-se automaticamente de “crimes de guerra”, os dum ditador colonial que reprime as aspirações do povo indígena.
Israel será incapaz de ganhar a guerra contra os seus inimigos agás que use a estratégia adequada. O Estado de Israel basea a sua legitimidade no legado dos reis David e Salomão, em Judas Macabeu e Bar Kochba. O Sionismo é a expressão natural de dois mil anos de desejo judeu por regressar ao seu fogar, de reconstruir o seu país, do que foram expulsados pela força pelos centuriões romanos e os legionários. O que outorga a Israel um plus de legitimidade moral no conflicto é o facto de que a Terra de Israel pertence indiscutivelmente ao Povo Judeu. Foi na Terra de Israel onde nasceu o Povo Judeu, onde edificou duas comunidades nacionais, e combateu valentemente antes de ser expulsado, primeiro pelos babilônios, e depois pelos romanos. Foi na Terrea de Israel onde Abraham, Isaac e Jacob viveram, onde David lutou e Solomão reinou, onde Isaias e Jeremias figeram as suas profecias e chamaram aos judeus descarriados a arrepender-se. Foi a Terra que, lembrando a sua passada glória, choravam os judeus exilados sentados junto os rios de Babilônia. É a Terra sobre cujos ciclos agrícolas se assentam o calendário e as festividades judias. É a Terra na que os nossos Sábios afirmam que se sustenta a totalidade da Torá. O assentamento judeu e a presença em Israel é anterior à dos britânicos em Bretanha, os franceses na França, ou os romnos em Roma. Quando os gregos apenas começavam a esboçar as grandes questões filosóficas, os judeus já abandoaram Egito, conquistaram esta Terra, estabeleceram Jerusalém como a sua capital, construíram o Templo, se dividiram em dois Reinos, padeceram o exílio dos babilônios durante 50 anos, e regressaram para recontruir o Templo sob Ezra e Nehemias.
Inclusso depois de que a imensa maioria dos judeus foram levados em cautividade pelos romanos, a Terra nunca se viu privada da presença judia. O centro da vida judia expandiu-se à Galilea e depois ao Golan, e durante os séculos, os judeus observantes assentaram-se nas cidades sagradas de Jerusalém, Hebron, Safed e Tiberias. Para grandes massas que não podiam ascender e r egressar a casa, Israel seguiu sendo o ponto clave do seu intenso desejo e memória. Todos e cada um dos anos, ao final do Seder de Pesaj e da abstinência de Yom Kippur, cada um dos judeus exclama: “O ano que vem em Jerusalém!”. E m cada voda judia rompe-se uma copa e faz-se um juramento: “Oh Jerusalém, se eu te esquecer…”. Três vezes ao dia, cada dia do ano, os judeus observantes volvem-se face o Leste e imploram a D’us, “que os nossos olhos contemplem o teu regresso a Sion”. Um judeu nem pode comer uma bolacha sem dar graças a D’us “pela boa e imensa Terra que deste aos nossos ancestros em herdança”.
Qualquer acord de paz deverá estar baseado no reconhecimento de que Israel é o fogar do Poro Judeu, a terra na que nasceu e se desenvolveu o nosso povo. A nossa resposta aos que nos ódiam deve ser a de Simão Macabeu quando escreveu ao Rei dos Seleucidas Antíoco: “Nunca temos roubado terra nem propriedades alheias, mas apenasa herdança dos nossos pais, que no seu dia nos foram injustamente arrebatadas pelos nossos inimigos. Agora que temos a oportunidade, retomamos firmemente a herdança dos nossos pais”. A relação entre os judeus e a sua Terra é de amor, pertença e ditoso regresso.
Na festividade de Pesaj, lembremos a quinta promesa da Redempção, correspondente à Copa de Eliyahu e a quinta copa de vinho no Seder: “Levarei-te de volta à Terra, respondendo ao compromiso que a Minha mão estabeleceu com Abraham, Isaac e Jacob, e dar-cha-ei como herdança. Eu sou o Senhor”.
BAR KOCHBA
01/04/10
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