11/09/09

שַׁבָּת שָׁלוֹם

ISRAEL NUNCA SERÁ O SUFICIENTEMENTE PEQUENA

Uma visão futurista desde 2016.


Como todos sabemos, um revolucionário novo programa de paz foi proposto há seis anos, em 2010, e implementado em 2012. O plano baseava-se no princípio de “Dois Estados para Dois Povos” e recebeu praticamente o unânime apoio da esquerda israeli. Entre os que celebraram o decisivo logro tras promover a proposta estavam Paz Agora, os Físicos pelos Direitos Humanos, Meretz, Yesh Gvul e muitas outras organizações pelo estilo.

Numerosos governos europeus decidiram proporcionar generosas ajudas aos grupos que apoiaram o plano.

O novo plano de “Dois Estados para Dois Povos” era muito simples. A Faixa de Gaza, o West Bank, e grandes áreas de Israel –dentro da Linha Verde (quer dizer, dentro dos limites de Israel anteriores a 1967) conformariam um novo Estado árabe-palestiniano. Ao mesmo tempo, aos judeus concederia-se-lhes manter o seu próprio Estado nos limites do que se passou a denominar Míni-Israel.

Míni-Israel era uma cidade em miniatura, semelhante a Madurodam em Holanda e outras cidades em miniatura que há nalguns países europeus. Ubicada num precioso parque perto de Latrun, no Val de Ayalon, com accessos singelos para chegar desde o Aeroporto Internacional Yasser Arafat, em Lod (o antigo nome de Aeroporto Ben Gurion foi trocado em 2012), constituia uma exitosa atracção turística.

Inaugurada em 2012, reunia arredor de 350 formosos modelos réplica de lugares históricos, religiosos e arqueológicos. Míni.Israel recebia aos vsitantes através duma comovedora introducção a Israel, num entorno mágico. Tudo estava feito a escala exacta, onde cada 4 centímetros equivaliam a um metro do território libertado por Palestina.

Os lugares em Míni-Israel reflexavam diferentes tradições e os grupos étnicos a elas associadas –muçulmãos, judeus, cristãos, drusos, beduínos e outros.

A ideia de recolocar Israel nos limites de Míni-Israel, foi “simplesmente extraordinária”, segundo proclamava entusiasmado o velho incórdio esquerdista Yossi Beilin.

“A fim de contas, Míni-Israel recolhe todos os aspectos de Israel e a sua variedde de culturas e tradições. Há temas seculares e religiosos, arte, música, antigüidades, etc.”. “Temos insistido durante décadas que o território carece de importância no mundo moderno”, acrescentou Shulamit Aloni. “Sob este plano de paz, demonstramos que os israelis podem conservar todos os aspectos da sua herdança sem ocupar terras que pertencem sem dúvida a outros”.

Míni-Israel, sinalavam ansiosos os esquerdistas e progres, tinha tudo aquilo que os judeus necesitavam para gozar do seu próprio Estado. A comida e os subministros podiam adquirir-se na tenda de souvenirs. A maqueta continha 30.000 figuras, 50 animais, 15.000 árvores (autênticos bonsais, cultivados e plantados pelos viveiros Agronoy), 4.700 automóveis, 100 motocicletas, 14 comboios, 3 helicópteros, 32 aviões, 175 barcos e 230 camiões.

O parque estava desenhado como uma Estrela de David, com cada um dos seus seis triângulos representando um área ou cidade –Jerusalém, Tel Aviv, Haifa, Galil, Negev, etc.- embora uma vez que a originária Israel se trasladou a Míni-Israel, o desenho foi modificado para não ofender aos residentes não judeus.

O princípio subjazente para acadar a paz com este plano baseou-se na reciprocidade igualitária. Todos os judeus deviam ser expulsos da área para dar passo a Palestina, mentres que aos árabes se lhes devia, reciprocamente, permitir o retorno a Míni-Israel.

Os judeus progressistas dos outros países –J Street, o Centro de Acção Religiosa do movimento Reformista, etc.- uniram-se aos seus irmãos espirituais israelis no apoio entusiasta do plano, urgindo ao Presidente Obama e à Secretária de Estado Clinton a que o adoitassem como política própria estadounidense.

A única oposição ao plano procedia dalguns que acreditavam que não era o suficientemente ambicioso.

“A proposta deixa sem resolver a injustiza fundamental: que Míni-Israel é um regime de apartheid no que se nega aos árabes a igualdade de direitos”, insistia o ultra-esquerdista Uri Avnery. Várias editoriais do Ha’aretz coincidiam nesse ponto. A iniciativa dos Departamentos de Ciência Polític das Universidades Ben Gurion e de Tel Aviv, 637 professores israelis assinaram um documento exigindo que Míni-Israel fosse boicotada, porque algumas das sinaturas não estavam escritas em árabe.

Também figeram um chamamento à União Europeia e os EEUU a intervir no conflito e enviar tropas a Míni-Israel para evitar que os malvados Judeus incrementasem com taxas de admissão os tickets de entrada dos viitantes árabes.

Mas as críticas contra o novo Estado judeu de Míni-Israel começaram a extender-se quase tão cedo como o novo plano foi posto em marcha. Segundo se aproximava a celebração dos seis meses de entrada em vigor do plano “Dois Estados para Dois Povos”, A Universidade de Toronto converteu-se na primeira das 27 universidades de Norteamérica que emprendeu conferências sobre a injustiza e a discriminação em Míni-Israel.

As coisas não figeram senão empiorar. O Governo de Míni-Israel decidiu erigir uma vala de seguridade para proteger-se dos visitantes que tratavam de entrar sem mercar o ticket. “Abaixo com o Muro do Apartheid!”, berravam os membros de Anarquistas contra o Muro e dos Movimento Internacional de Solidariedade. Os partidos de esquerda israelis organizaram manifestações na Praza Rabin –a pequena, a de Míni-Israel, por suposto, não a dos território libertado palestiniano.

Baixo bandeiras com os lemas “Agora temos um sócio de paz” e “Não remataremos até a negociação”, protestavam ante a Míni-Knesset pela repressália de Míni-Israel contra Palestina, pelos projectis e morteiros disparados contra Míni-Israel desde a Latrun libertada.

O ayatolá da Palestina libertada, no entanto, respondeu a uma petição de urgência dos residentes de Míni-Israel para que se lhes permitisse chegar ao Aeroporto Arafat, desde onde poderiam tomos voos que os pugessem a salvo além mar.

“Usade o vosso aeroporto de Míni-Israel”, foi a sua lacônica resposta. “Não se vos ocurra sobrevoar o nosso espaço aéreo”.


STEVEN PLAUT

HISTÓRIA DO ÉXODO JUDEU DESDE EUROPA



10/09/09

NO 25º ANIVERSÁRIO DE TEL RUMEIDA (UMA ENTREVISTA A BARUCH MARZEL)


“Os árabes sempre são os mesmos árabes” (Yitzhak Shamir)

Hebron comemora 80 anos da carneçaria que padeceu em 1929, e o 25º aniversário da fundação do viznindário de Tel Rumeida. A dia de hoje aínda não têm esquecido que a massace teve lugar muito antes de que circulassem conceitos tais como “Estado israeli” ou “colonos”.

“Sabemos muito bem quem são os nossos vizinhos. Muito antes de que nem sequer existisse um Estado, colonos e “territórios ocupados”, assassinaram e massacraram aos seus vizinhos judeus que sempre se comportaram com eles como irmãos. Em 5689 [1929] não tinham excusa válida, e a pesar de tudo aniquilaram a toda uma comunidade judea sem compassião. Hoje em dia devemos enfrontar-nos a outro tipo de ameaça: as organizações esquerdistas que incitam aos vizinhos árabes contra nós. Inclusso proporcionam-lhes fundos para interpôr pleitos ante a polícia contra nós, os seus vizinhos judeus”.

O 10 de Av, vinte e cinco anos atrás, o vizindário judeu de Tel Rumeida foi edificado em 24 horas. Este vizindário simboliza a coragem dos judeus e a sua fortaleza, e está ubicado no lugar bíblico de Tel Hebron, o sítio desde o que David HaMelech partiu para governar como Rei de Israel. O Rabbi Baruch Marzel tem vivido ali durante mais tempo que qualquer outro residente, pois foi um dos fundadores e construtores do bairro de Tel Rumeida. Marzel, um dos mais activos membros do movimento ERETZ ISRAEL SHELANU, relata por vez primeira alguns sucessos, pleitos e vitórias que hojem formam parte da história.
Durante os últimos vinte e cinco anos, Baruch Marzel reside numa singela caravana repleta de buratos de bala que passaram sobre as cabezas dos membros da sua família no trascurso da 2ª Intifada. A sua modélica família de nove membros nasceu e criou-se na velha caravana de Marzel, e centos de milheiros –sem medo a cair na exageração- têm sido as pessoas que visitaram este vizindário do velho Hebron.
Tel Rumeida, um dos mais célebres vizindários de toda Eretz Israel, tem sido vítima de inumeráveis editos, mas com a ajuda de H’shem tem logrado sobreviver a tudo.

Como foi o estabelecimento do vizindário?

Tel Rumeida estabeleceu-se no período de transição entre dois Governos. Moshe Aaens (Likud) era Ministro de Defesa. Tínhamos já todos os permisos necessários. Arens dou-nos 24 horas para estabelecer Tel Rumeida de facto, antes de que Yitzhak Rabin o substituísse. Esse dia figemos história: em apenas 24 horas construímos Tel Rumeida. Por suposto, a primeira decisão de Yitzhak Rabin ao ser nomeado ministro foi a de “congelar” o vizindário. Soldados e polícia viam-se estavam ocupados em garantir o congelamento e nós, pela nossa banda, em instalar os mobiliários e recursos básicos: água,electricidade e sistema de sumidoiros.
Durante uma boa temporada não tinhamos nem revestimento na caravana. Fundamos o vizindário o dia prévio a Tisha B’Av. Da destrucção à construcção. Resulta muito simbólico que construíssemos o vizindário no núcleo da antiga Hebron, exactamente no lugar em que David HaMelech reinou, onde Isaac e Abraham estám soterrados. Tivemos o mérito de reconstruir a presença judea nesse lugar.

Está provado o facto de terem sido terras judeas?

A terra de Tel Rumeida foi adquirida pela comunidade sefardi. Temos todos os documentos, incluída a confirmação de Pliah Albeck, do Ministério de Justiza. Para além disso, esta é a antiga Hebron, onde os nossos antepassados repousam. Este é o berzo da história judea, e os achádegos arqueológicos apoiam o nosso conhecmento de que sempre houvo uma vibrante presença aquí ao longo dos tempos. Se não temos o privilégio de viver na nossa terra, onde viver se não?

Qual é o incidente que está mais gravado na tua memória desde que vives em Tel Rumeida?

O pior e mais inesquecível que sucedeu aquí por o brutal assassinato do meu vizinho Rabbi Shlomo Raanan, HY’D. Eu estava em Meoras haMachpela em Erev Rosh Chodesh Elul com o Rabbi Ovadiah, quando recebim a infausta notícia. Corrim a casa para tratar de salvar a minha família. A caravana do Rabbi Raanan estava calzinada, e o risco de que as lapas destruíssem a minha vivenda era elevado.
É importante sinalar que este ataque se produziu depois de que Hebron fosse entregada aos árabes (1997) e o Governo de Israel lhes subministrasse armamento. Foi com uma dessas armas que assassinaram ao meu vizinho. Israel acreditava que com umas quantas câmaras de seguridade a vida dos judeus estava garantida.
Outro momento impactante foi quando a minha dona teve de dar a luz baixo um forte fogo cruzado. O exército teve que contrarrestar os tiros dos árabes para que ela puidesse saír para ser atendida.
Também não esquecerei jamais a visita do Rabbi Shlomo Zalman Auerbach à minha morada. A sua presença foi uma fonte de inspiração, fortaleza e apoio para todos os residentes de continuar desenvolvendo o bairro.

Para além das caravanas, tendes desenvolvido uma ampla infraestrutura permanente.

Ehud Barak, daquela Ministro de Defesa, e Fuad [nota: então Ministro de Indústria] deram-nos os permisos pertinentes para construir uma estrutura permanente, e edificamos sete apartamentos. Obviamente não nos desfigemos das caravanas, a fim de incrementar o número de famílias. A minha família segue vivendo numa caravana. A dia de hoje temos o orgulho de poder dizer que 17 famílias vivem aquí. Este vizindário é uma fonte de orgulho e alegria. Temos minyonim [nota: monumento recordatório] nas tumbas de Rus e Isaac, assim como um kollel [nota: centro de estudos da Torá] onde descansa a Rebbetzim Menucha Rocel, onde o Shliach Dnny Cohen [nota: máxima autoridade do Chabad na zona] desenvolve a sua vida de santidade judea.

Quase fostes expulsos por Yitzhak Rabin.

Tras o episódio de Baruch Goldstein, HY’D, Rabin quixo expulsar aos judeus, e as excavadoras estavam listas para responder à orde do Governo. Naqueles dias eu estivem sob arresto administrativo. Os Rabbonim [nota: Grandes Rabinos] estiveram prestos e firmes, e foram quem de evitar a orde de desalojo. Numa manifestação multitudinária, com milheiros de assistentes, os Rabinos Shlomo Goren e Avraham Shapira advertiram que se produziria um banho de sangue se os judeus de Tel Rumeida eram expulsos. Nesse lugar e momento proclamaram o mandamento halájico do “dever de desobedecer essas ordes”. Isso foi o que fixo recuar a Rabin a sua intenção de expulsar aos judeus de Hebron. Sei de fontes fidedignas que altos mandos da seguridade foram conscentes das graves conseqüências que tal movimento teria, e convenceram-no para que desistisse de expulsar aos judeus.

Que lições extrais do progromo de Av de 5689 que comemorámos não há muitos dias?

Vejo a parcela do cimitério onde as sagradas vítimas do progromo descansam desde a minha janela. Para nós, em Hebron, essa história é parte das nossas vidas cotidianas. Sabemos perfeitamente qum são os nossos vizinhos. Oitenta anos é um período suficientemente longo de tempo, e a lição está clara: “Esaú despreça a Jacob”. Não tinham nenhuma excusa para agir assim em 5689; e, sem embargo, exterminaram a uma comunidade judea na sua totalidade.
O Governo israeli protege a esses assassinos. Agardemos que, quando menos, faga algo no que respeita à devolução das propriedades dos judeus. Seguimos sem possuir a prática totalidade do arrebatado aos judeus e, contudo, Netanyahu entregou Hebron aos árabes em 1997.
A dia de hoje vemo-nos enfrontados a uma constelação de criminais organizações esquerdistas que incitam permanentemente aos nossos vizinhos contra nós. Até a chegada do Messias, a guera com os nossos vizinhos é parte da nossa existência diária. Com a ajuda de H’Sheem, Hebron será nossa para sempre, e desde aquí se expandirá ardendo a luz do Messias.

06/09/09

EMBLEMÁTICA MASSACRE (HEBRON, 1929)

El gobierno israelí ha comenzado a investigar el financiamiento de algunas organizaciones que abusan de la libertad de prensa y de movimiento en Israel, para diseminar calumnias sobre supuestas violaciones hebreas a los derechos humanos.

Estas campañas, costeadas por dinero europeo, confían su éxito al hábito de muchos medios de prensa: agitar «la causa palestina» en vez de informar, tarea que es más trabajosa que demonizar al Estado judío. Así, difunden las imputaciones sobre «culpas israelíes», pero guardan silencio cuando éstas son desmentidas. Como la «causa» está por encima de la verdad, los muchos europeos que ensalzan al nacionalismo árabe en Palestina nunca revisan sus orígenes.

Dicha revisión impondría dos verdades políticamente incorrectas: que el movimiento árabe es muy joven, y que surgió como una extensión del nazismo en Oriente Medio. Aunque resulte incómodo para sus secuaces en Occidente, los protagonistas árabes admitieron sin empacho su afiliación nazi. El primer gran líder de los árabes palestinos, Hajj Amin al-Husseini (1895-1974), predecesor y héroe de Yasir Arafat, instigó en 1920 al Pogromo de Jerusalén que obligó a crear la «Haganá»o autodefensa judía.

Husseini fue excarcelado gracias a la política británica de apaciguamiento para con los árabes, y luego fue promovido al cargo de Gran Mufti de Jerusalén. Como es norma, el apaciguamiento no funcionó, y el Mufti procedió a financiar el terrorismo antijudío desde algunas bandas clandestinas como Al-Fida’iya («autoinmolados») y al-Ija’ wal-‘Afaf («Hermandad y pureza»).

Instigador de la llamada Gran Revuelta Árabe de 1936, un año después parece haber sido el anfitrión de Adolf Eichmann en Palestina y, después de asesinar a su hermano (el más moderado Abdulla), participó del golpe germanófilo en Iraq en 1941.

Cuando éste fracasó, se trasladó a Berlín donde se reunió con Hitler el 20 de noviembre de ese año. Husseini ofreció el apoyo árabe a extender la «solución final» a Palestina, y permaneció en Alemania hasta el fin de la guerra, reclutando voluntarios musulmanes para el nazismo. Montó la División 13 de las SS («Handzar») que aniquiló a los judíos de Bosnia.

Se sabe que visitó varios campos de exterminio. Ésta era su meta; no un Estado palestino. Por ello, raramente se publica su biografía ni se exploran sus motivaciones.

En efecto, el antisionismo europeo prohíbe ciertas preguntas, tales como por qué razón los árabes palestinos no reclamaron un Estado propio hasta 1967, o qué fue la matanza de Hebrón de hace ocho décadas.
Ésta, que detallaremos a continuación, fue el resultado directo de las diatribas de Husseini y de uno de sus fanáticos, Aref el-Aref, quien pronunció en Hebrón, el jueves 22 de agosto de 1929, la incendiaria arenga que obró de detonante.

A partir de la noche del 23 de agosto, y durante tres días, la pacífica comunidad hebrea de Hebrón, de unas 800 personas, fue objeto de un terrorífico ataque árabe que asesinó a 67 judíos desarmados y obligó a todos los demás a escapar de la ciudad, que a partir de ese momento permaneció «Judenrein» por primera vez en muchos siglos. Esta historia milenaria merece una breve revisión.

Ubicada a treinta kilómetros al Sur de Jerusalén, Hebrón también es antiquísima. Artefactos de la Edad de Bronce fueron hallados en sus inmediaciones, y se considera bastante precisa la fecha de fundación de 1727 aec aludida en la Biblia Hebrea (Números 13:22).

Hebrón simboliza los albores de la historia judía, ya que hace tres milenios el rey David la eligió como sede de su monarquía (2 Samuel 2:11) y, aún un milenio antes, el patriarca de la nación hebrea, Abraham, adquirió allí su terruño (Génesis 23:16).

Durante la Edad Media visitaron la ciudad, entre otras personalidades: Maimónides (1166), Benjamín de Tudela (1171) y Petajia de Regensburg (1176). Najmánides, quien arribó a Eretz Israel en 1267, solicitó por escrito ser enterrado en Hebrón. Más tarde llegaron Meshulam de Volterra (1481) y Obadiah de Bertinoro (1488).

A partir de 1492, muchos expulsados de España, incluidos cabalistas de renombre, se establecieron en Hebrón. La consolidación de la comunidad comenzó en 1540, con el arribo de Malkiel Ashkenazi, su primer rabino, que inauguró casi cuatro siglos de convivencia pacífica con los árabes locales.

En 1925, debido al volcán judeofóbico en Europa, la escuela talmúdica («yeshivá») Slobodka se trasladó íntegramente desde Lituania a Eretz Israel, y sus 120 estudiantes aumentaron la población judía de Hebrón a 800 personas (de una población total de 18.000). Cuatro años más tarde, con 200 estudiantes se había transformado en la mayor yeshivá de la judería palestina de marras.

Uno de sus estudiantes, Dov Cohen, recuerda en sus memorias que la vida era tan pacífica que un solo jefe policial británico cuidaba de la ciudad entera. En efecto, el único policía en Hebrón, Raymond Cafferata, comandaba una pequeña fuerza local árabe (18 agentes montados y 15 a pie).

La noche del 23 de agosto, jóvenes árabes comenzaron a arrojar piedras contra los estudiantes judíos. Mataron a uno, Samuel Rosenholtz. El rabino Jacob Slonim invitó a todos a refugiarse en su casa, en donde tenía un revólver.

A las 8 de la mañana del sábado, una muchedumbre árabe rodeó la casa con garrotes, hachas y cuchillos. El único agente policial no fue suficiente para detenerlos cuando penetraron en las propiedades de los judíos.
El pogromo de Hebrón

Los árabes exigieron del Rabí Slonim que entregara a todos los ashkenazíes, a cambio de lo cual perdonarían la vida de los sefarditas. El rabí se negó y lo mataron expeditamente. En total, 12 sefarditas y 55 ashkenazíes fueron asesinados.

Diecinueve familias árabes, lideradas por Abu Id-Zaitoun, salieron a proteger a los judíos, y así salvaron la vida de varios centenares.

Husseini fue entrevistado por el periodista holandés-canadiense Pierre Van Paassen (1895-1968), quien en su autobiografía (Días de nuestros años, 1939) describió la masacre:

«Mientras los árabes de la ciudad de Hebrón dejaban sus lugares de plegaria el viernes 23 de agosto de 1929, entre ellos se distribuyeron fotografías trucadas de la mezquita de Omar en ruinas, con la inscripción de que la misma había sido bombardeada por sionistas… Un judío que caminaba hacia la sinagoga fue acuchillado hasta morir. Cuando supo del asesinato, el Rabí Slonim, que había nacido y crecido en la ciudad y que era amigo de los notables árabes, informó al policía local que los árabes parecían estar extrañamente incitados.

La respuesta fue que no se entrometiera en lo que no le competía. Una hora más tarde, una horda atacó la sinagoga y los judíos que allí rezaban fueron asesinados. En la mañana del sábado la yeshivá fue saqueada y sus estudiantes asesinados… los judíos se refugiaron en la casa del Rabí Slonim y permanecieron allí hasta la noche, cuando la muchedumbre apareció ante la puerta. Como no pudieron quebrarla, los árabes treparon los árboles detrás de la casa, se lanzaron a su balcón y penetraron por las ventanas del primer piso. Se apersonó la fuerza montada de árabes que trabajaban para el Gobierno británico, y los judíos salieron de la casa implorándoles que intervinieran, mientras desde adentro de la casa se oían gritos aterradores.

Los policías se alejaron galopando, permitiendo que los jóvenes fueran asesinados en la calle por árabes que llegaban desde todas partes para la orgía de sangre… Contemplamos el techo ensangrentado, y las habitaciones que parecían un matadero. Visité el lugar en compañía de un ex oficial de artillería austriaco y de un corresponsal del viejo Berliner Tageblatt… mesas y ventanas habían sido destruidas, y vimos genitales y pechos de mujer esparcidos en el suelo. Mientras observábamos la destrucción, un soldado británico abrió la puerta con una bayoneta. Entró el gobernador del distrito de Yafo, Keith Roach, seguido de un coronel. Miraron en derredor y Roach preguntó: «¿Almorzamos ahora o vamos primero a Jerusalén?»

La flema de los ingleses ante la brutal agresión condice con la información de que estaban alertas de la inminente violencia, ya que el Alto Comisionado Británico había ordenado a varios hospitales que prepararan camas para atender el estallido de los desmanes. Por ello, el día de la matanza, un gentío de árabes vociferaba en Jerusalén «¡Muerte a los judíos! ¡El gobierno está con nosotros!»

Según el testimonio de Raymond Cafferata: «Cuando escuché los alaridos desde la habitación, subí por un túnel y vi a un árabe degollando a un niño con su espada. Cuando me vio se lanzó contra mí, pero falló». En Hebrón se decapitó a bebés, se castró a hombres, se violó y torturó; se amputaron manos y dedos.
Protegidos por vecinos árabes, sobrevivieron 435 judíos.

Al mediodía llegaron refuerzos británicos, y los árabes detenidos fueron obligados a enterrar los cadáveres de las víctimas en tumbas colectivas. Mientras lo hacían, cantaban celebrando su hazaña. El Alto Comisionado, John Chancellor, visitó la ciudad después del pogromo, y escribió a su hijo: «No creo que la historia registre muchos horrores peores que éste en los últimos siglos».

A mediados de junio pasado, quien escribe estas líneas visitó Hebrón por última vez, en celebración de la boda de una sobrina. Unos quinientos judíos viven hoy en la ciudad, cuya población total llega a 150.000 (en 1967, los árabes de Hebrón sumaban 40.000).

La pequeña y pujante comunidad hebrea retornó a Hebrón a partir de la Pascua de 1968; su presencia allí es garantía de que la violencia judeofóbica no sea premiada con la exclusividad árabe en la ciudad, según exigen muchos árabes y sus aliados europeos.

Frente a ellos, hay árabes que anhelan paz y convivencia, como el Sheikh Abu Khader al-Jaberi, heredero de aquellas valientes familias que en 1929 salvaron al remanente judío de Hebrón.

El liderazgo palestino no condena la matanza de Hebrón ni a sus perpetradores; y la política europea estimula precisamente a ellos.

Hebrón regala varias moralejas:

1) Que la perseverante enseñanza de la verdad histórica permitirá paulatinamente que los europeos conozcan en qué consiste el conflicto en Oriente Medio, muy lejos éste de ser una campaña liberadora contra el pérfido sionismo;

2) Que los medios tienen un rol fundamental en la instigación de la violencia. Hace ocho décadas, la foto trucada de la mezquita en ruinas; hoy en día, las caricaturas nazis en la prensa, como las del barcelonense Carlos Romeu Müller;

3) Que el Gobierno de ocupación británico en Palestina, lejos de ayudar a los judíos a crear su Estado, fue cómplice de la agresión árabe;

4) Que el movimiento nacional árabe palestino nació nazi, y jamás llevó a cabo una autocrítica al respecto;

5) Que la historia judía en Israel no tiene parangón en su antigüedad y continuidad, y que los temporarios alejamientos de los judíos de esta tierra siempre fueron impuestos por fuerzas foráneas;

6) Que actuar a favor de la exclusividad árabe en Hebrón es alentar a las bandas más sanguinarias y retrógradas de entre los árabes;

7) Que los palestinos valientes no son los que matan y educan a sus niños en la autoinmolación, sino los que, muchas veces a riesgo de sus propias vidas, optan por defender la paz.


GUSTAVO D. PEREDNIK

(Setembro 2009)

COMO RESPOSTAR AOS INIMIGOS DE SION



Um dos mais importantes descárregos que aduzem os defensores de Israel, tanto os judeus norteamericanos como os israelis, é a boa disposição de Israel no compromiso pela paz. “O maior desejo de Israel é a paz, e está disposta a sacrificar-se por ela”, proclamam orgulhosos, em contraste com as seis décadas de rechazo de esta pelos árabes. Outro aspecto essencial citado por aqueles que apoiam a Israel é o facto de ser “a única democracia do Meio Leste”, tras o qual soem enumerar tudo aquilo no que Israel é semelhante aos EEUU.

Israel é certamente o único país do Meio Leste com eleições livres, liberdade de expressão e religiosa. Para além de qualquer problema com a democracia israeli, é infinitamente melhor que a teocracia saudi ou iraniana, as ditaduras síria ou egípcia, ou a totalidade do resto de regimes facinerosos que governam o Meio Leste. Sem embargo, sendo este o argumento cardinal a favor de Israel, os defensores de Israel topam-se com um terrível dilema: o carácter judeu e sionista de Israel é inerentemente oposto ao autêntico e progressista estilo de democracia occidental. Israel é, por definição, um Estado judeu, o que significa que os judeus devem constituir a maioria da população do país, e a cultura, a religião, a língua, as festividades e o carácter são esmeradamente judeus. Inclusso se um árabe goza de igualdade ante a lei e o direito a votar, está automaticamente alienado desde um ponto de vista cultural num Estado que pertence a outro povo. Nenhum árabe pode cantar “Hatikva” com orgulho, emocionando-se mentres recita “o espírito dum judeu anhora”. Nem se pode identificar com uma bandeira desenhada para lembrar o manto de oração judeu e que exibe a Estrela de David, símbolo do povo judeu. Não pode celebrar Yom HaAztmaut, o Dia da Independência de Israel, pois é o dia da sua derrota às mãos dos judeus. Todos os defensores de Israel deveriam dar-se conta de que Israel, na medida em que é um Estado judeu, não poderá ser jamais uma democracia perfeita no sentido de Canadá ou os EEUU. Dito seja sem ânimo de criticar ou deslegitimar a Israel. É simplesmente a constatação dum facto.

De modo semelhante, Israel nunca poderá ter uma separação perfeita de Sinagoga e Estado, como nos EEUU. Qualquer que seja o papel que a religião jogue na esfera pública, a maioria dos israelis está dacordo na importância de que o Judaísmo jogue um rol no stado Judeu. Para que o conceito de “Estado Judeu” tenha algum significado, Israel deve ostentar algum tipo de carácter judeu.

Velaqui os defectos fundamentais dos defensores de Israel. Israel nunca será uma democracia perfeita, nem homologável à americana ou a Occidente, se quer ser judea. No mesmo sentido, os israelis e os judeus norteamericanos apresentam a democracia como o mais importante dos objectivos israelis, como se uma Israel sem paz fosse algo secundário. A compulsão obsessiva de Israel por seguir uma insensata política de apaciguamento e claudicação no nome da “paz” é utilizada como prova da suprema rectitude de Israel. Desde as crianças judeas das escolas hebraicas e os cámpus de verão, às que se lhes tem lavado o cerebro com o mantra da “paz”, até os progres judeus norteamericanos e os esquerdistas israelis aínda namorados de Rabin e Oslo, lembra-se-nos constantemente que “Israel é antetudo paz”.

Desde o primeiro momento do re-assentamento judeu em Israel, tem-se dado um conflito permanente com os árabes. Nas nove décadas transcorridas desde os progromos árabes dos anos vinte, o derramamento de sangue não tem conhecido descanso. Para além das iniciativas de vários Presidentes dos EEUU, as duas partes semelham demassiado distantes e irreconciliáveis numa resolução de paz ao conflito. Judeus e árabes têm demassiadas diferências em termos de cultura, passado colectivo e pontos de vista face o porvir, como para alcançar acordo de paz algum no futuro próximo. Dito o qual, deve ser considerada Israel um completo fracasso?

A paz é uma meta importante para Israel, mas não deve ser o mais importante objectivo. A procura da paz não é o que legitima o direito a existir de Israel, nem o seu Governo democrático nem o suposto apoio de Occidente. A fim de contas, pode-se instituir fazilmente um regime democrático e pro-occidental nas terras arrebatadas a outra nação, como foi o caso de Canadá, os EEUU ou a Índia, por exemplo. Tras apropriar-se do território dos nativos, é lógico que o país procure a paz com os conquistados.

O que brinda a Israel uma legitimidade superior no conflito é o facto de que a Terra de Israel pertence inquestionavelmente ao Povo Judeu. Foi na Terra de Israel onde nasceu o Povo Judeu como tal, onde construiu por duas vezes uma comunidade, e onde combateu heroicamente antes de ser expulsado, primeiro pelos babilônios e depois pelos romanos. Foi na Terra de Israel onde Abraham, Isaac e Jacob viveram, onde lutou David e onde Salomão governou, onde Isaias e Jremias profetizaram e chamaram aos judeus díscolos a arrepender-se. Foi a Terra pela que, lembrando a sua glória, os judeus sentados junto os rios de Babilonia choravam. É a Terra na que os nossos Sábios nos ensinaram que está fundada a Torá. O assentamento judeu e a sua presença em Israel precede à dos britânicos na Grande Bretanha, os franceses na França, ou os romanos em Roma. Quando os gregos apenas estavam começando a plantejar-se as grandes perguntas da filosofia, os judeus já tinham abandoado Egipto, conquistado a Terra, estabelecido Jerusalém como a sua capital, construído o Templo, dividido o território em dois Reinos, padecido o exílio em Babilônia durante 5º anos, eregressado para reconstruir a nação sob o mandato de Ezra e Nehemias.

Inclusso depois de que a maioria dos judeus fosse levada em cautividade pelos romanos, a Terra nunca esteve privada da presença dos judeus. O centro da vida judea extendeu-se à Galilea e depois ao Golan, e durante os tempos, os judeus observantes seguiram assentando-se nas sagradas cidades de Jerusalém, Hebron, Safed e Tiberias. Para as enormes massas que não puideram fazer aliya e regressar ao fogar, Israel permaneceu como o seu ponto central de lembrança e desejo. Todos e cada um dos anos, ao rematar o Seder de Pesaj e a celebração do Yom Kippur, cada judeu declara: “O ano que vem em Jerusalém!”. Em cada voda judea, rompe-se uma copa e faz-se uma promesa: “Se eu te esquecer, oh Jerusalém…”. Três vezes ao dia, todos e cada um dos dias, os judeus observantes volvem-se face o Leste e suplicam o D’us, “que os nossos olhos contemplem o teu missericordioso regresso a Sion”. Um judeu nem sequer pode comer uma bolacha sem dar graças a D’us “fela boa e espaciosa terra que Tu entregaste aos nossos ancestros em herdança”.

A todos aqueles que acusam a Israel dos crimes mais envilecidos, da “ocupação”, a “limpeza étnica”, o “roubo de territórios”, a nossa resposta não deve limitar-se a dizer que Israel quer a paz e que é a única democracia no Meio Leste. O facto de que Israel seja o principal aliado dos EEUU é irrelevante. A nossa resposta deve ser a de Simão o Macabeo ao rei dos seleucidas Antíoco: “Nem temos arrebatado terra estrangeira nem tomado propriedade alheia, mas apenas a herdança que nos deixaram os nossos pais, que no seu dia nos foi arrebatada injustamente pelos nossos inimigos. Agora que temos a oportunidade, aferraremo-nos fortemente ao que os nossos pais nos deixaram em herdança”. Não existe o “povo palestiniano” nem jamais tem existido, nem existirá. Qualquer estudante de história sabe que é assim. A relação dos judeus com a sua Terra é de amor, pertença, amarga separação e gozoso retorno.

Contestemos assim aos inimigos de Sion.


BAR KOCHBA

A YIHAD ANAL


Quem dixo que a civilização muçulmã não tem proporcionado grandes avanços científicos à Humanidade?

Semelha que a procura de Al Qaeda duma nova modalidade de terrorista-suicida tem resultado exitosa, e bem cedo seremos testemunhas do começo duma nova era –o auge dos suicidas anais.

O falhido intento de assassinato do Príncipe Muhammad Bin Naif, Assistente do Ministro de Interior para Assuntos de Seguridade, o joves pela noite, foi planificado pelo comando operativo de Al Qaeda no Yemen, segundo confirmaram diversas fontes.

Segundo informa “Al Arabiya”, o artefacto explossivo foi implantado no recto do terrorista, o que talvez explicaria por que se negou a tomar cafê no Palácio do Príncipe –embora, não alcanço a entender que tem a ver a ingesta de cafê com a bomba, dada a sua ubicação. Em todo caso, dado o facto de que o terrorista se imolou apenas a um metro de distância do Príncipe –errando, assim e tudo, o seu objectivo- quizá os seus engenheiros devam ultimar aínda alguns pequenos detalhes (quem sabe se extirpando previamente certos órganos do mártir para fazer sítio a mais kgs. de explossivo, parafusos e bolas de aceiro, o experimento remate por sair bem).

Outro detalhe que lhes deveria mover a preocupação neste novo método seria a necessidade de evitar a ingesta de todo alimento que provoque flatulência, para não dar pê a uma detonação prematura –e as dietas dos países árabes são proclives a contratempos dessa índole.

Pelo lado positivo (para Al Qaeda): a melhora e perfeiçoamento deste tipo de arma conduziria a uma nova era de mísseis teledirigidos que evitariam o uso de complicados dispositivos electrónicos de guia. Só será necessário alguém que saiba lêr num mapa e começar a conta atrás para a ignição.

No que se refere ao aspecto ideológico desta nova modalidade de armamento, revela que Al Qaeda regressa inequivocamente às suas origens.

MARY JO KOPECHNE JÁ PODE DESCANSAR

O famoso icono da progressia norteamericana vem de morrer. Ted Kennedy foi muitas coisas na sua vida, a maioria delas pouco edificantes. Mulherengo. Razista de esquerdas. Falaz. Borracho. Assassino. Borracho. Impenitente mentiroso. Adúltero. Cobarde. Engreído. Hipócrita. Elitista. Borracho. Relativista moral.

Kennedy foi um modelo para as pessoas de escasa fibra ética que culpam à sociedade por tudo, mas que nunca se tomam um respiro para olhar-se no espelho. Como todos os progressistas, Kennedy desejava extender o poder duma maquinária de Governo inepta, corrupta, mastodôntica e fóra de todo controlo.

Ted Kennedy era a voz cantante da moral e mentalmente deficiente Esquerda. O tipo de progressismo que garante à mulher o direito a despedazar um feto totalmente conformado, ou a uma parelha de sodomitas a “casar” na exclussiva ilha de Martha's Vineyard, e depois adoptar uma criança para convertê-la num desgraçado o resto da sua vida. Um amigo da escória e dos terroristas. Um tipo certamente repugnante, por fóra e por dentro. Estes dias devemos suportar a perorata fraudulenta da esquerda snob, histérica, elogiando a biografia deste arrogante e seboso bastardo, situando-o como icono duma elevada moralidade. A idolatria cíclica, cada vez que morre um Kennedy.

Estes monumentos à perversidade soem tardar em doblar -como se passou com o seu hagiógrafo Robert Novak. E não cabe interpretar senão como uma rara ironia do destino que ambos desenvolvessem sendos tumores cerebrais, uma zona da anatomia que frequentaram pouco ao longo das suas vidas.

A pantasma de Mary Jo Kopechne já pode descansar por fim.


DANIEL BEN-SHMUEL ISRAEL

O TRÁNSFER FEITO FÁZIL


À maioria dos judeus gostaria-lhes viver num país sem árabes, mas têm interiorizado a propaganda de que a extradição seria uma atrozidade e que o mundo não a toleraria. A quarta parte dos árabes do que haveria de converte-se em Israel abandoaram o país entre 1947 e a primavera de 1948, antes de que a Guerra estoirasse. Outros 300.000 árabes emigraram do West Bank entre 1948 e 1967, e um número semelhante na década seguinte. Os árabes trataram de marchar em grande número durante a Guerra ds Seis Dias, e as IDF –sob as ordes de Moshé Dayan- impediram-lho. Desde então, Israel tem evitado a emigração dos árabes do West Bank: os pacifistas fazem-no para criar uma situação demográfica que forze a Israel a não anexionar-se os territórios, e os “falcões” fazem-no para que a sociedade palestiniana siga em ebulição. Se um dirigente israeli forte adoptasse uma postura ameazante face os árabes, estes abandoariam Israel –especialmente se se lhes oferecesse algum tipo de compensação.

Seja qual for a sua orige, os “palestinianos” têm-se autopersuadido (e não só a sim próprios) dos seus “direitos nacionais”, e a opção de transferi-los a Jordânia, factível quarenta anos atrás, já não é viável. Os palestinianos formariam ali campos de refugiados –como figeram no Líbano-, alimentariam o sonho do retorno, etc. Mais bem, Israel deveria dispersá-los, e evitar a formação de campos de refugiados. A dispersão nem sequer é preciso que seja violenta, senão gradual, de modo que os árabes iriam marchando individualmente e assimilando-se, em vez de sair em massa face campos de refugiados.

Para animar aos palestinianos a emigrar, Israel deveria fazer umas quantas coisas de sentido comum: dissolver aos grupos subversivos e expulsar aos seus dirigentes; clausurar as suas instituições sémi-governamentais (“ministérios”) e os seus centros de incitação, como as suas “Universidades” (Jordânia teve o bom sentido de proibi-las mentres controlou o West Bank); proibir a ajuda estrangeira; um controlo pormenorizado das remesas que os tranalhadores palestinianos enviam desde o exterior; proibir-lhes a venda de oiro –que é o maior meio de investimento para os árabes; fechar Israel aos trabalhadores palestinianos imigrantes; impôr severos impostos às importações procedentes do West Bank; impôr toques de queda de castigo para entorpecer os seus negócios locais; deixar aos palestinianos fóra do Estado de bem estar e das infraestruturas israelis, incluíndo o subministro eléctrico e o abastecimento de água; incrementar os impostos sobre as terras; seguir demolendo as vivendas construídas ilegalmente e aquelas que exibam bandeiras palestinianas. Para além de tudo isso, expandir decididamente os assebntamentos judeus para deixar bem claro aos árabes que a sua esperança é vana.

As medidas drásticas funcionariam. Israel debe aniquilar aos dirigentes inimigos mais que à população civil. Uns quantos mísseis Tomahawk lanzados contra um desfile de Ahmadineyad seria mais efectivo contra o programa nuclear iraniano que um ataque a grande escala contra assuas instalações militares; se Ahmadineyad é um problema, eliminade o problema. De modo semelhante, o problema de Gaza procede da presença lá de Hamas; portanto, destruamos todos os edifícios de Hamas, as estações de polícia, as oficinas municipais, etc. Fussilemos todo o seu Parlamento palestiniano. Faga-se um filme porno com falashas judeus cobrando vingança no liderádego de Hamas.

A política de Israel, sem embargo, é exactamente a contrária: os judeus subsidiam aos árabes, induzindo-os a permanecer no West Bank com massivos projectos de infraestruturas, medidas de bem estar, e permitindo à maioria acceder ao mercado laboral israeli. A falha de oportunidades económicas, centos de milheiros de palestinianos emigraram entre 1956 e 1967, e um feche semelhante da cooperação económica de Israel devastaria o West Bank demograficamente em questão de poucos anos. A melhor ajuda que os EEUU poderiam brindar a Israel seria conceder visados americanos aos profissionais palestinianos, drenando a sociedade árabe do West Bank.

Os palestinianos rebelaram-se inclusso a pesar de gozar da taxa de crescimento não procedente do petróleo mais alta entre o mundo árabe. Como qualquer sociedade desenvolvida, Israel retrai-se ante a involucração directa na violência, e prefere agir através de representantes. Israel tratou de fomentar o colaboracionismo palestiniano: polícia, oficiais recaudadores, concelheiros, e inclusso mediante uma organização política de palha: Fatah. Todos esses intentos fracassaram invariavelmente, em tanto os radicais arrinconaram aos colaboracionistas: durante a Intifada, a polícia palestiniana controlada por Israel deixou em estampida os seus bem remunerados postos de trabalho. A pesar disso, Israel segue financiando a polícia de Fatah, confiada em que combaterá contra a insurgência. A rátio de mortes israeli/palestiniana está insuficientemente desequilibrada; isto é devido a que os comentaristas tendem a contabilizar só aos judeus como baixas israelis. Mas deveria acrescentar-se ao enorme número de “árabe-israelis” assassinados pelos seus próprios irmãos. Feita dessa maneira adulterada a rátio de vítimas é apenas de 1:2. Doutra banda, Israel ignora àqueles Estados que apoiam o terrorismo: consentiu que Kuwait, um destacado cliente dos EEUU, financiasse oficialmente a Fatah até a guerra de 1991 contra Irak. Não toma represálias contra Síria por apoiar abertamente a Hamas e Hezbolá. E tolerou ataques massivos com mísseis desde Gaza. Quando as bandas de forajidos mexicanos atacaram os EEUU, este país anexionou-se a terceira parte de México como represália.

Quarenta anos atrás, inclusso os esquerdistas estavam à direita dos actuais direitistas. Levi Eshkol, por exemplo, corregiu o Plano Allon de modo que Israel puidesse anexionar Gaza sem árabes. Outro exemplo: o termo “punho de ferro” –como política a aplicar contra os palestinianos- não foi inventado por Sharon ou Begin, senão por Yitzhak Rabin. Talvez a única diferência entre direita e esquerda é que a violência da direita tinha um objectivo, mentres que a da esquerda sempre foi histérica e sem sentido, cmo quando Rabin reprimia equitativamente aos colonos judeus e aos palestinianos que os massacravam.


OBADIAH SHOHER