20/02/10

QUEM VOS DESTRUA SURGIRÁ ENTRE VÓS






Poucos versos bíblicos são comumente mais malinterpretados que os de Isaias 49:17, nos que o profeta promete a Israel que não tem sido desamparada, que o dia chegará em que “os vossos saqueadores e destrutores marcharão”. Mas as palavras hebreas que significam “marcharão” ou “vos deixarão” -mimech yetzei'u – podem ser também fazilmente traduzidas como “surgirão de entre vós”. E daí que, embora não estando totalmente claro o que quixo dizer Isaias, qualquer das traducções tem sentido.
Muito tem-se escrito sobre a recente confrontação entre Im Tirzu (“Se o desejades”, uma referência óbvia à famosa frase de Herzl), organização de estudantes israelis adicada a combater o que entendem como forças ánti-sionistas ou post-sionistas na sociedade israeli e nos seus cámpus univeritários, e o Novo Fundo Israeli (NIF), ao que Im Tirzu acusa de financiar muitas organizações de esquerda que contribuíram a elaborar o Informe Goldstone.

Como soe suceder, ambas partes têm agido com veemência. O vergonhoso anúncio de Im Tirzu no que aparecia Naomi Chazan (presidenta do NIF) com um corno na fronte foi dum excepcional mal gosto, evocando as caricaturas de judeus habituais no seu dia nas publicações názis e omnipresentes na imprensa árabe actual. Mas os esforços do NIF por promover a “democracia” em Israel -induvitavelmente um objectivo louvável- também merecem comentário.

Para poder extrair algo positivo da ruin batalha dialéctica entre Im Tirzu e o NIF, dedvemos admitir uma realidade evidente que eles semelham ignorar: que o Povo Judeu está em guerra.

Durante décadas os árabes acreditaram que Israel podia ser destruída acumulando exércitos. Mas, com o tempo, até os nossos mais acérrimos inimigos entenderam que era uma estratégia inútil. Desde 1973, nenhum exército árabe tem-se atrevido a atacar Israel. Nos anos seguintes, o mundo árabe optou pelo boicote económico e o terrorismo. Mas também não foram quem de destruir o Estado judeu. Tendo fracassado em todas essas frontes, o mundo árabe tem adoptado uma nova estrategia: a deslegitimação de Israel. Nela, têm-se-lhes unido países e indivíduos alheios ao Meio Leste.

E os nossos inimigos estám ganhando esta batalha no tribunal da opinião pública internacional. Stephen Walt e John Mearsheimer, Jimmy Carter, Richard Goldstone e os tribunais britânicos ditando ordes de arresto contra Tzipi Livni são os exemplos mais conhecidos. Mas a lista é muito mais ampla. Não é necessária uma imaginação muito viva para vislumbrar um cenário no que a comunidade internacional simplesmente imponha uma solução binacional nesta região. Se um não está absolutamente comprometido com a soberania judia, essa solução actualmente cobra muito sentido. Portanto, esta guerra contra a legitimidade de Israel não nos podemos permitir perdê-la.

Não é o Estado de Israel o único que está em jogo. A pervivência da judearia norteamericana, que às vezes damos por presuposta, não sobreviveria muito tempo à derrota de Israel. A fim de contas, qual é a diferença entre espanhois, franceses e italianos, duma banda, e bascos, chechenos e tibetanos doutra?

Essas seis nações têm ricas culturas, histórias, línguas ou tradições religiosas. Mas três de elas determinam o curso da história –porque possuem Estados- mentres que as três últimas são povos pelos que a história simplesmente transcorre. Israel é o que situa aos judeus na primeira categoria em vez de na segunda. E a transformação de ser objectos da história a ser protagonistas da história tem sido tão imensa que muitos judeus simplesmente são incapazes de imaginar o profundo câmbio na vida judia que implicaria que Israel se convertesse num vestígio do passado.

Devido a que esta é uma guerra de palavras com conseqüências potencialmente letais, s palavras importam mais que nunca. Assim que aqueles que acreditam que as concessões territoriais trairão a paz deveriam pensá-lo duas vezes. Deveriam questionar-se se agora, mentres a comunidade internacional se debate sobre se a re-criação do Estado Judeu foi um grave erro (e mentres Iran avança imparável face a arma nuclear, impávida às sanções occidentais), é o momento de que os judeus subam as escaleiras do Capitólio para convencer aos congressistas de que exerçam mais pressão sobre Israel.

Igualmente, poucas pessoas inteligentes negarão que as instituições democráticas israelis necessitam fortalecer-se, ou que mentres os árabe-israelis estejam em Israel, Israel debe proporcionar-lhes oportunidades económicas e participação no processo democrático israeli.

Mas o compromiso com a nossa democracia não deve ser a costa do compromiso com a nossa supervivência. Nenhum país em guerra mantém as mesmas liberdades de expressão ou acção que os países que não se enfrontam a uma ameaça existencial. Dado que o Povo Judeu está em guerra, deve pensar como o faz um povo que está em guerra.

Podemos comprender que determinados filântropos norteamericanos apoiem à organização árabe-israeli Adalah, que “promove e defende os direitos dos cidadãos árabes de Israel”. Mas o instintivo apoio a uma maior democracia não é suficiente nesta hora. Cumpre ir mais ao fundo. Adalah propõe uma “Constituição Democrática” israeli que implique o fim de Israel como Estado Judeu. É esta uma iniciativa que devam financiar indirectamente os judeus norteamericanos? A página web de Adalah critica o “ataque israeli contra Gaza”, sem fazer menção a que a Operação Liderádego Sólido –para além do que cada um pense da sua materialização- foi a resposta a anos de bombardeos desde Gaza. É essa a visão que os judeus norteamericanos devem promover mentres a comunidade internacional declara a Israel como Estado pária?

Im Tirzu não é a questão. Nem o NIF ou Naomi Chazan. A questão é que é o que se pode permitir um povo em guerra pela sua supervivência. A questão é se mentres a comunidade internacional denega a própria noção da legitimidade de Israel os judeus se podem permitir as liberdades que, noutras circunstâncias, nos permitiríamos de não estar lutando pela nossa própria supervivência. Como nos lembra o versículo de Isaias, apenas umas palavras nos separam dum porvir seguro doutro no que os que nos poderiam destruir surjam de entre nós.


DANIEL GORDIS

A FUTILIDADE DE PEDIR SANÇÕES PARA IRAN

O Ministro de Assuntos Exteriores israeli reiterou o mantra de que são necessárias mais sanções contra Iran pelo seu programa nuclear. Uma absoluta perda de tempo.

As sanções contra Iran poderiam volver-s contra Israel: poderiam fazer que o nosso ataque contra Iran for menos aceitável, mas nunca implicarão que Iran detenha a sua carreira a prol do armamento nuclear. As sanções têm um efecto distractivo sobre Occidente da necessidade de adoptar autênticas medidas contra os ayatolás.

As sanções, para além disso, poderiam rematar sendo aplicadas também a Israel: pela sua proliferação de armas nucleares, o apartheid, a ocupação, etc. De necessitar algo, o Ministro Lieberman necessita colaborar com os ayatolás na desligitimação das sanções da ONU e fazer que Ocidente cobre aversão à sua utilização.

TESTIGO PRESENCIAL


El thriller del año son los 27 minutos que describen los preparativos del asesinato de un terrorista de Hamás a cargo de los servicios secretos israelíes. Acabo de verlo en el blog Nihil Obstat. Un asombroso montaje de la policía de Dubai, el lugar del asesinato, realizado con las filmaciones de múltiples cámaras de seguridad y una colección de subtítulos explicativos. El thriller empieza 19 horas antes de la muerte con la llegada a Dubai de los primeros miembros del comando asesino y acaba con su huida después de que electrocutaran en la habitación 230 del Hotel Al-Bustan Rotana al terrorista palestino. La filmación recorre aeropuertos, vestíbulos, recepciones, ascensores, plantas y pasillos de hotel, parkings y centros comerciales. El guión sigue una estructura cronológica y la calidad de las imágenes es apreciable. Que yo sepa es la primera vez que se hace un documental enteramente basado en imágenes de cámaras de seguridad: pero como todo lo que se hace ya se ha hecho, debe de ser la segunda.

El profundo desasosiego que provoca tiene que ver con su penetración hasta el núcleo de la intimidad de un crimen. Antes de Dubai esas horas previas sólo pudieron ser imaginadas. Tiene que ver, así, con la potencia de la realidad y de la objetividad, esos dos monstruos cuya existencia niegan los profes a los niños durante su primer día en la academia. Cuando los dos agentes camuflados en tenistas entran en el ascensor con su víctima evoqué al niño James Bulger de la mano de su secuestrador: aquel terrible momento en los grandes almacenes. Algo ayuda decirse que en el ascensor van tres asesinos; pero es momentáneo y engañoso: un hombre (otra cosa son las bestias) sólo puede ver, allí y en ese momento, dos asesinos y su víctima. Hay una última clave retórica para explicar la conmoción: el thriller elige la trama clásica de la cuenta atrás pero todo lo que hay en ella, texto e imágenes, es veraz. Algo así como una novela donde todas las palabras correspondieran a un hecho: es decir el viejo sueño fracasado de Capote & sons, resuelto por fin con éxito: ni un nexo sobrero, ni una dramatización espuria; sólo el tiempo llevando firme el pulso del relato. En la policía de Dubai hay un artista de nuestro tiempo: que por cierto podría hacer otro documental de gran éxito describiendo el making of de este Testigo presencial, así llamado en homenaje a la cámara de seguridad, un artefacto ya no sólo ético sino también estético.

El virtuosismo técnico es grande y grave pero no permite que el espectador llegue a la habitación del crimen. Sin embargo, parece que los asesinos interrogaron a su víctima durante un cuarto de hora y después la electrocutaron. Es muy probable que lo grabaran todo. Sin filmarla, ya ni la muerte existe.


ARCADI ESPADA




1.000 AFRICANOS ILEGAIS AO MES

O Ministro de Seguridade Pública tem oferecido cifras sobre a imigração ilegal procedente de Eritrea. A cifra oficial é demassiado baixa e, em qualquer caso, reflexa a vontade temporal da polícia de fronteiras egípcia de combater aos ilegais.

A pesar das numerosas promesas, o Governo tem fracassado à hora de deportar aos africanos –inclusso pese a que Egipto tem manifestado que aceitaria o seu regresso.

Assim as coisas, a solução mais singela seria transferir a todos os imigrantes ilegais aos campos de refugiados em Gaza da UNRWA. Já que são “refugiados”, que as forças internacionais da ONU os aturem.

O RABINO MELAMED APOIA O VOTO EXTERIOR


Segundo Israel National News, o Rabino Zalman Melamed Baruch, rabino de Beit El e Decano da Yeshiva da cidade, tem enviado uma carta de apoio ao Primeiro Ministro Binyiamin Netanyahu pela sua iniciativa para que israelís no exterior possam votar.
O Rabino reunira-se com Netanyahu há mais de um ano a petição deste último, durante as negociações de coaligação com União Nacional para que o Rabino Melamed, que é um dos guias espirituais desta formação, intercedesse. O Rabino Melamed plantejou a questão dos israelis no estrangeiro, sinalando a importância da definição de Israel como nação dos judeus em todo o mundo, ao permitir que todos os seus cidadãos votem, ainda se residem no estrangeiro.

“Felizito e dou benções aos seus esforços para promover o direito dos israelis que vivem no estrangeiro a votar nas eleições israelis”escreveu o Rabino Melamed a Netanyahu. “Na minha opinião, este é um acto sionista muito importante. A devandita lei atrairá aos judeus de todo o mundo ao Estado de Israel, e afortalará a conciência de que Israel é o Estado da nação judia. Mais força para você, e agardo que não seja disuadido pelos que tratam de impedir este projecto de lei”.

Num artigo que se publicará na próxima edição do jornal “B’Sheva” semanal, o Rabino Melamed escreve:

“A ambição de cada religioso, tradicional e nacionalista judeu, é que o Estado de Israel seja o país da nação judia, um país de judeus, um país com um carácter judeu que dá direitos aos cidadãos não judeus que vivem nela. Tenho estado agardando durante muitos anos por uma lei que permita votar a todos os israelis, inclusso se vivem temporalmente no estrangeiro. Não me refiro aos aspectos políticos mais estritos de se vai ajudar ao campo nacional ou não. Ao igual que devemos agir para que muitos judeus fagam aliya de Ocidente e Rússia, a pesar de que muitos de eles estejam longe do estilo de vida da Torá, e deve-se agir de maneira semelhante a conceder o direito de voto aos judeus no estrangeiro. Israel pertence a todos os judeus.

Devemos lembrar que os judeus em todo o mundo, e particularmente os dos EEUU, têm muito ameritado na criação e o fortalecimento do Estado de Israel. Esta Lei deveria estabelecer o cenário para outra que permita a cada judeu no mundo que passe pelo menos dez dias ao ano em Israel, possa converter-se em cidadão, inclusso se não vive aquí. Isto suporia um câmbio na política do Governo, que se basearia no bem de toda a nação judia”.

ISSO É O MEIO LESTE DOS ÁRABES, SIR JOHN

“Jesus foi um gay compassivo e superinteligente que comprendeu os problemas humanos”, dixo ao magazine norteamericano “Parade” numa entrevista publicada o domingo.

“Na cruz, perdoou à gente que o cruzifixou. Jesus queria que perdoássemos e nos amássemos”.

“Não sei que é o que faz à gente tão cruel. Provade a ser uma lesbiana no Meio Leste –e dade-vos por mortos”.

Isso é o que diz Elton John.

Não pretendo ir de teólogo sobre a orientação sexual de Jesus.

Mas o honorcídio e o assassinato derivado das actividades sexuais é um fenômeno exclussivamente árabe/islâmico no Meio Leste. Olho.

Até o ponto de que algumas das suas mulheres estám agradecidas (¡) por serem castigadas, pelo que semelha:

As primeiras mulheres malaias em ser apaleadas sob a Lei Islâmica por ter sexo ilícito têm manifestado que se arrependiam das suas ações e que agradeciam o castigo.

As três mulheres, cujas identidades não foram reveladas, foram vítimas do primeiro apaleamento público que teve lugar a começos de mes, apesar da condeia dos activistas de direitos humanos e entre o aplauso dos grupos muçulmãos.

”O dia que fui apaleada, estava aterrotizada mas, ao mesmo tempo, sabia que o merecia e estava desejando receber o castigo”, dixo uma dessas mulheres, de 25 anos de idade e que respondia ao nome de “Ayu”.


YISRAEL MEDAD

19/02/10

שַׁבָּת שָׁלוֹם

SÓ PELA FORÇA


A insurgência pode classificar-se em duas modalidades: a inspirada em classes e indivíduos descontentos, e a autenticamente popular. A diferença semelha ter a ver com o tamanho dessas sociedades. Nas amplas áreas rurais de Rússia e Ucrânia, nenhuma figura política agarda ter uma influência decisiva sobre as massas de camponeses, e as revoltas são, em conseqüência, raras. Mas quando têm lugar, abarcam toda a sociedade, como se todo o corpo social estiver em ebulição (a revolta bolchevique não foi uma revolução camponesa, mas os bolcheviques lograram impô-la à sociedade rural). Nos relativamente pequenos países da Europa Ocidental, um grupo reducido de pessoas pode movilizar à sociedade inteira. Este tipo de revolta é o que caracteriza à pequena Palestina, desde a Revolta Camponesa de 1834 em Síria, instigada pelos notáveis que perderam o seu poder a favor da administração egípcia e pelos beduínos que perderam os seus ingressos procedentes das coimas nos cruzes de estradas, até a Segunda Intifada imposta à população palestiniana por uma clã militar de orige universitária. Os árabes de a pê são conservadores e reácios à guerra.

Como a maioria dos camponeses, os palestinianos são pragmáticos e zelosos dos seus interesses económicos. São capazes de sumar-se de imediato ao saqueo em bandada e ao atraco contra civis desarmados, e participam avidamente das protestas de baixa intensidade (a sua versão do que seria uma final de béisbol), mas resistem-se à implicação directa em insurrecções a longo praço. Israel, em conseqüência, sempre aplacou sem dificuldades as insurreções árabes no West Bank e Gaza, encarcerando e exilando aos seus dirigentes e a umas dúzias de comandos. As primitivas potenças ocupantes, os otomanos e Mohammad Ali, disfrutaram da grande ventagem da comunidade cultural com os árabes palestinianos, quando menos no que se refer à linguagem e a religião. Os invasores, deste modo, podiam utilizar uma estratégia muito efectiva contra as insurrecções palestinianas inspiradas por um punhado de notáveis: pondo a uns notáveis em contra dos outros (algo singelo entre os clães palestinianos, como sabemos). Israel, uma potença decididamente alheia aos árabe-palestinianos, não conta dessa liberdade de manobra e obtém piores resultados quando trata de alentar a desputa ente facções palestinianas. Em vez da política incondicional de dividir aos árabe-palestinianos tanto como seja possível em qualquer circunstância, Israel mais bem promoveu um Governo de unidade entre Fatah e Hamas –inimigos óbvios e perfeitos candidatos para uma guerra intestina ente palestinianos- impedindo desviar a atenção dos grupos terroristas do objectivo israeli.

A “moralista” Israel carece também doutro recurso estratégico do que se beneficiaram os invasores otomanos, egípcios e britânicos: a crueldade despiadada. Os árabe-palestinianos estám acostumados a tenebrosas e sémi-selvagens condições de vida, e uma crueldade rutinária que vai desde o cotidiano sacrifício de ovelhas até a brutalidade policial que padecem. A repressão de baixa intensidade nem os imuta. Os anteriores invasores punham-os firmes arrasando as aldeias que e amosavam díscolas e tomando medidas letais contra os seus rebeldes habitantes. O fracasso em exibir a agardada dose de crueldade, faz que Israel apareça aos olhos dos árabes como um ente feminino e débil, ante o que demonstrar submissão é algo logicamente desonroso. Doutra banda, a submissão a um poder cruel e “varonil”, algo assumível e, portanto, honorável para os árabes. Israel também evita -incomprensivelmnte- os castigos consistentes em atemorizar aos muçulmãos (como a decapitação ou o soterramento em pocilgas) e aos camponeses árabes (como a confiscação das suas armas de fogo e a conscripção forçosa). Os egípcios obrigaram aos seus conscriptos árabe-palestinianos abrir fogo contra os seus irmãos na revolta de 1834. Mas Israel imagina, erroneamente, que os árabes se negariam inclusso a prestar um serviço civil sustitutório. E não se negariam, não, se se lhes apreta adequadamente e o suficiente.



OBADIAH SHOHER

AZNAR EM HERZLIYA

Fragmento da conferência de José María Aznar na Universdade de Hertzliya:


“Ustedes llevan años sufriendo ataques de los terroristas suicidas, pero hizo falta la dramática agresión del 11 de septiembre para que el Mundo reaccionara contra Al Qaeda. Y aún así, se han tardado más años en entender que Al Qaeda es sólo el punto del iceberg con que tenemos que enfrentarnos. El enemigo tiene una ideología, el islamofascismo, y un programa, la yihad, que es a la vez global y letal. Hay muchos ejemplos: desde las caricaturas danesas a las críticas al discurso del Papa en Ratisbona.

Ni hablar de las ambiciones de Hizbolá o Hamás, que ustedes conocen mucho mejor que yo; o las reiteradas declaraciones genocidas de Mahmmoud Ahmadinejad, que amenazan a Israel con un nuevo Holocausto.

En segundo lugar, vemos día tras día como el nacionalismo palestino se está transformando en el extremismo islamista. La victoria de Hamás no sólo trae a los territorios palestinos una retórica más incendiaria contra Israel, sino un orden social basado en la teocracia e intolerancia religiosa, entre otras cosas. De este modo, Israel está expuesto a una nueva amenaza, que surge del extremismo y terrorismo islámicos. El país se ha convertido en otra pieza del puzzle global que los yihadistas están intentando construir. El extremismo islámico se está acercando cada vez más a Israel, amenazando también la estabilidad de toda la región, desde Jordán a Siria.

El Occidente no puede combatir esta ola radical sin Israel. Puede que ustedes decidan que por su propia seguridad deben seguir la política tradicional de confiar sólo en ustedes mismos. Pero el extremismo islámico es un Tsunami más que una ola, créanme. Y contra esta fuerza potente debemos enfrentarnos juntos.

Para mí no hay duda de que la amenaza más importante a la que nos enfrentamos hoy es el Islam fundamentalista”.

AZNAR


Los terroristas lo sabían, e intentaron solucionar el problema que se les avecinaba. Pero la muerte que tenían preparada falló por un segundo. El muerto era José María Aznar, que salió del coche con un rasguño en la cabeza. Lo primero que hizo fue interesarse por el estado de salud de su conductor y sus escoltas.

Los cretinos e irresponsables que hoy le llaman «asesino» jamás fueron objetivo principal de los criminales. País de tontos, y también de cobardes. Santiago Amón, aquel sabio que se nos fue en un accidente aéreo, repetía constantemente que en España no cabía un tonto más. Santiago venía de la izquierda culta que nada tiene que ver con los supuestos «intelectuales de izquierdas».

A José María Aznar le gritan «asesino» una buena parte de los beneficiados por su política. La ETA está de rebajas gracias a la política antiterrorista de Aznar y sus gobiernos. El ciudadano español despide a Aznar con destemplanza e injusticia. Pero nunca ha tenido mejor guardadas las espaldas y el futuro económicamente. Cuatro millones de puestos de trabajo creados durante su mandato, inversiones extranjeras, las pensiones aseguradas y la Seguridad Social con la caja repleta. Los socialistas dejaron las arcas del Estado vacías, pero los tontos manipulables no recuerdan estos detalles. Los hay que nacen idiotas y tienen constantes recaídas.

Pero tengo para mí que el problema primordial de nuestra sociedad no es su necia desmemoria, sino la cobardía. Por primera vez en la historia de las democracias europeas una organización terrorista vence en unas elecciones libres. Ni Zapatero ha ganado ni Rajoy ¬o Aznar¬, han sido vencidos. Gabriel Albiac, otro ejemplo de la izquierda culta, lo ha escrito sin cautelas. Ha ganado Al Qaeda. El mismo terrorismo que acabó con la vida de cuatro mil personas en Nueva York se ha llevado por delante el futuro de doscientos inocentes en Madrid. Y ha triunfado.

Los cuatro mil muertos de Nueva York fueron enterrados mucho antes de que se iniciara la guerra en Iraq. Cuando se desmoronaba una de las torres gemelas del «World Trade Center», una diputada comunista aplaudió entusiasmada ante un televisor del Congreso acompañando a su ovación con el grito ¬¡Lo tienen merecido!¬. Esta tipa, que hoy llama «asesino» a José María Aznar, probablemente musitó un ¬¡lástima!¬ cuando el entonces líder de la Oposición salió vivo del atentado etarra. Pero la estrategia de los manipuladores ha funcionado a la perfección.

Pocas personas más listas que Alfredo Pérez Rubalcaba, que tiene a sus órdenes al más poderoso grupo de información de España. Y entre la emoción, la cobardía y la memez, una nación libre ha ofrecido su soberanía a un perverso y devastador grupo terrorista. Y para más delicia, la demagogia y la mentira han atrapado la mente de la ciudadanía, y los asesinos son Aznar y los populares. Hasta la suegra de Rajoy tuvo que soportar en su ciudad gallega la repetida caricia de «asesina» proferida por un piquete de indeseables perfectamente adiestrado.

Aznar ha sido un gran presidente del Gobierno. Antipático y distante. Pero no tonto ni cobarde.

Vaya mi gratitud y respeto.


ALFONSO USSIA

AZNAR, INSULTANTE

Una vez, en un tranvía de Varsovia, el filósofo Leszek Kolakowski escuchó la orden siguiente: "¡Avancen hacia atrás, por favor!". Aparte de los viajeros de aquel vehículo, parece que también oyeron y obedecieron la paradójica instrucción muchos pasajeros de la izquierda española. Sin embargo, ni el antifranquismo retrospectivo ni el republicanismo sobrevenido ni ninguna otra de las marchas hacia atrás que han emprendido nuestros regresistas desatan la furia de pasiones que concita la figura de Aznar. El paso del tiempo sólo las acentúa y así, en la Universidad de Oviedo, el ex presidente hubo de pronunciar una conferencia bajo un torrente de improperios, lo que afianza la sospecha de que la civilización se ha ido retirando de aquellas, otrora nobles, instituciones del saber.

A Aznar le llamaron terrorista y criminal de guerra y asesino, individuos que ingirieron sus primeras litronas con los aditivos intoxicantes que fabricó el PSOE para que las criaturas creyeran que el señor del bigote tiraba bombas para matar a niños en Bagdad y se relamía al hacerlo. Los reventadores del acto fueron, asegura El País, "un grupo de jóvenes", vaya la inocencia juvenil por delante, pero al igual que sus mayores son fieles a la perversa noción de que no hay más terroristas que aquellos que combaten el terrorismo. Si, como Aznar, son víctimas del terrorismo, con más motivo aún. Larga vida ha tenido aquella consigna –¡Vosotros, fascistas, sois los terroristas!– que resume el desorden moral de la izquierda ante el fenómeno del terror y, en particular, ante ETA.

Lejos de inclinar la cabeza y pedir perdón por existir, Aznar saludó a la hostil afición con un gesto que el periódico mentado califica de "insultante". Y es que para insultar, Aznar. Sus columnistas de guardia ya estarán afilando el cuchillo para resaltar cuán grosero fue el ex presidente y qué poco respeto mostró por la libertad de expresión de unos universitarios que ejercitaban su legítimo derecho a la crítica. Pues quien piense que fue Aznar el injuriado en esta historia, se equivoca y mucho: él ha sido el injuriador. Así contarán el episodio, qué digo, ya lo están contando, quienes han hecho del odio a Aznar y, en definitiva, del odio, el fundamento de sus actitudes políticas.


CRISTINA LOSADA

UM CRIMINAL


Ontem à tardinha o anterior Presidente espanhol, José Maria Aznar, acudiu à Universidade de Oviedo a oferecer uma conferência. À sua chegada foi recebido por um punhado de leitões aprendizes de chekistas que o receberam com uma pancarta na que se lhe chamava “criminal de guerra” e “assassino”.

Como é comprensível, Aznar mandou a esta chusma de desequilibrados a tomar por onde mais gozam, extendendo de modo ostensível o seu dedo coração.

Na imprensa pátria de hoje, os sesudos comentaristas progres que pastam às suas anchas despacharão-se a gosto contra a “impertinência” dum tipo que teve a desfachatez de comandar a equipa governamental mais eficaz e honrada da que se tem memória neste desmemoriado país.

Os mesmos juntaletras que hoje lhe afearão o gesto, são os que não lhe perdoam que sobrevivesse a um atentado com carro-bomba posto pelos seus admirados gudaris da ETA, nem que em vez de ajoenlhar-se ante o islamofascismo se alinha-se com Bush e umas quantas dúzias de nações que ergueram a bandeira da dignidade para parar os pês ao genocida de Bagdad. Os Susos de Toro, Gabilondos e Carniceros –que calaram como putas quando o anterior gabinete socialista mandou seqüestrar ancianos e assassinar 28 cidadãos- hoje rasgarão-se as vestiduras com máscara ofendida.

E ham-no fazer porque não suportam que sacasse adiante um país afundido com um programa (timidamente) liberal, demonstrando a misséria que acarrea o socialismo baixo as suas diversas formas. Nem que seja amigo de Israel e não se cisque acima ante as ameaças de Al Qaeda. Nem que não cedesse à chantagem tardoestalinista dos soplagaitas de “Nunca mais” e os da kefya.

Mira que não se deixar rebentar no atentado, que fascista!


SOPHIA L. FREIRE

O PATRIMÔNIO SIONISTA DE HEBRON

Como tem recolhido recentemente a imprensa israeli, a Administração Netanyahu anunciou a sua intenção de “restaurar o lugares que conformam o patrimônio israeli”. Como informara Israel National News apenas há umas semanas, durante a Conferência de Herzliya, o Primeiro Ministro, referindo-se ao sistema educativo actual, “criticou a superficialidade dos círculos culturais, do conhecimento e a espiritualidade esvaídos” que, afirmou, “debilitam e empanham o nosso orgulho nacional”.

O antídoto, manifestou, é lembrar aos estudantes o seu “patrimônio sionista”, animando-os a submergir-se no Povo Judeu e a Terra de Israel. A sua proposta fi animá-los a percorrer ao longo e ancho o território israeli”.

Netanyahu semelhava estar continuando as paegadas dum dos seus predecessores no cárrego, Ariel Sharon, quem quinze anos atrás, em pê ante a Cova de HaMachpela, a Tumba dos Patriarcas e as Matriarcas em Hebron, declarara: “Que nação do planeta conta com um monumento assim, onde todos os dirigentes do seu povo estám soterrados, Abraham e Sara, Isaac e Rebeca, Jacob e Lea?. Todos os mandatários estrangeiros deveriam ser traídos aquí, todos os turistas deveriam vir aquí, todos os escolares israelis deveriam visitar Hebron! Aquí estám as nossas raízes!”.

Sendo este o caso, seria de agardar que aquele programa incluísse visitas em primeira pessoa e lugares como Ma'arat HaMachpela e Tel Hebron, hoje Tel Rumeida. Estes lugares exprimem, como não podem fazer as palavras, a quintaessência do patrimônio, não só do Povo Judeu, senão do género humano.

Sem embargo, semelha que os regateos políticos actuais são mais importantes que o velho legado de Am Yisrael. Os mass media de ontem recolhiam o abraiante facto de que a lista de lugares incluídos por Netanyahu no Projecto de Patrimônio Nacional, não inclui Ma'arat HaMachpela ou Tel Hebron.

Não é como para ficar perplexos? Talvez não. Lembremos que em Janeiro de 1997, o mesmo Binyiamin Netanyahu seccionou Hebron em duas partes desiguais, entregando arredor do 80% da cidade a Arafat e os seus amigotes terroristas, deixando aos judeus numa sorte de ghetto imposto pelo próprio Estado de Israel. Os territórios transferidos a Arafat incluiam as colinas que arrodeam a comunidade judia; essas colinas, Abu-Sneneh e Harat-a-Shech, convertiram-se na fonte de dois anos e meio de ataques criminais, terrorismo permanente nas ruas, veículos e fogares dos judeus de Hebron, com uns resultados letais e catastróficos.

Seria de agradecer que o novo/velho Primeiro Ministro quiger fazer penitência pelos seus antigos pecados, e incluir Hebron, Ma'arat HaMachpela e Tel Hebron na avangarda dum programa de recuperação do Patrimônio Nacional e, já que não os compensando pelos seus antigos erros, declarando quando menos em palavras: “Hebron, desde agora e para sempre -Hevron, Meaz u'letamid”.

Mas semelha que Netanyahu aínda não tem sido capaz de metabolizar os seus erros de há mais de uma década.

Hebron, aínda hoje, conta com um enorme apoio internacional e dentro de Israel. Membros de todas as facções da Knesset visitam e reunem-se com os dirigentes da comunidade judia de Hebron. O ano passado meio milhão de pessoas visitou a “parte judia” de Ma'arat HaMachpela, gentes de todasas religiões e naconalidades. Onte mesmo uma delegação parlamentária do Likud e Kadima visitou Hebron, amosandoo seu apoio à sua comunidade judia.

Agardemos que Netanyahu, finalmente, entenda que a eternidade de Am Yisrael é mais importante que comer numa mesa com Hillary, Biden ou Obama, e que situe publicamente a Hebron, junto com Jerusalém, no mais alto do Patrimônio Nacional do Povo Judeu.

AS RAÍZES JUDIAS DE YEHUDA E SHOMRON


A exigência do Presidente dos EEUU Obama de que Israel impeça aos judeus assentar-se nas terras bíblicas de Yehuda e Shomron ignora as amplamente documentadas raízes judias na Terra de Israel, e em Yehuda e Shomron em particular.

Yoram Ettinger, antigo membro da Embaixada israeli em Washington, considera evidente que Yehuda e Shomron têm raízes judias e para nada árabes.

Ettinger rechaça a afirmação de Obama –enunciada durante o seu discuro do 4 de Junho de 2009 na Universidade do Cairo- de que “a aspiração do fogar judeu está sustentada” no Holocausto. Por algum motivo, sinala Ettiner, muitos renomeados viajantes, historiadores e arqueólogos dos primeiros séculos referem-se a “Judea e Samaria”, mentres o termo “West Bank” apenas é utilizado desde há 60 anos. Jordânia pus este nome à região quando a ocupou tras a Guerra de Independência israeli. Nenhuma nação sobre a Terra, agás a Grande Bretanha e Pakistão, têm reconhecido a reivindicação de Jordânia sobre Yehuda e Shomron.

Entre os viageiros, historiadores e arqueólogos que se refirem a Yehuda e Shomron estám H. B. Tristram (The Land of Israel, 1865); Mark Twain (Innocents Abroad, 1867); R.A. MacAlister e Masterman ("Palestine Exploration Fund Quarterly"); A.P. Stanley (Sinai and Palestine, 1887); E. Robinson e E. Smith (Biblical Researches in Palestine, 1841); C.W. Van de Velde (Peise durch Syrien und Paletsinea, 1861); e Felix Bovet (Voyage en Taire Sainte, 1864). Inclusso a Encyclopedia Britannica, assim como os documentos oficiais britânicos e otomanos até 1950, utilizavam o termo Yehuda e Shomron, e não West Bank.

Ettinger aínda vai mais atrás, e afirma que o nome “Palestina” foi posto à Terra Santa com o só propósito de borrar o nome prévio do país –Judea- da memória humana. Os romãos, que tinham essa intenção, também trataram de fazer outro tanto extinguindo a presença judia em Jerusalém renomeando-a como Aelia Capitolina.

Quando se fala dos “direitos nacionais palestinianos” debe ter-se em conta também, faz notar Ettinger, que a maioria dos árabes que residem hoje em dia em Israel –em qualquer parte entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo- têm a sua orige na massiva migração dos séculos XIX e XX desde Egipto, Síria, Líbano e outros países muçulmãos.

Finalmente, Ettinger sustenta que quase todas as localidades árabes de Yehuda e Shomron têm nomes bíblicos judeus, reafirmando portanto as suas raízes judias. Entre os exemplos menciona os seguintes:

  • Anata é a bíblica (e contemporânea) Anatot, residência do profeta Jeremias.
  • Batir é a bíblica (e contemporânea) Beitar, onde tinha o seu quartel geral Bar Kochba, o dirigente da grande rebelião contra o Império Romano, que foi sofocada o 135 dne.
  • Beit-Hur é a bíblica (e contemporânea) Beit Horon, lugar da vitória de Judas Macabeu sobre os Assírios.
  • Beitin é a bíblica (e contemporânea) Beit El, ubicação da Arca Sagrada e do tribunal do profeta Samuel.
  • Bethlehem é mencionada 44 vezes na Bíblia e é o lugar de nascimentoi do Rei David.
  • Beit Jalla é a bíblica (e contemporânea) Gilo, no sul de Jerusalém, onde Senaquerib estabeleceu o seu campamento mentres sitiava Jerusalém.
  • El-Jib é a bíblica (e contemporânea) Gibeon, campo de batalha de Josué célebre pela sua orde de deter o sol e a lua (Josué 10:12).
  • Jaba’ é a bíblica (e contemporânea) Geva, lugar da vitória de Yonatan, filho do Rei Saul, sobre os Filistinos.
  • Jenin é a bíblica (e contemporânea) Ein Ganim, uma localidade levítica pertencente à tribo de Isacar.
  • Mukhmas é a bíblica (e contemporânea) Mikhmash, residência de Yonatan Macabeue empraçamento da fortaleça do Rei Saul.
  • Seilun é a bíblica (e contemporânea) Shilo, sede do tabernáculo de Josué e a Arca Sagrada, e onde transcorreu a juventude de Samuel.
  • Tequa é a bíblica (e contemporânea) Tekoa, fogar do profeta Amós.

Noutra parte, Ettinger nega o presuposto do Governo dos EEUU de que o Estado Palestiniano é a clave do conflito árabe-israeli e que a sua constituição suporia o ponto final a situação. Ettinger cita provas extraídas da história recente que amosam a antipatia árabe face Israel não só está por riba dos interesses palestinianos, senão que amiúde os pisotea.

A guerra de Israel pela sua independência em 1948-1949, por exemplo, foi promovida pelos países árabesa expensas das aspirações palestinianas. Embora Egipto invadiu Gaza, e Jordânia Yehuda e Shomron, e que Síria reclama o Golan, em nenhuma destas áreas jamais foi admitido um Governo palestiniano.

 Quando Egipto conquistou a Faxa de Gaza, procedeu a proibir as actividades nacionais palestinianas e a expulsar aos seus dirigentes. Quando Síria ocupou e aneionou a zona de Hama nos Altos do Golan, a Liga Árabe impediu um Governo provisional palestiniano ali.

Em ressumo, podedmos concluir que os “direitos” árabes a um Estado em Yehuda e Shomron são historicamente insustentáveis e têm sido ignorados sempre pelo resto dos países árabes.

OS ÁRABES JÁ SÃO MAIORITÁRIOS NA GALILEA

Segundo a Oficina Central de Estatística Israeli, os áranes constituim o 53% da população no norde do país. A proporção de drusos e cristãos relativamente leais entre tanto árabe segue caíndo em picado.

Em termos demográficos, Galilea não deixa de ser um território palestiniano –quando menos, tanto como o West Bank.

A menos que expulsemos aos árabes.

A CIVILIZAÇÃO QUE IMAGINOU AUSCHWITZ


Estudar o nazismo não é a mesma coisa que estudar outro período histórico qualquer.
Sem compreendermos este fenómeno nunca poderemos compreender o que foi o século XX. Mais: temos de saber que foi no mesmo país em que nasceu Bach que se imaginou Auschwitz, e que enquanto matavam judeus nos campos ouviam as suas composições para piano e faziam-no em nome da cultura alemã. Auschwitz foi construído em nome da civilização e contra uma suposta barbárie. Os nazis estavam convencidos de que eles é que eram os bons, os “decentes”. Himmler sempre utilizou essa linguagem, pois pedia aos seus homens para aguentarem esse trabalho “tão duro” que era o do assassínio em massa e, ao mesmo tempo, não se deixarem contaminar e manterem a sua “decência”.

Auschwitz não foi um acidente, não foi apenas um excesso do nazismo, Auschwitz interroga-nos sobre o carácter da cultura e da modernidade. Auschwitz obriga-nos a pensar que temos de estar sempre conscientes de que a nossa capacidade para mudar o mundo e o poderio que nos dão as tecnologias têm de ser sempre balizados por referências morais muito fortes que evitem que a técnica sem moral conduza ao utilitarismo. Em Auschwitz escondem-se, condensam-se, todas as contradições das nossas sociedades modernas. Até a ideia de progresso, pois um médico como Mengele não se via como um criminoso, mas como alguém que procurava fazer avançar a ciência, que queria perceber as raízes biológicas dos comportamentos humanos e o fazia pelo método experimental.”

Ferran Gallego, historiador e autor do livro ‘Os Homens do Fuhrer: A Elite do Nacional-Socialismo 1919-1945‘ (Esfera dos Livros), em entrevista ao Ípsilon, edição de 12 de Fevereiro de 2010.


NUNO GUERREIRO JOSUÉ

18/02/10

O FRACASSO DO PARLAMENTARISMO ÁRABE-ISRAELI


Os membros árabe-israelis da Knesset não oferecem aos seus representados um labor digno de elógio. Se os tivermos de julgar meramente pelas suas manifestações e propostas concluiríamos que trabalham mais bem a prol dos palestinianos que em defesa daqueles que os têm eligido. Não deixa de ser uma enorme tragédia que os árabe-israelis participem dum robusto sistema democrático e, porém, os seus representantes tenham feito tão pouco por eles nos últimos 60 anos.

Segundo o sítio web da Knesset, têm sido eligidos 45 parlamentários árabes desde o estabelecimento do Estado (como contraste, têm participado 13 drusos e 872 judeus nas distintas Knesset). Três desses 45 parlamentários árabes foram mulheres –embora duas delas foram eligidas nas listas de partidos judeus (Hosniya Jabarra do Meretz e a laborista Nadia Hilou).

Na actual Knesset há 9 árabes. Estes são: Muhammad Barakei e Hanna Sweid (cristão) pelo Hadash; Talab a-Sanaa (beduíno), Masud Gnaim, Ibrahim Sarsour e Ahmed Tibi, pela Lista Árabe Unida Ta’al, e Said Nafa (druso que se define a sim próprio como árabe), Jamal Zahalka e Haneen Zoabi do Balad.

A primeira Knesset contava com três árabes: Tawfik Toubi (um sujeito extraordinário nascido em 1922 em Haifa, e que esteve em 12 Knessets como militante comunista), Amin-Salim Jarjura, um soldado do exército otomano que chegou ser alcaide de Nazaret, e  Seif e-Din e-Zoubi, membro da Knesset desde 1949 até 1979 em diversas formações políticas.

Dois dos três árabes da primeira Knesset eram membros do Partido Democrático de Nazaret, que formava parte da coaligação governamental. O partido árabe Kidma Ve’avoda participou na seguda e terceira Knessets com dois membros e também formou parte da coaligação governamental. Outros dois partidos árabes, a Lista Democrática para os Árabe-Israelis, e o Partido da Agricultura e o Desenvolvimento, também apoiaram ao Governo nos primeiros anos do Estado. Da quarta à oitava Knesset (1959-1977) o partido árabe Kidma Ufituah foi membro da coaligação de Governo. O partido Shituf Ve’ahva participou em Governos e teve representação em quatro Knessets. Na oitava Knesset a Lista Árabe dos Beduínos e os Lugarenhos, dirigida por Hamad Abu Rabiah participou na coaligação.

Esta longa lista de árabes, muçulmãos e cristãos que participaram não apenas na Knesset, senão que integraram aos seus partidos nos Governos de coaligação laboristas, é característica das primeiras décadas do Estado. Com a vitória do Likud em 1977, estes partidos desapareceram. Inclusso quando o Laborismo reconquistou o Governo nos anos noventa, fixo-o sem contar com os partidos árabes nas suas coaligações. A razão da desaparição destes partidos é que a comunidade árabe de Israel começou a eligir vozes mais extremistas dentro da sua comunidade.

Durante a oitava Knesset (1974-1977) os dois partidos árabes, Kidma Ufituah e a Lista Árabe dos Beduínos e os Lugarenhos, uniram-se para constituir a Lista Árabe Unida, que tem sobrevivido sob diversas denominações até os nossos dias. O Hadash, que se qualifica como um partido comunista árabe-judeu, surgiu em 1977 da coaligação entre o Rakach (partido comunista árabe) e um grupo de judeus de extrema esquerda. Têm logrado representação em todas as Knessets desde então.

Em 1988 o Partido Demorático Árabe foi constituído por Abdul Wahab Darawshe do Iksal. Junto com Taleb a-Sanaa, uniram-se na Lista Árabe Unida nos anos noventa. A sua plataforma incluia o reconhecimento da OLP, propugnava a retirada dos territórios em desputa, e o estabelecimento dum Estado palestiniano.

A finais dos noventa e começos do 2000, Ahmed Tibi entrou na Knesset como parte do Movimento Árabe de Renovação (Ta’al). Também a finais dos noventa, o Balad, sob o liderádego de Azmi Bishara de Nazaret, entrou na Knesset. E seguem na Knesset, agás Bishara, que fogiu de Israel tras ser acusado de espiar para Hezbolá anos atrás.

A história dos membros árabes da Knesset é a história dum grande fracasso. As minorias nacionais doutros países, como os bascos, os irlandeses, os quebequeses ou os afroamericanos, têm eligido habitualmente representantes que defendem os seus interesses e trabalham nessa direcção.

Mas quando Tibi, no transcurso da condeia ao negacionismo do Holocausto, vincula o Holocausto com os sofrimentos de Gaza (“a vítima das vítimas”) está ajudando em algo à sua comunidade? Quando Bishara colaborou com os servizos de inteligência de Hezbolá, ajudava em algo aos seus concidadãos de Nazaret –que estavam sendo bombardeados pelos mísseis de Hezbolá? Quando Said Nafa, do Balad, se reúne com Khaled Mashaal de Hamas em Síria, está ajudando aos seus representados?

Os membros árabes da Knesset têm passado de ser aliados nos governos de coaligação, a ser insurgentes, extremistas ferozes que passam a maior parte do tempo queixando-se da situação dos seus “irmãos palestinianos”, e prestando pouca atenção às necessidades dos seus autênticos irmãos e irmãs.

Os seus fracassos vam em detrimento da comunidade árabe-israeli, merescedora de algo melhor, mas que tem sido convencida de que ser “árabes leais” implica votar vozes extremistas em vez de vozes “colaboracionistas” moderadas.

Quem sairá perdendo são eles. A sua permanente enajenação respeito a Israel, e o constante questionamento da sua lealdade pela direita israeli, continuarão na medida em que se neguem a acordar tras 30 anos de letargo eleitoral.


PROGRES

Fidel Castro les cae simpatiquísimo, y cuando encarcela poetas o firma sentencias de muerte buscan dulces palabras de desaprobación, una censura breve para salir del paso. Nada que vaya a echar por tierra los mitos juveniles con los que aprendieron a evitar la reflexión. Nunca traicionarán el icono del Ché. Ignorarán las torturas y los fusilamientos, que habrán de amontonarse en el olvido. ¿Cómo iban a seguir, si no, haciendo de vez en cuando turismo caribeño? ¿Cómo volver a convencerse de que pueden seducir a mujeres menores que sus hijas?

De Irak nada sabían, más allá de la guerra por Kuwait. Los kurdos gaseados, sabe Dios. Un tirano demente y sanguinario, un carnicero... Claro, a ver si cae. Si es que pasan unas cosas en el mundo. Justo hasta que decide derrocarlo el único que puede hacerlo. Entonces vengan velitas encendidas, ira barata y fragor de cacerolas. Me dicen que se dice que los americanos les vendían las armas. Y a gritar y a llorar por un pueblo que no localizaban en el mapa. Precisamente cuando va a ser liberado. Si además es Aznar el que se suma, los gritos de “asesino” retumbarán por siempre en sus oídos. Cuando conste que el pueblo irakí desea la presencia americana, que la izquierda local no entiende el pacifismo criminal de los camaradas europeos, se hará el silencio. No es plan de fastidiar la propaganda.

Que la antuviada en Mesopotamia haya surtido benéficos efectos en Libia, mejor no comentarlo. Que se detenga en Siria la ayuda al terrorismo, que Irán se lo haya de pensar antes de hacer una tontería, son opiniones. Todo esto es demasiado complicado. Lo mejor es recurrir a lo de siempre. Pero siempre, siempre: la culpa de todo la tienen los judíos, que manejan la banca, que controlan la Casa Blanca. ¿Sabías que en las torres gemelas no había ni un judío? Una kefiya al cuello y a revolcarse sobre el atavismo. Caiga toda la culpa sobre Israel. No sobre su gobierno, no sobre una política concreta. Sobre Israel, como siempre. Su visión selectiva borrará las explosiones en autobuses y restaurantes. Su afición a lo falso inventará un holocausto inverso en Jenín. ¿No lo ha dicho Saramago, que es Premio Nobel? Pues será que es verdad. Las brigadas de los mártires de Arafat se esfumarán por inoportunas. Como la apropiación de los solidarios fondos europeos. Eso sí, antisemitas hasta la médula, acusarán de antisemita a Mel Gibson. A veces se hacen un lío.

La realidad es violentada sin descanso para que quepa en la estrechez de sus prejuicios u ocupe sin lagunas su vasta ignorancia. El progre es un sujeto satisfecho con su ideología de pacotilla, sus lecturas que decrecen con los años (de la escasez a la nada), su paranoia conspiratoria, su anomia, su alegre convicción de estar siempre más legitimado que el contrario. Proceden de donde procedemos casi todos, de la comodidad de las doctrinas omniexplicativas, sólo que ellos las suscribieron de por vida. Y a esa renuncia al pensamiento libre y crítico le llaman compromiso.


JUAN CARLOS GIRAUTA

BLASFEMIAS Y PROGRES


Me informan de que Madrid va a dar acogida a una obra titulada «Me cago en Dios». No la he visto y por ello no sería correcto entrar a juzgar su contenido. Sin embargo, el título constituye de por sí un verdadero manifiesto de mal gusto que podría entrar de lleno en algún delito tipificado en el código penal. Con todo, tampoco es mi intención entrar en esa cuestión. Más bien desearía detenerme en que el mencionado ¬y blasfemo¬ título pone de manifiesto de manera palmaria dos de las características que han ido marcando desde hace tiempo a no pocas de las manifestaciones denominadas culturales procedentes de la progresía de nuestro país.

La primera es el insulto dirigido contra aquellos que sabe que no se defenderán. Desde luego, es dudoso que Dios, en Su infinita misericordia y su desbordante capacidad de aguante hacia la estupidez humana, fulmine con un rayo a los que se permiten ofenderle tan groseramente. Tampoco van a hacerlo los creyentes que pueden sentirse ofendidos y horrorizados pero no tanto como para aplicar el mismo tratamiento a la madre del autor que el que él destina al Altísimo. Con todo, esos mismos progres se cuidarían muy mucho, por ejemplo, de sustituir en semejante título a Dios por Alá ¬buenos se pondrían Ben Laden y sus correligionarios¬ por el PSOE ¬cualquiera se atreve a que lo acusen de fascista¬ o incluso por un simple y ramplón miembro de ETA. Mofarse del Altísimo y escarnecer a los que creen en Él, pase, pero correr riesgos con quien puede responder usando la violencia, el ostracismo social o el juzgado de guardia es otro cantar.

Junto a esta cobardía disfrazada de osada transgresión, el título se caracteriza por otra nota muy querida por no pocos de nuestros progres y que a mí personalmente me parece intolerable. Me estoy refiriendo a que se trata de una representación subvencionada por los poderes públicos. Que alguien sea chabacano, microcerebral, incluso blasfemo resulta lamentable, sin duda. Sin embargo, que se pueda permitir hacerlo con el dinero de los impuestos que pagan ciudadanos como un servidor es más de lo que puede aceptarse. Si quieren hacer el ridículo que lo hagan, si se quieren condenar que se condenen pero, por favor, no con los fondos de ciudadanos honrados y decentes que se dirigen humildemente a ese Dios sobre el que arrojan sus excrementos personas que, por su altura moral, apenas se distinguen de los mismos.


CÉSAR VIDAL

A DOBLE MORAL DE PROGRESSO

A sensibilidade é um mistério. Aos progres repugnam-lhes as touradas, mas não o aborto –onde vem o não vai mais do progresso.

Na Argentina –e além mar- não lhe perdoaram a Borges que repudiasse o terrorismo montonero. Mas não lhes cai o rosto de vergonha se o seu Governo, o do PSOE, prémia a um pistoleiro imisericorde –o assassino em série Marcos Ana- com a Medalha do Mérito ao Trabalho.

Quando um papel escandinavo publicou umas vinhetas sobre a violência islamista, pugeram o seu grito no céu –uma maneira chabacana e cobarde, a fim de contas, de dizer aos matarifes da Meia Lua que se expande por esta velha e cansada Europa, “nós somos uns dos vossos, tende piedade de nós”.

Mas desta vez, sim. Desta vez calzarão novamente as suas camisetas desenfadadas do genocida Ché Guevara e as suas mugrentas kefyas para saír em todos os mass media –que são, praticamente, todos- que controlam (ou nos que lhes dam ovelhuno hospedagem) para protestar contra os “fascistas” que criticam aos seus comilitões.

Os seus represaliados camaradas de progresso, nesta oportunidade, são um par de desconhecidos que nunca teriam saído do seu anonimato -e de viver da sopa boba que lhes põem na mesa os seus papás- de não ser pela audácia em insultar gratuitamente aos seguidores dessas sectas sanguinárias e expansionistas, que promovem os crimes de honra, a lapidação das adúlteras, o pendurar dum guindastre aos blasfemos, curtar as mãos ao que rouba ou o empalamento público dos homosexuais: o Judaísmo e o Cristanismo.

Atentado contra a livre expressão!, berrarão. Etc. As bobadas de sempre.

E contra os de sempre. Assim, a Embaixada de Israel, que vem de protestar pelos conteúdos judeófobos das obras expostas na Feira de arte ARCO, onde um tal Eugenio Merino expõe as suas originais criações, tais como um híbrido de menorá e ametralhadora, ou um religiosos judeus fazendo o gilipolhas. Ou os cidadãos que têm protestado pela promoção com dinheiro procedente das arcas do Estado da exposição fotográfica dum analfabeto chamado Fernando Bayona, que na sua mostra “Circus Christi” apresenta a um Jesus que descobre que é gái tras manter umas insatisfatórias relações sexuais com Maria Magdalena, e à sua mãe, Maria, uma ramera que se namora dum traficante iónqui chamado José.

Que originais.

Preparemo-nos agora para suportar as salmódias das Marujas Torres, os Wyoming e os Manolos Rivas, sobre a casposidade da direitona e o cutrerio ético e estético de quem não estamos dispostos a sufragar com os nossos impostos a impostura desse par de dois.


SOPHIA L. FREIRE