Tenho notícias do Primeiro Ministro Binyamin Netanyahu: não só que Jerusalém não é um “assentamento” –como adequadamente ressaltou no seu discurso ante a convenção da AIPAC- senão que também não o é a minha vila de Shiloh.
Desde Novembro passado, e a iniciativa de Netanyahu, o Sionismo tem estado em fase de suspensão. Suspensão de edificabilidade, que não deixa de ser uma suspensão mais ampla que afecta directamente ao coração mesmo do Sionismo. O objectivo de tão abjecta iniciativa era atrair de volta à mesa de negociações à Autoridde Palestiniana, assim como atenuar a pressão diplomática dos EEUU sobre Israel.
Em ambos aspectos, por suposto, fracasou-se. Seguimos ancorados no tema das “conversas de aproximação” -um eufemismo para referir-se às discussões indirectas, semelhantes àquelas que tiveram lugar há 70 anos.
A começos de 1939, os britânicos intentaram umas conversas semelhantes, na Conferência de St. James de Londrs, com as delegações árabes e sionistas em salas separadas. Aquilo converteu-se no prelúdio do rechaço à ideia do fogar nacional judeu graças à adopção pelo Parlamento Britânico do infame Documento Branco de 1939 –que clausurava as vias da imigração judia a grande escala. O petulante comportamento da Administração Obama lembra , pois, outros episódios que o Povo Judeu se tem visto obrigado a afrontar.
Em Shiloh somos muito mais conscientes de estarmos no gume do que é uma confrontação internacional que exige encarar o terrorismo árabe, mas pendentes da nossa image mediátgica e tendo que aturar a subversiva influência dos grupos “humanitários”, assim como as carências do nosso próprio Governo. Em muitos aspectos, ist não é nada novo para nós.
Em 1978, o Presidente Jimmy Carter enfurezera devido à refundação de Shiloh. Assumira, erroneamente, que o daquela Primeiro Ministro Menajem Begin se comprometera no que hoje em dia denominariamos uma “congelação dos assentamentos”. Carter exigia o desmantelamento de Shiloh.
Isto foi há 32 anos. A partir das oito famílias que se trasladaram ao lugar onde for a erigido o Tabernáculo, onde Josué dividiu a Terra de Israel em várias partes para cada uma das Tribos, e onde Samuel se formou para chegar a ser um profeta, actualmente somos quase 300 famílias. Onde havia um campamento temporal, ergue-se hoje o Bloco de Shiloh, consistente em dez comunidades e outros vizindários anexos onde vivem quase 8.000 pessoas.
A nossa escola de primária está sendo ampliada ao doble do seu tamanho actual. Justo antes da moratória de consrucção, rematáramos dez unidades de vivenda. E outros locos, autorizados aos atrás, estám sendo edificados. Os nossos vinhedos produzem vinho. Os nossos frutais e oliveiras lembram a promesa bíblica de Jeremias 31: “Volverás a plantar vinhedos sobre as montanhas de Samari”. E os nossos rapazes, o nosso autêntico futuro, desmintem todas as historietas de medo demográfico.
A nossa fê não está exenta de sacrifícios. Há uma rua em Shiloh na que há dez casas. Quatro das famílias dessa rua têm sofrido perdas às mãos do terrorismo árabe. Um rapaz de 16 anos foi assassinado na massacre de 2008 na Yeshiva de Merkaz HaRav em Jerusalém. Outro de 17, vizinho porta com porta, morreu graças a um terrorista suicida que também se levou por diante a outro de 16, vizinho porta com porta à su vez. Quatro casas mais abaixo está a vivenda dum jovem de 17 anos que recebeu um disparo mortal mentres jogava um partido de baloncesto durante a 2ª Intifada.
A seguridade é algo com o que temos que conviver, para além da nossa insistência em concentrar-nos nos aspectos positivos que conformam o núcleo do Sionismo: reclamar a nossa Terra, reconstrui-la, assegurar a pervivência do Fogar Nacional Judeu, e promover o renascimento espiritul e cultural de todos os seus cidadãos. Estamos afastados da barreira de seguridade, mas estamos muito perto de Jerusalém, num sentido nacional e espiritual. O território no que vivemos e onde cultivamos é dos que se etiquetam como “desputados”, mas há quase 90 anos que todo o mundo civilizado, no seio da Liga das Naões, garantiu o meu direito e o de todos os judeus a reconstruir o Fogar Nacional Judeu, incluíndo este lugar, onde três gerações da minha família estám vivendo.
Aqueles que não reconhecem os nossos direitos sobre Shloh também não o fazem respeito os de Jerusalém. Não só as Administrações dos EEUU se têm negad a agir de boa fê na implementação da Acta da Embaixada de Jerusalém de 1995, aprovada pelo Congresso norteamericano, senão que a política tradicional do Departamento de Estado tem sido a de não reconhecer a soberania de Israel sobre a sua capital –inclusso sobre os bairros de Jerusalém occidental. E o 4 de Julho de 197, os EEUU votaram a favor da Resolução 2253 da Assembleia Geral da ONU, que se opunha a qualquer alteração do estatuto da cidae.
A desputa actual com os EEUU demonstra a realidade de que a Administração Obama não distingue entre bairros judeus em Jerusalém e comunidades judias em Judea e Samaria. Para a Casa Branca, ambos são “assentamentos”. Ou, como dizemos na minha vila, antes de que existisse Jerusalém já existia Shiloh, e os nossos destinos não podem ir por separado.
YISRAEL MEDAD
04/04/10
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