31/12/09

“ÉXODO” NÃO TEM NADA A VER COM A REALIDADE



Ike Aranne (antes Yitzhak Aronowicz), capitám do “Éxodo” falecido a passada semana, dixo nesta entrevista celebrada no seu fogar de Zichron Ya'acov em Novembro de 2008 que nem a novela de Leon Uris, “Éxodo”, nem o filme protagonizado por Paul Newman têm nada a ver com a realidade dos factos.

Que o levou a se converter num homem de mar?

Foi totalmente casual. Quando tinha 17 anos queria combater a Hitler. Mas não desejava fazê-lo desde a Brigada Judia do Exército Britânico, porque nos destinavam a postos de segunda orde. Portanto optei por desprazar-me a Odessa e alistar-me no Exército Vermelho. A tal fim, subim de polizão num barco Solel Boneh [companhia de construcção da central sindical Histadrut], mas fum descobertro no trajecto e enviado a casa. Uma vez de volta, todo o mundo dizia que só procurara protagonismo e impressionar à gente. Estava tão avergonhado por isto que embarquei numa nave palestiniana que fazia o trajecto Haifa-Tobruk (Líbia).

Subiu singelamente ao barco e dixo que queria ser marinheiro?

Não, não foi tão simples. Houvem de subornar a um tipo chamado Perlman dando-lhe o salário de todo um mes para lográ-lo. Tras navegar em vários barcos, figem os meus cursos de oficial em Londres –de oficial terceira, segunda e primeira. Em 1942, quando regressei a Israel, ouvim falar do Palmah [primeiro regimento mobilizado pela Haganá, e precedente das IDF] que tinha uma ponla naval denominada Palyam, e enseguida quigem munir-me a eles. O meu amigo [cofundador do Palmah, e o seu primeiro comandante] Yitzhak Sadeh, ajudou-me. Por aqueles dias haviam outros judeus que embarcaram, mas como forma de ganhar-se a vida –não como parte dum projecto ideológico sionista. Total, que o Palmah carecia de marinheiros. Dado que já tinha oito meses de experiência marítima, fum considerado praticamente um experto.

Que me conta do “Éxodus”?

Era o primeiro barco que capitaneava. Seis meses antes, alcanzara o grau de oficial primeira, e apenas faltavam-me quatro para alcanzar o grau de capitám. Mas, dado que o barco era das Honduras –onde não tinham uma regulação tão estrita- pudem consegui-lo. Se aquele mesmo barco tivesse levado bandeira britânica no canto de hondurenha, não poderia ter alcanzado o rango de capitám, porque eles exigiam sete anos de navegação para obter o título, e eu só tinha seis e meio [Aranne está-se referindo ao facto de que tras obter a Haganá este barco procedente da armada estadounidense, que o atracara tras os seus servizos na invasão aliada de Normandia, o Consulado hondurenho dou-lhe permiso para navegar sob a sua bandeira].

Qual foi a sua experiência no barco?

Tínhamos um comandante que fora enviado por David Ben-Gurion. O seu nome era Yossi Harel [a personagem de Ari Ben-Canaan, interpretada por Paul Newman, está vagamente inspirada nele]. Morreu há um ano. Era um comisário político que fora destinado ao barco para supervisar aos palmahniks, aos que Ben-Gurion considerava um tanto incapazes. Nós dissemos-lhe que se fosse ao caralho; era um tipo que nem sequer sabia como era um barco por dentro, nem muito menos como funcionava –embora mais adiante cursaria estudos de engenharia naval. Em todo caso, estava obsesionado com que o barco ía ir a pique. Eu dissem-lhe que deixasse de dizer parvadas, que o barco não afundiria.


Por que acreditava que ía afundir?


Porque os britânicos figeram-no embarrancar umas vinte vezes, e a água entrava por alguns sítios. Mas eu tratei de explicar-lhe que o bar co não tinha danos sérios. Este barco –chamado originariamente “The President Warfield – foi construído para águas pouco profundas. [Chamado assim em lembrança do presidente da navieira da Chesapeake Company, fora inicialmente um navio de luxo que fazia o trajecto entre Baltimore, Maryland e Norfolk, Virginia, durante os anos 1928-1940. No período 1940-1941, foi reconvertido num barco de subministro da armada britânica, sendo depois asignado à armada estadounidense, onde tomou parte na invasão aliada de Normandia. Foi precisamente a esqüeta tripulação do barco o que chamou a atenção de Aranne, que o viu por vez primeira em Baltimore o ano 1946, e o adquiriu para a Haganá com o propósito de transportar refugiados judeus a Palestina. Ao estar desenhado para águas pouco profundas era idôneo para aproximar-se à costa de Palestina, inaccesível para barcos pensados para navegar em águas profundas]. Em qualquer caso, o certo é que Harel não era um homem de mar, e não sabia nada desse mundo. Mas acreditava que o barco ía afundir, e Ben-Gurion dixo-lhe que se rendesse. E rendeu-se.

Como lhe fixo sentir?

A tripulação e eu estávamos em contra. Foi essa rendição a que levou à ONU a dividir Palestina.

Qual era a sua opinião de Ben-Gurion ?

Ben-Gurion é considerado um grande e intrépido dirigente, algo que é uma completa falsidade. Ele acreditava que o povo judeu, sem o apoio dos EEUU e a ONU, estava condeado –o qual é ridículo. É agora quando estamos acabados.

Que momento lembra mais vivamente do episódio aquele?

O mais emocionante e terrível momento foi quando Ben-Gurion ordeou a Yossi Harel que se rendesse e, portanto, a nossa rendição.

Lembra claramente aquele dia?

Cada minuto de ele.

Entrevistou-no Leon Uris na procura das suas lembranças antes de escrever o livro?

Sim, fixo-o em 1956.

Que saíu daquela entrevista?

Dissem-lhe que era um afamado escritor, mas não um historiador e que, portanto, não era o mais adeqüado para escrever a história do “Exodus”.

E como reagiu quando você lhe dixo isso?

Muito ofendido. Mas, por suposto, eu insistim na minha certeza e, a fim de contas, escreveu uma grande novela, mas que não tinha nada a ver com a realidade.

Tão inexacto era?

Digo-lhe que não tinha nada a ver com o sucedido –não só no que à minha história se refire, senão com o acaecido na sua totalidade. O sucedido no “Exodus” levou à Comissão Especial da ONU em Palestina a dividir o país em dois Estados. O Palmah estava contra esta decisão, como também o estavam o Lehi [o grupo de Stern] e a IZL [Irgun]. Nós sustentávamos que Israel já fora dividida numa ocasião em 1920 por Ben-Gurion e Jaim Weizmann tras a declaração feita por Balfour em 1917 favorável a um Estado judeu. E a Declaração Balfour era partidária de entregar-nos Palestina como o nosso fogar nacional judeu. Isso incluia toda Transjordânia –oito vezes o tamanho de Palestina, habitada naqueles dias por apenas 15.000 beduínos nómadas. Mas Ben-Gurion e Weizmann decidiram entregar-lha ao tipo aquele do Hejaz, o Emir Abdula, que nem sequer era de Jordânia. E assim foi como o Reino de Jordânia foi criado em 1920, contra a decisão da Liga das Nações em 1917 de asignar Palestina ao povo judeu como sede do seu fogar nacional.


Uma entrevista de RUTHIE BLUM LEIBOWITZ

26-12-2009

HEREJIAS DO “RABINO” SHLOMO RISKIN


Semelha que os mais prominentes dirigentes da “ortodóxia moderna”, Haskel Lookstien, Avi Weiss, e Shlomo Riskin, libram uma competição para ver quem é capaz de desecrar mais o nome de D’us. Cada um no seu estilo, estám conduzindo aos seus seguidores ao abismo aderindo duma ou outra forma ao “diálogo interreligioso”. Ironias do destino, os três presumem de ser alunos do Rav Soloveitchik, de bendita memória. Podo dizer com uma certeza do 100% que o Rav teria rasgado as suas vestiduras de ter presenciado isto. Rav Soloveitchik sempre foi firme na sua postura de que os judeus têm proibido participar em qualquer variante de discussão religiosa, debate ou diálogo com membros doutras comunidades de fê. Os seus autodenominados discípulos mancilham tudo o estabelecido pelo seu Rebbe.

O affair amoroso de Shlomo Riskin com os cristãos é absolutamente demencial. Semelha que tudo quanto se adica a fazer são vídeos nos que os alaba. Soa como um missioneiro quando se refire ao judeu morto como “rabbi jesus” e utiliza termos ideologicamente escabrosos como “ponlas” que se cruzam com os postulados cristãos. Aposto que os missioneiros o estám celebrando. Vídeos como esses estám seguramente sendo traduzidos e distribuídos entre milheiros de judeus confusos, aos que qualquer “rabino ortodoxo” estará tranquilizando dizendo que o referido farsante é também um “rabino”.

É impossível permanecer em silêncio mentres os judeus são enmerdados por supostos homens da Torá. Não só está relacionado tudo com “jesus”. Também não existe nada em comum entre vo judaísmo e qualquer outra fê na Terra. Nem um ápice em comum há com uma teologia lunática que tomou os seus leit motivs das páginas dos mais antigos livros paganos e que adora a um pagano homem-deus. Não existe uma ética comum entre o judaísmo e uma teologia que acredita que só aceitando cegamente a um morto como salvador nos podemos salvar. A fê cristã é uma negação descarada do pacto noájico. São idolatras. É Riskin tão ingênuo que não entende a artimanha desta gentuza que apenas apoiam a Israel porque acreditam que o “segundo advenimento” está próximo?

Que o T’dopoderoso conceda aos judeus a sabiduria de desemascarar a estes perigosos indivíduos e a coragem e fortaleza de combatê-los, antes de que destruam mais almas judias. O dia chegará em que Shlomo Riskin tenha resposta ao seu peculiar apoio aos Acordos de Oslo que provocaram tanto derramamento de sangue judeu. Agora tem um pecado mais pelo que responder. A destrucção de inumeráveis espíritos judeus que será o resultado da sua enfermiza orgia com os descendentes de Edom.

Mentres os amalequitas árabes seguem tratando de expulsar-nos, os missioneiros disfrutam dum éxito sem precedentes na sua guerra eterna com a alma judia. Dramaticamente, os inimigos físicos e espirituais do Judaísmo estám sendo ajudados pelos guias “ortodoxos modernos”, que utilizam os seus púlpitos para colaborar na execução dos seus insidiosos planos. Com “rabinos” assim, quem necessita inimigos?


DANIEL BEN SHMUEL ISRAEL

30/12/09

OBAMA COM OS ULTRAESQUERDISTAS DE B’TSELEM



En una exigencia poco usual, y bastante fuera de lugar, Estados Unidos pidió explicaciones a Israel por la muerte de los tres terroristas palestinos el sábado durante una incursión del ejército israelí en Nablus, norte de Cisjordania, los mismos eran entrenados por tropas norteamericanas y eran miembros del grupo terrorista Fatah y habían asesinado al rabino Meir Avshalom Chai padre de siete hijos.

La petición estadunidense sucede luego de la protesta de la Autoridad Nacional Palestina contra una “peligrosa escalada de violencia” que, asegura, compromete la seguridad y la estabilidad instaurada por los servicios de seguridad palestinos en los “territorios ocupados”, aunque nadie menciona al rabino asesinado ni a su familia desamparada.

Washington reclamó, sobre todo, que se aclare el hecho de que los servicios de seguridad palestinos, que a la vez están fuertemente vinculados con células terroristas, no fueran advertidos del avance de esta incursión en zona “autónoma” palestina. Un absurdo. Washington pretende que Israel avise a los terroristas que serán detenidos. La administración estadunidense contactó a Uzi Arad, principal consejero del primer ministro Benjamín Netanyahu, encargado de las cuestiones de “seguridad nacional”, quien afirmó que la operación “correspondía a la autodefensa”, según el periódico israelí Haaretz.

Un alto funcionario estadunidense citado por el diario, expresó “su preocupación” frente a este repunte de violencia y “alentó a las dos partes a mantener la cooperación en el terreno de la seguridad”.


Fonte: Ianus y Seker se encontraron

O FUTIL CONSELHO DE SEGURIDADE



Muitos analistas estám preocupados ante a perspectiva de que os palestinianos obtenham uma resolução do Conselho de Seguridade da ONU reconhecendo as suas fronteiras de 1948. Pelo de agora, tal resolução é improvável: os EEUU vetariam-na, a menos que decidissem alinhar-se com Europa.

Mas as resoluções do Conselho de Seguridade não são vinculantes e, geralmente, são ignoradas. Tanto Israel como os palestinianos ignoraram a resolução da partição de 1947 (Israel ignorou as fronteiras, os árabes a própria partição). A “ocupação” israeli de Jerusalém, Judea e Samaria tem sido sempre tecnicamente ilegal, desde 1967, quando nenhum país reconheceu as nossas conquistas territoriais. Uma resolução mais não acrescentaria essa ilegalidade em modo algum.

Todos os países comprendem a impossibilidade dum retorno simplista às fronteiras de 1948, que implicaria desprazar entre 350 e 600.000 judeus, assim como a nossa capital: o Muro Occidental, a Cidade de David, e os edifícios do Governo, que estám todos situados para além das fronteiras estabelecidas em 1948.

Contudo, que a ONU reconhecesse o Estado palestiniano beneficiaria a Israel, pois nos legitimaria para deixar de subsidiar ao inimigo e poder bombardear tranquilamente a um Estado soberano.

PONZONHAS: O LIBELO DE SANGUE CONTRA ISRAEL


1. Epidêmia no West Bank

No amanhecer do 21 de Março de 1983, uma semana antes de Pesaj, num instituto da localidade de Arrabeh (Jenin), umas rapazas palestinianas com idades comprendidas entre os 15 e os 17 anos estavam sentadas nas suas aulas onde, de súpeto, começaram a desmaiar-se, uma tras outra. Conduzidas ao hospital e, tras um reconhecimento, não se achou razão alguma para os seus desmaios. Mas o caso e que perderam o conhecimento, e iniciou-se uma investigação a fim de dar com os motivos.

Pouco depois, outras rapazas de idade semelhante começaram sofrer desmaios noutras vilas do West Bank, em Bethlehem, e posteriormente em Hebron e Hallhul, Tulkarem e Nablus. Num período de poucos dias aproximadamente 1.000 rapazas foram parar ao hospital –aparentemente vítimas duma epidêmia.

Dado que tudo isto acaeceu pouco antes de Pesaj, o pretexto para o libelo de sangue e o envelenhamento massivo estava servido. Disparando-se os rumores de que os israelis envelenharam às rapazas.

2. A tradição árabe da literatura miragreira

O afamado director de cinema japonês, Akira Kurosawa, dirigiu um filme clássico em 1950, “Rashomon”, baseado num conto popular nipão do século XII. Contava a história da família dum samurai que fora atacada por uns bandoleiros. A partir daí, há quatro relatos distintos sobre o incidente. O espírito do samurai morto conta o nque se passou desde o seu ponto de vista. Também estám os relatos da sua dona, um dos seus criados e um lenhador que presenciara o ataque. O filme é a descripção fascinante dum mesmo evento desde quatro pontos de vista, e a mensagem de Kurosawa é que a verdade objectiva não existe. A verdade é susceptível de distintas interpretações, e cada um interpreta a verdade desde um ângulo particular.

Na Idade Meia existia um gênero na literatura árabe conhecido como literatura das miragres. O autor narrava as suas aventuras no caminho à Índia ou China. Relatava histórias fantásticas sobre lugares onde havia todo tipo de coisas maravilhosas, diamantes, prata e oiro, águias sobre as que podia voar, e tudo isso dou lugar à colecção que conhecemos como “As mil e uma noites”.

A narração palestiniano-árabe-muçulmã do que se passou neste caso, lembra um desses relatos de literatura miragreira. As histórias nascem nda imaginação e vam-se desenvolvendo sobre novas invenções. Isso é o que interessa à gente, e se sucedeu ou não carece de importância. Na esfera política, o relato inventado é asumido pela conciência palestiniano-árabe-muçulmã como a verdade.

3. Acusando aos israelis

Tras a epidêmia de desmaios massiva de 1983, as rapazas proclamaram que foram envelenhadas, embora os doutores que as atenderam não acharam evidência alguma disto. Então, os árabes começaram fazer acusações noi sentido de que era provável –e depois de que não cabia dúvida- que tivessem sido os israelis quem envelenhasse às rapazas. Acto seguido inventaram a justificação: a fantástica história de que os judeus tinham interesse em contrarrestar a elevada taxa de natalidade palestiniana, e portanto estabeleceram como objectivo específico o das jóvenes rapazas próximas à idade de contrair matrimônio. O envelenhamento foi levado a cabo para diezmar a este grupo de idade mais fértil com a intenção de limitar o crescimento demográfico árabe. Inclusso chegaram afirmar que contavam com provas clínicas, argumentando que os tests de ourinhos amosavam um alto nível de proteína, o que apontaria a que algo funciona anormalmente no sistema de fertilidade.

Começaram especular com todo tipo de teorias e documentos de doutores árabes. Nesse momento, de modo surprendente, os próprios jornais israelis começaram a questionar-se como os judeus, que foram exterminados nas câmaras de gas, poderiam ter feito algo assim, e produziram-se chamamentos à investigação das acções do Governo Likud de Menajem Begin. Os árabes acharam-se com os próprios israelis acusando o seu próprio Governo e elevando cada vez mais o tom dessas acusações.

Baruj Modan, director geral do Ministério de Sanidade e um dos mais destacados epidemiólogos de Israel, dirigiu uma equipa de investigação e, por suosto, não concluiu nada. Numa rolda de imprensa anunciou que não havia evidências de envelenhamento e que não se tratava mais que dum caso de histéria colectiva. Mas os jornalistas estrangeiros negaram-se a admitir a opinião profissional do reputado doutor.

Os palestinianos cresceram-se e ofereceram mais provas. Um pó amarelo foi achado nas persianas das janelas. O Dr. Modan e a sua equipa analisaram o pó e acharam que oprocedia duns pinheiros próximos, mas isto não convenceu aos jornalistas estrangeiros que seguiram dizendo que os israelis eram culpáveis.

Sem embargo, os mass media israelis começaram retroceder porque o Dr. Modan é sem lugar a dúvidas uma respeitada autoridade. De súpeto uma série de artigos deram em sair à luz sobre a história dos libelos de sangue e pondo de manifesto que aquí, também, na véspera de Pesaj, estavam agindo respeito a nós como figeram na Idade Meia, com as acusações de envelenhamento dos pozos. Foi curioso. Em apenas dez dias os mass media israelis passaram da auto-inculpação a uma auto-defesa massiva. Essa é a versão israeli de Rashomon.


4. A trama cresce

Pela banda palestiniana, os doutores insistiam em que havia signos que indicavam um envelenhamento massivo. As acusações acrescentaram e foram adoptadas pela dirigência da OLP, que em 1983 fora deportada do Líbano a Tunísia.

Os palestinianos optaram por jogar a sua baza secreta. Observando o dano tremendo que esta publicidade negativa estava causando a Israel, e que contavam com o apoio internacional, começaram enviar rapazas que fingiam desvanecer. Prepararam uma estratégia, de modo que quando as rapazas chegavam às escolas eram subidas a camionetas e acompanhadas por fotógrafos e jornalistas ao hospital. Tão cedo como os jornalistas estrangeiros se retiravam, segundo aqueles que eram israelis, as rapazas incorporavam-se dos seus leitos. Os árabes eram conscientes de quanto podiam obter mantendo este bulo e remataram convertendo-o numa história verdadeira que promoviam veementemente.


5. A perspectiva internacional

A terceira ponla desta históiria de Rashomon é o interesse das organizações e mass media internacionais. Os jornais franceses “Liberation” e “Le Monde” intitulavam que existiam evidências de que Israel envelenhara às rapazas. O informe do Dr. Modan foi apresentado como um débil intento dos israelis de ocultar o seu crime. Na ONU, o Conselho de Seguridade fixo público uma duríssima resolução contra Israel –como podia tolerar Israel que sucedesse algo assim? A história no seu conjunto foi considerada com uma base real e o assunto engrandeceu-se, implicando à Liga Árabe e a Conferência Islâmica.

Finalmente, Israel solicitou de modo formal à Cruz Vermelha Internacional e a OMS que acudissem a investigar. O representante da Cruz Vermelha Internacional veu e publucou uma descafeinada nota reconhecendo que não fora quem de achar evidências. Ao ser perguntado pelo motivo de não emitir um informe mais contundente, e rematar assim com o bulo, replicou que esse não era o cometido da Cruz Vermelha Internacional.. Se os palestinianos padeceram, tinha que existir um motivo real, e se não padeceram envelenhamento, daquela o sofrimento era devido, sem dúvida, ao “velenho da ocupação”. Tras isto, solicitou-se à Cruz Vermelha que figesse públicos os seus achádegos. Contestaram dizendo que não era o seu costume fazer públicas as suas conclusões –embora de ter-se tratado de conclusões contrárias a Israel, teriam-nas feito públicas de imediato.

Casualmente, o mundialmente famoso Centro de Controlo de Enfermidades de Atlanta informou dos resultados da sua invertigação. Os expertos estadounidenses concluíram que, sem dúvida, se tratara dum caso de histéria colectiva, um fenômeno semelhante a quando as rapazas desmaiam num concerto de rock.

Para além do “The New York Times”, que camuflou a rectificação das suas acusações contra Israel nas páginas finais do periódico, nenhum outro jornal se dignou sequer a fazer outro tanto. Os embaixadores israelis em grande número de países solicitaram aos jornais locais que publicitaram as retractações –mas foram ignorados. Assim que um caso de histéria colectiva foi convertido pelos palestinianos num assunto de máximo interesse internacional. E com grande éxito.

6. A política dos direitos humanos

Pouco depois deste acontecimento, o representante palestiniano ante a Comissão de Direitos Humanos de Genebra declarou ante a Comissão que Israel inoculara o vírus da SIDA entre 300 rapazas palestinianas a fim de destruir a toda uma geração, como parte do plano israeli de genocídio. O mesmo que no episódio do envelenhamento. Por suposto que nenhum membro da Comissão, agás o representante israeli, protestou ou dixo nada. Acto seguido o representante israeli perguntou ao presidente da Comissão, que era checo, como tolerava que o órgao que dirigia permanecesse calado ante tamanhe difamação, que passaria a formar parte das actas da ONU. O presidente então redactou uma carta aos membros da Comissão sinalando que a acusação não puidera ser provada e que deveriam evitar no futuro fazer alusões infundadas.

Essa mesma tarde, cinco membros pertencentes a países famosos pela sua observância dos direitos humanos, como Irak e Sudám, exigiram que o presidente retirasse a sua carta, argumentando que carecia de autoridade para anular o que os representantes afirmaram, e advertindo-lhe que seria removido do posto se não accedia. Assim que redactou uma nova carta cancelando o dito na anterior.



7. A goma de mascar esterilizante

Em 1997 os palestinianos publicitaram outro “complot israeli encaminhado a suprimir o crescimento da população árabe”. Asseguravam ter analisado paquetes de chicle de fresa infectados com hormonas sexuais que eram vendidos a preço barato perto das escolas do West Bank e da faixa de Gaza. Afirmavam que esses chicles provocavam um irresistível apetito sexual nas mulheres, e que depois provocavam esterilidade. Segundo o Ministro de Abastecimentos palestiniano, Abdel Aziz Shaheen, eram capazes de “destruir totalmente o sistema genético dos rapazes jóvenes” também.

Neste caso, alegavam os palestinianos, Israel distribuira goma de mascar injectada de progesterona, uma das hormonas femininas. Essa hormona, sustentavam absurdamente, encende um selvagem desejo nas mulheres e serve assimesmo de contraceptivo –corrompendo às mulheres árabes, ao impedir que sejam capazes de reproducir. O libelo era uma reminiscência doutro extendido no ano anterior em Egipto a partir doutra goma de mascar israeli. Apenas eram os flecos da sua onda expansiva. Shaheen insistia em que os chicles eram vendidos apenas “nas portas das escolas de primária e nas gardarias”, porque os israelis “querem destruir o nosso sistema genético” dando hormonas de sexo às crianças antes de que os seus organismos podam metabolizá-las. Quando a patranha chegou a Hebron, no West Bank, o oficial local de saúde, Mahmoud Batarna, afirmou ter interceptado 200 toineladas do devandito chicle.

O “The Washington Post” encarregou um test da suposta goma contaminada proporcionada pelas autoridades palestinianas. Até o próprio Dan Gibson, professor de química parafarmacéutica na Universidade Hebrea e membro do lobby esquerdista Paz Agora, dixo que, utilizando um espectrómeto de massas capaz de detectar um microgramo de progesterona, fora incapaz de detectar nada no chicle.

8. Mais velenho

O patrão da literatura miuragreira repete-se uma e outra vez no mundo árabe sem fim. Existem duas equipas israelis em Egipto que têm estado fazendo um trabalho excepcional no desenvolvimento da agricultura naquele desértico país, e que têm obtido extraordinários resultados. Pois bem, os mass media egípcios têm acusado aos israelis de envelenhar a terra e destruir a agricultura egípcia.

Em Junho de 1997, o jornal palestiniano “Al Quds” informava da acusação do director da Divisão Criminal da Polícia palestiniana de Nablus, segundo a qual os servizos de seguridade israelis mandaram um grupo de prostitutas israelis infectadas pela SIDA a propagá-la entre a população palestiniana.

Estes são apenas uns quantos dos bulos que têm sido utilizados como armas de propaganda contra Israel. Mais de vinte casos semelhantes estám detalhados e pormenorizados em “Velenho: manifestações modernas do libelo de sangue”, um livro que vem de ser editado por Lexington Books. Nele documenta-se a história do libelo de sangue contemporâneo contra os judeus e Israel, no que estám involucrados não apenas árabes e muçulmãos, senão também os mass media europeus e várias organizações internacionais.

9. O libelo de sangue como arma de guerra

Durante a ofensiva palestiniana, Yasser Arafat acusou ao longo de vários meses a Israel de utilizar armamento enriquecido com urânio contra os palestinianos, e dixo numa entrevista no jornal francês “L’Humanité” (21 de Fevereiro de 2002) que essa informaçao estava corroborada pelos EEUU –embora os EEUU não ter nunca admitido tamanhes extremos. Num discurso emitido por Al Jazeera TV o 27 de Março de 2002, Arafat acusou ao exército israeli de usar gases com urânio enriquecido e resíduos tóxicos. Israel foi acusada também de distribuir caramelos envelenhados no West Bank para exterminar às crianças.

Os chamamentos internacionais para investigar a conduta israeli em Jenin, durante a sua ofensiva de resposta aos atentados islamikazes palestinianos nas cidades de Israel, seguiram muito de perto o patrão de apoio internacional às invenções palestinianas descritas acima.

Desgraçadamente, somos uma vez mais testemunhas doutra onda de libelos de sangue como parte da incesante guerra árabe contra Israel.



RAPHAEL ISRAELI

29/12/09

ISRAEL VAI PERDENDO A GUERRA DA PROPAGANDA



Os chamamentos a lanzar uma versão israeli da CNN ou Al Jazeera são inúteis. O primeiro problema é que o Governo israeli não teria o sentido comum do Sheij de Qatar de financiar a cadeia de TV e depois manter-se à marge. Pelo contrário, a cadeia estaria sujeita a todo tipo de influências, incluíndo consignas partidistas, lobbying, e submetida a pressões de orzamento. Contrariamente ao Sheij, todo aquele que é alguém no Governo israeli presume de saber melhor que ninguém como dirigir um mass media.

Doutra banda, CNN e Al Jazeera são claros nos seus plantejamentos: objectividade e panarabismo, respectivamente. Uma cadeia judia que entrasse nessa competência destacaria pela sua indecisão. Oscilaria entre a apologia pro-israeli da esquerda (perdoem, tivemos que levar a cabo essa operação ánti-terrorista, mas prometemos que teremos mais cuidado a próxima vez…) e o discurso centrista. A posição da direita nacionalista estaria excluída. Mas a audiência quer pontos de vista extremos; não têm interesse em escuitar excusas e meias verdades. Os mass media israelis fracassam ao tratar de explicar as nossas acções, em vez de posicionar-se desde um princípio sobre elas como o que cumpria fazer. Fixade-vos que a Al Jazeera não lhe sudam as mãos ao falar dos motivos do terrorismo islâmico –pelo contrário, fazem uma cobertura do terrorismo que estimula a sua aprovação.

Existe outra tremenda diferência, a dos jornalistas, entre a hipotética cadeia israeli e Al Jazeera. Os árabes empregam jornalistas altamente motivados que compartem os mesmos valores que os terroristas e outros nacionalistas muçulmãos. Os jornalistas israelis pertencem habitualmente à ultraesquerda –que é o que faz que as canles de TV israelis semelhem emisoras de propaganda árabe. Qualquer intento de incorporar novos jornalistas a esta nova canle tropezaria com a protesta do lobby da ultraesquerda, e os seus seqüazes rematariam mantendo o posto dentro da nova cadeia. Os mais famosos jornalistas árabes acreditam nos seus valores; e os mais famosos dos judeus também: acreditam nos valores árabes.


Os árabes são valorados como menos hipócritas que os judeus. Al Jazeera, uma cadeia árabe, é inerentemente mais crível que qualquer cadeia judia. Isto poderia corrigir-se incorporando jornalistas cristãos pro-israelis –mas rematariam sendo submetidos ao ostracismo em maior medida aínda que os jornalistas da Fox. Pouca gente estaria disposta a arriscar a sua carreira participando numa controvertida canle judia que fosse permanentemente atacada pela sua inequívoca postura pro-israeli.

Uma canle de notícias é valorada pela sua capazidade de estar nos pontos de conflito. Quantos mais pontos de conflito despfregam os terroristas árabes, mais prfesença tem Al Jazeera –que não tem problema algum em destacar os seus jornalistas ali. Uma canle israeli estaria praticamente excluída em todos os países muçulmãos e nos campos de refrega, e um modelo baseado ao 100% nos freelancers não é válido. A canle israeli derivaria numa paródia de TV de muito limitado interesse para alguns países estrangeiros.

A mentalidade humana tem um curioso mecanismo: à gente gosta-lhe escuitar boas novas sobre os amigos mais próximos, mas novas negativas sobre todos os demais. Isso explica o por que os mass media das pequenas cidades são tão calidamente próximos e bem intencionados, mentres os mass media nacionais tendem a ser hostis e críticos. Al Jazeera insire-se nesta última mentalidade: é mais ánti-algo que pró-algo. In clusso nas raras ocasiões em que Al Jazeera é pro-alguém, esse “alguém” é ánti-alguém outro. Portanto, as informações de Al Jazeera são muito críticas respeito Israel e os EEUU, e apoiam abertamente aos terroristas que combatem àqueles. Israel, um animal politicamente correcto, nunca promoveria uma canle ferozmente ánti-árabe, in clusso quando essa canle se puider converter numa fonte de éxito comercial e político. Uma simples opinião pro-israeli, seria imediatamente tachada de “apologia”.


Admitamo-lo, a maior parte do mundo é ánti-judeu. Não no sentido exterminador do ánti-semitismo, se queredes, mas sim no sentido dum desprezo geral, ou mais subtilmente, como uma ausência de aprezo. Quando a gente desprezável arrebatou aos árabes a sua terra, negando-se a permitir o regresso dos seus refugiados, e emprendendo campanhas contra os seus vizinhos, foi normal que a opinião mundial se volvesse contra Israel. A única alternativa é romper o molde do judeu: quando Israel derrotou aos seus inimigos na fugaz guerra de 1967, não agimos como típicos judeus –e não fumos julgados como tais. Para além de condeias retóricas dos Governos, a opinião mundial esteve abertamente a favor de Israel. Al Jazeera, portanto, semprfe terá uma audiência mais empatizada que uma canle israeli, pela simples razão de que a maior parte do mundo despreza a Israel e os EEUU.

A solução não pode ser lanzar uma nova canle televisiva para lutar vanamente contra a corrente, senão cambiar a image de Israel de modo que os grandes mass media falem de nós com respeito –quando não com admiração. A tal fim, Israel deve deixar de comportar-se da indecisa maneira a que estamos acostumados, e agir firmemente conforme os nossos valores. Considerade por que a guerra do Líbano de 2006 foi julgada muito mais favoravelmente que a operação em Gaza de 2009. A diferência foi que o mundo entende as regras da guerra, e uma vez que Israel está implicada em librar uma guerra, tudo vai sobre rodas. Mas em Gaza, combatimos ao modo duma operação policial, exército contra civis, o qual não dava bem nos ecrãs das TVs estrangeiras. Um país respeitável deve definir muito claramente quais são os seus inimigos e combatê-los sem piedade; falar vagamente duma ponla armada de Hamas e, de modo alternativo, bombardeá-los e permitir o subministro humanitário faz-nos parecer estúpidos.

Dado que a batalha pela opinião estrangeira é dificil de ganhar, a batalha mais importante é a da opinião dos israelis. Eles sofrem a diário o lavado de cerebro dos mass media da ultraesquerda, e uma cadeia judia nacional é uma necessidade urgente. O Governo, porém nunca dará uma tal licença –ou bem procederá a censurá-la de imediato por “incitação”. Para quando as TV sem licença da internet poidam cumprir essa função, o Governo já terá dado com a forma de bloquear a TV por internet também, especialmente na medida em que acceder à banda ancha desde servidores de banda estreita não é factível. Não há, pois, maneira de que os mass media israelis poidam ser partidários dos judeus agás através duma revolução.

O passo dos jornais e a TV aos blogs e a meios tipo YouTube dam a Israel a possibilidade de trunfar na guerra de propaganda das altas tecnologias. Os árabes que não sintonizem as suas antenas de satélite com as cadeias israelis pode que entrem em páginas israelis em búsquedas relevantes. Israel pode entrar na guerra mediática a um custe quase zero liderando a onda da informação em Internet. Hackeando páginas web inimigas, castigando-as nos rankings dos motores de búsqueda, garantindo ao mesmo tempo que os sites israelis ocupem as posições mais altas, incluíndo em YouTube, custaria um milheiro de vezes menos que uma canle televisiva tipo Al Jazeera e brindaria a Israel uma ventagem imensa sobre os seus inimigos no segmento mediático que experimentará o maior crescimento.


OBADIAH SHOHER

MULTITUDINÁRIA DESPEDIDA AOS ASSASSINOS DO RABINO


Dúzias de miles de árabes asistiram aos funerais de três criminais em Sijém, Samaria. Os assassinos, membros das forzas de seguridade de Fatah financiadas com a ajuda dos EEUU e os impostos transferidos de Israel, mataram a semana passada ao Rabino Meir Jai, um autêntico homem de paz.

Dos três terroristas palestinianos, um fora libertado recentemente das cárceres israelis, e outro de eles perdoado.

As IDF enviaram sem miramentos a estes carniceiros árabes ao Paraíso. A orde de matar em vez de efectuar arrestos forma parte dum código arraigado no establishment de seguridade israeli, que sempre foi escéptico respeito os intercâmbios de prisioneiros.

Os palestinianos louvaram no acto aos assassinos e proferiram duras condeias contra a Autoridade Palestiniana –que segundo todos os indícios foi quem proporcionou a informação do seu paradeiro às IDF.

SERÁ CAPAZ BIBI DE SOLTAR A MAIS?



Fixade-vos nalgo terrível:

Nader/Raed A-Gabar Machmad Surkajy, um antigo residente em Nablus de 40 anos de idade, activista de Fatah já estivera em prisão anteriormente em Israel. Antes do seu arresto em 2002, Surkajy era membro das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa e participou em múltiples ataques terroristas. Surjaky esteve também implicado na fabricação de artefactos e no mantimento dum laboratório de explosivos em Nablus. Surjaky foi arestado em Abril de 2002 e posto em liberdade em Janeiro do ano em curso.

Assan Fatachi Naif Abu Sharach, um antigo residente de Nablus de 40 anos de idade, também estivera anteriormente encarcerado em Israel. É irmão de Naif Abu Sharach, antigo dirigente de Fatah em Nablus, que fora responsável de planificar múltiples ataques terroristas até que foi abatido por forzas das IDF em 2004.

Annan Saliman Mustafa Tzubach, residente em Nablus, de 36 anos, activista de Shahad Al Aqsa, esteve involucrado na actividade de Fatah em Nablus. O seu grupo esteve dirigido por Naif Abu Sharach até a sua morte. Annan exerceu de subministrador de armamento. Durante o intento de arresto da passada noite, Annan morreu tras um intercâmbio de disparos com as IDF ao ser localizado num escondite com armas e munição. Annan esteve incluído num acordo no que a suspeitosos de actos terroristas se lhes concedeu uma anistia a câmbio de cesar e desistir na sua vinculação com actos de terrorismo.


YISRAEL MEDAD

NASRALÁ TEM RAZÃO


Dixo o dirigente de Hezbolá: “No passado, Israel acostumava a fazer mais e falar menos; sem embargo, hoje Israel fala muito e apenas faz nada, porque é incapaz de fazer nada”.

O FALSO AMIGO DE ISRAEL



Cinco anos atrás, os activistas ánti-israelis trataram de arrestar ao daquela Ministro de Defesa Shaul Mofaz por “crimes de guerra”, mentres cursava uma visita a Londres.

Desde aquela, um grande número de representantes israelis têm logrado eludir a duras penas arrestos semelhantes na Grande Bretanha graças à imunidade diplomática, ou têm-se visto na obriga de cancelar as suas viagens devido à alta probabilidade de serem detidos.

Durante todo esse tempo, o Governo não tem dito esta boca é minha. Só agora, que Tzipi Livni teve que cancelar a sua visita a Londres, tras um amago de detenção pela sua participação na Operação Liderádego Sólido, o Governo britânico tem decidido modificar a legislação, provavelmente promovendo a figura do Fiscal Geral como barreira prévia a qualquer arresto desse tipo.

Por que precisamente agora? Uma razão pode vir dada pelo facto de que esta seja a primeira vez em que o Governo israeli tem respondido com fúria não disimulada ao intento britânico. Mas tenha-se também em conta que para os diplomáticos britânicos, Livni é “um dos nossos”. Isto é devido a que, dado que ela é uma das mais fervorosas políticas pacifistas que tenha produzido Israel, considera-se uma afrenta o intento de arrestá-la pela sua implicação numa guerra.

“Livni apoia a solução dos dois Estados. O intento de arrestá-la tem disparado todas as alarmas”, afirmou um escandalizado portavoz da Foreign Office ao “The Guardian”. O lamentável deste enfoque é que revela que à Foreign Office teria-lhe importado bem pouco se o intento de arresto tiver sido contra algum político com pontos de vista mais belicosos.

Esta afirmação amosa que a Foreign Office está disposta a formar um círculo defensivo quando num dos seus companheiros de ideologia está em perigo –e como é absolutamente incapaz de entender o amoral e carente de princípios que esse tipo de actitudes, que compartem com Livni, resultam para solucionar o problema de fundo.


A negativa britânica a aceitar o risco existencial de Israel –insistindo, em vez disso, em que o impasse noi Meio Leste é devido a uma simples desputa fronteiriza perpetuada pelo rechazo israeli ao compromiso- é uma análise errônea que só radicaliza mais a envelenhada atmósfera que dá pê a este tipo de ordes de arresto.

A fim de contas, o Governo de Gordon Brown tem despregado a actitude mais hostil face Israel que até os mais velhos dos britânicos lembram.

Assim, está em primeira linha do boicote contra os produtos israelis procedentes de Samaria e Judea -um castigo este que só aplica à sua democrática “aliada” Israel, mas a nenhum país tirânico. Negou-se a votar contra o informe inspirado por Hamas que emitiu Goldstone na ONU. Denunciou a Operação Liderádego Sólido como desproporcionada, mentres dou por boa a propaganda de Hamas, negando implicitamente o direito de Israel a defender-se dos ataques. E apoiou a descabelada proposta sueca de entregar preventivamente a metade de Jerusalém aos inimigos de Israel.

Aínda mais: o Governo britânico sustenta a falsedade de que Israel segue ocupando Gaza e que os assentamentos são ilegais.

Para além do facto de que lhes goste ou não, os assentamentos são plenamente legais, e não em pequena medida devido ao facto de que o Mandato Britânico em Palestina (1922) –cujas previsões seguem sendo legais- estabeleceu que os judeus possuiriam em exclussiva o território entre o Mediterrâneo e o Jordão.

O inquestionável é que sempre, desde os anos vinte do século passado, quando o terrorismo árabe comezou a azotar a presença judia em Palestina, os britânicos responderam tratando de apaciguar e renegando das obrigas que adquiriram nos tratados que asinaram –proporcionando, deste modo, aos terroristas mais e mais inbcentivos para seguir adiante.

Tão abominável tradição continua hoje com o Governo de Gordon Brown, embora as suas afirmações de que Israel é uma “sócia estratégica e íntima amiga” da Grande Bretanha.

De facto, a sua hostilidade tem contribuído enormemente ao clima de rabiosa histéria, irracionalidade e ódio face Israel que emponzonha o debate público no nosso país e graças ao qual se produzem os referidos intentos de arresto.

Com “íntimos amigos” assim, quem necessita inimigos?


MELANIE PHILLIPS

LOCALIZE O ERRO



B'Tselem: As IDF poderiam ter executado a militantes palestinianos desarmados.

“Uma investigação sobre o operativo das IDF na cidade de Nablus, no West Bank, o passado sábado, sugire que os soldados israelis poderiam ter executado a dois dos três desarmados militantes palestinianos que foram assassinados, dixo o grupo esquerdista pro-direitos humanos B’Tselem o sábado”.




Vejamos:

a)      “Poderiam”?
b)      “Desarmados”?
c)      “Militantes”?
d)      “Investigação?”
e)      “Dois dos três”?
f)        “Grupo pro-direitos humanos”?
g)      Tudo o anterior?

Ah, por alguma extranha razão “Haaretz” adjectiva a B’Tselem como “esquerdistas” (¡!)…


YISRAEL MEDAD

27/12/09

ODIAMOS GAZA


Muita gente pergunta-me que sinto quando contemplo as fotografias dos civis mortos em Gaza, especialmente as de crianças. Eu não sinto nada.

Uma desculpa válida seria argumentar que essas mortes foram inevitáveis, toda vez que Hamas se embarcara numa oposição aberta ao Estado judeu. Hamas foi a causante de que morreram, e os judeus limitaram-se a agir como autómatas: ante a ameaza, reagimos. Nesse sentido, não havia lugar para a livre eleição de atacar aos gazenhos: Hamas não nos deixou opção. E ante a ausência de livre eleição não se pode falar de culpabilidades.

Mas existe uma dimensão moral mais profunda: os seres humanos têm direito a odiar àqueles que os ódiam. Quando os rapazes palestinianos disfrutam dos shows de Mickey Mouse assassinando judeus, quando os rapazes de Gaza participam nos desfiles de Hamas disfarçados de terroristas suicidas, quando os adolescentes árabes se convertem em autênticos terroristas suicidas –não tenho problema algum em contemplá-los mortos.


Os árabes palestinianos desafiam ao D’us de Israel; através das suas acções reafirmam que as promesas de D’us aos judeus são falsas. Apenas pela sua herejia, já merecem ser executados. Não importa o mais mínimo que aqueles que morram não tivessem matado nenhum judeu –aínda- ou, inclusso, que nunca o tivessem chegado a matar. Pertencem a uma nação inimiga. Como em Sodoma, tiveram a sua oportunidade, a oportunidade de afastar-se do mal. Inclusso dentro da faixa de Gaza, existem multidão de espazos recônditos onde estes proverbiais árabes “bons” poderiam ter-se refugiado do seu regime ánti-israeli. Não o figeram. Aínda mais, têm votado entusiastamente a favor dos terroristas de Hamas ou de Fatah –que para nós são exactamente a mesma coisa.

Os rapazes não arrastam a culpa dos seus pais só nas comunidades de carácter mais próximo. A nível nacional, também o fazem. Velaí o motivo pelo que Amalek foi exterminado a causa dos pecados dos seus ancestros remotos. E não me vaiades dizer que Amalek já é assunto passado: uma e outra vez, as Escrituras falam de que tem que ser exterminado, cada vez que emerja. Amalek vive, e pode ser identificado fazilmente pela sua firme determinação em assassinar judeus. Os rapazes que vivem a expensas dos seus pais, fieis votantes de Hamas, são responsáveis das acções de Hamas.

As mortes havidas em Gaza têm sanção na nossa religião. As nações na Terra de Israel têm três opções: submissão e lealdade inquestionável, exílio, ou morte. Ah!, e a eleição só é admisível antes da batalha: presumivelmente a sua eleição, uma vez iniciado o combate, não seria honesta, mas apenas uma artimanha temporal.


O ódio é o único elemento comum entre a direita e a esquerda israelis, entre os judeus de Yitzhar e os da cosmopolita Tel Aviv. Diferimos em tudo o demais, mas odiamos aos árabes aproximadamente igual. Progressismos aparte, a nenhum judeu esquerdista lhe gosta ser ameaçado pelos árabes em Israel ou nos seus arredores. A bondade é passiva; só o ódio é accionável e serve para unir às massas. Quando cruzou o Jordão, Josué ben Nun agrupou aos hebreus arredor do ódio comum e da inquina contra os nativos –e não arredor do Shabat ou da comida kasher.

Seria fantástico poder falar com as palavras da Torá aos judeus esquerdistas, mas não daria resultado. Quando menos, não com as palavras tradicionais. A Torá reconhece plenamente a natureza humana e por isso planteja objectivos nacionalistas –inclusso de extermínio- aos judeus antres da sua entrada em Canaan. Os hebreus podiam disentir em muitos aspectos, mas todos queriam por igual uma nação sem gente hostil. Não por acaso, a palabra hebrea para denominar ao “vizinho” é um equivalente a “mal”. O ódio comum aos intrusos é o que construi as nações. Assim que eduquemos a todos no que diz a Torá. De facto, antes ou depois rematarão aludindo à Torá para fundamentar o seu nacionalismo e o seu ódio. A ninguém lhe gosta apresentar-se como alguém que ódia, senão que sempre procuramos racionalizar e justificar o nosso ódio adequando-o a algo. Ideologia ou religião.


OBADIAH SHOHER

TRÊS TERRORISTAS PALESTINIANOS MENOS




Mentres a Autoridade, Palestiniana simulava estar ocupada detendo, e pondo acto seguido em liberdade, a 150 suspeitosos habituais em Tulkarem, as IDF neutralizavam em Sijém, perto de Nablus, aos três terroristas (dum total, quizá, de quatro) implicados no assassinato do Rabino Meir Jai.

Circula o rumor de que o quarto terrorista está protegido baixo custódia na sede da Autoridade Palestiniana –o qual seria absolutamente lógico- tras chegar à conclusão de que era incapaz de proteger-se pelos seus próprios meios.

Um dos terroristas que foi neutralizado já fora capturado com anterioridade por actividades terroristas –e posto em liberdade no curso duma das muitas anistia a favor da “paz”.

A Autoridade Palestiniana condeia indignada as acções das IDF, e as ONG`s pacifistas israelis definem a neutralização dos terroristas palestinianos como “execuções”. O qual alegra-me sobremaneira.

Uma coisa está clara: estes três não serão postos em liberdade a câmbio de Gilad Shalit.

Agardemos que este seja o prelúdio dum novo modus operandi das IDF.



JOE SETTLER

26/12/09

LAWRENCE DE JUDEA



T. E. Lawrence –mais conhecido na Grande Bretanha e no Meio Leste como Lawrence de Arábia- foi durante toda a sua vida um grande promotor das aspirações nacionais árabes. Em 1917 e 1918 participara como oficial na revolta árabe contra os turcos, uma revolta liderada por Sharif Hussein. Foi também conselheiro do filho de Hussein, Feisal, a quem agardava ver algum dia no trono de Síria. Para varias gerações de arabistas britânicos, Lawrence foi e segue sendo um símbolo da comprensão britânica e do apoio à causa àrabe. Praticamente desconhecida, sem embargo, é a sua comprensão e apoio às aspìrações nacionais judias na mesma época.

A mediados de Dezembro de 1918, um mes depois do remate da 1ª Guerra Mundial, Lawrence foi uma peza capital na consecução dum acordo entre o Emir Feisal e o dirigente sionista, o Dr. Jaim Weizmann. O enconbtro teve lugar no Hotel Carlton de Londres (un edifício que tempo depois sucumbiria ao blitz sobre a capital britânica na 2ª Guerra Mundial). Neste encontro, Lawrence agiu de intérprete. Weizmann assegurou a Feisal que os sionistas seriam quem de levar a cabo em Palestina “obras públicas de longo calado” e que o país “avanzaria até tal ponto que haveria lugar para dar acolhida a quatro ou cinco milhões de judeus, sem necessidade de alterar os direitos de propriedade dos camponeses árabes”.

Tal e como escreveu Weizmann nas suas notas sobre a reunião, Feisal explicou que “seria curioso que houver fricções entre judeus e árabes na Palestina. Não tem havido fricção em país algum onde árabes e judeus vivem juntos. Ele [Feisal] não acreditava em absoluto que houver escasez alguma de terras na Palestina. Os residentes sempre teriam avondo, especialmente se o país experimentava um desenvolvimento. Para além do qual, haveria suficiente terra no seu distrito”.

O 3 de Janeiro de 1919, Feisal e Weizmann encontraram-se novamente em Londres, para asinar um “Acordo entre o Rei dos Hedjaz e os Sionistas”. Lawrence, que foi novamente o fio condutor deste acordo, agardava que isto assegurasse o que ele, Lawrence, qualificou como “as linhas da convergência das políticas árabe e sioinista num próximo futuro”.

O 1 de Março de 1919, Lawrence, mentres estava em Paris como representante britânico com a Delegação Hedjaz, escreveu de punho e letra uma carta de Feisal dirigida ao sionista estadounidense Felix Frankfurter. Neste documento, Feisal declarava, “Nós, os árabes, especialmente os que temos recebido uma educação, olhamos com a mais profunda simpatia o movimento sionista”. Feisal foi para além ao afirmar que Weizmann “tem sido uma grande ajuda à nossa causa, e agardo que os árabes estejam bem cedo em posição de dar algo a câmbio aos judeus pela sua amabilidade. Estamos trabalhando juntos por um Oriente Próximio reformado e revitalizado, e os nossos dois movimentos complementam-se mutuamente”. O movimento judeu, continuava Feisal “é nacioinal, e não imperialista: o nosso movimento é nacional e não imperialista, e há sítio em Síria para ambos. É mais, acredito que nenhum de ambos trunfará se não o faz o outro.”. Acrescentava depois Feisal, com palavras rotundas e optimistas: “Agardo, e o meu povo agarda comigo, um futuro no que vos ajudaremos e vos nos ajudaredes, de modo que os países nos que estamos mutuamente interessados poidam uma vez mais ocupar o seu lugar na comunidade dos povos civilizados do mundo”.

Se o apoio de Lawrence às aspirações nacionais judias não era conhecido para os seus contemporâneos, talvez sim que era intuído. A começos de 1920, mentres Lawrence preparava as suas memórias de guerra durante a Revolta Árabe para a sua publiucação, escreveu ao autor Rudyard Kipling para perguntar-lhe se estaria disposto a lêr as provas do seu livro “Os sete pilares da sabiduria”. Kipling contestou que estaria encantado de ver as provas, mas que, se a resultas disso deducia que Lawrence era “pro-Yid” [sic] enviaria-lhe de volta as provas sem tocar.

Kipling estava angustiado pelo pensamento de que Lawrence puidesse ser pro-judeu. E, sem dúvida, a visão de Lawrence da evolução potencial do Fogar Nacional Judeu no Mandato Britânico de Palestina não era para nada hostil das aspirações judias. Num artigo intitulado “O Leste cambiante”, publicado na influínte revista “Round Table” em 1920, Lawrence escreveu sobre o “experimento judeu” em Palestina que era um “esforço consciente, por parte do mais pequeno povo de Europa, de afrontar o vento dos tempos, e regressar uma vez mais ao Oriente donde vinham”.

Lawrence sinalava sobre os novos imigrantes judeus: “Os colonos levarão com eles à terra que ocuparam durante alguns séculos antes da Era Cristã o conhecimento e a técnica de Europa. Propõem-se assentar-se entre a população árabe-falante do país que lá existe, uma gente de orige semelhante, mas diferente condição social. Agardam ajustar o seu modo de vida ao clima de Palestina, e através do exercício das suas capazidades e do seu capital levá-la a ser tão elevadamente organizada como um Estado europeu”.

Tal e como Lawrence o concebia no seu artigo em “Round Table”, este assentamento levaria-se a cabo dum modo que seria beneficioso para os árabes. “O éxito do seu programa”, escrevia dos sionistas, “vai supôr inevitavelmente o crescimento da actual população árabe no seu próprio nível material, só um pouco depois que eles em quanto a tempo, e as conseqüências poderiam ser da máxima importância para o futuro do mundo árabe. Poderia supôr uma fonte de abastecimento técnico que os figesse independentes da industrializada Europa, e nesse caso a confederação poderia chegar a converter-se num formidável elemento de poder mundial”.

Semelhava a Lawrence –ao igual que a Winston Churchill quando discutiu a questão da eventual soberania judia com os membros da Comissão Peel em 1937, pouco depois da morte de Lawrence- que levaria muito tempo antes de que se formasse uma maioria judia. Tal contingência, escrevera Lawrence no seu texto da “Round Table”, “não sucederá na primeira nem sequer na segunda geração, senão que apenas deverá ser tida em consideração de fraquear as bases do império na Ásia occidental”. Estas, a muito longo praço, “podem permanecer ou cair em função do esforço sionista”.


Quando Churchill passou ser secretário colonial em Janeiro de 1921, propus que Lawrence fosse o seu conselheiro de assuntos árabes. Nos começos do seu cometido, Lawrence encabeçou as conversas com Feisal sobre a promesa da Declaração Balfour da Grande Bretanha dum Fogar Nacional Judeu em Palestina. Informando destas conversas a Churchill numa carta datada o 17 de Janeiro de 1921, Lawrence chegava a afirmar ao novo secretário colonial –responsável de perfilar os termos do Mandato Palestiniano- que a câmbio da soberania árabe em Bagdad, Amman e Damasco, Feisal “aceitava renunciar a todas as exigências do seu pai sobre Palestina”.

Estas novas foram bemvindas por Churchill, mas havia um problema. Dado que os franceses já estavam instalados em Damasco, e não desejavam ceder o sítio a Feisal ou qualquer outro dirigente árabe, Churchill propujo dar a Feisal, em vez do trono de Síria, o trono de Irak, e ao mesmo tempo dar ao irmão de Feisal, Abdula, o trono de Transjordânia, a parte do Mandato Britânico na Palestina que ficada ao leste do rio Jordão. Instalando um dirigente árabe em Transjordânia permitiria utilizar Palestina Occidental –a área comprendida entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão, e que actualmente é o que comprende Israel e o West Bank- para ubicar o Fogar Nacional Judeu sob controlo britânico, onde os judeus, em palavras de Churchill, “viviriam por direito, e sem sofrimentos”.

Informado por Lawrence o 17 de Marçó de 1921 na Conferência do Cairo, Churchill explicou aos oficiais lá reunidos que a presença dum dirigente árabe sob controlo britânico ao leste do Jordão permitiria à Grande Bretanha evitar agitações ánti-sionistas procedentes da parte árabe do rio. Em apoio deste ponto de vista, o próprio Lawrence dixo ante a Conferência, como recolhem os memorándums secretos: “Ele [Churchill] acredita que em quatro ou cinco anos, baixo a influência duma política justa” a oposição árabe ao sionismo “terá diminuído, se não desaparecido por completo”.

Lawrence continuou explicando à Conferência que “seria preferível utilizar Transjordânia como válvula de seguridade, promovendo um dirigente sobre o que poidamos exercer pressão, para conter o ánti-sionismo”. O dirigente “ideal” seria “uma pessoa que não for demassiado poderosa, e que não seja residente de Transjordânia, mas que responda ante o Governo da sua Majestade do seu cometido”. O melhor dirigente para esse posto, acreditava Lawrence, seria o Emir Abdula, o irmão de Feisal.

A presença de Lawrence de Arábia na Conferência do Cairo foi de proveito inestimável para Churchill no seu desejo de ajudar a estabelecer um Fogar Nacional Judeu na Palestina. A amizade de Lawrence com os dirigentes árabes, com quem combateram durante a Revolta Árabe, e o conhecimento das suas debilidades, assim como das suas fortaleças, era semelhante à sua comprensão das aspirações sionistas. Em Novembro de 1918, no primeiro aniversário da Declaração Balfour, Lawrence dissera a um jornal britânico judeu: “Falando totalmente como um não-judeu, vejo nos judeus os importadores naturais da léveda occidental tão necessária para o Oriente Próximo”.

O 27 de Março de 1921, dez dias depois das propostas de Lawrence no Cairo, Churchill enviou-no de Jerusalém a Transjordânia para explicar a Abdula que a sua autoridade remataria na beira leste do Rio Jordão; que os judeus se estabeleceriam nas terras entre o Mediterrâneo e o Jordão (“Palestina Occidental”); e que ele, Abdula, deveria sofocar toda actividade ánti-sionista e toda agitação entre os seus seguidores.

Ao dia seguinte, em Jerusalém, Lawrence, Churchill e Abdula foram fotografados na Casa do Governo Britânico: Churchill coberto contra o frio, Lawrence com uma chaqueta escura e garavata, Abdula em uniforme militar com pano árabe. No seu encontro aquele dia, Abdula aceitou limitar a sua área de controlo a Transjordânia e reprimir qualquer acção contra o Fogar Nacional Judeu previsto no Mandato Palestiniano occidental do Jordão.

Lawrence ajudara, portanto, a que a construcção do Fogar Nacional Judeu puidesse continuar. Também era consciente do potencial daquele fogar nacional: doze anos antes da Conferência do Cairo, mentres viajava através da Galilea arredor do Tiberíades, reflexionou sobre os dias gloriosos da região na época romana, e sobre os assentamentos agrícolas judeus que vira na sua viagem. Escrevendo a casa o 2 de Agosto ded 1919, explicava: “Galilea foi a província mais romanizada de Palestina. O país estava bem povoado e regado de água artificialmente. Palestina foi um decente país daquela e fazilmente pode volver a sê-lo. Quanto antes cheguem os judeus, melhor: as suas colônias são brilhantes pontos no deserto”.

O resto é bem conhecido. As “brilhantes pontos no deserto” evoluíram num próspero Estado baseado na capazitação e o capital que Lawrence vislumbrara décadas antes. É dificil saber como teria respondido ante a crescente intransigência do mundo árabe ante a presença judia no Mandato Britânico, abandoados aos seus violentos intentos de destruir o Estado Judeu aínda em cernes –o mesmo Estado que ele acreditava promesa de prosperidade para os árabes da região. T. E. Lawrence morreu em Maio de 1935 a causa das fatais feridas sofridas num accidente de motocicleta perto da sua casa de Dorset, à curta idade de 47 anos. Os logros da sua curta vida têm-lhe assegurado um lugar no panteão da história árabe moderna. Talvez seja a hora de que a história judia contemporânea lhe renda tributo também.



MARTIN GILBERT


Sir Martin Gilbert é o biógrafo oficial de Winston Churchill. Publicou recentemente “Churchill e os judeus: a amizade de toda uma vida” (Ed. Henry Holt, 2007) assim como “Israel: Uma história” (Ed. McNally & Loftin, 2008).

NOVO FUNDAMENTALISMO JUDEU



Maimónides rechazava a teocracia judia, pois acreditava que corromperia aos rabinos, e insistia na idoneidade dum Exilarj independente. O seu Messias e Rei também não seria um rabino. Mas admitia que um Exilarj deveria proceder conforme a Lei Judia. Se o país for governado por uma lei religiosa, daquela haveriam ser os rabinos quem, a fim de contas, ditassem a política do Exilarj. Os rabinos seriam o poder legislativo, mentres que o Exilarj exerceria o poder executivo. Nos nossos dias, isso traduziria-se numa Knesset rabínica e um Primeiro Ministro eligido por voto popular. Quando os poderes religiosos e do Estado não estiverem delimitados, o establishment rabínico tornaria-se conformista, em tanto que não poderia condear nem os acordos do tipo “Terra judia a câmbio de Paz” nem a assimilação progre dos judeus norteamericanos. A secularização beneficia aos judeus religiosos ao permitir-lhes uma prática religiosa sem reservas.

Nem a monarquia nem a teocracia têm sentido nos nossos dias. Um monarca judeu teria que ser reconhecido pelos rabinos, e teria de ser ortodoxo ou ultra-ortodoxo. Um monarca dessas características adicaria os ingressos procedentes dos impostos a apoiar uma proliferação ilimitada de escolas religiosas de adultos e aos seus estudantes vitalícios. Numa sociedade mixta religioso-atea, a teocracia e a monarquia traduziriam-se na exploração dos economicamente produtivos atéus –algo que estes não aceitariam.

As referências rabínicas a vários mandamentos para dar justificação à sua autoridade é, quando menos, questionável. Deut 17:10: “Faz o que te digam” refere-se aos juízes (incluídos os sacerdotais), não aos legos rabinos. O verso precedente refere-se a casos civis e criminais sem implicação alguma com a interpretação de leis religiosas. De modo avondo extranho, o versículo 11 fala de “ensinanzas e sentenzas”, embora o contexto nada tem a ver com “ensinanzas”. Não é improvável que esta expressão seja semelhante ao versículo 15, que permite aos judeus eligir um Rei, inclusso a pesar de que séculos depois o profeta Samuel não tivesse nem ideia deste permiso, quando denigrou aos judeus por reclamar um Rei. Acreditar na autenticidade do versículo 11 supõe que os juízes falassem desde o Templo (vers. 8), obviamente para unificar mais que para dar pê a novas leis.

Dúzias de miles de autoridades jalájicas dispersas pelo mundo adiante carecem da autoridade outorgada aos juízes do Templo. Atendendo ao carácter freqüentemente vingativo das desputas jalájicas, é pouco crível imputar autoridade divina aos rabinos.

A maior questão radica em saber se os rabinos são os “juízes” mencionados em Deuteronômio 17. Por que eles, e não os saduceus, sacerdotes do Templo? Deut 33:10: situa explicitamente o poder do ensino nos Levitas, os sacerdotes. Crônicas II 31:4 enumera os estudos legais dos levitas, e Malaquias 2:7 confirma que eram eles quem se encarregavam da interpretação legal. Em Crônicas II 19:8, os juízes estám aparentemente equilibrados com o clão dos velhos, e aínda mais adiante, em Jeremias 18:18 têm apenas o poder do conselho, mais que o poder normativo.


A lenda rabínica do Sanedrin ubicado no Templo desfia o sentido comum. O Templo estava dirigido pelos sacerdotes (saduceus) que eram descendentes nominais do Sumo Sacerdote Zadok. Os saduceus rechazavam a Lei Oral e perseguiam aos rabinos fariseus –daquela e agora. Por que haveriam os sacerdotes de permitir que os rabinos tivessem assento na Corte do Templo e aplicassem a Lei Oral que eles –os sacerdotes- consideravam falsa?

É impossível que os rabinos fossem tão populares que os sacerdotes se vissem forzados a lhes ceder assento. Os sacerdotes paralisaram inclusso a reconstrucção do Templo promovida por Herodes o Grande até que este se comprometeu com eles a entrenar aos levitas para que fossem eles os que o construíssem –e que assim não houver mancha alguma no Templo.

Por que haveriam os sacerdotes de desafiar a Lei Oral, se tiver sido outorgada no Sinaí? A explicação rabínica da “maldade” sacerdotal não se mantém em pê: não existe razão imaginável para que rechazassem tão proveitoso córpus legislativo. Abrazando a Lei Oral, os Saduceus teriam desprazado aos competidores Fariseus e ré-tomado o poder da legislação religiosa e da jurisprudência civil. É impossível que dúzias de miles de levitas fossem malvados atéus que rechazassem a palabra divina.

Os rabinos eram os sacerdotes “progres” do seu tempo, não muito distantes do fundador da Cristandade e dos posteriores franciscanos. Sem dúvida alguma, nos salmos sinópticos, o ensino de Jesus é uma cópia a papel carbão da doutrina rabínica, conforme a cada um dos seus pronunciamentos sinópticos, recolhidos no Talmud. Jesus pregoava o ensino rabínico: “Sigue o que dizem, mas não o que fazem, porque não obram conforme o que ensinam”.

Inclusso se aceitarmos os supostos poderes dos rabinos à luz de Deut 17, os dois tipos de legislação rabínica carecem totalmente de base escrita: o poder de promulgar legislação protectora (“o muro arredor da lei”) e o poder de derogar mandamentos. Atentendo a isto último, Maimónides só aceitava a suspensão temporal, e só para evitar um mal maior, iuncluíndo uma ameaça ao Judaísmo (Hilkot Mamrim 2:4). Quase nenhuma das derrogações passaria essa prova: os rabinos rechazavam a obriga das mulheres de observar os mandamentos, os tzitzit azúis, ad nauseam.


Os rabinos alegam outro argumento sobre o certo das suas ensinanzas: o facto de ser sobrevivido dois mil anos. Esse é um pésimo argumento, porque o Cristanismo tem sobrevivido por idêntico período e, inclusso, tem-se extendido em maior medida. A teoria de que a Terra era plana aínda resistiu mais anos. O trunfo dos rabinos fariseus sobre os saduceus foi unicamente devido à destrucção do Templo: os levitas foram incapazes de adaptar-se a um m undo sem Templo. Os saduceus radicais uniram-se (ou deram passo) aos Essênios, uma orde monástica e que resistiu séculos tras a destrucção do Templo. A vitória dos rabinos sobre os Caraítas deveu-se ao melhor controlo dos rabinos sobre os seus seguidores, baseado na Jalajá; os caraítas mais flexíveis remataram assimilando. Isto demonstra que o rabinismo não é algo absolutamente negativo, pois beneficiou à nação judia em grande medida. Mas, para além da sua utilidade, não é o mesmo que o Judaísmo da Torá.

Devemos lutar para modificar as leis rabínicas, mas na medida em que sejam eficazes (não em váu têm preservado o judaísmo durante muito tempo), válidas (baseadas firmemente na Torá), comumente aceitadas (por pessoas genuinamente judias), e não abertamente contestadas (pela gente que quere viver uma vida judia, não pelos atéus) devemos aderir a elas. É algo semelhante a conduzir a 90 kms/hora porque o dita a lei, mas fazer tudo o possível para lograr que se incremente o limite de velozidade.

As leis claramente opressivas não devem ser obedecidas: alguém que vive no andar 50º dum aranhacéus dificilmente pode ser obrigado a observar a absurda proibição rabínica de não utilizar ascensor em Shabat.

As leis rabínicas existentes devem ser observadas até lograr a sua modificação –agás que sejam abertamente opressivas.


OBADIAH SHOHER