30/01/10

LA ILUMINACIÓN DE UN CRIMEN


A Raoul Hilberg, el autor de La destrucción de los judíos europeos, no le gustaba el uso de la palabra holocausto. La palabra tiene, en efecto, un origen –hebreo– que la vincula con el sacrificio. Y específicamente con el sacrificio por el fuego. Los argumentos de Hilberg sobre el particular me parecieron siempre un punto quisquillosos, como propios de alguien que ha ido en algún asunto demasiado lejos. Es decir, de alguien que sabe la verdad. Comprendía también que Hilberg se rebelara contra la excesiva sonoridad de holocausto, en especial después de ser el título de una serie de gran fama. Y comprendía, sobre todo, y como resultado postrero de ese carácter sacrificial, que le repugnara la descripción de un asesinato donde donde no se viera la mano del asesino.

Sin embargo, la objeción de Hilberg no he acabado de comprenderla hasta haber leído lo que el presidente Rodríguez Zapatero declaró ayer a propósito del 65 aniversario de la liberación de Auschwitz. (Un paréntesis relativo: el presidente suele tener problemas con el genocidio. Como recordaba Jon Juaristi en Factual, durante una visita al campo de Matthausen, en 2005, homenajeó a los exprisioneros republicanos subrayando que su sufrimiento había sido víctima de una doble ocultación: la del franquismo y ¡la de los sufrimientos de los otros!, y es mía la admiración). Ayer, y en una declaración que nadie tiene por qué pensar que no sea de su puño y letra, el presidente del gobierno llegó más lejos que nunca en su torpeza retórica. Baste decir que en 185 palabras fue capaz de incrustar sombrío, sol, luz, resplandor, e iluminando, seguramente para ver si así. Y un afrentoso Primo LevY, que a más de veinticuatro horas de haberse escrito aún cuelga de la web de La Moncloa. Pero lo más importante es que el presidente atribuyó a la matanza de los judíos «un valor moral cuyo resplandor hoy nos sigue iluminando.» La iluminación de un crimen. Si ese terrible empastado retórico, que tanto esconde la ignorancia y la banalidad como la debilidad de los principios, puede haber surgido de la escritura del presidente es gracias a la filtración de ese excremento contenido en holocausto. De la turbia convicción de que en un asesinato de tal magnitud han de regir fuerzas parahumanas, telúricas, abisales, ¡poéticas!, capaces de convertir un asesinato en un sacrifico. Que es al final lo que nos enseña la pasión y muerte de Nuestro Señor. Al que los judíos, desde luego, no otorgan más milagro que su condición de víctima.


ARCADI ESPADA

A RESPOSTA RUSSA AOS PROBLEMAS ISRAELIS

A companhia russa Sukhoi testou o seu novíssimo jet T-50. Promocionado como um avião de combate de quinta geração com capazidades de camuflagem avançadas, o modelo pertence à geração 4+.

O T-50 é uma versão re-desenhada do F/A-22 norteamericano. Mentres que os puristas se queixam do costume russo de apropriar-se de prototipos alheios, como tem sucedido desde o Kalashnikoff até o T-50, cumpre reconhecer que se trata duma política muito eficaz desde o ponto de vista da política de custes.

Provavelmente leve uns cinco anos que Rússia tenha listos os primeiros esquadrões de T-50 –mais ou menos o mesmo tempo que tardarão em subministrar a Israel os F/A-22. Rumorea-se que os T-50 vam ter um prezo de partida de arredor dos 50 ou 70 milhões de dólares –entre a quarta parte e a metade do preço dum F/A-22. Do que não cabe dúvida é de que Rússia seria muito mais receptiva que a Administração USA à hora de permitir que os judeus instalassem a suas própria tecnologia como parte integrante dos prototipos. O gasto duns quantos milhões nos aviões russos fazeria mais para deter a venda dos S-300 a Iran e os S-400 a Síria que qualquer outro tipo de pressões diplomáticas.

Como é habitual, a cópia russa será menos fiável que o original norteamericano e virá com os problemas mecânicos que aqueixam normalmente aos modelos manufacturados pela empressa Sukhoi. Contudo, seriam mais que suficientes para qualquer das operações das Forças Aéreas Israelis contra os nossos inimigos árabes.



29/01/10

שַׁבָּת שָׁלוֹם

UNIÃO EUROPEIA: GAZA É PROBLEMA DE ISRAEL


A União Europeia viu-se obriga a reduziur a sua ajuda a Fatah, que agora se queixa de não ter combustível para a única estação eléctrica de Gaza. Ao mesmo tempo, Hamas também não quer pagar pelo subministro de combustível.

Semelha que Israel deverá aportar a partir de agora combustível grátis a Gaza, para além do subministro de água e elecgricidade que já vem proporcionando de modo gratuíto. Eh…Bom, não exactamente de modo gratuíto: eles enviam-nos mísseis a câmbio.

FLORES PARA OS TALIBÃES, PÁUS PARA OS JUDEUS

Cidadaos norteamericanos, acordade. O vosso Presidente Obama está tratando de camelar aos talibães. E, paralelamente, ergue a vara para pressionar a Israel.

Israel, os judeus norteamericanos e os judeus de todo o mundo fazeriam bem em dar-se conta do que se está passando. A pressão sobre Israel irá cada vez em aumento. Pouco importa o que fagamos, pouco os riscos que afrontemos, os sacrifícios para a nossa seguridade vital, a pressão sobre nós irá em aumento gradual. Nada do que fagamos será nunca suficiente. Sempre haverão mais exigências.

Ninguém nos teme, e portanto sabem que podem seguir nas mesmas. Os Estados Unidos estám aterrorizados com Bin Laden e os talibães, daí que estejam sendo com eles tão amáveis e acomodatícios.

Sacade as vossas conclusões.


BATYA MEDAD

28/01/10

O RABINO YITZHAK SHAPIRA POSTO EM LIBERDADE



Segundo informa Israel National News, a Juíz Anat Singer, da Corte de Magistrados de Jerusalém, puxo em liberdade no dia de ontem ao Rabino Yitzhak Shapira, criticando duramente às autoridades pelo modo em que este foi tratado. “Não existe nem o indício duma justificação para manter ao rabino baixo custódia”, manifestou tras informar-se do procedimento seguido.

O Rabino Shapira, decano da Yeshiva Od Yosef Chai, em Shomron, foi arrestado o martes pela noite por negar-se a responder às perguntas da polícia sobre os seus alunos acusados de queimar uma mesquita em Kafr Yassuf, perto de Kfar Tapuaj, o mes passado.

O advogado do rabino, Moti Grossman, pertencente à organização de direitos civis Honenu, dixo ter-se reunido com o seu cliente passada a meianoite do martes na comisaria de polícia de Petaj Tikvah, afirmando que se sentiu comocionado de achar ao rabino com os olhos vendados e as mãos esposadas “como se se tratar dum terrorista”.


“O Shabak esteve exercendo todo tipo de desmedidas pressões sobre ele”, informou Grossman, “e nem sequer lhe permitiram usar os seus tefillin e o livro de orações, num claro intento de pressioná-lo sob o interrogatório”.

A polícia anunciou, então, que o Rabino Shapira permaneceria na cadeia toda a noite como mínimo, mentres os estudantes da sua yeshiva se íam concentrando ante a comissaria em solidariedade com o seu rabino, cantando e bailando para amosar o seu apoio.

O membro da Knesset, o doutor Michael Ben-Ari (União Nacional), que participou na improvisada concentração às portas da comissaria, manifestou-se indignado pelo arresto do rabino. “Condeio à polícia pelos seus métodos”, dixo, “que têm sido adoptados dos mais escuros e opressores regimes. A agenda policial contra os residentes de Yitzhar tem toda a apariência duma incitação ao linchamento”. Assimesmo, posteriormente, Ben-Ari anunciou que interporia ante o Primeiro Ministro e o Ministério de Seguridade Pública sendos recursos para promover uma investigaçao pelo arresto sem provas do Rabino Shapira. “Se as Forzas de Seguridade arrestaram e humilharam a um rabino em Israel, sem base alguma, só para exercer pressão sobre terceiros, deverão depurar-se todas as responsabilidades pessoais no caso”, concluiu.

O mes passado um incidente semelhante teve lugar quando a polícia arrestou ao neto do Rabino Meir Kahane acusando-o também dos actos de vandalismo contra a mesma mesquita. Tras uma campanha pública de linchamento dirigida pelos mass media em mãos da esquerda, na que se lhe acusava sem provas do crime -movidos apenas pela ressoância do seu apelido e com o fim de criminalizar aos nacionalistas judeus- o rapaz foi posto em liberdade sem cárregos por falha de evidências.

Contudo, olho, não esquezamos que é uma obriga nacional e religiosa para os judeus destruir todas as mesquitas existentes na Terra de Israel.

SAPATOS


Lembrades quando em dezembro do 2008 um jornalista iraqui arrojou os seus dois sapatos ao daquela Presidente dos EEUU George Bush, durante uma rolda de imprensa conjunta com o Primeiro Ministro iraqui, Nouti al-Maliki? Que risotadas botamos todos com as ocorrências das Marujas Torres, os Gran Wyoming e os colunistas de progresso. Mágoa que não lhe atizasse nos morros!, se lhe chega alcanzar seguro que o espabilam, etc.

Bem. Pois semelha que esta desenfadada moda do tiro ao pato (ou seja, ao politicastro, chame-se Bush ou Berlusconi) chega também a Israel. Como nos vamos divertir!... Ou agora que se trata duma velha cacatua de ultraesquerda não procede?

Segundo informa a Agência Judia de Notícias, a Presidenta da Corte Suprema israeli, Dorit Beinisch, resultou ferida [sic] quando na jornada de ontem uma pessoa, identificada posteriormente como Pini Cohen, entrou nas instalações do poder judicial onde seica debatiam os usos medicinais da marihuana e, tras identificar a esta ilustre esquerdista, arrojou-lhe um sapato mentres a qualificava acertadamente de “traidora” e a acusava de ter arruinado a sua vida, imediatamente antes de ser detido.

Não tardaram nem cinco minutos os portavozes do Partido Laborista e de Kadima em saír gimoteando à palestra, e culpando como sempre aos colonos, a direita e os ortodoxos judeus, num peculiar totum revolutum, de incitar o “atentado”.

De maneira muito mais sensata, perguntado num programa de rádio pelo incidente, o activista judeu Baruch Marzel contestou com indiferência: “Que se passou com o sapato?”. O sucedâneo de jornalista que o entrevistava se enfureceu dizendo: “Isso é tudo quanto lhe preocupa, o que lhe passou ao sapato??”. E Marzel respondeu: “Ela e os seus colegas na Corte também não se preocuparam por mim, a minha família e vizinhos quando fumos apedreados e tiroteados [pelos árabes em Hebron]. Por que haveria de preocupar-me mais o que lhe tenha passado a ela que ao sapato?”


SOPHIA L. FREIRE

AS DUAS PARADOXAS DO CASO ESPANHOL



O Presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, emitiu ontem uma declaração escrita em relação ao 65 aniversário da libertação de Auschwitz. Para além do erro de apelidar “Levy” a Primo Levi –lápsus no que também incorreu o The New York Times, que depois rectificou- e do patinazo sintáctico que o levou a afirmar o contrário do que pretendia, choca com um par ded factos que se dam singularmente em Espanha.

Duma banda, o Presidente fala da importância de manter a memória do genocídio judeu –é nesse ponto onde cita a Primo Levi. Mas em Espanha, como hoje mesmo lembrava o viceprfesidente do Grupo Liberal no Parlamento Europeu, o convergente Marc Guerrero, o negacionismo não é delito. Já não. Fora-o, contemplara-o o Código Penal, mas uma sentência do Tribunal Constitucional, de Novembro de 2007, tumbou-no. Desde então, a justificaçao do holocausto segue estando tipificada como delito, mas a negação do mesmo não. Uma situação que contrasta com a directiva europeia aprovada a proposta de Alemanha, e também de 2007, que fixava como delito em toda a União Europeia a negação do genocídio názi, preceito que depois devia ser sancionado por cada país, e que em Espanha segue no limbo desde o pronunciamento do Constitucional.

O outro dos choques produz-se entre os chamamentos que há na declaração a seguir defendendo os direitos humanos e combatendo os “crimes que arrebatam aos seres humanos a sua mais própria condição: a dignidade”, e o rfecente coto fixado pelo Governo à aplicação dos preceitos da justiza sem fronteiras, um conceito que se basea em que os crimes de guerra poidam ser perseguidos e julgados em qualquer parte do mundo.

Em Novembro passado entraram em vigor as modificações da Lei Orgânica do Poder Judicial aprovadas em Maio, que incluim uma limitação substancial à aplicação do princípio de jurisdicção universal: desde então, os juízes espanhois só podem aplicá-lo para perseguir delitos nos que tenham havido vítimas espanholas ou cujos supostos responsáveis estejam em Espanha, e sempre que não se abra outro processo paralelo no país onde se têm cometido os crimes ou num tribunal internacional.

A paradoxa é que o conceito ded justiza sem fronteiras nasceu precisamente tras a Segunda Guerra Mundial, com os Processos de Nuremberg, e que as limitações legislativas fixadas o ano passado à sua aplicação aprovaram-se depois de que o Governo se comprometera a isso ante Israel, molesta pela admisão na Audiência Nacional duma querela contra o seu exministro de Defesa, Benajmin Ben Eliezer, e outros seis altos cárregos por um ataque à Faixa de Gaza em 2002, no que morreram um suposto líder de Hamas e 14 civis.


FACTUAL

27/01/10

DIA INTERNACIONAL DA MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO




Algumas das vítimas advertiram que estavam sacando as tapadeiras dos seis buratos dispostos no teito. Começaram berrar aterrorizadas quando uma cabeza coberta com uma máscara ánti-gas apareceu tras um dos buratos. Os “desinfectadores” íam começar o trabalho. Utilizando um martelo e um cincel, abriam algumas latas inócuas com a seguinte inscripção: ‘Zyklon, ánti-bichos. Atenção, velenho! Usar só pessoal autorizado’.


Em quanto as latas eram abertas, o seu conteúdo começava entrar pelos buratos, ficando o quarto estanco novamente. Um par de minutos depois, os aulhidos cesavam, e apenas se podiam escutar alguns gemidos surdos. A maioria das vítimas já perderam a conciência. Passados dois minutos mais, Grabner [um oficial das SS] deixava de olhar o seu relógio. E reinava um silêncio já absoluto”.


(Testemunha gravada dum garda das SS názis, conservada em Yad VaShem)

ONDE FORAM ACHADOS OS PLANOS DE AUSCHWITZ?



Os planos originais do campo da morte de Auschwitz, descobertos casualmente num apartamento de Berlin o ano passado, têm sido exibidos na capital alemã. Wladyslaw Bartoszewski, um supervivente austríaco, dixo que são uma cópia fiel de cómo era o “autêntico inferno”.

O preço estabelecido pelo proprietário das cópias era tão elevado que o Arquivo Federal se negou a pujar por elas, obtendo-as na subasta o jornal Bild.

O mais terrorífico reside na sua natureza sistemática. No seu frio perfeccionismo. Na sua qualidade profissional. Os planos de Auschwitz comovem a alma de qualquer ser pensante ou com sentimentos porque são a expressão duma inhumanidade criada por seres humanos. São os planos de construcção do autêntico inferno.


A localização do seu achádego está sendo mantida em secreto. A única informação que tem saído à luz é que foram descobertos num apartamento tras uma parede quando se estava procedendo a fazer uma reforma. Uma fonte anônima tem-me advertido que muitos indícios sinalam que esse apartamento era o lugar onde o Grande Mufti residiu durante a 2ª Guerra Mundial. Se isto fosse certo, e resultasse ser a residência do Grande Mufti, isto redundaria na participação –e no possível desenho- dos muçulmãos na Solução Final, tal e como alguns asseguraram nos Juízos de Nuremberg.

Alemanha não oculta este tipo de informação desde a conclusão da 2ª Guerra Mundial. Por que haveriam de ocultá-la agora? Se o lugar onde foram achadas as cópias do campo incriminassem ao Grande Mufti, essa seria a ÚNICA razão para manter essa localização em secreto. Não existem outras razões. Está-se falando dos planos de Auschwitz, mas ninguém fala da “localização”.

E a localização é a peza clave de tudo.


PAMELA GELLER

VIA LIVRE PARA OS ILEGAIS PALESTINIANOS


O Governo aprovou um plano para sancionar aos empressários que contratem trabalhadores ilegais. A finalidade é reduzir o seu número entre 30 e 50.000.

Os ilegais desempenham maioritariamente aqueles postos que os israelis não querem ocupar. E, sem dúvida, não há nenhuma boa razão para que um judeu aceite trabalhos penosos próprios de destripaterrões.

Mas o plano afectará basicamente aos ilegais procedentes de países remotos, sobretudo asiáticos e europeus do leste. Os árabes poderão esquivá-lo facilmente passando ao West Bank uma temporada, evitando assim qualquer sanção.

Na prática, a iniciativa habilitará dúzias de miles de postos de trabalho em Israel para os nossos inimigos palestinianos. Aínda pior: agora poderão trabalhar aquí legalmente –o que significa que os contribuíntes judeus os bonificarão com os seus impostos.

Em vez deste despropósito, o Governo deveria permitir a presença do número que for necessário para a nossa economia de trabalhadores asiáticos –prescindindo de todos os trabalhadores palestinianos. A política de imigração laboral deve combinar-se com uma tenaz política de deportação, uma vez que os visados de trabalho expiram. E toda pessoa que aspire a obter um visado de trabalho em Israel deveria asinar previamente uma declaração renunciando a qualquer opção de residência permanente no nosso país.

FRANÇA PROIBIRÁ O BURKA



Deve proibir-se o uso do véu integral muçulmão, conhecido como burka, no espaço público? A essa pergunta que tem surgido nos últimos meses na França dou resposta este martes uma misão parlamentar que tem tratado o tema durante meio ano. A resposta, segundo o con junto de 32 deputados, é: sim nos serviços públicos, como a administração, os hospitais, a saída das escolas e também os transportes. Não, no resto de cenários.

As conclusões não só não têm apaciguado o debate, senão que ainda se tem acrescentado mais a polêmica entre deputados, tanto de direita como de esquerda. Este é um tema que traspassa as filiações ideológicas e reabre o conceito de laicidade republicana e a necessidade de recorrer ou não à proibição.

No partido da direita, a União por um Movimento Popular (UMP), há uma forte divisão entre aqueles parlamentários que desejam ir para além e extender esta proibição a todo o espaço público e os que temem que, uma lei completamente restritiva, chocaria primeiro com o Conselho Constitucional francês e, antes ou depois, com o Tribunal Europeu ded Direitos Humanos de Estrasburgo.

Nas ringleiras socialistas, tem-se rematado boicotando a comisão, depois de ter participado nas audiências, porque se considera que está contaminada pelo debate “sobre a identidade nacional” lançado pelo Presidente, Nicolas Sarkozy, e que leva a cabo o Ministro de Imigração, Éric Besson.

De facto, o presidente e o informador desta comisão são um comunista, André Gerin, e um gaullista de antanho, Éric Raoult que, para além de proceder de mundos políticos opostos, coincidiam no seu interesse por afastar das ruas francesas esta prática que começa a ser visível sobretudo nos arrabaldos de maioria muçulmã.

O Ministério do Interior deste país calcula que, actualmente, existem 1.900 mulheres que se cobrfem a diário de negro todo o corpo e o rosto e apenas deixam aberto um pequeno espaço para os olhos. Não é o burka afegão, onde a comunicação com o exterior limita-se a uma rendija, senão mais bem o código de vestimenta do Golfo Pérsico, que adoptam muitas mulheres do Norde de África.

“A olhada é a parte do corpo que leva a identidade do indivíduo. Disimular o seu rosto à olhada do outro é uma negação de sim próprio, uma negação do outro que não é digno desta olhada e uma negação dos fundamentos elementares da vida em sociedade”, expõe-se numa proposição de ressolução que já figeram circular dias antes deputados da direita na Assembleia Nacional e que levava a sinatura, entre outros, do presidente do grupo parlamentar da UMP, Jean-François Copé.

Esta proposição de lei está na linha das conclusões da comissão que propugna uma declaração, segundo a qual “toda França diz que não ao véu integral”. E situa-se na estrategia do Governo e de Sarkozy de ir devagar nesta proibição para evitar a possível censura dos juízes ao carecer dum marco legislativo claro. Algo que Copé, precisamente, desbarata ao propôr de imediato uma lei de proibição total e multa de 750 euros às mulheres com burka, na sua carreira por marcar personalidade própria respeito a Sarkozy e fazer-se com as rendas do debate.



Fonte FACTUAL

SINTO-O POR NAOMI CHAZAN, DE VERDADE


Quando vim o titular na revista da fim de semana do The Jerusalem Post “Silenciando a dissidência, fortalecendo um movimento”, sentim-me momentaneamente confuso, e pensei que surprendentemente a reportagem trataria sobre as intimidações, e as diversas violações dos direitos humanos e civis que habitualmente se producem contra os que residem nos assentamentos e os denominados “direitistas”.

Ao fim e ao cabo, apenas a semana passada o jornal referia a história duma rapaza judia arrestada no seu dia de voda por pretender fazer uma pregária no Monte do Templo. E ao longo do ano passado as novas relataram como o Governo expulsara a patadas aos judeus residentes na Beit HaShalom legalmente adquirida em Hebron. Ou como a casa de Noam Federman fora destruída de madrugada, e as suas crianças arrojadas à rua num estado de shock emocional pelo brutais soldados e polícias israelis. Ou da bestialidade policial contra os pacíficos (e legais) manifestantes nacionalistas aquí e alá.

Ou do maior crime contra os direitos humanos na última década em Israel, quando 8.000 judeus foram expulsados dos seus fogares, os seus negócios destruídos, e depois de vários anos, a sua situação sem resolver –tudo em nome, uso e abuso da democracia.

Pensei que trataria, quizá, de como for a arrestada Susie Dym por repartir panfletos contra a última visita de Bush.

Mas, ai, estava equivocado.

A minúscula relação anterior de exemplos de “silenciamento da dissidência” no Estado de Israel ao longo dos últimos anos não foram captados pelo radar de Naomi Chazan.

Naomi Chazan é uma ultraesquerdista, e não é razoável pensar que uma ultraesquerdista vaia exigir respeito pelas liberdades ou os direitos civis e humanos dos seus concidadãos, com os que ela discrepa.

E suponho que essa é a diferência entre Naomi e eu.

Porque, depois de lêr o seu artigo (coisa que não acostumo fazer porque a sua planhideira forma de escrever provoca-me náuseas) sentim empatia por ela.

Suponho que como membro da elite que é, o que experimentou é uma experiência nova e insólita para ela. E as novas experiências podem provocar pânico, e comover todos os teus pontos de vista prévios.

Mas, aínda mais: empatizei com ela porque o Estado –e particularmente a polícia- em Israel não respeita os direitos civis e humanos dos cidadãos deste Estado –e isso é um sério problema. Um problema muito sério.

É um problema que afecta a todos os cidadãos e que se não afrontamos entre todos, exigindo que cesem esse tipo de actuações contra nós e contra os demais concidadãos, remataremos pagando-o caro.

À marge disso, o facto de que os esquerdistas que se estavam manifestando estivessem exigindo que se ignorassem os direitos legais dos seus condidadãos judeus de Sheikh Jarrah, é algo irrelevante (e típico da esquerda em Israel). Mas na medida em que os seus métodos de protesta estavam dentro dos limites da lei, não tiveram por que ser tratados dessa selvagem maneira.

Nenhum cidadão ded Israel deveria ser tratado assim –nem sequer nós, os “colonos” ou os simpatizantes da “direita”.



JOE SETTLER

A ULTRAESQUERDA ZURRA-SE COM A POLÍCIA EM SHEIKH JARRAH



A piara esquerdista tem conseguido criar um novo ponto quente: para além das rutinárias algaradas dos venres perto da barreira de seguridade no West Bank, agora liam-na parda em Jerusalém.

Os ultraesquerdistas convocaram uma manifestação congregando uns 300 pacifistas bípedos perto das casas judias de Sheikh Jarrah. Perdida qualquer conexão com a realidade, os manifestantes acusaram aos judeus que vivem em Sheikh Jarrah de latrocínio –embora terem sido os judeus, precisamente, quem adquiriram a vivenda e os árabes os que se negavam a abandoar o edifício.

Yossi Sarid, uma escória excepcional, aproveitou o evento para regressar à política, obviando a sua promesa de manter-se afastado por quatro anos. Segundo contam, Sarid expressou a sua preocupação pela situação “das famílias de Sheikh Jarrah” (entende-se que pelas árabes). Ele passa muito das famílias judias.

Os ultraesquerdistas ignoraram a orde policial de dispersar-se quando o seu permiso expirou e arremeteram contra a polícia. Alguns direitistas haviam passar uns anos na cadeia de atacarem a um polícia. Mas um tribunal de Jerusalém soltou decontado ao punhado de progres tras pagar uma fiança. No pior dos casos aboarão uma multa, e seguirão tranquilamente com as suas incitações violentas contra os judeus.


FANÁTICOS CONTRA ISRAEL


Mentres os observadores objectivos de todo o mundo maravilham-se ante a eficácia de Israel e a sua generosidade liderando os esforços de ajuda médica em Haiti, alguns ressentidos insistem em utilizar estes esforços como ocasião para continuar o seu ataque contra o Estado Judeu. Tanto os neo-názis de extrema direita como os neo-estalinistas de extrema esquerda só sabem demonizar a Israel, para além do que Israel faga.

A web neo-názi ReportersNotebook acolhe um blogue intitulado “A sionização do desastre”, onde se acusa a Israel de “aproveitar-se do sofrimento dos pobres e indefensos haitianos em nome do trunfalismo israeli”. Denunciam que Israel está oferecendo ajuda médica a Haiti apenas para desviar a atenção dos seus crimes contra os palestinianos.

A extrema esquerda, inclusso a israeli, denuncia que Israel não deveria enviar assistência médica a um lugar tão afastado, senão à mais próxima Gaza.

Inclusso The New York Times, numa concienzuda análise da controvérsia da ajuda entre os israelis, não é quem de ver a diferência entre que Israel envie uns recursos limitados à afastada Haiti ou à vizinha Gaza. Haiti não está em guerra com Israel. Haiti não se tem juramentado na destrucção de Israel. Haiti não tem lançado 8.000 mísseis contra os civis israelis. Gaza, pela outra banda, tem um Governo eligido pelo seu povo que tem feito, e continua a fazeer, tudo o sinalado. Aínda mais, não é admisível a comparação entre as dúzias de miles de haitiano mortos a causa dum desastre natural, e o povo de Gaza que sofre muito menos pelo que não deixa de ser, essencialmente, um dano auto-infligido.


Também não reparam os incansáveis inimigos de Israel na comparação entre a minúscula e escasa de recursos Israel, dum lado, e as imensas e desbordantes de recursos nações árabes e muçulmãs, doutro. Mentres Israel bota mão dos seus recursos materiais e humanos para enviar assistência médica à outra parte do mundo, as nações árabes e muçulmãs estám em paradeiro desconhecido quando do que se trata é de materializar esforços. Isto é assim não apenas em Haiti, que é uma nação católica, mas exactamente igual qauando os tsunámis ou outros desastres naturais têm devastado nações muçulmãs.

Para aqueles que sustentam que Israel está enviando esta ajuda a Haiti por razões egoístas, há duas respostas. Primeiro a respoosta da realpolitik: todas as nações têm interesses; e todas se movem, quando menos em parte, por esses interesses. Quando o Governo dos EEUU é chamado a capítulo pelos norteamericanos para que justifique as suas ajudas multimilhonárias ao estrangeiro, geralmente responde argumentando que esses subsídios servem aos interesses dos EEUU. Quando se trata de Israel, sem embargo, sempre se aplica um doble raseiro. Israel só pode agir movida por motivos altruístas, mentres que todos os demais países têm direito a combinar o altruísmo com os seus interesses. A segunda resposta é que Israel está fazendo em Haiti muito mais do necessário para satisfazer os seus próprios interesses. Está enviando mais ajuda per capita que qualquer outro país no mundo. Está-o fazendo com extraordinária eficácia e autêntico impacto. Não é, quando menos, possível que a milenária tradição judia de tzadaká [a caridade baseada na justiza] explique em parte a generosidade de Israel?

O facto de que tantos israelis exijam a assistência médica e doutro tipo a Gaza, não deixa de ser uma boa base para esta última teoria. Algum outro país na história mundial tem proporcionado assistência médica ou doutra índole ao povo com o que está em guerra –ao povo que permanentemente apoia o ataque com mísseis e outras formas de terrorismio contra os seus próprios civis? Novamente, o doble raseiro. O certo é que Israel será extremadamente generoso com o povo de Gaza quando deixem de apoiar os ataques contra os civis israelis, quando deixem de converter em mártires aos seus terroristas suicidas, e quando deixem de estimular aos seus rapazes para que se embutam em explossivos e se imolem. Contrastemos Gaza e o West Bank, que hoje goza duma economia em recuperação, melhores condições de infraestruturas e um dos sistema de saúde melhores entre todos os países árabes ou muçulmãos da zona. O dividendo da paz que o povo palestiniano colheitará se fai a paz com Israel é incalculável.

Assim que criticade a Israel quando não seja capaz de dar a talha segundo os estándards aplicados internacionalmente, mas reconhecede o seu mérito quando supera com creces esses estándards proporcionando uma ajuda que tem salvado e continuará salvando tantas vidas. Israel seguirá enviando ajuda ante os desastres para além da resposta que receba, porque os israelis sabem o que é ser vítimas dum desastre. Mas o mínimo que cabe agardar é que Israel não seja condeada pelos seus esforços humanitários, e que o seu envio de ajuda a Haiti não seja utilizado como noutras ocasiões para aplicar um doble raseiro às suas iniciativas.


ALAN M. DERSHOWITZ

EHUD BARAK ASSEGURA-SE UM LUGAR NA POSTERIDADE



Informa Arutz Sheva:


(IsraelNN.com) Unidades especiais Yassam destruíram uma sinagoga na comunidade Binyamin do Shomrom que fora edificada depois do anúncio da congelação nos assentamentos.

Os rolos da Torá foram trasladados previamente do edifício, começando pouco depois o seu labor os bulldozers.

Na manhã doe ontem martes, informou-se que numerosos efectivos policiais e unidades especiais Yassam chegaram ao bloco Talmonim impedindo o acceso às comunidades de Dolev, Neriah, Talmon, Nachliel e Haresha. Pretendia-se assim evitar que os residentes chegassem em massa para impedir a destrucção da sinagoga de Nachliel, construída supostamente violando a congelação iniciada dois meses atrás.

A destrucção duma sinagoga, especialmente em Israel, é considerada algo muito sério, tanto em termos de sensibilidade religiosa como no que respeita aos esforços, em palavras do Comitê Legislativo da Knesset, por “evitar danos às sinagogas em todo o mundo”.

Tras a Desconexão/expulsão de Gush Katif em 2005, o Governo planificara inicialmente destruir as sinagogas que ficavam em Gaza, a fim de evitar a sua profanação pelos árabes. Sem embargo, inclusso esse temor não foi considerado razão suficiente para derrubar os lugares sagrados, e a posterior oposição dos rabinos de todo o país e a polêmica levantada, figeram que a decisão fosse revocada.

Velaqui umas quantas fotografias dos nossos inimigos –não as tropas de Barak- destruíndo selvagemente os santuários:








THE MUQATA


ISRAEL ENVALENTONA AOS SEQÜESTRADORES DE SHALIT


O Governo vem de aprovar o pago de pensões aos gazenhos. Os contribuíntes israelis subsidirão, portanto, aos árabes cujo legítimo Governo mantém seqüestrado a Shalit. A decisão governamental é um dos caramelos que Mitchell enviou aos palestinianos, a pesar inclusso que Netanyahu dissera dias antes que não haveria mais concessões.

A infâmia israeli brilha em severo cointraste com a posição egípcia. Depois de que membros de Hamas dispararam a um soldado egípcio, Mubarak golpeou duramente a Hamas, expulsando inclusso a Mashaal de Egipto e fechando praticamente todas as vias de contrabando.

26/01/10

BARACK WONKA EM GRAHAM ROAD



Dias atrás o Presidente Obama e a Secretária de Estado de Educação, Arne Duncan, visitaram a Escola de Educação Elementar “Graham Road” na localidade de Falls Church (Virginia).

Para dirigir-se à sua audiência de parvulários e alunos de primária, Obama viu-se na necessidade de botar mão dos teleprompter [ver vídeo abaixo].

Sabíamos que Barack Hussein não tinha a oratória de Barry Goldwater ou Ronald Reagan, mas daí a emular a Willie Wonka no filme “Charlie e a fábrica de chocolate”, quando se apresenta aos rapazinhos candidatos lendo um discurso escrito, media um bom treito…

O mais curioso, contudo, é que não apareça nem um só rapaz no vídeo. Ou estavam fóra de câmara ou, simplesmente, fugiram em estampida asustados pela presença de tamanhe fríqui.


SOPHIA L. FREIRE


AS ORIGENS NÁZIS DA CORTE SUPREMA ISRAELI


Os sionistas foram originariamente uns tipos admiráveis, não muito diferentes dos boer sulafricanos. Economicamente esquerdistas, eram genuinamente conservadores nos assuntos políticos. Os kibbutzniks tinham propriedades comunais, e o código ético da Histadrut proibia qualquer excesso –como, por exemplo, ter pinturas em propriedade-, mas os trabalhadores judeus e os camponeses sabiam que a sua missão era conquistar o país e arrebatar-lho aos árabes, e tinham poucos escrúpulos à hora de tomar represálias contra estes. Antes da década dos anos trinta, os judeus tinham bem claro quem era o seu inimigo, e esse inimigo não era outro que os árabes.

A situação começou cambiar com a chegada dos názis ao poder. Presumivelmente, teria cambiado de todas formas, em tanto que os judeus maduraram e se converteram em gente moderada. Mas, em todo caso, o câmbio chegou com os názis.

Nas repressões contra os judeus na Alemanha, os sionistas viram a grande oportunidade de implementar a sua emigração a Palestina. De grande importância para Agência Judia, os novos imigrantes eram geralmente acaudalados –o que também era visto com bons olhos pelos invasores britânicos. Os judeus alemães, de modo habitual, não tinham problema para reunir as sumas requeridas para obter os visados. Os judeus assimilados que preferiam permanecer na Diáspora queixavam-se de traição. O Rabino Stephen Wise tratou de organizar um boicote mundial à Alemanha názi, mas os sionistas frustraram os seus planos: acreditavam que tinham que aproveitar a oportunidade de levar quantos mais judeus melhor à Terra de Israel –em vez de protegé-los no Exílio. O argumento era cínico, embora fosse correcto. Os sionistas também argumentavam que o boicote de Wise poderia pôr em perigo aos judeus alemães, como de certo sucedeu. Para Wise, à sua vez, o boicote também era maiormente uma questão basicamente política. Os sucessos posteriores amosaram o pouco que os judeus lhe importavam àquele rabino norteamericano; puxo o grito no céu contra Hillel Kook e negou-se a fazer qualquer tipo de pressão sobre a Administração dos EEUU para que bombardeasse os campos da morte. Com toda provabilidade, o intento de boicote de Wise foi parte do complot de Roosevelt contra Alemanha.

O Movimento Revisionista de Jabotinsky dividia-se entre o desejo de incrementar o fluxo de judeus a Palestina, e o tradicional objectivo da direita de protegé-los no Exílio. Jabotinsky, que presenciara os progromos em Ucrânia e Bielorrússia a comezos de século, não podia abandoar à sua sorte aos judeus alemães. Os názis toleraram os campos de trainamento do Beitar porque a sua finalidade era vaziar Alemanha de judeus. Finalmente, Jabotinsky renunciou nominalmente ao Beitar alemão para evitar pô-lo em perigo com as suas actividades subversivas.


Para os sionistas, o ano 1933 supus o comezo duma espécie de haavará, um intercâmbio no que Alemanha permitiu que os seus judeus partissem face Palestina a câmbio de grandes quantidades de dinheiro e possessões. Os alemães ofereceram uma solução aceitável para os sionistas: os judeus alemães que marchassem pagariam pelos bens locais com marcos alemães; os bens seriam depois exportados a Palestina, onde as empresas sionistas os venderiam para pagar pelos imigrantes que fossem chegando. Com essa solução todos ganhavam: Alemanha desembarazava-se dum grande número de judeus, e a Agência Judia obtinha um 35% de benefício nas transacções. Os próprios judeus alemães também se beneficiavam avondo –salvando as suas vidas. Contudo, apenas um 10% dos judeus alemães se trasladou a Palestina.

Já não eram como aqueles que chegaram previamente. Os imigrantes religiosos judeus não eram extraordinariamente produtivos –embora vinham arroupados por uma forte cárrega ideológica. Os imigrantes sionistas não se distinguiram pela sua religiosidade, mas sem embargo eram tremendamente produtivos. Os judeus alemães (yekkes) não eram nem uma coisa nem outra. Como se passara maioritariamente na aliya russa de comezos de século, os yekkes fogiam das suas penúrias domésticas mais que “ascender” à Terra de Israel. Aquela massa assimilada a duras penas se identificava com os judeus –e para nada com o sionismo. Muitos agardavam poder regressar a Alemanha em quanto os dirigentes názis abandoassem o poder. No esquema da haavará, os sionistas jogaram com fogo e remataram queimando-se: os imigrantes judeus procedentes da Alemanha amalgamaram-se numa poderosa forza ántisionista. Falavam alemão, desdenhavam a vulgar cultura dos judeus de Palestina, ignoravam a observância religiosa, e, como bons esnobs, veiam-se a sim próprios como europeus num exótico território de Ásia. Os judeus normais responderam-lhes adequadamente, e a sua alienação foi em aumento. Detestados e menosprezados, os judeus alemães eram os Paz Agora daqueles dias.

Carentes de ideais sionistas, os cosmopolitas yekkes converteram-se na voz mais destacada na promoção da ideia dum Estado binacional, e inclusso duma autonomia judia sob mandato britânico. Avogavam por soluções pacíficas e por acomodar-se aos desígnios dos árabes. Os judeus alemães entendiam o pacifismo como uma questão de submisão às leis. Tinham aversão à violência de massa, e um profundo sentimento de culpabilidade. Viviam sob o tremendo lastre de sentir-se “os repudiados que foram salvados”. Não podiam esquecer que os certificados de emigração que lhes foram entregados, foram denegados a outros –que, em conseqüência, morreram. Ajudando aos árabes mitigavam o seu fracasso em ajudar à judearia europeia.


Os ocupantes britânicos converteram a Agência Judia (Sohnut) num Judenrat. Os britânicos davam à Agência um número muito limitado de permisos de imigração, que esta distribuia a discreção. De facto, os britânicos obrigavam aos judeus a levar a cabo um processo de selecção, eligindo entre a vida e a morte para um número limitado dos seus compatriotas. A Agência Judia agiu amiúde cinicamente, noutras ocasiões fixo-o desesperadamente. Distribuiu os visados para Palestina entre os seus partidários socialistas e a gente jovem com rodagem no trabalho agrícola. Mas antes de que Alemanha ocupasse Polônia em 1939, a Agência passou a metade dos visados aos judeus alemães que, em número de 500.000, representavam apenas o 17% do número total de judeus que havia em Polônia. Naturalmente, a Agência Judia acreditava que os judeus alemães afrontavam um perigo mais imediato que os judeus polacos. Os yekkes, em conseqüência, viviam com a má conciência de que receberam os seus visados pela incompetência da Agência, inclusso a pesar de que não lhes correspondia nem por idade nem por qualificação profissional. Muitos judeus alemães dos chegados a Palestina careciam de ofício ou capazidade de manter um emprego produtivo. Nem queriam que lho proporcionassem, pois olhavam aos judeus palestinianos com ar de superioridade. Posteriormente, esta seria a actitude que haveria de infectar à “elite cultural” israeli.

Quando o Estado judeu ficou estabelecido, os yekkes eram a única classe com uma certa formação acadêmica. Automaticamente, coparam os postos privilegiados, os meios de comunicação, e os postos de judicatura. Inculcando os seus valores alemães nos seus discípulos. Os valores extremadamente nihilistas da comunidade judia mais assimilada até então. Se D’us teve um propósito oculto permitindo o Holocausto, só puido ser frear a assimilação, evitando que essa praga se extendesse até a Terra de Israel, ao igual que a geração do Exílio fora exterminada no deserto. Bem. Pois esse propósito fracassou, na medida em que os yekkes remataram exercendo a sua desproporcionada e esmagadora influência sobre toda a sociedade israeli.

Politicamente, o germanizado sistema judicial recebeu o seu impulso definitivo quando, trinta anos depois, o Herut-Likud alcanzou o poder. Os socialistas reconheceram que o câmbio na demografia israeli supunha o final do seu domínio: os judeus sefarditas conheciam o lado mais amargo da convivência com os árabes, e decidiram trasvasar o seu apoio aos partidos de direita. E velaqui se apresentou a grande oportunidade da Corte Suprema: se a Corte eligia aos seus próprios membros, ficaria totalmente impermeabilizada dos câmbios na opinião pública –e, de passo, dum resurgir do sionismo também. Os israelis poderiam votar por quem lhes desse a ganha, mas a fim de contas a Corte Suprema controlaria a legislação –botando abaixo determinadas leis, emendando outras na própria Knesset, condicionando a determinadas facções parlamentáriaas com a opinião da Corte Suprema, e ditando de facto autênticas leis através das suas decisões judiciais. A Corte Suprema tem chegado a assumir poderes executivos dirigindo as acções do exército, o trazado da barreira de separação, e infinidade doutras questões derivadas do seu controlo da vida política do país.

Já que não decretando o fusilamento deste cônclave de traidores, a falhida intentona do Ministro de Justiza Friedmann de que a Knesset eligisse aos juízes teria sido um mal menor.



OBADIAH SHOHER

LOS MAESTROS DE ANGLADA



El cabo Hitler, que conocía de primera mano las bajezas del alma humana, dejó escrito que en todas las ciudades siempre hay mil tipos dispuestos a aplaudir a quien sea y a su contrario. A esos efectos estrictamente estadísticos, Barcelona no supone excepción ninguna a la norma, salvo por la abigarrada promiscuidad espacial de nuestros tartufos domésticos, quizá. Y es que la cuota local de veletas morales parece repartirse entre la angosta Plaza de San Jaime y el hemiciclo del Parlament. Así, CiU, ERC y PSC, los mismos filántropos sin fronteras que votaron el empadronamiento para todos en Madrid, exigen ahora papeles para nadie en Osona.

Al tiempo, en la capital de Cataluña, entretienen su ocio tildando al alimón de xenófobo a ese aventajado discípulo de Marta Ferrusola que responde por Josep Anglada. Un demagogo iletrado, el tal Anglada, que si dispusiera de las luces que la Naturaleza le negó habría denunciado por ilegal el acuerdo de Vic, dejando a la clase política catalana en pleno con las vergüenzas democráticas al aire. Pero, en fin, ya se sabe, de donde no hay no se puede sacar.


Por lo demás, tras la caja de Pandora que acaban de abrir en la ciudad de los santos coexisten, paralelas, una realidad demográfica y una ficción ideológica. La primera, inobjetable, es que España ha devenido, contra toda lógica de escala, el segundo receptor planetario de inmigrantes, sólo precedida en el escalafón de la permeabilidad aduanera por los Estados Unidos. La segunda, insostenible, pretende, contra toda evidencia histórica, que ese Anglada y su racismo emergente constituirían una novedosa extravagancia doctrinal del todo ajena a la muy respetable tradición pedánea. De ahí, torrenciales, las lágrimas de cocodrilo preventivas ante la eventualidad de que sujeto tal mancille algún escaño con su presencia. Pues, al parecer, ya nadie recuerda que el Parlament estuvo presidido hasta hace apenas un cuarto de hora por un laureado devoto del Conde de Gobineau, rendido entusiasta de la eugenesia, la segregación étnica y la más estricta higiene racial catalana.

Porque no fue el tosco Anglada sino el emérito Heribert Barrera quien depuso que «los negros de Estados Unidos tienen un coeficiente intelectual inferior al de los blancos», entre otras memorables perlas cultivadas. Como tampoco habría de ser un burdo charlatán de pueblo sino Jordi Pujol i Soley quien firmase el más célebre párrafo de «La inmigración, problema y esperanza para Cataluña». Aquél que, enfático, rezaba: «Ese hombre anárquico y humilde que hace centenares de años que pasa hambre y privaciones de todo tipo, cuya ignorancia natural le lleva a la miseria mental y espiritual y cuyo desarraigo de una comunidad segura de sí misma hace de él un ser insignificante, incapaz de dominio, de creación (...) si por la fuerza numérica pudiese llegar a dominar la demografía catalana sin antes haber superado su propia perplejidad, destruiría Cataluña».

¿Una temible amenaza el tal Anglada? No me hagan reír.


JOSE GARCIA DOMINGUEZ

LLAMAZARES PRORROGA OS SEUS 15 MINUTOS DE GLÓRIA



A image de Ben Laden persegue ao dirigente esquerdista Gaspar Llamazares desde que o FBI utilizasse a sua fronte e cabelo para elaborar o retrato robot do milhonário terrorista iemeni. Tras a polêmica, o portal italiano Tiscali vem de ilustrar a notícia sobre as novas ameazas do terrorista com a foto do político do Partido Comunista..

Tiscali é uma das páginas web italianas mais visitadas no país. O portal utilizou a fotografia na que se compara o retrato robot dum Ben Laden muito envelhecido com a que empregou Llamazares nos últimos comícios nos que se apresentou como candidato dos nostálgicos do Gulag.

A image tem sido polêmica, já que se observa que tanto a fronte como o cabelo empregado para recrear ao conhecido terrorista coincidem com os do admirador de Fidel Castro. O próprio Llamazares chegou ele só à conclusão de que não devia ser uma coincidência, e que suspeitava que o FBI tem uma lista negra de dirigentes de esquerda europeus.


Este domingo, a cadeia Al Jazeera, habitual portavoz deste tipo de mensagens, difundiu um vídeo supostamente gravado em território saudi no que Ben Laden asume a responsabikidade do frustrado atentado em Detroit cometido pelo nigeriano Omar Faruk Abdulmutalab.

Pelo de agora, os EEUU não confirmaram a autenticidade do comunicado, cujo conteúdo é o seguinte:

“No nome de Deus, clemente e missericordioso: que a paz siga com aqueles que seguem a justa via. Se as nossas mensagens puidessem ser-vos transmitidos pela palabra, não os teríamos enviado  através de aviões. A mensagem que vos queríamos transmitir através do avião do herói Umar Faruk, que Dedus alivie o seu sofrimento, confirma as mensagens precedentes transmitidas pelos heróis do 11-S, e que foram repetidos antes e depois dessa data.

Esta mensagem é que os EEUU não poderão aspirar à seguridade antes que esta seja uma realidade em Palestina. É injusto que vós levedes uma vida tranquila mentres os nossos irmãos de Gaza vivem nas piores condições.

Pela vontade de Deus, os nossos ataques contra vós continuarão mentres o vosso apoio aos israelis continuem.

Que a paz seja com aqueles que seguem a justa via”.


Mensagem que, por certo, e contrariamente ao sustentado pelo senhor Llamazares, em que se diferencia dos postulados que vem defendendo publicamente a esquerda paleocomunista espanhola?

24/01/10

RECETA




"Se coge un cerdo y se le capa", arrancaba una receta de cocina de doña Emilia Pardo Bazán, aquel obispo de las letras.

Bueno, pues ahora coges a un infante -lo más tierno posible- y lo rellenas de periódico global en español, tertulia cultural de La Sexta, humor del doctor Wyoming -el gagman de los parados-, más algunas nociones elementales de Educación para la Ciudadanía (la Formación del Espiritu Nacional que despacha el filósofo Marina -el Alain de los pobres-, y te sale... esto, que no es precisamente Einstein.


IGNACIO RUIZ QUINTANO

A PEAGEM DA MORTE É ALGO NATURAL



A morte dum ser humano –seja um soldado ou uma criança- é um sucesso deplorável. Tratar de minimizar a peagem da morte no transcurso das guerras resulta futil. Os jornalistas e os activistas de salão podem permitir-se uma ilustrada neutralidade, mas os soldados estám obrigados a odiar ao seu inimigo. Nenhum soldado norteamericano pode respeitar esquizofrenicamente ao povo iraqui e odiar ao mesmo tempo às guerrilhas iraquis, ou salvar aos civis iraquis mentres aniquilam aos insurgentes iraquis. Nos momentos de perigo extremo, numa área da moralidade que vai para além da ética familiar aplicável em tempos de paz, quando os gatilhos dos fusis convertem ao comum dos homens em juízes com potestade sobre a vida e a morte, quando qualquer movimento marca a diferencia entre a morte e a supervivência, quando tudo o que os soldados têm aprendido na escola ou na igreja não serve para nada, as pessoas não se podem permitir o luxo do pensamento racional e a deliberação moral. O mundo torna-se branco e negro, e a parte branca sempre fica do lado da tua companhia ou brigada. Um corpo humano é tão insignificante para a moral comum que pouco importa se o seu rosto pertence a um civil ou a um soldado. A diferência é freqüentemente artificial, e inexistente no caso da guerra de guerrilhas. O adolescente de hoje é o terrorista de amanhã; uma mulher é a alentadora mãe dum terrorista, uma casa é apenas um armazém de armas. Nas guerras, uma população inimiga sempre é presumivelmente culpável até que se demonstre o contrário, e os soldados que irrompem em vivendas hostis amiúde não têm tempo para julgar atendo-se às normas.


As vidas humanas têm um prezo nas guerras, e não é um prezo demassiado elevado. Os bombeiros arriscam as suas vidas a câmbio duns salários não excessivos, e com freqüência devem entrar em edifícios ardendo para salvar propriedades, e não vidas precisamente.

Os EEUU têm matado muitíssimos mais civis em Afeganistão desde os anos 80 que os que presumivelmente teriam morto nos EEUU de ter-se dado um ataque patrocinado por Afeganistão. A vida, especialmente a vida dos demais, é um prezo comumente aceitado a câmbio de objectivos muito variopintos: chame-se ópio, petróleo ou democracia.

Todas as guerras, em todas as épocas, têm suposto a morte de muita gente, incluíndo os não combatentes. As guerras não são inhumanas, senão mais bem demassiado humanas. Ao longo da história, pessoas que eram decentes em tempos de paz, têm cometido as maiores atrozidades durante as guerras. Nada tem cambiado. Os soldados despojam-se das roupagens da moralidade quando se entregam ao banho de sangue das guerras.

Para salvar vidas, não comezemos guerras inecessárias. Mas uma vez que a guerra começa, não apelemos hipocritamente à peagem da morte.


OBADIAH SHOHER