11/12/09


A PARTIR DO DIA 20 RECUPERAREMOS A NOSSA MEMÓRIA HISTÓRICA.





SIM.


SOPHIA L. FREIRE TEM MEMÓRIA.

A BOA VONTADE ISRAELI INCITA AOS ÁRABES



Israel evita repetir erros históricos e reprime-se da conscripção obrigatória para os árabes e mira para outro lado ante o facto de que não paguem impostos. O clão Qasim rebelou-se contra o exército invasor egípcio no século XIX depois de que Egipto exigisse aos palestinianos servir nas suas filas e intentara gravar com impostos às suas vilas. Aos árabes palestinianos, então como agora, importa-lhes um râbano quem mande sobre eles. Aínda sem envelenhar pelas falsas expectativas da demovcracia responsável, tratam a todos os dirigentes por igual –igualmente mal. Aos árabes só lhes importa se os seus dirigentes infringem os seus interesses imediatos. Israel tem aprendido a lição e evita arrinconar aos seus árabes contra a parede, mas amiúde faz mal o balanzo entre forza e opressão, entre debilidade e tolerância.

Em vez de dispensar arrogantemente favores e lembrar aos árabes que a obrigatoriedade impositiva poderia deteriorar aínda mais a sua existência, Israel esmola a sua lealdade, remunera pontualmente aos seus árabes, e estimula-os numa acção afirmativa. Este tipo de trato indulgente por parte do poderoso insufla brios ao débil. Os árabes palestinianos estariam a raia sob uma potença ocupante forte que não se exceder oprimindo-os, mas optam pela Intifada contra a débil Israel, que se debate em diatribas morais em vez de arrasar as suas aldeias.

Para além do que os judeus pensem sobre o nosso direito à Terra, os árabes sempre nos verão como invasores, e para que a ocupação trunfe tem que ser a base de mão dura. Justa, mas dura. A população tem que metabolizar que o ocupante está aí para permanecer. A imposição fiscal debe ser razoável, mas não inexistente. A má conduta debe ser severamente castigada, e a lealdade ostensivelmente recompensada. A ocupação que os que a padecem não percibem é a pior de todas, porque dá pê a um sentimento de anarquia. Quando os locais não temem ao ocupante, estám prestos para emprender a guerra de guerrilhas contra ele.




Israel nunca tem controlado os territórios, mas apenas incordiado aos seus árabes com protocolos policiais e de seguridade. Uma entidade autônoma à que só pinchamos de vez em quando vai crescendo hostil. Os árabe-palestinianos contam com um Governo de seu, mas carecem de qualquer das responsabilidades que implica o autogoverno. Não se vem obrigados a manter a raia aos seus radicais ou guerrilhas, nem a abordar assuntos macroeconómicos ou de seguridade, e em último termo dependem do ocupante para subsistir. Israel, em essência, subsidia aos árabes-palestinianos a fim de manter um fitício controlo sobre Judea e Samaria –embora seja piusoteando a sensibilidade do judaísmo.

Muitos muçulmãos têm massacrado aos árabe-palestinianos, desde o exército egípcio de Mohammed Ali que prendeu lume a Hebron e os seus habitantes beduínos, até o exército jordano que fusilou milheiros de palestinianos em questão de dias. Os otomanos também não foram especialmente amáveis com os palestinianos, nem os britânicos. Durante a revolta árabe, os britânicos executaram uma imensa quantidade de eles, evacuaram muitos lugares (incluíndo boa parte de Jaffa), e empregaram diversos meios de castigo colectivo, utilizando civis como escudos humanos. Depois de que os árabes assassinaram ao comissionado britânico Lewis Andrews, o Mandato arrestou a centenares de dirigentes políticos árabes e disolveu praticamente a totalidade das instituições árabes.

Nada semelhante se passou quando os palestinianos assassinaram ao Ministro israeli Rehavam Zeevi. Setenta anos antes da barreira de seguridade de Sharon, já existia o Muro Tegart que separava Palestina de Síria. O terrorismo árabe foi virtualmente inexistente quando Israel seguiu uma política de mão dura baixo os governos de esquerda até os anos setenta. A via para a coexistência pacífica nunca pode basear-se na bondade, senão em quebrar a vontade dos submetidos.

O ocupante que pretenda regir-se pela moral está abocado ao fracasso.


OBADIAH SHOHER

LITTELL


Se llama Littell, es judío, ha escrito una novela de nazis y vive en Barcelona, que es donde la confusión ha consumado su obra maestra. Ahora se le va la vida repitiendo entrevistas.

-Un soldado israelí no es mejor persona que un nazi.

Con una frase así, si eres judío, ya puedes echarte a dormir a la bartola, pues la industria progre se encargará de proporcionarte el resto: dinero de bolsillo, fama de intelectual y un prestigio antifascista para andar por Barcelona, donde fascistas son siempre los otros. Zweig no sabía de un prejuicio más falso que aquel según el cual la verdadera y típica finalidad de la vida de un judío consiste en hacerse rico: el deseo propiamente dicho del judío, su ideal inmanente, es, decía él, ascender al mundo del espíritu, a un estrato cultural superior. Para Littell, Barcelona, donde la frase «un soldado israelí no es mejor persona que un nazi» es el equivalente intelectual a una gambeta de Messi.

A los expertos se les hacen los dedos huéspedes con Littell:

-Pues en Europa ya ha vendido un millón de ejemplares de su novela de nazis...


El mito de los nazis cultos que luego se ponían una guerrera y mataban mucho está muy arraigado entre los progres, que vuelven loco a Littell con el asunto. Littell, el hombre, no se cansa de contestar que la cultura no hace que uno sea más majo, cosa que ya tenía dicha, pero más bellamente, Sloterdijk, sólo que su conferencia debe de ocupar la centésima parte que la novela de Littell, premiada con el Goncourt por la progresía francesa, tan aficionada a los «niños terribles», y Littell lo es. Ahí es nada, un soldado israelí a la altura de un doberman nazi.

¿Puede el Holocausto equipararse a los crímenes de otros pueblos? Habermas, tótem de los progres viejos, respondió en su momento que no, mientras el New York Times -ya saben, ese periódico católico patrocinado por judíos para chasquear a los protestantes- ensalzaba como «conciencia de la nación» alemana a Günter Grass, que todavía no se había sentado a pelar la cebolla.

Y el caso es que, para entender el fenómeno nazi, toda la novela de Littell no vale lo que la simple observación que, al borde de las lágrimas, se hizo el piloto que acompañaba a Galbraith a los interrogatorios de los jerarcas nazis, una banda de «burros cabeceantes», según Speer, bañados en drogas y alcohol:

-¿Quién iba a pensar que estábamos haciendo la mayor guerra de la historia contra ese puñado de lelos?


IGNACIO RUIZ-QUINTANO

CHAMAMENTO TURCO À GUERRA



Venho de lêr no sítio web do The Jerusalem Post que o cabecilha da jauria turca fixo uma advertência a Israel, em resposta aos rumores de que a Força Aérea Israeli usa o espaço aéreo turco para espiar a Iran. Ao tempo que negava os devanditos rumores, Erdogan deixou clara qual seria a sua posição se algum dia Israel incorrisse na tentação: “Israel recebiria uma resposta semelhante a um terremoto”, afirmou este impotente judeófobo. Curiosa a sua advertência, tendo em conta que procede dum “amigo”.

Saquemos as máscaras. Erdogan não é um “moderado”. É um dirigente muçulmão dum país islamista que ódia a Israel e ao povo judeu. Sobretudo a partir da guerra de Gaza, Erdogan tem aproveitado cada oportunidade da que tem disposto para fazer soar os tambores de guerra. Está sedento de assassinar judeus. Erdogan appia plenamente o programa iraniano de destrucção de Israel. Quantas fotografias necessitamos dos seus encontros e boa sintonia com Ahmadineyad? Um país moderado? Um amigo de Israel? Aposto que inclusso os gilipolhas que propagam essas patranhas teriam reticências a ir-se de vacações com os seus moderados amigos turcos esta Janucá. Qualquer pessoa com um punhado de neuronas no seu cerebro entende que Israel carece de amigo algum no mundo. Árabes, muçulmãos ou de qualquer tipo.

Estamos nas datas da Janucá. Imaginade por um instante que os macabeus aínda estivessem por aí. Os genuínos filhos de Matityahu, com o potencial tecnológico das IAF. Que pensades que fazeriam como resposta a este género de ameazas? Em primeiro lugar, convertiriam Iran numa terra erma. Fim da ameaza nuclear. E, na viagem de volta a casa, renderiam visita a Erdogan e tingiriam o seu país de judeófobos num ocêano de sangue turca.

O que só é fantasia hoje, pode ser a realidade amanhã. O autêntico Messias chegará algum dia, e não o fazerá portando uma ponla de oliveira.

Ojalá o vejamos com os nossos olhos.


DANIEL BEN SHMUEL ISRAEL

OBAMA, GUERRA E PAZ





O discurso de Obama, na cerimónia de entrega do Nobel da Paz, tem partes excelentes, e nele se descobre um homem que, forçado pela realidade, teve de descer da estratosfera moral onde todos gostamos de flanar.

Impossibilitado, porque tem responsabilidades políticas e a política é sempre a arte do possível, de olhar o mundo tal como gostaria que fosse, vê-se obrigado a enfrentá-lo tal como ele é.

É por isso que, não desistindo todavia de descrever as coisas como gostaria que fossem, tributo retórico que o vício tem sempre de pagar à virtude, estas ideias são as que verdadeiramente contam no terreno onde nos movemos e na realidade que é a do nosso tempo e das nossas vidas:

1-Não trago aqui hoje a solução definitiva para os problemas da guerra.

2-Temos de compreender a dura verdade de que não iremos erradicar os conflitos violentos no nosso tempo de vida. Haverá momentos em que as nações entenderão o uso da força, não apenas necessário, mas moralmente justificado.

3-Como chefe de estado obrigado a proteger e a defender a minha nação, não posso ser apenas guiado pelos seus exemplos (de Gandhi e de Luther King). Eu encaro o mundo como ele é.

4-Que não haja dúvidas: o Mal existe no mundo. Um movimento pacifista não seria capaz de travar os exércitos de Hitler. As negociações não podem convencer os lideres da Al-Qaeda a baixarem as armas. Dizer que a força é por vezes necessária não é cinismo- é o reconhecimento da história, das imperfeições do homem e dos limites da razão.

5-Sim, os instrumentos da guerra têm um papel a desempenhar na preservação da paz.

6-A guerra é por vezes necessária e é, de algum modo, uma expressão das emoções humanas.

7-Eu, como qualquer outro chefe de estado, reservo-me o direito de agir unilateralmente se tal for necessário para defender a minha nação.

8-A crença de que a paz é desejável, raramente é suficiente para a obter.


Isto é o que conta.

O resto também é importante, mas não é novidade.

De resto, o Pacto Kellog-Briand, que abolia a guerra, é de 1928, continha a habitual retórica estratosférica e foi assinado por todas as nações que, onze anos depois, travaram entre si a mais mortífera guerra da História


O TRUNFO DOS PORCOS



10/12/09

JUSTIZA NÃO, RECTITUDE



As referências à justiza são absurdas. Não existe a justiza nas relações internacionais, senão apenas balanzo de poder. Que justiza há em negar a Iran que possua armas nucleares? É um Estado soberano com tanto direito à energia nuclear como a Grande Bretanha. Já postos, a Grande Bretanha é responsável da morte de mais judeus que Iran, que em último termo é improvável que bombardee Israel.
Por que nos teríamos que preocupar pela justiza? Trinta anos atrás, Egipto estava muito concentrado no seu programa nuclear. Agia inclusso de maneira mais ilegal que Iran: em vez de construir as suas próprias plantas de cengtrifugado,, enriquecia o urânio em China com as plantas russas. Hoje Egipto desenvolve um programa nuclear ostensivelmente pacífico. Imaginade por um momento que se descobrisse que Egipto erige centrais nucleares cujo único objectivo fosse atacar Israel: importariam-nos o mais mínimo os aspectos legais do tratado de paza ou simplesmente bombardearíamos Egipto até retrai-los à época das pirámides?

Outro tanto com os palestinianos. Não é uma questão de justiza o facto de dar-lhes um Estado –a menos que o resto dos 6.000 grupos lingüísticos do planeta tivessem direito a 6.000 Estados; os palestinianos nem sequer constituim um grupo lingüístico. Consentir um Estado palestiniano, na realidade, supõe uma injustiza para os seus milheiros de vítimas entre o povo judeu. A única razão pela que pode que os palestinianos academ um Estado é que os governantes israelis estám aterrorizados, e não se atrevem a expulsar aos seus inimigos e enfrontar-se à opinião ánti-semita mundial.

A justiza é um fenômeno intra-grupal: nele cedemos parte dos nossos interesses imediatos a fim de obter uma contrapartida dos nossos bons vizinhos. Com o resto dos grupos, competimos ou combatemos. Não há razão alguma para negociar com eles em termos de “justiza” –quer dizer, para ceder nos nossos interesses ao seu favor, já que eles não teriam por que obrar reciprocamente. E inclusso se o figessem, que nos poderiam oferecer a câmbio de Judea?

Na Torá não existe o conceito de justiza, senão apenas o de rectitude, que incide na inquestionabilidade de qualquer coisa ordeada por D’us. A justiza abstracta é alheia ao nosso pensamento religioso. As nações de Canaan tinham sem dúvida justificação para defender a sua terra dos judeus invasores, mas D’us os expulsou e ordeou-nos aniquilar àqueles que se opussessem à sua vontade. Matar crianças em Midiam e Amalek foi todo o injusto que se queira, mas figemo-lo por imperativo divino e fomos abençoados por fazê-lo.

“É bom para os judeus?” é a fim de contas uma pergunta errônea. A adequada é: “Ressulta bom para o Judaísmo?”.

Limpar a terra judia de inimigos é, sem dúvida alguma, bom para a nossa fê.


OBADIAH SHOHER

TERTSCH


Hermann Tertsch lembrava-no-lo num artigo que no seu momento reproduzímos em Últimos dias de Bar Kochba: o Bloque Nacionalista Galego (BNG), no poder na Galiza grazas à sua aliança com o PSOE governante em Espanha, ostenta o duvidoso privilégio de ter-se convertido no primeiro partido com responsabilidades institucionais na história de Europa em negar-se a condear o Holocausto, o extermínio de seis milhões de judeus. Fixo-o na Comisão Permanente do Parlamento da Galiza ao opôr-se a uma condeia do nazismo com motivo do Dia da Lembranza às Vítimas do Holocausto celebrado o 27 de Janeiro de 2008, apresentada por iniciativa dos nossos amigos da AGAI.

Inasequível na denúncia desta e todas as imposturas dessa esquerda borracha duma falsa superioridade moral, Tertsch fora despedido há uns quantos anos de El País, onde constituia a sinatura mais emblemática nas páginas de internacional, mas também a mais incómoda por ser amigo de Israel e negar-se a agir como um ánti-semita –na linha do neonázi Juan Miguel Muñoz, correspondente actual deste papel no Meio Leste ou dalguns dos seus colaboradores estrela: Goytisolo, Maruja Torres ou o triste Pepe Saramago. Actualmente é colunista no ABC e dirige o informativo das noites em Telemadrid. Onde põe cada noite do fígado à progressia colega de Hamas e Al Qaeda. Ah, e para além de tudo, aborrece sem titubeios do socialismo e os seus cem milhões de mortos. Quer dizer –no código que utiliza a esquerda progressista nestas latitudes- é um redomado fascista.

A semana passada, um dos agitadores televissivos do sindicalismo da cachiporra e altavoz mediático da becerrada yihadista de Nunca Mais, José Miguel Monzón (para os seus amigos El Gran Wyoming), puxo-o no centro da diana como elemento prescindível e indesejável. Apenas umas horas depois um descerebrado camisa parda de CCOO ou da UGT, suponho, ou se acaso algum ninhato embutido na sua servilheta a quadros palestiniana, agrediu cobarde e selvagemente a Hermann pela espalda provocando-lhe diversas contusões e a fratura de várias vértebras. A canalha a soldo de El País, sacando a passear o estalinista que levam dentro, destacaram na sua telegráfica referência de ontem na antepenúltima página, que “fue agredido en la calle Almirante, próxima al Barrio de Chueca”. Claro, já se sabe, se estás perto do bairro de Chueca é que es um “maricón” (que escândalo para a moral desta hipócrita progressia!) e, ergo, já é conhecido, como bem aplicam os seus idolatrados Castro e Ahmadineyad, que o disoluto gay só entende uma lei: a do páu e pom-te teso. É dificil, em verdade, superar tanta misséria.

Estes valentes milicianos da esquerda, herdeiros dos que em 1934 encheram as cunetas de cadavres com a caluga reventada dum tiro, que a finais dos setenta balearam heroicamente nas pernas ao escritor Federico Jiménez Losantos tras amarrá-lo a uma árvore (hoje são respeitáveis parásitos de ERC nalguma instituição pública a conta dos nossos petos) e que trataram de linchar aquí ao lado a Maria San Gil ou o professor Miguel Cancio por não comungar com a roda de moínho názi, mais cedo que tarde vam rematar pondo um morto acima da mesa. Que não? Ao tempo.

Adjunto, desejando-lhe uma completa recuperação, um texto de Hermann Tertsch publicado há um par de meses no ABC, e remato com as suas palavras: “La esencia de Israel es la superación de la amenaza al exterminio, la defensa a ultranza de la libertad, la dignidad y la conciencia. Es un rotundo y sencillo concepto de vida. Por eso tiene tantos enemigos en todas partes. Pena y pavor da el hecho de que aquí los tengamos en el Gobierno”.


SOPHIA L. FREIRE



LA INTERNACIONAL



La Internacional suena bien, aunque el texto, reconocerán, es algo malhumorado. Me gusta especialmente la fonética del texto alemán. Más suave que el original francés y que el ruso. En cuanto a su música, cierto es que es un himno mediocre, pero nadie discutirá que ha sido un superventas en el siglo XX. Por desgracia para todos.

Muchos millones la cantaron entusiasmados o forzados, otros la tararearon esperando ser fusilados, deportados o en sesiones de tortura. El gran «hit de la igualdad» pronto fue la melodía de la venganza, del odio, la opresión y la muerte. La Internacional fue, por lógica, el primer himno de la URSS. Desde 1922 a 1944. Entonces, en plena guerra, Stalin pensó que le convenían menos coros internacionalistas y más clamor patriota. La Internacional quedó así degradada a mera copla ideológica para conmover o movilizar el entusiasmo revolucionario de los súbditos nacionales, los lacayos extranjeros y los compañeros de viaje. Eso lo hizo bien Stalin, gran amante de la música -y del teatro-. Encargó un himno para la URSS con texto de Sergei Michalkov y música de Alexander Alexandrov. El resultado fue extraordinario. Alexandrov compuso una música que hace del soviético, sin duda, uno de los himnos patrios más bellos de la historia. Hoy vuelve a ser el himno de Rusia, aunque el longevo Sergei Michalkov, autor de la letra original, tuvo que escribir, medio siglo después, otro texto más acorde con los tiempos. Las loas a Stalin y la llamada al exterminio del prójimo resultaban algo anacrónicas. Hoy sólo las cantarían con buena conciencia comunistas españoles.

Pero volvamos a La Internacional. Que por cierto no sé si, cuando suena, cotiza a la hucha de Teddy Bautista en la SGAE. La marcha proletaria no es mejor ni peor, en música y texto, que la canción de Horst Wessel que cantaban las SS y las SA en honor de un nazi muerto erigido en mártir del régimen nazi. Resulta curioso que, evocando como evocan ambas a dos regímenes criminales, la canción de Horst Wessel sólo la cantan los hooligans neonazis alemanes en los estadios cuando están muy borrachos, mientras La Internacional la canta el Partido del Gobierno de España. Nada tienen que ver con grandes himnos o canciones de combate excelsas.


Como himno patriótico, dicho está, hay pocos con la grandeza del soviético, hoy el ruso. Insuperable musicalmente es el Himno de Europa, ultima parte de la Novena Sinfonía de Beethoven. Y gloriosa su versión alemana, en la que se unen el genio de Fráncfort con la maravillosa oda de Schiller a la alegría emanada del amor y la fraternidad de los seres humanos, de la gracia divina, die Freude (la alegría) como soplo de Dios a los humanos, según convicción hoy nada de moda. Por lo demás, como cánticos de combate -que La Internacional también pretende ser-, no conozco nada que supere a las canciones de los regimientos del ejército imperial británico. Con fuerza, solemnidad y belleza literaria, compuestas por compañeros combatientes que iban a las guerras decididos a ganarlas. Porque sabían que iban a matar y morir por una causa mejor que la de su enemigo. Y por una causa superior a cada uno de ellos y a todos ellos en conjunto, que eran patria y dignidad, libertad y grandeza, sus tradiciones y la paz y seguridad de sus familias y su pueblo.

En todo esto pensaba yo el domingo mientras escuchaba La Internacional cantada por lo que parecía un grupo de gañanes a su vuelta de San Fermín. Ni La Internacional, que dejó hace un siglo de ser una canción idealista para convertirse en el himno de la ideología criminal que más muertos ha causado en la historia de la humanidad, se merece un coro como el de Rodiezmo. «Arriba, parias de la Tierra, en pie famélica legión», cantaban los chicos del picnic, entre los que había pocos que hayan trabajado en su vida fuera del sector de la intriga, la escalada y toma de despachos. Todos aparatchiks pidiendo, para repetir el año que viene, ayuda a la famélica legión. Por eso hacen todo lo posible para que ésta crezca sin cesar.

Finalmente, me chocó una contradicción estética. Entre tanto puño en alto, habría que recomendar a Alfonso Guerra que no abra tanto la boca al cantar como al hablar. Porque parece Millán Astray riéndose.


HERMANN TERTSCH

ANTISEMITISMO BOLIVARIANO


El 30 de enero de 2009, 15 individuos fuertemente armados tomaron por asalto la sinagoga Tiferet Israel, en el vecindario de Maripérez en Caracas, Venezuela. Sometieron a los dos guardias, robaron las instalaciones y procedieron a profanar el templo, arrojando al suelo el Torah y otra parafernalia religiosa, y culminaron pintando las paredes con frases antisemitas. Entre lo que escribieron se puede leer: “Fuera, muerte a todos”, “Maldito Israel, muerte”, “666” (marca de la bestia) junto con un dibujo del Diablo, “Fuera judíos”, “No los queremos, asesinos,” una estrella de David, un signo igual y una esvástica, etcétera.

Aun siendo extremo, este evento no es ni aislado ni carece de precedentes. En los últimos cuatro años ha habido señales alarmantes de manifestaciones contra los judíos orquestadas por el Estado, incluyendo una declaración en la Navidad de 2005 hecha por el mismo Hugo Chávez: “El mundo tiene para todos, pues, pero resulta que unas minorías, los descendientes de los mismos que crucificaron a Cristo, los descendientes de los mismos que echaron a Bolívar de aquí y también lo crucificaron a su manera en Santa Marta, allá en Colombia. Una minoría se adueñó de las riquezas del mundo…”.

Ya en noviembre de 2004 la policía incursionó en el centro social, educativo y deportivo Hebraica con la excusa de buscar armas y explosivos. Como en el caso del ataque preventivo de su Némesis, George W. Bush, las armas de destrucción masiva nunca se materializaron. Pero encontrarlas tal vez nunca haya sido el propósito de esta incursión bizarra: el evento estuvo calculado para coincidir con la llegada de una visita oficial de Hugo Chávez a Teherán. Ésta, al menos, es la interpretación que Sammy Eppel, director de la Comisión de Derechos Humanos de la fraternidad Hebrea de Venezuela, hizo del evento: “Chávez le estaba mostrando a Irán: ‘Así es como yo lidio con mis judíos’ ”.

De acuerdo a la Conferencia Mundial Contra el Antisemitismo, que se llevó a cabo en Londres en febrero de 2009, entre octubre y diciembre del pasado año los medios de comunicación chavistas se tornaron notablemente más agresivos: Aporrea publicó 136 textos antisemitas; y desde el comienzo del año hubo un promedio de 45 publicaciones de esta naturaleza cada mes. En los 30 días entre diciembre 28 de 2008 y enero 27 de 2009, coincidiendo con la invasión israelí a Gaza, el número se incremento a un promedio de cinco diarios. En el caso de Vea, la organización alega que el contenido antisemita pasó de un solo texto en octubre de 2008, a 13 en noviembre y 16 en diciembre. Entre finales de diciembre y finales de enero esta misma publicación también promedió más de cinco piezas por día.

Aunque este tipo de conteo puede desdibujar la distinción entre las críticas a las políticas israelíes vis a vis, los palestinos y el puro antisemitismo, la prominencia de temas, tonalidades y sentimientos clásicamente antisemitas es tan asombrosa como innegable. Así, como mínimo, desde la guerra en el Líbano en 2006, los comentarios antisemitas se han hecho habituales en los medios de comunicación que, o están controlados por el gobierno o se encuentran ideológicamente cercanos a éste, tal como Vea, aporrea.org, Cadena Venezolana de Televisión (VTV), especialmente su programa La Hojilla, y en las estaciones de radio públicas y comunitarias. Por ejemplo, Mario Silva, el ancla del principal programa de televisión del chavismo (La Hojilla), declaró en noviembre de 2007, en un momento en que se consolidaba un movimiento estudiantil contra Chávez, que la familia Cohen, dueña de la cadena de centros comerciales Sambil, “son financistas de todo esto que está pasando. Repito, a mí no me van a acusar de antisemita. He dicho desde hace bastante tiempo que aquellos empresarios judíos que no están metidos en la conspiración lo digan. Y muchos del movimiento estudiantil que está ahorita activado tienen que ver con ese grupo”.

El mismo Chávez ha estado a la delantera en el esfuerzo por igualar a Israel con Hitler, para luego envolver a la oposición venezolana en un halo de conspiración judía. Es así que el 26 de agosto de 2006, en una visita a China, Chávez declaró que “Israel critica mucho a Hitler. Nosotros también. Pero han hecho algo parecido, que sé yo si peor, a lo que hacían los nazis contra medio mundo. Eso es fascismo”. Recientemente, el 10 de enero de este año, en los días previos al plebiscito para validar la reelección permanente de Chávez, el líder venezolano metió en un mismo saco a los judíos, el imperio y la oposición interna contra él: “Los dueños de Israel, en otras palabras, el Imperio, son los dueños de la oposición”.

Estas invectivas contra los medios desde las altas esferas del gobierno encuentran su eco en los medios de comunicación chavista, en demostraciones de hostilidad pública, actos de vandalismo, intimidación y graffiti. Un ejemplo flagrante, y tristemente sintomático, es un artículo del 20 de enero de 2009 escrito por Emilio Silva en aporrea.org, titulado “Cómo apoyar a Palestina contra el Estado artificial de Israel”. En éste, Silva llama a que se tomen una serie de medidas orientadas a aislar a la población judía dentro de Venezuela, así como a sus supuestos aliados, en ultima instancia la oposición venezolana en pleno; también llama a la aplicación de medidas internacionales para apoyar la lucha palestina contra Israel, llama a la destrucción del Estado de Israel y asocia al judaísmo con intereses imperiales “euro-gringos”, en lugares tan alejados y dispares como Afganistán, Congo y Colombia. Más allá de los detalles de su programa político, el tono de la crítica, que encuentra amplia resonancia en la prensa chavista, muestra claramente la impronta del antisemitismo moderno. Así, Silva caracteriza al enemigo como esos “hebreos sionistas” a quienes “les duele más el bolsillo que cualquier otra cosa (incluyendo Jehová)”, y hace un llamado a sus lectores para “emplazar públicamente a todo judío que se encuentre en cualquier calle, centro comercial, plaza, etcétera, a que tome posición vociferándole consignas a favor de Palestina y en contra del Estado-aborto de Israel”. El efecto general de esta retórica antisemita es el de cristalizar, bajo la figura del judío, al enemigo interno y externo del chavismo, que luego puede ser o bien expulsado del cuerpo de la nación como un elemento extraño, o sometido públicamente a los designios del pueblo.


El antisemitismo juega un papel crucial en la ideología del chavismo, mejor sintetizada en los escritos del argentino ultranacionalista y negador del Holocausto, Norberto Ceresole. Ceresole contaba con una larga historia de lazos cercanos con elementos popular-nacionalistas al interior de varios ejércitos de Latinoamérica, más notablemente, el presidente del Perú, Luis Velasco Alvarado, a quien sirvió de consejero, y la facción putchista del ejército argentino, conocidos como los carapintadas. Fue a través de este último grupo que Chávez conoció a Ceresole, quien apareció por primera vez en la escena venezolana en 1994 y le sirvió de asesor. A Ceresole lo expulsó de Venezuela la inteligencia de ese país en junio de 1995, acusado de ser propagandista del fallido golpe de Estado de Chávez contra el presidente Carlos Andrés Pérez. Reapareció poco después de que Chávez llegó al poder, en 1999, llegando a estrechar lazos con altos miembros del gobierno. Norberto Ceresole murió en 2003.

Ese mismo año publicó Caudillo, Ejército, Pueblo: La Venezuela del Comandante Chávez, un libro que esboza las ideas y estrategias políticas de Chávez de manera mucho más cercana que los escritos del libertador Simón Bolívar, a quien Chávez rutinariamente nombra como su fuente de inspiración ideológica. Chávez ha defendido repetidamente el pensamiento de Ceresole, a pesar de su posición controversial dentro del movimiento chapista —particularmente entre el ala más moderada, para la cual la posición antisemita de Ceresole no era precisamente el menor de sus defectos—. Tan recientemente como mayo de 2006, Chávez se refirió a Ceresole en su programa de televisión Aló, Presidente como un “gran amigo” y un “intelectual que merece gran respeto”.

El boceto que Ceresole hace del chavismo se basa en la triangulación entre el líder, el pueblo y el ejército, donde lo fundamental es la relación física y corporal entre estos tres elementos, articulados por la figura de Chávez. Ceresole interpretó el mandato de Chávez a raíz de su primer triunfo electoral en los siguientes términos: “La orden que emite el pueblo de Venezuela el 6 de diciembre de 1998 es clara y terminante. Una persona física, y no una idea abstracta o un ‘partido’ genérico, fue ‘delegada’ —por ese pueblo— para ejercer un poder”.
Consistentemente con esta interpretación, Ceresole diferencia al chavismo del fascismo, al cual se refiere, de manera poco candorosa, como “los nacionalismos europeos de la primera posguerra”, en base al hecho que en el primero no hay una estructura de partido predominante, siendo en cambio lo fundamental la relación física inmediata entre el líder y el pueblo, con todas las otras instancias políticas figurando meramente como canales de transmisión entre ambos. No es, por tanto, una coincidencia que Human Rights recientemente haya declarado que “un rasgo definitorio de la presidencia de Chávez ha sido el desprecio por el principio de la separación de poderes establecido en la Constitución de 1999 —y, específicamente, la idea de que un sistema judicial independiente es indispensable para proteger los derechos fundamentales”. La corporalizacion chavista de la política busca obviar todas las instancias representativas en favor de una relación visceral inmediata entre el líder y sus seguidores. Dentro de una semejante figuración de la política, cualquier visión alternativa es expulsada del cuerpo de la nación y reducida a un elemento ajeno y monstruoso que debe ser aniquilado.


En un esquema como éste, la figura del judío resulta altamente conveniente y los escritos de Ceresole exhiben la paranoia antisemita más tradicional. No es coincidencia que el primer encabezado de la introducción al libro de Ceresole sobre Chávez sea “La ‘cuestión judía’ y el Estado de Israel”. El lugar del antisemitismo en un libro semejante puede resultar extraño, pero Ceresole explica sus razones con suficiente claridad: “Nunca antes en mi vida había percibido el ‘problema judío’ hasta el momento en que descubrí, empíricamente, que los llamados ‘atentados terroristas de Buenos Aires’ (1992 y 1994, a cuyo estudio dediqué hasta el momento cuatro libros) correspondían a una crisis interna del Estado de Israel y no a la acción de un supuesto ‘terrorismo islámico’. Fue en ese momento, a partir de 1995, que ‘los judíos’ irrumpen en mi vida. ‘Los descubría de pronto no tales como los había conocido hasta entonces, es decir como individuos distintos unos de otros, sino como elementos imposibles de desprenderse unos de otros, un grupo unido por el odio, y para usar el término que prefieren, la ‘cólera’ ”.

Así, Ceresole atribuyó la bomba al Centro Judío de Buenos Aires, que ocasionó la muerte de 87 personas y dejó heridas a más de 100, a los propios judíos. Es interesante que la reacción de Chávez ante el saqueo de la sinagoga Tiferet Israel no fue muy diferente: sólo se podía tratar de un ataque perpetrado por la oposición contra su régimen. Igualmente, Chávez ha estado entre los promotores de la idea de que los ataques del 11 de septiembre fueron el resultado de una conspiración orquestada por el gobierno de Bush orientada a culpar a los militantes islámicos y así justificar sus planes para invadir a Irak.

De manera más general, a pesar del romance entre Chávez y una retahíla de superestrellas intelectuales de una cierta izquierda (desde Antonio Negri hasta Oliver Stone), la ausencia de consideración por las instancias representativas en última instancia convierte a la ideología y a las ideas en general en un reflejo escuálido de los gestos y gesticulaciones robustas del líder. Para decirlo en palabras de Ceresole: “El modelo venezolano no es una construcción teórica, sino una emergencia de la realidad. Es el resultado de una confluencia de factores que podríamos definir como ‘físicos’ (en oposición a los llamados factores ‘ideológicos’) que no habían sido pre-pensados”. En lugar de partidos políticos, instituciones representativas y, sobre todo, ideologías, el chavismo se ve a sí mismo como una relación física entre el pueblo y Chávez, con el amor como el cemento poderoso que los aglutina, y la mierda como la sustancia íntima de la oposición.



Muy en línea con el boceto de Ceresole, diez años de régimen chavista han socavado la autonomía que las instituciones representativas pudieran haber ejercido en la mediación política. Este proceso ha sido ampliamente documentado por Human Rights Watch, quien, entre otras cosas, afirma que “en 2004, Chávez refrendó leyes que hicieron posible que sus seguidores en la Asamblea Nacional a la vez purgaran y abarrotaran la Corte Suprema con simpatizantes del régimen […] desde que se consumó esta toma, típicamente la respuesta de la corte a las medidas gubernamentales que amenazan los derechos fundamentales ha sido de pasividad y aquiescencia”. Existe discriminación rampante contra los miembros de la oposición en las prácticas de contratación gubernamental, en la emisión de documentos de identidad y en el uso de agencias del gobierno como base electoral, etcétera. En lugar de instituciones de representación independientes, el régimen ofrece amor, desbordante y sin sosiego, entre el líder y las masas.

Así, por ejemplo, en la reciente campaña por el referéndum para abolir los límites a la reelección presidencial, el lema principal era “Amor con amor se paga”, una frase que promovía la idea de que el amor espontáneo y desbordante de Chávez por el pueblo viene con obligaciones que deben ser correspondidas. El problema con sustituir la protección institucional de los derechos con el lenguaje del amor es que cualquier señal de desencanto puede ser leída como falta de amor, como ingratitud o como una afiliación oculta a los designios del enemigo foráneo: el capitalismo, el “imperialismo euro-gringo”, o, mejor aún, el Imperialismo Sionista-Fascista-Euro-Gringo.

Más allá de las apariencias, el chavismo sufre de dificultades crónicas para fijar un enemigo estable. A pesar de esfuerzos constantes por reducir a la oposición a una minúscula oligarquía interna respaldada por el imperialismo, las fricciones sociales se multiplican y los enemigos proliferan, desde los sindicatos de trabajadores hasta el movimiento estudiantil, la Iglesia, las organizaciones de la sociedad civil, etcétera. Estas dificultades se reflejan en la incontinencia verbal institucionalizada de Chávez (con actuaciones semanales en su show Aló Presidente), así como en una arriesgada, a la vez que calculada, estrategia mediática basada en ganar perfil a los ojos del público a través de una combinación de medidas inesperadas, gestos dramáticos, amenazas e insultos. En este sentido, la personalidad mediática de Chávez es consistente con la estrategia fascista de hacer a un lado toda forma protocolar y sustituirla con la gestualidad excesiva del payaso. Chávez es el Ubu Roi de Venezuela: constantemente cambiando las reglas del juego para desorientar al oponente.

La dificultad para fijar un enemigo estable es sólo el anverso de la incapacidad del chavismo para estabilizarse a sí mismo. La inestabilidad del chavismo es endémica. Las razones para ello son varias, y este no es el lugar para analizarlas en detalle. Simplemente digamos que dicha inestabilidad nace, en parte, del intento desmesurado de instaurar una revolución de corte jacobino, con todo lo que ello implica de centralización estatal, bajo condiciones de la más intensa globalización, que hacen que un intento tal o bien continuamente se atasque o, si no, se descarrile. En gran mediada ocasionada por esas mismas dificultades, la inestabilidad también nace de una política deliberada de debilitar a las instancias representativas y reemplazarlas con “amor” y un cálculo político que permite que el líder satisfaga su propia visceralidad contra sus enemigos. El resultado más inmediato de premisas tan apasionadas y sentimentales es una percepción de la política, y de la vida política, como un combate agonístico, cuerpo a cuerpo, entre “el pueblo”, unido por el “amor”, y una serie de enemigos proliferantes, unificados sólo por el odio —la “ira” demasiado bíblica que Ceresole le imputa a los judíos.

El papel del mal como la fuerza aglutinante de la oposición es central en el vocabulario político de Chávez. Chávez representa a sus enemigos como inherentemente débiles y despreciables. Necesitan del mal para poder solidificarse como fuerza política. Chávez se refiere a sus oponentes como “escuálidos”, un término que no sólo connota suciedad y abyección, sino también insustancialidad, debilidad y esmirriamiento. No es sorprendente que las figuras que la vulgata reaccionaria canónicamente asocia con la degradación se insinúen insidiosamente en este discurso. Al igual que con su admirado “padre” Fidel Castro, la homofobia forma parte de ese repertorio; aunque a diferencia del caso cubano, donde la homosexualidad fue proscrita y los homosexuales fueron perseguidos, el chavismo deja la homofobia para la invectiva sin hacerla una política institucionalizada del Estado.


Más comúnmente, los sentimientos e imágenes homofóbicos se movilizan alrededor de la figura del escuálido. Así, por ejemplo, el tema chavista en la llamada Batalla de Santa Inés —contra la campaña de la oposición en 2004 para revocar al mandato de Chávez— fue “Florentino y el Diablo”, un relato sobre un llanero, en la versión chavista muy buen mozo y masculino, que gana un duelo contra el Diablo. En la campaña se identifica a Chávez con Florentino, quien aparece en una serie de afiches y tiras cómicas como un jinete rozagante a lomos de un caballo alto y sobreponiéndose, lanza en ristre, a un Diablo aprensivo y estereotípicamente gay que representa a los escuálidos. La lanza de Florentino apunta al trasero del Diablo, en un gesto de penetración que el mismo Chávez ejecutó verbalmente. En el programa de televisión La Hojilla, Chávez usó la sodomización como su metáfora para dominar a la oposición (vamos a jugar el juego del rojo... tú te agachas y yo te cojo). Este juego verbal no cuestiona la identidad del género del propio Chávez, ya que en gran parte de Latinoamérica el hombre sodomizador no es considerado homosexual.

Tal vez el ejemplo más triste y marcado de la homofobia oficial ocurrió durante una de las escaramuzas con la iglesia católica que, junto a los medios, es el principal oponente institucionalizado del régimen. En ocasión del asesinato de un prominente sacerdote en un cuarto de hotel en Caracas, el fiscal general de Venezuela buscó disipar las críticas a la incapacidad del gobierno para combatir el crimen diciendo que el sacerdote “participó en su muerte”, prueba de ello es que “se encontró excremento, y se encontraron lesiones en el ano”. Otro ejemplo elocuente lo proporciona Mario Silva, el conductor de La Hojilla, quien, tras llamar pato a un columnista social que criticó el mal gusto del desfile militar, y a quien en esa oportunidad acusó de homosexual, agregó: “Yo me imagino que tú serías partidario, para ver con glamour todo lo que sería el desfile, que nuestra fuerza armada vistiera de rosado, me imagino, ¿no? O con, ¿qué te digo yo?, un uniforme de tafetán con lentejuelas, una cosa así, pues, seda pura, tú serías el primero que desfilarías delante, con unas plumas, por cierto, botándote; yo no soy homofóbico, pero cada quien tiene que asumir su condición: tú no puedes hablar del ejército, el ejército es muy ajeno a lo que tú eres y tienes que respetar”. Pronunciamientos como éste frecuentemente vienen seguidos de declaraciones del pretendido amor del hablante por los gay y su tierno compromiso con el multiculturalismo.

La sustancia que todos los opositores tienen en común, ya sean escuálidos, patos o Gringo-Sionista-Imperialistas, es la mierda. En un discurso agresivo que pronunció rodeado de todo el alto mando del ejército, y vestido él mismo de militar, Chávez se refirió a la victoria de la oposición el día después del referéndum clave, como una “victoria de mierda”. Chávez frecuentemente llama a sus enemigos plastas (de mierda) así que su victorias deben ser también de mierda, y el ejército se hizo públicamente presente como fuerza de contención. Esta metáfora es tal vez sintomática de la histeria con respecto a la oposición: nunca es fácil mantener a la mierda en su lugar. Lina Ron, la líder del ala más radical del movimiento bolivariano, refiriéndose a la oposición, escribió en su columna semanal que “nosotros los chavistas radicales somos como el Guaire, mientras más M… nos echan, más crecemos, cuando nos desbordemos los damnificaremos”.

Alguna vez un río cristalino, hoy el Guaire es una cloaca abierta que divide a Caracas en dos segmentos más o menos iguales. Pero a diferencia de su uso más frecuente en Chávez, aquí la “mierda” no es un término de abuso reservado para los oponentes; más bien es una forma de autodescripción empleada por Ron para referirse a las propias fuerzas bolivarianas, creciendo como un río tumultuoso de heces para anegar a sus oponentes. En suma, si podemos afirmar literalmente que el vocabulario “bolivariano” está lleno de mierda, ello se debe a la inhabilidad del régimen para estabilizar al enemigo político, lo cual explica la obsesión bolivariana por identificarlos físicamente: el enemigo como mierda, el enemigo como gay o el enemigo como judío.



Uno de los rasgos clave del gobierno de Chávez, desde su inicio, ha sido la incapacidad para doblegar completamente al aparato estatal heredado a su voluntad, o para abolirlo y reemplazarlo con su propio diseño revolucionario. Después de todo, el régimen tiene un estatuto ambiguo, ya que busca llevar a cabo una revolución —concebida como una re-fundación de la nación— dentro de las restricciones de procesos electorales, convenciones constitucionales, y las expectativas de actores preexistentes internos y externos. En otras palabras, la “Revolución Bolivariana” se ha desarrollado dentro de un marco donde se espera que ciertas prácticas democráticas continúen vigentes, y donde los derechos de los consumidores, los sindicalistas, las burocracias gubernamentales, las organizaciones comunitarias y los propietarios, sean tenidos en cuenta, si no necesariamente respetados. Una estrategia para lidiar con esta situación es reescribir las reglas del juego constantemente, redefiniendo lo que es y no es legal, criminalizando la oposición y cambiando el ámbito de acción de las instituciones estatales.

En términos más generales, sin embargo, el chavismo ha tendido a desarrollar una estructura institucional dual: la vieja, crecientemente decrépita, estructura de escuelas, hospitales, carreteras, etcétera, coexiste y compite con un gobierno paralelo, sujeto directamente a Chávez, que maneja los petrodólares con un estilo más flexible y discrecional. Confrontado con la dificultad de consolidar un régimen estable, el chavismo ha optado frecuentemente por dejar que las instituciones “del orden burgués” se pudran, mientras que a la vez importa las funciones estatales más relevantes —inteligencia, educación, salud, deporte, obras públicas— como otras tantas franquicias, principalmente, de Cuba. Así, persuasivamente, Jorge Castañeda ha contrarrestado la idea de que el Estado venezolano le da a Cuba sin recibir nada a cambio. En lugar de una simplificación semejante, Castañeda insiste que el intercambio entre los dos Estados es crucial para la supervivencia de ambos: si Venezuela le da petróleo barato a Cuba, recibe a cambio inteligencia y un aparato de seguridad que es fundamental para la supervivencia personal y política de Chávez.

En la teoría leninista clásica, la dualidad del poder entre las estructuras del antiguo régimen y las instituciones revolucionarias emergentes estaba concebida para un breve periodo de transición. En la Venezuela de Chávez, por el contrario, esta dualidad se ha tornado endémica. Como resultado, la capacidad del Estado para rendir cuentas a la sociedad se ha visto comprometida y la incertidumbre es omnipresente. Grupos paramilitares, mafias de drogas, altos índices de criminalidad, escuadrones de la muerte y corrupción prosperan en una situación semejante. Respondiendo a las manifestaciones de alarma en la prensa y la comunidad internacional ante el saqueo y la profanación de la sinagoga Tiferet Israel, el gobierno produjo una serie de culpables que incluían ocho miembros fuertemente armados de una policía municipal. Dadas las estructuras de gobierno dual, y la difusión de armas entre grupos sociales de tendencias variadas, la significación de tal hallazgo es difícil de evaluar. La pregunta de si un grupo de esta naturaleza opera siguiendo instrucciones emanadas de arriba, o si se trata de simples vándalos ocultándose tras la retórica antisemita difusa que el gobierno ha hecho suya es, en cierto grado, irrelevante. Cuando las pandillas andan hasta tal punto por la libre, el Estado mismo se comporta cada vez más como una pandilla.


El saqueo de la sinagoga Tiferet Israel claramente prendió muchas alarmas en los medios locales e internacionales. A medida que las críticas subieron de volumen, la posición inicial de Chávez se hizo insostenible. Su primera reacción fue culpar a la oposición por el ataque. Dada su tendencia a fusionar oposición, imperialismo y judíos, la posibilidad de un complot judío casi se sugería sola. Pero, confrontado con el clamor, Chávez no siguió ese curso de acción e instruyó a su ministro para que encontrara a los culpables, lo cual hizo en una semana. Paralelamente a abrir paso al trabajo de los tribunales, Chávez insistió en que la libertad de cultos era, y seguiría siendo, respetada en Venezuela, como si la libertad de cultos fuera lo que realmente estaba en discusión.

La reducción del antisemitismo a una modalidad de intolerancia religiosa es un subterfugio. Le permite a Chávez concentrarse en asuntos de pluralismo religioso y a la vez sustraer la atención pública de sus ataques impenitentes a los judíos y, de manera más general, a la figura del judío como la encarnación suprema de la abyección. Estos son sus blancos reales. Desde la época del Asunto Dreyfus, el antisemitismo moderno se ha conectado con ansiedades relacionadas con la integridad nacional y no con el pluralismo religioso per se. A Chávez le pueden desagradar los 15 mil judíos venezolanos, pero el problema más serio es que ha elegido caracterizar a su oposición como antinacional. Aquí es donde se inserta la figura del judío. La libertad de cultos nunca ha sido un problema en Venezuela —hay demasiados protestantes, católicos y hasta suficientes judíos y musulmanes para hacer de la abolición de la libertad de cultos algo políticamente impracticable y completamente impopular—. En este sentido, la “garantía” de la libertad religiosa de Chávez es un escamoteo vulgar.

Sin embargo, tampoco puede decirse que la religión no tenga importancia. En la guerra entre el “pueblo del amor” y el “pueblo de la mierda”, el simbolismo religioso viene como anillo al dedo. El editor y líder opositor de izquierda Teodoro Petkoff, ha señalado que Chávez reduce el conflicto entre Israel y Palestina a una guerra de religiones. Tras los ataques desproporcionados y mortíferos de Israel a Gaza, Chávez rompió relaciones diplomáticas con Israel. Menos destacado en los medios internacionales fue la manera provocativa del gobierno de expresar solidaridad con Palestina: el ministro del Exterior encabezó una delegación oficial, con todos sus miembros usando una kiffiah, hasta la mezquita de Caracas. Expresando su solidaridad en una mezquita en vez de un edificio del gobierno, Chávez identificó la causa palestina con la causa del Islam (implícitamente solidarizándose con Hamas, por encima de la Autoridad Palestina), e identificó a la nación venezolana con el Islam, así como identifica al judaísmo con el Imperio. El graffiti chavista equipara la estrella de David con la esvástica, también proclama que “Islam es nuestro Patrimonio”. Paradójicamente, este juego de identificaciones y equivalencias convierten el aclamado pluralismo religioso de Chávez en una suerte de guerra de religiones.

Está claro que el antisemitismo bolivariano tiene amplias implicaciones y efectos sobre la sociedad venezolana. Para la comunidad judía el efecto inmediato es sembrar dudas sobre la pertenencia nacional de los judíos venezolanos. Tras el incidente de la sinagoga, este mensaje no pasó inadvertido y, en una demostración de protesta, miembros de esa comunidad marcharon enseñando sus tarjetas de identidad. En años recientes la comunidad judía en Venezuela disminuyó de 15 mil a unos 12 mil individuos, y es posible, irónicamente, que al intimidar y discriminar a los judíos venezolanos, Chávez ha incrementado la emigración hacia Israel. La postura del gobierno venezolano contamina la discusión de la cuestión palestino/israelí con el veneno del antisemitismo, inhibiendo una discusión justa y productiva en el seno de la izquierda. Finalmente, la insistencia presidencial en una política denigratoria arruina la promesa del movimiento progresista venezolano, haciendo imposible una discusión franca y, sobre todo, productiva del clasismo y el racismo que sin duda anidan en sectores de la sociedad venezolana. Como en el caso de su primo lejano, el peronismo, la dependencia de Chávez de una política de confrontación y ventajismo desmedido sólo puede resultar en atrincheramiento. Tal como venimos sugiriendo, el costo del antisemitismo bolivariano es tan oneroso para la sociedad en su conjunto como para la comunidad judía. Cuando un régimen combina populismo, uniformes miliares, homofobia y antisemitismo, es hora de preocuparse.



CLAUDIO LOMNITZ e RAFAEL SÁNCHEZ *


* Claudio Lomnitz é director e profissor do Centro para o Estudo de Raza e Etnicidade da Universidade de Columbia. É autor de Death and the Idea of Mexico.

* Rafael Sánchez é profissor do Centro de Estudos para Latinoamérica e o Caribe da Universidade de New York.


[Hat tip, Ignacio Ruiz-Quintano]

09/12/09

EM CADA GERAÇÃO


Hoje aprendim uma coisa sobre o ánti-semitismo. Estava lendo uma notícia referente a um discípulo de Louis Farrakhan que pronunciou um discurso na Universidade de Howard e não deixou de cuspir ferozes e violentas invectivas contra os judeus e os brancos.

E eu pensei: “Mas, sem dúvida, se o público (e pode que inclusso o orador) se detivesse a pensar um momento, daria-se conta de que estas acusações são ridículas”. E pensei também: “Mas, sem dúvida, o público tem que saber que os judeus temos sido amigos dos afroamericanos, e que sempre temos sido os primeiros e mais activos defensores dos Direitos Civis. Não têm mais que consultar as crônicas e…”.

Duas típicas reacções de branco progre de classe meia (de “judeu”, se o prefirem).

Mas a mim deram-me resposta a uma pergunta.

É uma pergunta que nos plantejávamos os judeus da minha idade durante a adolescência e a juventude. Interpelávamos aos nossos pais e perguntávamos-lhes (referindo-nos ao Holocausto): “Mas como permitiram (ou permitíchedes) que seguisse adiante? É que não veíades o que se estava a passar?”.

E, como é natural, os nossos pais não tinham resposta para aquela pergunta retórica e acusatória.

Hoje, com a minha reacção ao artigo, tenho achado a resposta àquela pergunta.

A minha reacção de branco progre de classe meia à cizanha de Farrakhan foi a mesma que tiveram os meus irmãos e irmãs da Alemanha ao começo do nazismo. “Mas é que estades mal informados. Mira, escuita um momento…”.


Esse foi o nosso erro: o ódio aos judeus não o provocam os judeus. Não se deve a malentendido algum. Nem sequer o provoca a necessidade de odiar aos judeus. Causa-o a simples necessidade de odiar. Os judeus não somos a causa do ánti-semitismo, não o tem provocado nada que nós tenhamos feito, e nada há que poidamos fazer para remediá-lo. Somos apenas a vítima eligida.

Não podemos remediá-lo, e intentá-lo não seria apenas inútil senão autodestrutivo. O único que podemos fazer é defender-nos de ele. As explicações, os razoamentos e, sobretudo, a tolerância em resposta ao ánti-semitismo têm efectos desastrosos para nós.

Não é que essas reacções agravem o problema. Não o agravam, mas fazem-nos perder de vista o perigo da indefensão. A razão não serve de defesa contra o ánti-semitismo. O menor vestígio de ódio racial é uma cunha inquisitiva cujo resultado final é o crime.

O ánti-semitismo não é ignorância, é loucura: a fúria humana dirigida contra um objectivo que se considera à vez adequado e desprotegido. De nada lhe serve a uma mulher apelar a razoamentos feministas para defender-se de um iminente violador. A causa da violação não é nenhum malentendido. Também não a provoca a vítima. O mesmo se passa com o ánti-semitismo.

Pido desculpas aos meus pais pelas minhas ingênuas perguntas, e por ter interpretado o seu silêncio como ignorância ou complicidade.

A Torá diz que Amalec estará conosco em cada geração. A absurda pergunta dos jóvenes era, mais que outra coisa, uma expressão do desejo de que a sua geração se librasse. O silêncio dos meus pais era pura cortesia.


DAVID MAMET

(Publicado em The Forward)

¡CHÉ, QUE MURGA!



Argentina ha dado a los pobres del mundo dos grandes campeones: Evita y el Che. Evita salía al balcón de la Casa Rosada y gritaba:

-¡Y ahora, todos a coro, maldecid conmigo a las cien familias que explotaron a Argentina durante dos siglos!

El Che, algo más «sonso», escribió una frase -«un pueblo sin odio no puede triunfar sobre un enemigo brutal»- que no tiene la exactitud poética de la de Marx -«las aguas heladas del cálculo egoísta»-, pero que vuelve locos a sus camiseteros: la embajadora de la Onu para la paz Angelina Jolie, el ex futbolista Maradona, el torero José Tomás o el etarra Iñaqui Bilbao, ése que, envuelto en la camiseta del Ché, ante los jueces de la Audiencia se pone como la niña de «El exorcista», profiriendo palabras «ofensivas y amenazantes, como las que hacían referencia al kilómetro 105 de mis cuernos» (Garzón) y palabrotas propias de un síndrome de Tourette progresista: «Fascista, cobarde, fascista, torturador, fascista, asesino, fascista...»

Locos por los pobres, como dicen estar todos estos, ¿por qué se ponen la camiseta del Che, quien, al fin y al cabo, tras de haberlos creado, no tuvo tiempo de socorrerlos, en lugar de la de Evita, quien, después de todo, tenía algo del cuadro «Santa Isabel de Hungría socorriendo a los pobres»? La respuesta no es que, a estos, Korda les parezca mejor retratista que Murillo; la respuesta es que, llegado el caso, no sabrían decir si Evita es con hache o sin hache, cosa que el Che...

El Che, además, era doctor, como Llamazares. Una mezcla de la boina de Josu Ternera y la labia de Valdano. El enredador Ricardo Bada ha recordado cómo Joseph Brodsky, en su discurso de recepción en Estocolmo, dijo que lo primero que había que preguntar a un posible dueño de nuestros destinos no es cómo imagina su política exterior, sino cuál es su actitud frente a Dickens. ¿Dickens?

-Creo que, para quien ha leído profusamente a Dickens, disparar contra el prójimo en nombre de una idea es más problemático que para quien no ha leído a Dickens.

¿Cuál hubiera sido, como pistolero, la actitud del Che frente a Dickens, nuestro Homero de los pobres? Cualquiera sabe. El propio Brodsky reconocía que una persona culta es capaz no sólo de matar a su semejante, sino de sentir, al hacerlo, un éxtasis de convicción. Lenin, dice, era culto, Stalin era culto y Mao incluso escribía versos, mas lo que todos estos hombres tienen en común es que su lista de disparos es más larga que su lista de lecturas, y eso que las lecturas de un tipo como Stalin, según el inventario de su biblioteca privada publicado por «Pravda» en 1994, venían a ser madalenas, lazos, rosquillas, tortos y galletas variadas: Espinosa, Descartes, Kant, Pushkin, Flaubert, Maupassant, H. G. Wells, Jack London y, por supuesto, Dickens, con entrañables anotaciones al margen, como la de «extraordinariamente original» donde Anatole France escribe que las flores, al contrario que los seres humanos, muestran orgullosas sus órganos reproductores.

Parece ser que en el diario de lecturas del Che había obras de Lenin y Engels, pero también, qué le vamos a hacer, de Goytisolo. Como ministro de las cuentas de Cuba, el Che inventó el intercambio comercial de azúcar de La Habana por máquinas quitanieves de Moscú, pero es que él era un idealista. Un amigo cubano de Zoé Valdés atribuye «toda esta euforia maricona» con el Che, que era homófobo, a los «Diarios de motocicleta» de Walter Salles, donde muchos homosexuales interpretaron que el Che era loca porque lo interpretaba Gael García. A los cuarenta años de la muerte del Che, en España, Gutiérrez, de las Juventudes Socialistas, ya sabe, gracias, quizás, a la Educación para la Ciudadanía, que el Che «sigue siendo el paradigma del joven comprometido que lucha para acabar con el totalitarismo» (sic), y Aragonés, de las juventudes de la Esquerra, sabe también que el Che es «un referente para los que somos jóvenes, izquierdistas y patriotas de naciones oprimidas y dominadas» (sic).

Que así es como estos dos muchachos se aseguran una nómina del Estado para toda la vida.


IGNACIO RUIZ-QUINTANO

JUDEUS FÓRA!


A Conferência de Ministros de AA.EE. da União Europeia aceitou uma resolução tendente a que os seus Estados membros não reconheçam câmbio algum producido a partir das linhas do armistício de 1948. Isso significa que arredor de 460.000 judeus devem ser expulsados de Judea, Samaria e Jerusalém. De ser implementada esta resolução, suporia a maior comoção entre a comunidade judia desde a repressão názi. O texto final da resolução utiliza uma linguagem ligeiramente mais moderada.

Estes ministros não têm nem ideia do que falam. A fronteira ad hoc de 1948 é contraproducente tanto para os judeus como para os palestinianos. De implementar-se ao pé da letra, deixaria aos judeus inclusso sem o Muro Occidental e todos os edifícios governamentais de Jerusalém.

Para além da lenda sobre a nossa influência, os judeus estamos perdendo a batalha da propaganda internacional pelo simples facto de que as aspirações dos muçulmãos que vivem na nossa terra são congruentes com o ánti-semitismo cristão.

UNA CANTA, LA OTRA NO





Agnès Varda dirigió en 1976 una película suavemente feminista: 'Una canta, la otra no', que planteaba la vida de dos amigas con distinto grado de 'concienciación', palabra muy trajinada en la época, respecto al tema.

La película no fue un hito en la historia del cine europeo, pero su título me vino a la cabeza al leer en la prensa amiga el artículo de Manoliño Rivas “Los herejes”. He aquí sus dos primeros párrafos:

"Un juez ha ordenado la expulsión de los estrados de la Audiencia Nacional de una abogada que se cubría el pelo con un pañuelo, a la manera musulmana.
No sabemos si habría tomado la misma decisión en el caso de que la letrada fuese una monja con su toca y hábito. Seguramente sí. Tal vez sí. Tal vez no."

Léanlo otra vez, porque es una obra maestra del pensamiento socialdemócrata, en su labilidad y delicuescencia. Parecía una analogía razonable: dos mujeres que profesan religiones distintas se cubren la cabeza con alguna clase de tejido. Fue en este estadio de primera impresión cuando traté de pensar qué me incomodaba en la analogía del ideólogo de 'Nunca mais o poucas veces, iso depende'. Y me vino a la cabeza el título de Varda: 'Una canta, la otra no'.

Hace ya bastantes años que uno es descreído hasta en su ateísmo, pero hay una diferencia entre las religiones que representan las mujeres de las fotos. El hecho de no creer en ninguna de las dos no me permite la equidistancia: Una de ellas es compatible con la sociedad de libertades en la que me gusta vivir, la otra no. Una de ellas es compatible con la igualdad de las mujeres, la otra no. En una de ellas, los obispos pueden excomulgar, apartar de la Iglesia a aquellos de sus fieles que no siguen sus reglas, pero no pueden encarcelarlos como en la otra. Sólo en las sociedades islamistas se cuelga a los homosexuales de las grúas y se lapida a las mujeres adúlteras. ¿Qué sería de nuestras analogías y metáforas si tuviésemos en cuenta los hechos sórdidos que nos las deslucen?


La diferencia entre las mujeres de las fotos respecto a sus respectivos hábitos es la voluntad. Las monjas se ponen las tocas porque quieren, las musulmanas porque las obligan. Nada tiene que ver el hecho de que algunas de ellas lleven el 'hijab' de buen grado. Cuando empezaron a ponérselo, nadie les preguntó si querían o no.

Nadie obliga a una monja a ponerse el hábito. Nadie la reprime por no hacerlo. Hace exactamente un mes que una mujer marroquí embarazada sufrió una brutal paliza a manos de un matrimonio de compatriotas suyos a la puerta del colegio al que había ido a esperar a su hijo, mientras le gritaban: "Tú te mereces estar en un puticlub".


No eran familiares -y qué si lo fueran -sino dos buenos musulmanes cabreados al ver a una de las suyas sin el velo islámico. Saadia, que así se llama la mujer, embarazada, abortó unos días más tarde como consecuencia de la paliza. Su marido prefiere dejarlo correr, no quiere líos. Estos pequeños detalles no le han cabido a Manolo en su columna. No ha escrito sobre el asunto. Su escándalo ante la religión que nos queda más cerca, con sus Roucos y sus excomuniones no permite a nuestros progres abrir la boca sobre el islamismo. Las caricaturas danesas. Acojonan, ¿eh?, que decía el buen marqués de Leguineche en 'Patrimonio Nacional'. Yo tengo oído en una tertulia a Margarita Sáenz Díez una relativa defensa del islamismo: "¿Y las cruzadas?", preguntó con su rintintín y hasta su cabo Rusty. Esa era la clave del asunto. Hay que remontarse al siglo X para encontrar una Iglesia Católica comparable al Islam de hoy.

Manoliño puede cantar las cuarenta una vez al mes a la jerarquía de la Iglesia Católica. Rouco o Martínez Camino, pongamos por caso. ¿Se atrevería a publicar un artículo equiparable sobre un Ayatollah? Ni siquiera digo en Irán, aquí mismo.

Venga, artista, no te arrugues, que tú puedes.


SANTIAGO GONZÁLEZ

URUGUAI: JÁ A TEMOS LIADA




Mujica tiende la mano a Chávez

07/12/09

DIVIDIDOS PERDEREMOS


É frustrante escrever este artigo. Implica que desafortunadamente não todos entendemos que vamos no mesmo barco.

Se perguntades aos israelis se o Rio Jordão é a nossa fronteira leste, aposto que mais do 95% do país estará dacordo –inclusso a pesar de que abarque para além da Linha de Armistício de 1967.

Quando foi anunciada a congelação dos assentamentos, a reacção imediata dos assentamentos de “esquerda” no Val do Jordão foi inequívoca. Disseram a Barak que eles não são “colonos”. Eles são “camaradas da esquerda como ti”. O Val do Jordão é, por suposto, a fronteiura leste do Estado de Israel. Por que haveria de afectar-lhes a congelação?

E então os jareidi e a UTJ saltaram a bordo.


Por que haveria que aplicar a congelação aos seus assentamentos? Eles não são colonos ideologizados. Eles trasladaram-se a Beitar porque não se lhes permitia edificar vilas noutro lugar, e não tinham outro sítio onde viver. Não os castiguemos por culpa dos “colonos”. Etcétera.

E, por suposto, os residentes de Jerusalém também não entendem como os seus vizindários são congelados sob o argumento de que os seus planos de construcção devem ser detidos (em Jerusalém!).

O que tudo isto significa é que não comprendem que vamos num mesmo barco: esquerda, colonos, jareidis, jerusalemitas, e incluso os habitantes da muito chic Tel Aviv.

Se não optamos por combater contra a congelação todos juntos, todas as nossas vilas serão destruídas –e, portanto, o próprio país.

Só se permanecemos unidos reuniremos a forza necessária para enfrontar-nos aos EEUU e a Iran.


No noticiário israeli desta tarde amosavam à polícia israeli agindo nos assentamentos. Precisavam cinco polícias para reduzir a cada rapaza colona que se aplicavam em golpear. Kol hakavod [tudo o respeito] para as nossas heróicas jóvenes colonas. Elas sim que amosam autêntica forza e autodeterminação –agardemos que o resto dos residentes nos assentamentos tomem exemplo.

Uma questão fica no ar. Apenas há umas semanas, Barak dixo à Corte Suprema que carecera dos suficientes recursos para inspeccionar adequadamente e derrubar todas as construcções árabes ilegais no Negev, Galil, Yehuda e Shomron. Semelha que agora tem mais que sobrados recursos quando do que se trata é de destruir aquilo que lhe pede o corpo. Dará agora a mesma resposta à Corte Suprema?


JOE SETTLER