16/03/10

AFORTUNADAMENTE TRATA-SE DOS HAREDIM

Todo este “incidente” com os EEUU não se podia ter produzido de melhor maneira. Imaginade que estivéssemos falando de 1.600 apartamentos em Talpiot ou em Pisgat Ze’ev (ou num “assentamento de colonos”). Bibi poderia ter (e teria) clausurado o projecto num abrir e fechar de olhos.

Mas, em vez disso, trata-se dum vizindário ultraortodoxo (como a semana passada em Beita). Em vez de comportar-se como um rebanho de mansas ovelhas, os haredim não se andam com meias tintas quando se trata dos seus fogares. Enfrontam-se a um grave problema de carestia de vivenda –agravado por uma população em crescimento geométrico- e contam com um punhado de representantes políticos muito directos (algo do que o resto dos colectivos carecem).

Bibi pode tratar de obviar o problema tanto como queira –mas os haredim não o fazerão. Estám dispostos a dinamitar a coaligação de governo e o próprio Estado, antes de consentir que alguém congele o seu programa de vivendas destinado à sua emergente população.

Duvido que Obama e a sua Administração sejam capazes de entender tão sequer a magnitude do que estám exigindo (muito menos que tenham a mais mínima noção de onde situar num mapa Ramat Shlomo, com a sua população de mais de 20.000 haredim).

Obama está-se jogando a baza com uns tipos que são a réplica exacta de Leónidas e os seus 300 em Israel. Acredita, realmente, que vam consentir que um cossaco como ele arrase o seu vizindário?

Michael Oren diz que a crise EEUU/Isral é a pior desde 1975, quando os EEUU trataram de obrigar a Israel a evacuar o Sinai. O plano secreto de Obama já não é secreto para ninguém. Troia relincha através da sua boca de cavalo: “Jerusalém há ser dividida”.

 Pode que Bibi careça do necessário para manter-se firme ante o matão de Obama. Mas melhor fazeria em estar preocupado ante a resposta do haredim. Se do que se trata é de que tenha a oportunidade de demonstrar que é capaz de manter-se em pé ante Obama defendendo Jerusalém (e, afortunadamente, o resto de Eretz Israel), sem dúvida que neste “incidente” não podia ter estado implicado um melhor colectivo de pessoas.

JOE SETTLER

Sem comentários:

Enviar um comentário