28/04/10

UM HOMEM DE PAZ


Desde 2007, a ajuda dos EEUU destinada à Autoridade Palestiniana e às ONG’s controladas por esta, alcançaram a cifra de 2 bilhões de $, para além dos 3’7 bilhões de $ concedidos pelos EEUU à UNRWA desde 1950. Tem contribuído a ajuda estadounidense a Abbas à moderação, o logro da paz e os interesses de seguridade nacional dos EEUU?

O 20 de Abril de 2010, Abbas dou nome a uma rua de Ramala em honra de Abu Jihad, o arquitecto do terrorismo palestiniano durante o período 1965-1988. Por exemplo, Abu Jihad planificou a massacre da estrada costeira israeli o 11 de Março de 1978 –com o seqüestro de dois autobuses civis e o assassinato de 38 pessoas, incluíndo 13 crianças. Também orquestrou em Março de 1975 a massacre do Hotel Savoy de Tel Aviv, onde morreram sete civis.

O 11 de Março de 2010 as televisões e jornais controlados por Abbas (Al-Ayam e Al-Khayat Al-Jedida) louvaram a Dalal Mughrabi –que capitaneou a massacre da estrada costeira- como se for uma mártir. O 16 de Janeiro de 2010, Abbas anunciou que uma grande praça em El-Bireh seria honrada com o nome de Mughrabi. A Autoridade Palestiniana também designou uma escola fiminina de Hebron, um centro de computação, um campamento de verão e um torneio desportivo, em honra de Mughrabi.

Abbas e Salam Fayyad autorizam o ingresso mensal de asignações às famílias de todos os mártires/terroristas palestinianos. Rendem visitas de condolência às famílias dos terroristas suicidas, qualificando-os de “heróis nacionais”.

Em 1994 Abbas instituiu –como segundo de Arafat- um sistema sem precedentes de educação no ódio através das escolas controladas pela Autoridade Palestiniana, os seus mass media e a rede de mesquitas. A partir de Janeiro de 2005 –quando reempraçou a Arafat- Abbas perpetuou esse sistema educativo ánti-judeu, ánti-israeli e ánti-EEUU. O “Mein Kampf” e os ánti-semitas “Protocolos dos Sábios de Sion” são super-vendas. Hitler e os terroristas suicidas, heróis populares.

A educação no ódio e a falha de diálogo com os políticos occidentais e os criadores de opinião, reflexa a ideologia e a estrategia de Abbas. A educação no ódio alimenta a identidade nacional palestiniana. Nutre a causa de fundo do conflito árabe-israeli: a deslegitimação da existência –e não precisamente o “tamanho”- do Estado judeu. A educação no ódio tem sido a principal impulsora do terrorismo em geral, e do terrorismo suicida em particular.

O sistema educativo promovido por Abbas des-humaniza ao Estado Judeu, incita a uma guerra santa contra o Estado Judeu, idealiza aos mártires/terroristas suicidas que vam “viver perto de Alá” e cujo “sangue é puro”, nega as raízes no Meio Leste do Estado Judeu, exacerba o ánti-semitismo, glorifica o “direito ao retorno” (nome em clave que recebe a destrucção de Israel), e promove a negação do Holocausto.

O 13 de Agosto de 2009, Abbas ratificou as resoluções da 6ª Conferência Geral de Fatah. Por exemplo: “A luta armada é uma estrategia, não uma táctica…para a eliminação da presença sionista. A luta não cesará até que a entidade sionista seja eliminada e Palestina libertada (artigo 19)… A revolução popular armada é o único caminho para libertar Palestina…Opondo-nos ao reconhecimento de Israel como Estado Judeu…”.

 Abbas era o mais directo ajudante de Arafat e o seu segundo de abordo durante 50 anos, participando na traição contra os países que lhes deram acolhida: Egito, Síria, Jordânia e Kuwait. Participou em cursos do KGB e fixo a sua tese doutoral sobre a negação do Holocausto, na Universidade de Moscova.

Abbas coordinava os vínculos da OLP com os despiadados regimes comunistas, supervisou a logística da massacre de Muniche de 1972 (com 11 atletas israelis assassinados), supervisou o assassinato em Março de 1973 de dois embaixadores dos EEUU no Sudám, foi membro da célula palestiniana da Irmandade Muçulmana no Cairo, e ganhou-se o alcume de “Mr. 20%” –devido à sua corrupção.

Ignorar o terrível récord de Abbas durante os últimos 50 anos, e utilizar com ele a equidistância moral, constitui uma vitória a ciência certa do terrorismo, e não faz senão acrescentar combustível ao fogo desse terrorismo e das turbulências no Meio Leste –a costa da paz e dos interesses vitais dos EEUU.


YORAM ETTINGER

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