21/03/10

NÃO SEJAMOS SERVOS DO FARAÃO OBAMA

Os titulares dizem o seguinte: “Ao borde do linchamento em Hebron”, “Os soldados escudam-se nas ordes recebidas” (Israel National News); “Tropas das IDF assaltadas na zona árabe de Hebron” (Ha’aretz); “O erro dos mandos leva à humilhação em Hebron” (Yediot Ahronot). Até aí os titulares israelis.

O sucedido o joves em Hebron pode provavelmente ser definido, como se indica acima, de humilhação. Mas foi muito mais que isso. É uma Chilul HaShem –ou, em inglês, uma profanação do nome de D’us. Um objectivo supremo de qualquer judeu é oKiddush HaShem, quer dizer, santificar o nome de D’us. O acaecido anteontem vai na linha diametralmente oposta.

Os soldados israelis estacionados em Hebron podem ser vistos freqüentemente percorrendo as ruas, passeando ou fazendo footing. Na tarde do joves, um grupo de soldados abandoou a zona “habitual” mentres se exercitavam e foram parar a um dos “outros” bairros da cidade, aínda ocupados só por árabes, e sem representação judia alguma. Um dos soldados, que não estava seguro de onde se achavam, perguntou a um vizinho como regressar à “área judia”. Esse “amável árabe” sinalou na direcção oposta à que se tinham que diigir, e o grupo rematou por perder-se totalmente, pelos vericuetos de Hebron. Dada a circunstância de que só estavam em missão de observação, só um dos soldados integrantes do grupo portava um arma.

Antes de ter tempo a reagir, o grupo viu-se arrodeado por um multidão árabe, que começaram a berrar, empurrar e lançar pedras. O único soldado armado esitou à hora de sacar a sua arma; as ordes proibem utilizar armas se um permisso explícito dum oficial de rango superior, agás nos casos de vida ou morte. Os soldados, tras forcejear com os árabes num combate corpo a corpo, lograram escapar,m fogindo a pê, alcançando depois dum rato a parte “judia” da vila.

Três soldados foram hospitalizados, ao igual que três árabes.

Isto é “paz”, “boa vontade” e “desejo de coexistência”.

Segundo a informação que recebim procedente de duas fontes, uma das conclusões às ue têm chegado os mandos das IDF em Hebron é que debe ser terminantemente proibido fazer exercício físico pelas ruas de qualquer parte de Hebron ao cair a tarde.

Isto é um surrealista. Soldados israelis “fugindo à carreira” dum grupo de delinqüentes árabes? Soldados israelis que sofrem ataques porque estavam “no lado equivocado da cidade”? Soldados israelis aos que se lhes proíbe fazer footing pela noite por medo a passar pelo “lado equivocado da cidade”? (os soldados amiúde exercitam-se pela noite, porque as temperaturas são mais agradáveis).

Que se passa quando os árabes accedem à “secção judia” de Hebron? Eles já têm acceso a mais do 98% da cidade. Numa minúscula área fechada por motivos de seguridade, existem pontos de acceso. Os árabes que accedem à ”área judia” não são atacados, nem pateados, nem golpeados, nem se lhes arrojam pedras. Abaixo adjunto um pequeno vídeo onde se pode comprovar que o que digo é certo.

Se eu tomasse as decisões, exigiria que os exercícios físicos que fazem a diários os soldados das IDF a partir de agora tivessem lugar na zona onde os soldados foram atacados anteontem, proporcionando-lhes algum tipo de “medidas de seguridade extra”, de resultar necessário. É incomprensível que os soldados israelis poidam ser atacados deste modo tão selvagem, sem que se produça uma resposta das IDF.

Por suposto, a melhor resposta seria reunificar as “duas partes de Hebron” e, imediatamente, enviar judeus a assentar-se em todos os bairros da cidade, integrando Hebron e finalizando com a humilhação dos judes que se poidam chegar a encontrar “no lugar equivocado”. Semelha que uma solução deste tipo tardará aínda algo em ser implementada.

Desgraçadamente, este tipo de sucessos não são hoje em dia uma excepção à regra. O mesmo joves, os árabes lançaram pedras e botelhas contra Beit Hadassah. A resposta das IDF foi insignificante. Um vizinho meu, que presenciou o ataque, comentava-me que chegou um momento em que os soldados apedreados se limitaram a agachar-e tratando de esquivar as pedras sem oferecer nenhum tipo de resposta. O nauseabundo relato dum soldado estacionado em Hebron, apareceu em Israel National News ontem mesmo, onde relatava como as mãos das IDF estám literalmente atadas –têm proibido tomar qualquer iniciativa, de ataque ou defesa, sem o permisso expresso de oficiais de alto rango, inclusso no caso de serem atacados. Em muitos casos, as patrulhas têm ordes de “agardar pela chegada de reforços ou escapar da zona”. Novamente, pois, soldados israelis aos que se les ordea escapar, fogir, diante dum ataque do inimigo.

E tudo isto mentres o Estado de Israel está submetido a uma agressão internacional desde todas as esquinas do planeta.

Que é o que diz a imprensa internacional?: “As potenças internacionais exigem o congelamento dos assentamentos israelis”, “O Quarteto para a Paz no Meio Leste ‘condeia’ o plano de construcção israeli em Jerusalém Leste” (MSNBC); “Os assentamentos israelis ameaçm a seguridade mundial”, “Os israelis deveriam formar um Governo de unidade nacional, e não respaldar à extrema direita –cuja política ameaça a seguridade mundial” (Christian Science Monitor).

Esta campanha de ataques, dirigida por Obama, Biden, Hillary e cia., têm o objectivo de forçar a continuação nas concessões israelis. O objectivo do Quarteto é a constituição dum Estado Palestiniano de aquí a dois anos e, portanto, rematar com a “ocupação”. A visita de Netanyahu a Washington a próxima semana será, sem dúvida, uma repugnante e labiríntica carreira de obstáculos, desenhada para humilhá-lo, e deixá-lo sem nada. Para deixar a Israel sem nada.

Nessa medida, inclusso para além das críticas que se lhe poidam fazer ao Governo, Netanyahu está aguantando o tirão melhor do que cabia agardar. Poderia ter cedido na questão “Jerusalém”, mas se tem mantido firme à hora de exprimir a antigüidade de Israel, e os direitos que D’us outorgou à nossa cpital eterna. Igual que quando é necessário somos os primeiros em criticá-lo, acredito que ante a partida do Prieiro Ministro face os EEUU, devemo animá-lo e respaldá-lo, num esforço patriótico por evitar que a posição de Israel se desmorone ante os muros da Casa Branca.

Tenhamos todos a Bibi na nossa lembrança: a próxima semana, quando demos começo à festividade de Pesaj, celebraremos a libertação do nosso Povo da escravidão estrangeira. 3.300 anos depois, sigamos adiante, na mesma direcção, sem retroceder volvendo a sermos servos do Faraão Obama.


DAVID WILDER


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