O Governo israeli anunciou que passava a incluir a Cova dos Patriarcas (Me’arat HaMachpelah) em Hebron e a Tumba de Raquel em Bethlehem, como parte dum plano para preservar o patrimônio nacional israeli e os lugares sagrados. A reacção do mundo árabe (e islâmico) ante eta decisão tem amosado uma vez mais a autêntica essência do “conflito árabe-israeli”, que actualmente não é senão a guerra santa proclamada pelos árabes contra os judeus.
Qualquer conflito pode ser resolvido se as partes enfrontadas reconhecem o direito mútuo à existência. Converte-se nalgo intrinsecamente irresolúvel se uma das partes se nega a reconhecer à outra. As questões claves das fronteiras, o estatuto de Jerusalém e os refugiados são difíceis, mas poderiam ser solventadas se os árabes reconhecessem o direito dos judeus a viver na sua terra.
Os árabes não reonhecem esse direito. Toda a sua política, estrategia e ideologia vai focada a privar aos judeus de qualquer conexão com a Terra de Israel: virtualmente –e a posterióri, fisicamente- a desarraigar aos judeus da história da Terra Santa. Os judeus não têm antigüidades nem lugares sagrados, não têm pasado. Noutras palavras, não pertencem a esta terra nem têm direito a existir.
Este enfoque genocida é o característico do Islám. O poder e a possessão são elementos inerentes da actitude religiosa no Islám. Este enfoque extnde-se às demais religiões, não só ao judaísmo. A ideia consiste em privar às demais culturas da sua base espiritual para lograr o absoluto domínio físico sobre elas.
O afamado orientalista belga, Koenraad Elst, diz no seu livro “Negacionismo na Índia”: “Em todas as terras que conquistou, o Islám tem re-empraçado os lugares de oração dos nativos por mesquitas. Em Iran, não ficou nem um só santuário Zoroastrião ou Maniqueu. Na Ási Central, não há tempos budistas. De modo semelhante, na Índia (agás no sul profundo, onde o Islám penetrou mais bem tardiamente) apenas existem templos hindus que tenham sobrevivido ao período muçulmão (foram destruídos mais de 10.000). Mas existem milheiros de mesquitas construñidas sobre as ruñinas dos templos hindus (por exemplo, o célebre templo de Ayodhya)”. Hoje em dia, a mesma política está sendo desenvolvida no que respeita aos judeus. A ignorância, a hipocresia e a indiferença do mundo ocidental fazilitam que isso suceda.
Jerusalém jamais foi um lugar sagrado dos muçulmães. As afirmações de que esta cidade é “o terceiro dos lugares sagrados do Islám” apenas começaram a surgir nos anos trinta do passado século. Quem começou a promover esta falsidade foi o célebre Grande Mufti de Jerusalém, Haj Amin Al-Husseini. Ele aspirava assim a encender a mecha do fanatismo religioso entre a apática população árabe local. Al-Husseini trabalhou arreu para elevar o estatuto de Jerusalém ao rango de centro sagrado do islamismo. Renovou as mesquitas que estavam caíndo a troços no Monte do emplo, mentres desenvolvia uma incansável campanha arredor da iminente “ameaça” judia sobre os lugares sagrados do mundo muçulmão.
É um facto bem documentad que Hussein colaborou com Hitler na “Solução Final da questão judia”. Menos conhecido é o facto de que foi promovido ao posto de Alto Comissionado por um judeu, Herbert Samuel.
Inicialmente, os historiadores árabes referiam-se a Jerusalém e, sobretudo, ao Monte do Templo, unicamente como o lugar sagrado dos judeus. No século XIII o famoso geógrafo árabe Yakut, dixo: “A Meca ésagrada para os muçulmães e Jerusalém para os judeus”.
No Monte do Templo os “trunfantes soldados do Islám” comportaram-se de idêntico modo a como figeram em quanto lugar estiveram: destruíndo os lugares sagrados locais e re-empraçando-os pelos seus próprios. Quando o Califa Omar entrou na cidade de Jerusalém, apenas havia um só lugar sagrado sobre o Monte do Templo naquela época: a Igreja Bizantina de Santa Maria de Justiniano. O Califa Abd El Malik erigiu ali a Cúpula da Roca –incorretamente denominada “Mesquita de Omar”. Vinte anos depois, o seu filho, Abd El-Wahd, reconstruiu a Igreja de Santa Maria e a reconverteu na mesquita de Al-Aqsa.
O historiador Manfred R. Lehmann escreveu: “Sendo as coisas assim, não é de extranhar que Mahoma tivesse proibido estritamente orar olhando face Jerusalém, uma prática que fora consentida apenas durante uns meses para seducir aos judeus a converter-se ao Islám. Quando esse intento fracassou, Mahoma proclamou a devandita proibição, o 12 de Fevereiro de 624. Jerusalém simplesmente jamais teve estatuto de santidade para os muçulmães, senã só para os judeus submetidos ao seu domínio”.
Jerusalém não é mencionada nem uma vez no Coran. O mito de Jersualém como “o terceiro lugar sagrado do Islám” começou a expandir-se com força especialmente a partir de 1967. Acredita.-se no mundo muçulmão que Mahoma ascendeu aos céus desde a Cúpula da Roca. Mas esta lenda nunca foi realmente considerada como sólida dentro da mitologia muçulmã. O Rabino Joseph Katz escreveu que o nome árabe de Jerusalém foi sempre “bet el-maKDeS”. Sob o império árabe, no século X, Jerusalém sempre era denominada “bet elmaKDeS”. O nome “BeT el-MaKDeS” é a traducção do hebreu e arameu “BeiT ha-MiKDaSH”, que significa “TEMPLO”.
Como tenho indicado acima, Jerusalém converteu-se em lugar sagrado do Islám grazas a Haj Amin Al-Husseini. Em 1947, os saudis publicaram uma Fatwa fazendo um chamamento a “recuperar o Monte do Templo das mãos judias”. Depois de 1967, Yassir Arafat começou a utilizar esta consigna para transformar o conflito com Israel numa guerra religiosa. Hoje em dia, os árabes não reconhecem que o Templo estivesse jamais aquí, ou que Jerusalém tenha goçado nuncade relação alguma com os judeus. Aínda é mais, a existência dos judeus, como comunidade étnica e religiosa, também é negada. O Mufti da Autoridade Palestiniana nomeado por Yassir Arafat, Ikrima Sabri, dixo que nunca existiu tal coisa chamada “muro occidental ou das lamentações”. Segundo ele, isso apenas são os restos da mesquita de Al Aqsa, que ele denominou “Muro de Al Burak”.
Durante décadas o Waqf de Jerusalém tem estado destruíndo restos únicos judeus no Monte do Templo sob diferentes pretextos. Milheiros de toneladas de bassura foram trasladados ali e arrojados. De continuar assim, o dia chegará em que não haja, em efecto, nem rasto da presença judia no Monte do Templo.
Essa é a história de Jerusalém.
Falemos agora de Me'arat HaMachpela e da Tumba de Raquel. O capítulo 23 do Gênese conta-nos que Abraham adquiriu a Cova dos Patriarcas para darsepultura à sua dona Sara. O Gênese 35:19 descreve que Raquel ”morreu e foi soterrada na estrada de Efrata, que é Bethlehem”.
Isso sucedeu mais de dois mil anos antes de que o Islám aparecesse. Agora resulta que Me'arat HaMachpela e a Tumba de Raquel sempre pertenceram aos árabes. Segundo o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoude Abbas, a decisão do Gabinete israeli constitui uma “séria provocação que poderia conduzir a uma guerra religiosa”. Os EEUU, a União Europeia e a ONU têm instado urgentemente a Israel a que dê marcha atrás.
Resulta que nenhum desses sítios tem também não conexão com os judeus. Um de eles é chamado o Santuário de Abraham (Al-Haram Al-Ibrahimi), e o segundo, mesquita de Bilal Ibn Ribah. Por suposto, a mesquita de Bilal Ibn Ribah foi construída pelos muçulmães apenas há mil anos.
Sem nenhum gênero de dúvidas, tudo isto constitui uma “contínua provocação israeli”. E só pode cesar num suposto: o da desaparição de Israel e os seus cidadãos. Igual que os Zoroastriãos e os Maniqueus deixaram de existir. Igual que os templos hindus e budistas desapareceram. Como a Igreja de Santa Maria de Justiniano desapareceu do Monte do Templo e o Muro das Lamentações obteve o seu “autêntico” nome: o Muro de Al Burak.
Ao longo dos séculos, tudo quanto passou a ser parte de Dar Al-Islam (“a Terra do Islám”) deixou de existir para sempre.
ALEXANDER MAISTROVOY
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