09/01/10

TERRORISTA INTERCEPTADO EM JERUSALÉM


A Polícia de Fronteiras arrestou a um árabe procedente de Siquém que, pertrechado com um coitelo, dispunha-se a assassinar a algum judeu –ou, de poder ser, a uns quantos.

Transcorridos, mais ou menos, um par de anos abandoaria o cárcere, sendo recebido como um herói pelos palestinianos, com a sinecura de Fatah agardando-o nas portas do presídio.

Quando os nossos antepassados Simão e Levi se preocuparam pela conduta indecente de certos residentes de Siquém, exterminaram a toda a sua população masculina. E ponto final ao problema.

UM PASSO DE GIGANTE NA DIRECÇÃO ADEQUADA



Anteontem o nº 2 do Ministério de AAEE, Danny Ayalon, visitou Hebron, junto com a membro da Knesset Anastassia Michaeli, ambos do partido Yisrael Beiteinu. Ayalon trabalha junto com o Ministro ded AAEE, Avigdor Lieberman. Os visitantes, acompanhados por vários representantes da comunidade judia de Hebron, percorreram a zona, incluíndo Tdel Rumeida, Beit Hadassah, a sinagoga de Abraham Avinu e o seu vizindário e, por suposto, Ma'arat HaMachpela. Antes de marchar partyiciparam num almoço que incluiu um memorândum de actividades da comunidade judia de Hebron e o Ministério.

Falando com o Ministro Delegado tras a sua chegada, dixem-lhe que levava décadas agardando que gente como ele chegasse a postos de responsabilidade no Ministério de AAEE. Apenas há uma semana que ele escreveu um artigo de opinião em “The Wall Street Journal” sobre a diferência entre “territórios ocupados”, como Judea e Samaria são denominadas, e “territórios em desputa”. Os dois parágrafos finais diziam:

“Tras a Guerra de 1967, quando os judeus começaram o regresso aos seus territórios históricos no West Bank –ou Judea e Samaria, como for a conhecido em todo o mundo durante 2.000 anos, antes de que os jordanos lhe cambiassem o nome- eclosionou o tema dos assentamentos. Sem embargo, Rostov não achou impedimento legal algum ao assentamento judeu nesses territórios. Ele manteve que o originário Mandato Britânico de Palestina aplica-se ao West Bank. Dixo, concretamente, “o direito judeu a assentar-se no occidente palestiniano do rio Jordão, quer dizer, em Israel, o West Bank e Jerusalém é inquestionável. Esse direito nunca tem sido concluído, nem o será sem uma paz reconhecida entre Israel e os seus vizinhos”. Não existe documento internacional algum que tenha derrogado o direito do assentamento do Povo Judeu desde então.

Mas, contudo, existe a percepção de que Israel está ocupando um território roubado e que os palestinianos são a única parte com direitos nacioinais, legais e históricos a ele. Isto é falso desde o terreno moral e o dos factos”.



Fazia muito tempo que um membro destacado do Ministério israeli de Assuntos Exteriores não fazia uma declaração assim.

Durante a sua visita Danny Ayalon falou de Hebron como as raízes do Povo Judeu, dizendo que “um povo sem passado é um povo sem futuro”. Ao ser perguntado pelo futuro de Hebron, no que respeita às negociações políticas, dixo que agardava que a comunidade judia de Hebron seguisse sempre aquí, crescendo e prosperando. Quando o interlocutor insistiu, perguntando se essa era a linha oficial do Governo, Ayalon contestou: “Não sei se tem sido debatido, mas existem certos temas que são evidentes e não precisam ser discutidos”.

Ayalon falou também da necessidade de que os diplomáticos israelis e estrangeiros visitem Hebron, para ver in situ e de primeira mão este berzo da civilização.

Posteriormente, Ayalon foi perguntado pelo TIPH (http://www.tiph.org/) a presença temporal internacional em Hebron, que tem freqüentado as ruas da cidade durante os últimos 15 anos. Ayalon deixou claro que “temporalmente” significa precisamente isso: temporalmente, não permanentemente. Fixo ênfase em que a renovação do mandato da TIPH, que tem lugar duas vezes ao ano, não se deveria dar por descontado.

Esta manhã o jornal israeli “Maariv” intitulava: “Semelha que o mandato do TIPH em Hebron não vai ser renovado”. Ben Caspit, escrevia: “Tras a visita do Ministrto Delegado de AAEE Ayalon a Hebron, este afirmou que a opção de não extender o mandato do TIPH é a mais provável. ‘Têm-se excedido na sua autoridade’, manifestou”. O artigo informa que a viagem de Ayalon a Hebron veu propiciada pelo Ministro Lieberman, quem lhe teria ordeado tantear a situação in situ. Segundo Ayalon teria dito a Caspit, “o TIPH informa do acoso judeu aos árabes, mas nunca à inversa”.

O artigo revela fragmentos dum documento preparado por Ayalon sobre o TIPH: “Às vezes existe tensão entre o Governo de Israel e o TIPH devido à nossa queixa de que amiúde se desviam do seu mandato exigindo, por exemplo, a investigação de casos passados ou demandas das que Israel já informou aos países donantes. Para além disso, está imersos em actividades de denúncia dos palestinianos contra as autoridade israelis”.

A visita de Ayalon tem sido um sopro de ar fresco. A informação na prensa de ontem sinalando que o mandato do TIPH não será renovado é um tornado que trai uma atmósfera totalmente renovada a Hebron. A remoção do TIPH do cenário provavelmente debilitará a outra “organizações”, e propiciará a sua rápida marcha também.

Certamente um passo de gigante na direcção adequada.


DAVID WILDER





O PLEITO DE OSIRAK


Segundo o jornal Al Sabah, o parlamento iraqui quere que o seu Governo promova um pleito comercial contra Israel por bombardear o reactor de Osirak. 29 anos depois.

Claro. E o seguinte será pagar subsídios de desemprego aos polacos que perderam os seus lucrativos trabalhos tras o cerre de Auschwitz.

Os iraquis, provavelmente, tenham tomado prestada a ideia de Iran, que leva décadas litigando com Israel exigindo que devolvamos as mastodônticas quantidades de dinheiro que recebéramos a modo de antecipo do Sha de Pérsia, a câmbio de suministro bélico.

Os assuntos comerciais entre Governos só estavam submetidos a arbítrio antigamente. Nos anos recentes, os tribunais europeus começaram a rechazar a imunidade soberana, cursando sentenças contra a propriedade governamental dos países estrangeiros –nomeadamente Rússia.

ODA À CHEESEBURGER



Os rabinos analisam as leis da Torá, supostamente para que não sejam confusas. Tamanhe actitude, sem embargo, é um erro. Por analogia com a lei secular, aquilo que não está explícito na letra da lei fica ao albur da interpretação pessoal. Se se nos manda realizar um msacrifício, é irrelevante se emprendemos o caminho face o Templo andando com o pé direito ou o esquerdo. Na lei rabínica, as singelas normas da comida kosher, ou a proibição de determinados animais, evoluíram até converter-se num conglomerado de exóticas, e freqüentemente absurdas, regulamentações, como essa de que não se pode usar uma pota de aceiro onde se queceu leite para cozinhar carne, porque a pota retém ostensivelmente o gosto do leite. O conceito rabínico da interpretação exaustiva não tem fim: em tanto poidamos efectuar questionamentos a cada regra, quantas mais regras vaiamos acumulando, mais perguntas surgirão. Depois de que os rabinos tenham chegado a um consenso sobre os livros de oração e prescrito os movimentos corporais específicos para essas orações, sempre alguém poderá perguntar como respirar no transcurso dessas orações; esta pregunta não seria mais mundana que muitas das artificiosas questões plantejadas e respondidas pelos rabinos.

A lei judia supunha-se que ponheria coto às supérfluas leis religiosas paganas, com a sua miríada de deidades e complicados rituais. A Torá deixa um amplo marge à discreção pessoal por uma simples razão: que se siga pensando arredor da lei, sem problemas para poder practicá-la. Os rabinos começaram a construir um “murro arredor da lei”, promovendo proibições adicionais para evitar violações involuntárias dos grandes mandamentos quando os judeus tiveram que marchar ao Exílio. Agora que o Exílio tem rematado, o conceito de “muro” tem-se convertido em algo irrelevante e enormemente contraproducente, na medida em que só serve para afastar aos judeus do Judaísmo, cujas regras são simples e directas.

Jacob enganou a Esau, entre outras coisas, ordenhando camelhos. A tradição judia afirma que os nossos ancestros aceitaram o peso dos mandamentos antes de que Moisês os recebera no Sinai. Isto é, Jacob não imaginava que a proibição dos alimentos não-kosher impedia-lhe beber leite de camelho (os camelhos são um animal não-kosher). Os animais não-kosher –ao igual que aqueles não utilizáveis para fins de alimentação humana- gozam de grande protecção no Judaísmo. Evitamos comê-los, para além do respeito pelas suas vidas, devido à sua impureza (os humanos são puros, mas não somos caníbais). Ao igual que está permitido ferir (mas não comer) a outros seres humanos, também está permitido utilizar para o trabalho, ordenhar ou dar outros usos aos animais não-kosher –qualquer coisa, menos matá-los. Os rapazes judeus podem jogar com os porcos na mesma lógica que se permitia à tribu de Jacob beber leite de camelho.

Proclamando que determinada leite é não-kosher, os rabinos deram pê ao problema do leite kosher. Exigem a sua supervisão para certificar que o leite de vaca não está mesclado com leite de camelho ou de égoa. Se um temor pode ser infundado, este ocupa o primeiroi lugar.


As crianças judias bebem leite das suas não-kosher mães para alimentar-se, e igualmente podem consumir leite doutros animais não-kosher. As crianças, não em vau, não têm que observar os mandamentos. Mas o facto de ordenhar require a participação dum judeu adulto; ou todas as mães judias transgredem abertamente a lei oferecendo aos seus filhos o seu leite não-kosher, ou as leis do kashrut não são de aplicação no caso do leite. De facto, Rashi afirma que o kashrut é só aplicável à carne, e não a nenhuma outra parte dos animais ou os seus produtos derivados.

A proibição de mesclar carne e leite refere-se, segundo Maimônides, ao rito pagano de cozer a uma cabrinha no leite da sua mãe. Ele destacava que a proibição figura na secção adicada às práticas paganas mais que na das leis dietéticas. A proibição de mesclar carne e leite não tem nada a ver com a alimentação, em primeiro lugar.

Os rabinos extenderam o tema da proibição de mesclar carne e leite para evitar as violações involuntárias. Cozer carne no leite foi proibido inicialmente porque cabia a possibilidade de que fosse vendida como carne de vaca. Segundo esse razoamento, toda carne deveria ser proibida: que se passaria se alguém vendesse carne de porco como se fosse vaca? As violações involuntárias não constituim pecado, e o problema da carne de vaca falsa não tem sentido nos nossos dias, em que contamos com supermercados kosher.

As combinações de leite e pólo foram proibidas, não sendo que alguém nos visse comendo pólo com queixo e acreditasse que estávamos comendo uma Cheeseburger. Segundo esse razoamento, não deveríamos sair a passear com a nossa mulher, não sendo que alguém acreditasse que se trata da noiva do meu vizinho. Alguém poderia ver-nos comendo uma hamburguesa de ternera e acreditar que estamos comendo porco –o qual não é motivo para converter-nos em vegetarianos. O razoamento do “poderiam acreditar” não tem senrtido de portas adentro: obviamente, a tua mulher sabe que não cozinhou uma cabrinha no seu leite. O absurdo radica no facto de que a Cheeseburger não está proibida: é ternera, e não carne de cabrinha, e não está cozida no seu próprio leite, como a Torá é cuidadosa em especificar.

Os rabinos opõem outro argumento: as autorestricções demonstram o nosso amor a D’us, a nossa vontade de ir sempre um passo para além. Mas, acaso podem eles lêr a sua vontade? Por que presumem que a Ele lhe gostaria que extendéssemos as suas proibições? O Governo limita a velozidade máxima a 90 kms./hora; acaso alguém demonstra o seu patriotismo conduzindo todo o rato a 30 kms/hora?


Duvido que a vossa mulher interprete certas autorestricções como um signo de amor. Por que presupôr que D’us quere mais restricção de nós? A Ele, que criou os animais e permitiu que o homem lhes desse nome para estabelecer o seu domínio, seguramente lhe gostaria que consumamos carne nas suas distintas variantes. Não está bem, nem tem justificação, negar-nos a o fazer. Tem-se-nos ordeado explicitamente que disfrutemos da carne dos nossos sacrifícios. O Judaísmo não é uma perversão monástica, senão uma religião de alegria no mais sagrado dos lugares, a Criação.

A prática de expandir as proibições é arbitrária e nociva. Existem proibições respeito o incesto. Por tal motivo, devemos expandi-las até o sétimo grau de parentesco para demonstrar o nosso amor a D’us? Ou falando da comida: mediante as leis de kashrut, D’us proibiu o consumo de todas as espécies animais agás uns quantos. Neste caso a sua intenção de limitar o dano aos animais está manifestamente claro. Para demonstrar o nosso amor deveríamos convertir-nos todos em vegetarianos? A este respeito, a Torá cuida de que não violemos as leis –mas também de que não as endureçamos pela nossa conta.

“Já existem suficientes proibições na Torá como para que vós acrescentedes mais”, diz o Talmud. As leis da Torá são eminentemente práticas. As leis são tão singelas que os nómadas hebreus as podiam observar sem dificuldade no Sinai. Alguns mandamentos são meras interpretações dos outros: assim, a proibição da homosexualidade é conseqüência do “Não cometerás adultério”. É razoável, portanto, interpretar os mandamentos através da Lei Oral –mas não violar o sentido último dos mandamentos.

Duma banda, os sábios já disseram acertadamente que nem uma palavra ou letra está de mais na Torá. Doutra, os rabinos ignoram o antedito. A Torá diz, “Não cozerás uma criança no leite da sua mãe”. “Cozer” –não, “cozinhar” ou outra interpretação mais laxa. A Cheeseburger está permitida. Uma proibição específica da « cocção » tem pleno sentido no contexto dos antigos ritos paganos.

O outro aspecto cruzial é “o leite da sua mãe”. O qual poderia ser remotamente interpretado como “alguém da sua estirpe”, tal como “teus pais” faz referência geralmente aos ancestros; mas não pode ser interpretado como “o leite de qualquer”. A Torá em sítio algum proíbe cozer uma cabrinha em leite de vaca.

Existe certa liberdade à hora de interpretar a palavra gdi –cria-. No Tanaj, gdi nunca significa outrto animal que não seja “ a cria da cabra”. Em concreto, uma gdiah é uma cabra fémia. Alguns comentaristas afirmam ex nihilo que gdi poderia significar também anho (seh). Inclusso se gdi significar anho, duas coisas estám claras: gdi remite só a um animal jovem, e nunca a um becerro. Em muitos contextos, gdi interpreta-se como “rebanho”; não havia rebanhos de vacas no antigo Meio Leste. A leitura mais inclussiva dos Mandamentos proíbe cozer um anho jovem ou uma cabrinha no leite, respectivo, da ovelha ou da cabra. O mandamento é simples e diáfano. O resto é obra dos rabinos.

Considerade o abismo entre Torá e a Jalajá. A cocção dumha cabrinha no leite de cabra foi extendida às vacas, depois aos pássaros (pólos), depois a todas as formas de cocção, depois a todas as comidas que incluam pólo ou leite, depois aos pratos que foram utilizados para servir leite ou carne, depois às formas de armazenamento, depois aos fregadeiros, às mesas. E rematamos por distinguir entre restaurantes kosher de vaca e doutras carnes.


OBADIAH SHOHER

UM IMAN NA KNESSET


O Iman italiano Abdul Hadi Palachi, que se tem feito famoso sob o nome de “O Sheij Sionista”, pela sua proclamada actitude pro-israeli, afirma que o Coran estabelece claramente que a Terra de Israel pertence ao Povo Judeu e que o Monte do Templo foi o empraçámento do Templo Judeu. “Dixo-o o próprio Mahoma”, acrescenta Palachi.

O Iman Palachi fez estes comentários numa conferência promovida pelo parlamentário de União Nacional, Michael Ben-Ari, e secundada pelo Ministro Ayub Kara, o antigo Ministro de Justiza canadiano Irwin Cotler, o parlamentário do Shas, Nissim Zeev, e o parlamentário árabe Ibrahim Hijazi.


Velaqui a testemunha fotográfica do acto:









E um vídeo.


YISRAEL MEDAD

DIA NACIONAL DA LÍNGUA HEBREA



Na reunião governamental do passado domingo, o Primeiro Ministro Binyiamin Netanyahu estabeleceu que a data do 21 de Tevet, dia do nascimento de Eliezer Ben Yehuda –o lingüísta que renovou e revivificou o idioma hebreu contemporâneo- será o Dia Nacional da Língua Hebrea.

O chefe do gabinete sinalou que adopta o critério do Ministro de Educação israeli, Gideo Sa’ar (Likud) que propicia intensificar o estudo do hebreu nas escolas e colégios secundários de Israel.

O jovem titular da carteira de educação, insiste também em que se melhore a qualidade do idioma hebreu empregado nas sessões do Governo e na Knesset de Jerusalém.


Fonte: Factual

AL JAZEERA FICHA A FERMÍN MUGURUZA


Fermin Muguruza recebeu do Al Jazeera Documentary Channel o encárrego de dirigir uma serie de documentais sobre a música dos países árabes.

Muguruza, talentoso líder de Kortatu e Negu Gorriak -dois dos melhores grupos de música rock do País Vasco, se não de todo o Estado, nos anos 80 e 90- também se tem significado pela sua proximidade política aos postulados da esquerda independentista basca e da sua organização terrorista, ETA.

Tras apresentar em vários países o documental produzido por Antón Reixa Checkpoint Rock. Canciones desde Palestina (apresentado no Festival Amal de Santiago de Compostela, que patrocina o yihadista multimilhonário Ghaleb Ibrahim), Muguruza recebe agora o encárrego de dirigir uma série de documentais sobre a música dos países árabes. O trabalho percorrerá a producção musical do Líbano, Siria, Algéria, Tunísia, Marrocos, Egipto, Kuwait, Oman, Iemen e Sudan.
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Uma das participantes no referido documental, onde se percorria a música árabe que se faz na actualidade em Israel, desde Tel Aviv até os Territórios, a actriz Amal Murkus, afirmava referindo-se à producção musical árabe em Israel que “apenas emitem música árabe nos mass media de Israel”. Segundo Murkus, “a única forma que nos oferece Israel de saír à luz é cantar junto com artistas hebreus pela ‘paz’. Mas nós queremos uma paz justa, não uma paz que canta e depois mata”.

Humm…Disto último sabe avondo o senhor Muguruza.


AS LÁGRIMAS DE COCODRILO DO GOVERNO



O Governo israeli protestou ante a Administração dos EEUU pelas homenagens da Autoridade Palestiniana a Dalal Mughrabi, uma terrorista que assassinou a 37 civis judeus, incluíndo rapazes –se é que isso supõe algum tipo de diferência.

Demassiado tarde. A Autoridade Palestiniana tem estado homenajeando a Mughrabi durante demassiados anos, com escolas e um estádio que leva o seu nome –ao igual que Israel honra aos seus terroristas.

O absurdo é que Israel se queixe aos EEUU em vez de suprimir a transferência de impostos, reduzir o subminiustro de electricidade e água, ou retirar os privilégios de trânsito a Abbas.

ATÍPÎCO


Barak dixo ontem, tras receber várias ameazas de morte, supostamente procedentes dos assentamentos, tras o congelamento temporal:

“Proponho que se evitem as geralizações”, manifestou o Ministro de Defesa ante a audiência da Universidade de Tel Aviv, no que foi a sua primeira resposta pública às ameazas. “Assumo que isto não representa ao povo de Judea e Samaria, nem a nenhum outro grupo marginal. Quando um Governo toma uma decisão, essa decisão debe ser levada a cabo. Os cidadãos podem votar em contra dum Governo, ou manifestar-se, mas a autoridade dum Governo sobre os seus cidadãos é a pedra anguylar da democracia.

Sou o mensageiro de cada um dos cidadãos deste Estado, e todos sabem que não mataria nem uma mosca agás que me visse na obriga, e que não tenho medo de ninguém”, afirmou. Barak esteve acompanhado por um contingente de gardaespaldas atipicamente numeroso durante o encontro.

Todos vocês sabem, por suposto, que essas ameazas contra Barak, o Comissionado da Polícia, etc., não são senão propaganda falsa.

Por que algum membro da Knesset não convoca ao Ministro ded Inteligência e/ou ao Fiscal Geral e lhes exige que fagam uma investigação sobre os motivos de seguir usando este tipo de provocações?

A propaganda falsa é uma informação falaz que soe proceder dum dos bandos num conflito –mas fazendo acreditar que procede do bando contrário. Soe sejavascript:void(0)r utilizada para envilecer, avergonhar ou desacreditar ao inimigo. Este tipo de propaganda sempre está associada com operações de desgaste psicológico.


YISRAEL MEDAD

O ESTADO PALESTINIANO JÁ NÃO É POSSÍVEL



Sari Nusseibeh, docente da Universidade Al-Qods de Jerusalém e destacado intelectual palestiniano, foi o autor em 2002 dum plano de paz elaborado junto com Ami Ayalon, ex-chefe do Shin Bet, o servizo de seguridade israeli.

LE FIGARO. – A questão de Jerusalém, que tem ressurgido em 2009, não complica o reinício das negociações entre palestinianos e israelis?

SARI NUSSEIBEH. – Todo o mundo fala da questão de Jerusalém. De súpeto, aparece como o problema principal. E que as soluções a esse problema já não são as que eram. A cidade tem experimentado um câmbio radical: a situação de 1967 já não tem nada a ver com a actual, e a partição agora é muito mais dificil.

Quais são esses câmbios?

Geograficamente, a supeerfície da aglomeração tem passado de 20 a 50 kms. quadrados: nesta Grande Jerusalém, os israelis têm edificado ao leste 13 bairros novos, onde vivem na actualidade 250.000 judeus, comunicados entre sim por vias rápidas. Arrodeam os seitores árabes de Jerusalém Leste e mantêm-nos incomunicados. Os israelis têm criado também um conceito de “cubeta sagrada”, que reagrupa o bairro muçulmão da Cidade Velha e os bairros colindantes, conformando o núcleo da Jerusalém árabe. Levam a cabo uma política activa de expulsões, destrucções e expropriações, fazendo mais e mais dificil uma eventual partição de Jerusalém.

A solução dos dois Estados é sustentada, porém por todo o mundo.

Em 1967, um dos primeiros partidários da solução dos dois Estados foi Uri Avnery (figura histórica da esquerda pacifista israeli). Naquela época ninguém o apoiava. Quatro décadas depois, as suas ideias têm experimentado um imenso éxito, pois são defendidas hoje em dia pelo mundo inteiro, inclusso pelo Presidente dos EEUU. Mas, durante o tempo transcorrido, a possibilidade de estabelecer dois Estados tem-se evaporado. Aínda não excluíndo a possibilidade duma miragre, não acredito pessoalmente que essa perspectiva seja implementável.

Isso é resultado da política de colonização israeli?


Os israelis têm aplicado em Cisjordânia a mesma política que em Jerusalém. Esta extraordinária genialidade colonial tem-se feito em detrimento das populações. Os sionistas negam-se a construir uma genuína democracia e a enraizar-se na região.

Que será dos palestinianos sem Estado?

Dá-se uma paradoxa: em 1948, os israelis queriam criar um Estado sem palestinianos, e estavam dispostos a expulsá-los. Em 1967, a sua vitória reunificou aos refugiados com os que ficaram em Israel. Estávamos dispersos, e eles reuniram-nos. Os israelis vam fracassar afogados no seu éxito. A colonização de Jerusalém e Cisjordânia, que faz impossível uma solução de dois Estados, vai obrigar a Israel a coabitar com uma considerável população árabe e a pôr em questão o seu sistema democrático.

Porque têm fracassado os palestinianos?

Temos fracassado, é certo, em parte a causa da nossa incapazidade negociadora ou de entender o que é uma negociação, e em parte a causa da nossa corrupção. Jogando à política, perseguindo a criação dum Estado, temos deixado degradar.-se de maneira considerável as condições de vida da nossa população. Há vinte anos, os palestinianos de Gaza não tinham nenhum direito político, mas podiam desprazar-se a Cisjordânia ou, inclusso, a Tel Aviv para trabalhar, ir à praia ou a um restaurante. Mas também temos fracassado a causa do bando contrário, que não queria conceder-nos nada. Hoje em dia, a dinâmica israeli é contrária a toda concessão. Não acreditam já na necessidade dum compromiso. Os israelis só pensam agora em termos maquiavélicos, considerando que a força é a única coisa importante, que é a única garantia da sua supervivência. Por que haveriam de estar interessados numa negociação?

O seu plano de paz é aínda realizável ?

Tenho proposto tantos! O melhor era, sem dúvida, aquele que propujera nos anos 80, solicitando que Israel anexionasse pura e simplesmente os Territórios palestinianos. Em vez disso, eles têm tomado o controlo do território, mas deixando-nos sem direitos. Também trabalhei com Ami Ayalon na solução dos dois Estados. Pugéramo-nos dacordo em seis princípios, que seleccionáramos a partir das concessões mais dorosas.  Jerusalém figurava entre esses pontos. Foi nessa época quando Mahmoud Abbas asinou a Folha ded Ruta, em 2003. Já daquela eu acreditava que era um erro.

Que preconiza você hoje em dia?

O último plano que tenho impulsado figura numa carta que enviei há seis meses a Obama e George Mitchell. Nela propunha-lhes a paralisação imediata das negociaçõés que se tivessem demonstrado inúteis: todas as questões têm sido já abordadas, só ficam por tratar os pontos irresolúveis. Em vez disso, os EEUU deveriam propôr uma solução aos problemas restantes. Cada campo submeteria esse plano a referêndum entre a sua população. A votação teria lugar o mesmo dia, e a resposta estaria condicionada à aceitação da outra parte.

Que perspectiva fica aos palestinianos?

Eu proporia a Israel que nos anexione, aceitando-nos como cidadãos de terceira categoria. Os palestinianos beneficiariamo-nos dos direitos elementais: desprazamento, trabalho, sanidade, educação, mas renunciando a todo direito político. Não seríamos propriamente cidadãos, apenas sujeitos de direito.


Entrevista em « Le Figaro », 6 de Janeiro de 2010

INTELECTUAL PALESTINIANO ACEITA AS IDEIAS DE KAHANE


Durante 40 anos, Sdari Nusseibeh foi o máximo impulsor palestiniano da solução dos dois Estados. A tal fim, Nusseibeh trabalhou estreitamente com as mais repugnantes personagens da ultraesquerda israeli.

Numa entrevista no jornal “Le Figaro”, Nusseibeh propõe outra alternativa –que é a que o Rabbi Kahane propujo sempre: só debe haver um Estado, e os palestinianos têm a opção de pertencer a ele plenamente, agás no que se refire aos direitos políticos, ou marchar.

Para além do crescente apoio à solução do Estado único entre os árabes palestinianos, o Governo israeli segue estancado na retórica inútil dos dois Estados.

TODOS LLEVAMOS BURKA



Hay varios países europeos que han puesto coto a la burka. Holanda, Italia, Bélgica. Ahora se discute en Francia una multa de 750 euros para el que la lleve. En España es posible llevarla, porque, como se sabe, en España hay mucha libertad.

Entre todas las legislaciones me parece modélica esta que leo en el blog de Quiñonero: «Luxemburgo prohíbe ‘aparecer enmascarado’ en los lugares públicos.» Podríamos llamarlo el razonamiento Esquilache. La cara oculta es sospechosa por razones de orden público. Es decir, de algún modo la máscara incuba un delito. No veo formalización mejor para la repugnante burka. Detrás de cada burka hay un delito, se halle o no su formulación concretada en los códigos legales.

Tal vez sea sorprendente, pero la historia icónica de la humanidad podría explicarse en términos de veladuras. Entre el animal y el hombre hay una clara diferencia de pelo. Y las pinturas antiguas también sirven para comprender hasta qué punto el vicioso cuerpo que ha de morir ha sido sometido a toda clase de corsés y afeites. Soy un gran panglossiano, es sabido: pero creo que nunca como en nuestra época el hombre ha dado la cara. Una infalible señal de progreso. Los tapujos y las pilosidades me dan muy mala espina. Incluso en sus versiones mínimas. Como explicó hace años Javier Marías, en memorable artículo sobre una manía que cogieron los jugadores de la selección española de fútbol, el rostro del malvado lleva perilla.

Todo tipo de perillanes criticarán la iniciativa del partido de Sarkozy de multar la burka. Entre ellos destacarán los que hablarán en nombre del sagrado derecho de cualquiera a hacer de su cara un sayo. Obviamente no es la cara lo que se discute. La discusión versa sobre el carácter del espacio público de la civilización. Una cara borrada es incompatible con el sentido de lo público en nuestra civilización. No es un símbolo de la violencia. Es la violencia misma. De la que es perfectamente legítimo defenderse.

Hay algo muy interesante que explicar a todos aquellos que se obstinan en fantasmagóricas analogías entre la burka y algunos símbolos del recogimiento y la comunión con dios. A diferencia de la cruz (¡y hasta del cilicio!) la burka no puede ocultarse. Porque, en realidad, persigue la exhibición y no la ocultación. No está hecho para la cara de la mujer (mero objeto intrascendente) sino para el resto de las caras. Todos vestimos la burka en cuanto nos cruzamos con alguno de esos tristes bultos ciegos donde han desaparecido la forma y cualquier declinación de las personas del verbo.


ARCADI ESPADA

FRANÇA CONTRA O BURKA


Levar burka nos espaços públicos da França pode acarrear multas de 750 euros de sair adiante o projecto de lei que o Governo espera apresentar durante as próximas duas semanas. Esta sanção faria-se extensível a qualquer pessoa que vaia pela rua com o rosto “integramente tapado”, explicou o presidente do grupo da governante União por um Movimento Popular (UMP) na Assembleia Nacional, Jean-François Copé, numa entrevista concedida ao jornal Le Figaro Magazine. A multa veria-se “agravada para uma pessoa que obrigue a uma mulher a levar um véu integral”, acrescentou o deputado.

A iniciativa de proibir o burka surgiu a passada primavera, cinco anos depois de que tambem se vetasse o véu islâmico e os signos religiosos nos centros públicos franceses. Uns sessenta deputados de diferentes partidos solicitaram uma comisão de investigação sobre a proliferação desta vestimenta, projecto que recebeu o apoio de Nicolas Sarkozy.

Num solene discurso no Palácio ded Versalles, o Presidente da República qualificou-na de “signo de servidão”, contrário “à ideia da República francesa sobre a dignidade da mulher” e declarou que “não é benvindo no território francês”. Para Sarkozy não se trata dum signo religioso, senão simplesmente de “submetimento das mulheres”.


Desde a oposição, o Partido Socialista francês (PS) não acredita que uma lei seja a melhor maneira de resolver este tema. A formação “opõe-se totalmente ao burka, pois é um cárcere para as mulheres”, segundo declarou à rádio privada RTL o seu portavoz Benoit Hamon. “Como fazerão as forças da orde para que uma mulher se quite o burka?”, é a pergunta que se fazem os socialistas. Ao seu juízo, previamente à lei “é preciso utilizar todos os instrumentos do direito para que esses comportamentos sejam condeados quando alguémmos incite”.

De cumprir-se o calendário que manexa a UMP, com maioria na Assembleia Nacional, a polêmica lei poderia começar a aplicvar-se no próximo outono. O uso do véu integral –tanto o burka como a niqab, que também cobre o rosto- é um fenômeno minoritário na França. Com 65 milhões de habitantes, há um total de 2.000 mulheres que usam burka, segundo o Ministério do Interior: um 25% são conversas ao Islam e o 75% de nacionalidade francesa.

Contudo, começa a proliferar nos arrabaldos de cidades como Paris, Lyon ou Marsella, o que levou o verão passado a alcaides conservadores, socialistas e comunistas a fazer um chamamento onde denunciavam o “inquedante incremento” do burka nos subúrbios.

Em Espanha, a controvérsia puxo-se sobre a mesa tras o caso de Shaima Saidani, uma menina marroquina de nove anos de Girona, à que não deissaram entrar no colédgio com um pano islâmico (hiyab) na cabeza. A Generalitat catalana ordeou que a menor fosse readmitida.

A raíz destes factos, o Executivo de José Luis Rodríguez Zapatero descartou regular o uso do pano islâmico nos espaços públicos, e muito menos nos colégios.

Segundo considerou a Secretária de Estado de Imigração e Emigração, Consuelo Rumi, “por riba de qualquer outra prioridade está o direito dum menor à educação. Proibir entrar às rapazas com véu poderia ser neste sentido contraproducente”.

O Governo tratou de entrar o menos possível num debate que considerou “inecessário e inútil”, para além de “totalmente estéril e interessado”.


Fonte: Factual

08/01/10

07/01/10

O TRÂNSFER A DEBATE


QUATRO ARGUMENTOS CONTRA O TRÂNSFER



Uma das alternativas, entre o grande abano de propostas plantejadas ao longo da história para solucionare o conflito árabe-israeli, é a do “trânsfer”, consistente no traslado, de maneira forzosa, de árabe-israelis e palestinianos. Esta proposta nunca foi tomada em sério por Governo israeli algum e só acha simpatizantes num grupo extremista liderado pelo assassinado Rav Meir Kahane.

Quatro razões de por que esta não é uma solução adequada:

1. Moralmente incorrecto: Este motivo é suficiente por sim próprio. Um Governo não pode obrigar às pessoas a abandoar os seus fogares devido apenas a que falam o idioma equivocado, têm a fê equivocada, ou são partidárias da política equivocada. A limpeza étnica é inaceitável (também aplicada aos judeus como, por exemplo, os que vivem em Gaza).

2. Alenta aos israelis contra o seu próprio Estado: Uma parte considerável da população judia de Israel estaria alienada com um Governo que participar numa transferência. Alguns poderiam emigrar de Israel. A causa sionista sofreria graves danos.

3. Enfureze ao aliado estadounidense: Israel, com uma população de apenas 7 milhões de habitantes, depende em grande medida do seu aliado, os EEUU; se se aplicar o trânsfer qualquer Administração que estiver no poder replantejaria-se a sua aliança com Israel.

4. Incita, e não desalenta, ao inimigo árabe: As guerras rematam quando um dos bandos se dá por venzido –e o traslado forzoso não levaria aos palestinianos, e muito menos aos seus partidários árabes e muçulmãos, a renunciar ao seu sonho de eliminar o Estado Judeu. Pelo contrário, indignaria-se agitando-se aínda mais. O conflito extenderia-se, ficando sem resolver.


DANIEL PIPES


REFUTAÇÃO A FAVOR DO TRÂNSFER




1. O trânsfer de estrangeiros não pode ser moralmente errôneo por definição, porque a moralidade é um fenômeno intra-grupal. A nossa moralidade tem que estar em conflito com a dos palestinianos. Para além do qual, algo que é grupalmente asumido não pode ser imoral. O trânsfer de populações teve lugar muitas vezes ao longo do século XX.

2. Muitos israelis já estám contra o seu Estado, em todo caso. Os jaredim despreçam o Estado sionista. Os esquerdistas despreçam o Estado Judeu. Quase todo o mundo, agás os ultraesquerdistas acérrimos, despreça aos árabes. Portanto, o trânsfer não haveria de exacerbar tensões. Pelo contrário, numa perspectiva a longo prazo, o trânsfer remataria com a justificação principal da divisão entre judeus e árabes, e esquerda e direita. Para além de todo o qual, por que o Governo não sentiu preocupação pela divisão social quando evacuou Gush Katif?

3. Os EEUU não se pode arriscar a replantejar-se a sua aliança com Israel, o seu único aliado honesto no Meio Leste, o maior comprador de armamento, e o lobby por excelência. O Presidente Wilson aprovou o trânsfer de população entre gregos e turcos, e o igualmente idealista Presidente Roosevelt aprovou o trânsfer forçoso de 12 milhões de alemães da Europa do Leste.

4. O trânsfer remataria com o terrorismo dos árabe-israelis. Quase todos os ataques terroristas recentes foram perpetrados por cidadãos árabes residentes em Israel. Protagonizam revoltas permanentes e têm-se convertido na coluna vertebral do crime em Israel. A inimizade com os estrangeirois árabes não é um problema real, porque têm medo de atacar Israel. O resto dos árabes passam dos palestinianos e ódiam com todas as forzas a Israel. O trânsfer não empioraria essa situação. O trânsfer é a única opção de sustentar um Estado Judeu. Os árabes já constituim o 34% entre a juventude israeli e em 20 anos constituirão a facção maioritária da Knesset.


OBADIAH SHOHER

LIÇÃO DE HISTÓRIA PARA OS ÁRABES DA KNESSET


Recentemente vim uma entrevista televissiva com o membro da Knesset, Jamal Zahalka, onde este parlamentário árabe se despachava com histórias sobre se o Ministro de Defesa Ehud Barak “escuita música clássica, mas assassinou 1.400 rapazes, etc.”. O assunto da “música clássica” semelhava agradar a Zahalka e repetiu-no várias vezes.

Mas não estou interessado em discutir sobre as sinfonias favoritas de Barak ou a questão de se foi profissionalmente adequado que o entrevistador, Dan Margalit, se enzarzasse num ágrio debate (que a posterióri demonstrou ser um éxito de audiência). Apenas antes de sair do plató, Zahalka chamou a Margalit “imigrante”. O qual lembra a outro membro da Knesset, Ahmad Tibi, quando proclamou que os judeus são imigrantes, e alguns de eles fascistas.

É sabido que tanto Zahalka como Tibi têm licenciaturas. Quaisquer que sejam as suas especialidades, sem dúvida não se trata da História da Terra de Israel. Duas pessoas tão inteligentes são umas completas ignorantes da história básica do país no que residem. A fim de contas, Kfar Qara, onde vive o Dr. Zahalka, apenas foi fundada no século XVIII sob os auspícios da ocupação árabe de Eretz Israel. Doutra banda, os árabes apenas chegaram a Taibe, donde procede o Dr. Tibi, no século XVII desde Arábia Saudi e Egipto, como testemunham os apelidos de vários dos seus vizinhos.

Acreditam em sério que os “palestinianos” –dos que ninguém ouviu falar antes do século XX- procedem deste território? Ignoram que baixoi as vilas árabes da Galilea podemos achar sinagogas do período do Segundo Templo? Não sabem que a finais do século XIX, apenas 144.000 não-judeus habitavam na Terra de Israel, mentres que em 1948 esse número se multiplicara por dez –devido, especialmente, à emigração árabe a Eretz Israel?

“Este vizindário chamava-se Sheikh Munis!”, berrou Zahalka antes de abandoar os estudos de TV em Tel Aviv proclamando involuntariamente uma verdade. Pelo que semelha, o apetito de Zahalka e os seus votantes não se limita aos “territórios”. A vila de Sheikh Munis, onde se empraza a Universidade de Tel Aviv hoje em dia, foi fundada no século XIX, quando a Terra de Israel foi saqueada pelo Pachá Ibrahim. Isto aconteceu uns 2.500 anos depois de que a inscripção de Shiloh fosse inscrita em Jerusalém, utilizando o mesmo hebreu que eu utilizo geralmente na mina secção.


Assim que os contos de “imigrantes” são infundados inclusso se os comparamos com os contos de fadas dos Irmãos Grimm. Por que os membros árabes da Knesset mintem ante as câmaras? Não temem ser desemascarados publicamente?

Não, não o temem. A mentira, as manipulações, e o engano são a base fundamental da dialéctica árabe. Ante tudo, porque os representantes árabes os utilizam para promover o medo e o ódio. Continuar avivando as chamas do conflito é de vital interesse para eles. A fim de contas, o conflito é o que preserva o seu estátus de membros da Knesset e o que os faz populares entre o seu eleitorado.

Juntgo a isto, os parlamentários árabes sabem que uma ampla maioria dos judeus não respondem ao argumento dos “imigrantes”. E não porque seja um argumento ganhador. Mais bem, porque os judeus israelis estám mais interessados nos seus iPhones e nos reality shows, e apenas têm interesse na história do povo ou da terra de Israel. O povo de Israel actualmente quer estudar administração de empressas, mais que história ou estudos bíblicos. As mentiras da propaganda árabe contam com isso.

Por último, umas palavras para o sr. Zahalka. Por favor, leia as palavras do Faraão Merneptá, que sinalava a existência de israelitas em Canaan há uns 3.225 anos. Isto deveria levá-lo a concluir que, em termos históricos, o único convidado aquí é você.

Não tenho problema com que siga aquí, e lembro-lhe que, cointrariamente ao que se passa com os judeus nos Estados árabes, você goza de igualdade. Mas, não acredita que estaria bem um pouco de respeito aos que levamos aquí tanto tempo? Depois de tudo, você não é senão um insignificante ponto na continuidade histórica de Eretz Israel.

Portanto, com todo o devido respeito (que não malgasto com provocadores como você) atenda bem: figuras históricas como o Rei David, Judas Macabeu, e inclusso Bar Kojba foram os heróis desta Terra algo antes de que o Pachá Ibrahim nem sequer nascesse.

Não me tome por parvo, Zahalka. Não sou idiota.



ASSAF WOHL

(OUTRAS) DEZ BOAS RAZÕES PARA NÃO COMER PORCO



Atenção, senhoras e senhores: deixem de mercar “Babes” e “Wilburs” mortos na sua loja ou no supermercado! Velaqui têm 10 boas razões para manter longe do seu prato a carne de porco e sustitui-la por alternativas Babe-free na sua lista da compra.

1. Converter-nos em porcos

É um facto comprovado: o presunto, as salsichas e as tiras de beicon vam directas ao seu fluxo sanguíneo. A ingesta de produtos porcinos –rebosantes de colesterol obstrutor de artérias e de graxas saturadas- é o caminho mais rápido para desenvolver determinadas enfermidades penosas como as afecções coronárias, diabetes, artrítis, osteoporose, Alzheimer, asma e impotença. As investigações médicas têm concluído que os vegetarianos têm um 50% menos de provabilidades de desenvolver enfermidades cardíacas, e um 40% menos no caso de cancro, que os consumidores de carne. Para além do qual, os consumidores de porco têm nove vezes mais de provabilidades de chegar a ser obesos que os vegetarianos estritos.. Cada vez que comemos produtos animais, estamos ingerindo bactérias, ánti-bióticos, dioxinas, e uma ampla gama de toxinas que se irõ acumulando no nosso corpo e que permanecerão ali durante anos.

2. Os porcos também têm sentimentos


O 97% dos porcos dos EEUU vivem em granxas industriais, onde nunca poderão botar umas carreiras atravês dos amplos pastos, tumbar-se ao sol, respirar ar fresco, ou fazer qualquer outra das coisas que lhes são consustanciais. Amoreados em armazéns com nada que fazer e nenhum sítio aonde ir, são submetidos a uma estrita dieta de drogas para mantê-los vivos e que engordem velozmente –mas isso mesmo faz que muitos dos animais morram esmagados pelos seus próprios congêneres.

3. Porcos e Playstations

Imagina um porco utilizando a sua Playstation? Surprenderia-se. Segundo sólidas investigações, os porcos são mais inteligentes que os cães, e jogam melhor aos videojogos que alguns primates. De facto, os porcos são uns animais avondo inteligentes que formam complexas redes sociais e têm uma memória excelente. Comer um porco é como comer o seu cão! Como dixo a actriz Cameron Díaz, tras inteirar-se de que os porcos têm a capazidade mental duma criança humana de três anos: “Comer beicon é como comer a minha sobrinha!”.

4. Por que se revolvem os porcos no barro?


Os porcos são animnais muito limpos. Se se lhes dá o suficiente espazo, os porcos procuram não lixar as zonas onde durmem ou comem. E esqueçam o injusto dito de “sudar como porcos” –os porcos não sudam!. Daí que se revolvam na água ou no barro para refrescar-se. Mas nas granxas industriais, vem-se forzados a viver entre os seus próprios detrítus e vómitos, e amiúde entre os cadavres doutros porcos. As condições são tão extremas que, cada certo tempo, mais da quarta parte dos porcos padecem o andácio porcino –imaginade ter que conviver o resto da vossa vida com gente que padezesse a mais terrível das enfermidades.

5. Os valores familiares da granxa


As granxas industriais são um autêntico inferno para os porcos e as suas crias. As porcas passam a maior parte das suas vidas em estreitos caixões de “gestação”, tão reduzidos que os animais são incapazes de cambiar de postura ou tumbar-se para descansar. São inseminadas reiteradamente até o momento do seu sacrifício. Aos leitões, que são afastados das suas angustiadas mães apenas uns dias depois de nascer, curta-se-lhes o rabo, arranca-se-lhes os dentes com tenazas, e os machos são capados –e tudo sem anestésias.

6. O estrume está soplando no vento…

Uma granxa de porcos com 5.000 animais produze tantos resíduos fecais como uma cidade de 50.000 pessoas. Em 1995, 25 milhões de toneladas de pútridos ourinhos e fezes de porco foram parar a um rio de Carolina do Norde –exterminando de modo instantâneo entre dez e quatorze milhões de peixes. Para não rebasar os limites de polução nas águas, as granxas de porco amiúde convertem várias das toneladas de ourinhos e fezes que se acumulam nas suas albercas num desperdício líquido que esparjem atravês de sprais no ar. Esta nauseabunda mescla é transportada pelo vento e inalada pelas pessoas que vivem nas proximidades.

7. O beicon bacteriológico e o presunto destrutor

As extremas condições de amoreamento, a pobre ventilação e a mugre que impregna as granxas industriais provocam uma taxa tão galopante de enfermidades nos porcos, que o 70% deles padecem neumonias antes de ir parar aos matadeiros. A fim de mantê-los vivos –numas condições que de qualquer outgro modo lhes provocariam a morte- e incentivar a sua reproducção artificialmente veloz, os granxeiros mantên aos porcos submetidos a uma estrita dieta de ánti-bióticos dos que se usam para o tratamento de enfermidades humanas. Isto tem levado ao desenvolvimento de “superbactérias” e cepas de bactérias resistentes aos ánti-bióticos. O presunto, o beicon e as salsichas que comem vocês, podem fazer que as medicinas prescritas pelos seus médicos vaiam deixando aos poucos de ser efectivas.

8. Um inferno sobre rodas


Mais de 170.000 porcos morrem em accidentes de transporte ao longo do ano, e mais de 420.000 chegam asfixiados aos matadeiros. Os camiões de transporte, que levam aos porcos durante centos de kilómetros suportando condições atmosféricas extremas, sem comida nem água, geralmente vam abarrotados, e vam deixando animais mortos ou mal feridos ao longo das estradas. Estes aterrorizados animais feridos raramente recebem tratamento veterinário, e a maioria morre numa horrível agonia às poucas horas, ou desangrados ao borde das estradas.

9. Morte sem piedade


O prototípico matadeiro sacrifica uns 1.100 porcos por hora, o que faz impossível que recebam uma morte adequada e sem dor. O Departamento estadounidense de Agricultura documentou 14 tipos de violação da lei nos matadeiros, onde os seus inspectores acharam porcos tambaleando-se e grunhindo tras ter recebido mais de quatro vezes o disparo para aturdi-los. O mal uso do método de aturdimento e a extremada escasez de tempos na linha de processado, faz que muitos porcos aínda estejam vivos quando são introduzidos nos tanques de escaldado com ar quente –onde literalmente são desolhados em água fervendo.


1010. Ao diablo com o beicon

Evite-lhes aos porcos um inferno, e a você uma saúde deteriorada, consumindo produtos sucedâneos do porco. Devore um bocata rebosante de lonchas de presunto vegetal, ou ponha umas crujientes tiras de Lightlife Smart Bacon –as secções de congelados e de comida sana no seu supermercado habitual ou nas lojas de comida saudável estám repletas destes sabrosos sucedâneos. Visite a nossa página VegCooking.com  e achará centos de receitas, recomendações, dietas vegetais e uma completa guia de compras.

Pense-o antes de comer outro cãozinho quente, e pida um kit de iniciação gratuíto cheio de deliciosas propostas, hoje mesmo.


GOVEG.COM


GONZÁLEZ


Inteiramo-nos com surpresa -e mal disimulada alegria- que o “periódico antisemita de la mañana”, EL PAÍS, vai dar relevo em breve ao avantajado aluno de Goebbels, Juan Miguel Muñoz, na sua corresponsalia em Israel. O facto coincide no espazo e no tempo com o “desterro” dum dos escasos colunistas honestos e de qualidade desse jornal.

Enric González é um jornalista de esquerda, díscolo, independente e que, pelo menos, sabe utilizar bem a sintaxe (com o qual, não podemos senão presupôr-lhe, segundo afirmava Valéry, uma certa dose de moral). Na linha dalgum outro destacado articulista dos que têm passado por essa casa, como o nosso admirado Hermann Tertsch. Há uns meses censuraram-lhe uma das suas colunas nas que se despachava com os donos desse papel, e agora –como não o podem mandar directamente ao inferno- vam e enviam-no a Jerusalém.

González é um escritor brilhante com todas as letras e, portanto, incómodo para qualquer director ou chefezinho de secção. Ora bem, como na brincadeira de Woody Allen, na que alguém diz ao médico que um membro da sua família acredita ser uma galinha, mas que não lhe podem dizer que não o é porque necessitam os ovos, as grandes cabezeiras precisam (agora mais que nunca) de jornalistas como Enric González.

Doutra banda, a magnífica página web Safed Tzfat, aposta que o próximo destino –ganhado a pulso- do inefável Muñoz será Gaza City. Não seremos nós quem ponhamos em dúvida o scoop do nosso amigo José Antonio; mas antolha-se-nos mais plausível a possibilidade de que a sua próxima corresponsalia seja, na realidade, a mesmíssima Teheran, desde onde poderá “torzer” a diário para que os ayatolás concluam raudos o seu programa nuclear e borrem à besta sionista duma vez por todas do mapa.

Pode que me equivoque, mas quando tenhamos que olhar as páginas de Internacional referidas a Israel nesse jornal, pelo menos não será necessário que apretemos tão forte a pinza no nariz.


SOPHIA L. FREIRE



PROBLEMAS PRÁCTICOS



Giulio, o Joel, o Yoel Racah (1909-1965), fue uno de los científicos más sobresalientes de su época. Tuvo una vida difícil y agitada. Y mantuvo una relación muy problemática con las cosas prácticas.

Racah nació en Florencia, estudió Física en Roma con el premio Nobel Enrico Fermi y obtuvo un puesto docente en la Universidad de Pisa. En 1939, cuando Mussolini impuso en Italia las leyes raciales contra los judíos, Racah emigró al protectorado británico de Palestina y se integró en la Universidad Hebrea de Jerusalén.

Los británicos abandonaron Palestina en 1948 y la comunidad hebrea proclamó su propio Estado. Eso supuso la guerra con los países árabes. Israel, con menos hombres y menos armas que sus enemigos, se encontraba en una situación desesperada. A principios de julio de ese año, la pequeña comunidad judía que habitaba en Jerusalén desde hacía más de 3.000 años se vio expulsada del barrio histórico. Se avecinaba una tregua y el presidente israelí, David Ben Gurion, recurrió al científico más eminente de su país, Yoel Racah. Ben Gurion encargó a Racah que utilizara sus conocimientos para fines prácticos: le encargó que construyera la bomba convencional más potente del mundo, con el fin de abrir un boquete en las murallas de Jerusalén y reconquistar una parte de la ciudad vieja. A los israelíes les resultaba inconcebible que los restos del antiguo templo, con el Muro de las Lamentaciones, quedaran fuera de sus fronteras.

Racah fabricó un artefacto en forma de cono que denominó, sin romperse demasiado la cabeza, Conus. Era un obús de 350 kilos de peso, teóricamente capaz de perforar cualquier muro. Decenas de soldados y campesinos lo cargaron hasta la muralla. Tuvieron que subir una pendiente bajo los disparos de los defensores de la ciudadela, buenos tiradores. El transporte del Conus fue una de las grandes heroicidades de aquella guerra breve y decisiva. Pero Conus fue al fin situado en su objetivo, bautizado militarmente como Berlín.

David Shaltiel, comandante en jefe de las fuerzas israelíes en Jerusalén, dio por ganada la batalla. Sólo faltaba la explosión e irrumpir en la ciudadela.

La explosión llegó, y fue el estruendo más potente jamás escuchado en Jerusalén. Diversos cálculos estiman que nunca una bomba convencional hizo tanto ruido. Durante más de un minuto, asaltantes y defensores quedaron paralizados. En cuanto recuperaron los sentidos, los soldados israelíes se lanzaron hacia la brecha. Para su desgracia, comprobaron que no había tal brecha. No había ni siquiera un agujerito. No había nada más que un poco de tizne sobre la piedra. Yoel Racah, científico ilustre, creador de un sistema de medición de la energía atómica que sigue utilizándose hoy, había inventado una bomba que explotaba hacia dentro, con mucho ruido, pero sin causar apenas daños a su alrededor. Es decir, había inventado el petardo más potente de la historia.
Los israelíes no pudieron penetrar en la Jerusalén vieja. Quedaron lejos del Muro de las Lamentaciones durante casi 20 años, hasta la guerra de 1967. Racah siguió trabajando en Israel y acumulando prestigio académico. En 1965 se dirigía a Amsterdam para dar una conferencia y se detuvo en Florencia para pernoctar. Esa noche tuvo otro problema trágico con las cosas prácticas: falleció por un escape de gas.

ENRIC GONZÁLEZ

JUAN MIGUEL MUÑOZ Y “EL PAÍS”: LA INQUISICIÓN EN EL PERIODISMO



El 1 de noviembre el periódico El País publicó un artículo de EFE, "Detenido un terrorista israelí nacido en EEUU", sobre el arresto del israelí Yaakov Teitel, nacido en EEUU, por una serie de crímenes perpetrados en Israel durante un período de 12 años hacia palestinos, judíos mesiánicos, gays y lesbianas, policías, un profesor y otros. El tema de la detención de Teitel trajo en la edición del 2 de noviembre en El País un segundo artículo, esta vez de Juan Miguel Muñoz, corresponsal de El País en “Jerusalén, Medio Oriente”. En este artículo, "Detenido el ultra israelí que cargó contra todos", Muñoz aprovecha el tema para airear insinuaciones y sugerencias inapropiadas y bajas y para escribir información que no ha sido corroborada como si fuera fáctica. Los mensajes del artículo de Muñoz son codificados, pero claros, y resultan reveladores del autor y el periódico a la vez.

Escribe Muñoz:
Yaakov Teitel, colono fanático, nativo de Florida (Estados Unidos) y ciudadano israelí tras acogerse a la Ley de Retorno, la normativa que permite a cualquier judío del mundo convertirse en israelí,…

Yakov Teitel es aparentemente un ciudadano israelí, nacido en Estados Unidos. Que “la Ley del Retorno … permite a cualquier judío del mundo convertirse en [ciudadano] israelí”, no es un hecho ni necesario de mención acá ni tampoco tan único. Muñoz parece no poder aceptar como normal y natural que Israel es el estado de los judíos, tal como España es el estado de los españoles. Tan es así que España tiene una ley idéntica: la “Ley de la memoria histórica” por la cual “cualquier” hijo y nieto de españoles puede recibir la ciudadanía española.

“Israel es el estado de los judíos” y ese es justamente su mandato natural e internacional: así lo estipuló claramente en su propia acta de independencia, así lo prescribió la Liga de las Naciones cuando le otorgó el Mandato al Reino Unido, y así lo resolvió las Naciones Unidas cuando votó aceptar a Israel como estado miembro en 1948. Por lo cual es hora de que Muñoz se acostumbre a la idea de que Israel es el estado de los judíos y que la Ley del Retorno fluye en forma natural de esa condición. Sería cansador que cada vez que se hable de los españoles se cite que son ciudadanos de España por esta o la otra razón.


Más abajo en el artículo, asevera Muñoz que: “Más del 90% de los ataques contra palestinos se archivan, muchos sin ser investigados” Esta información proviene de una publicación del 31 de noviembre de 2008 en el diario Ha'aretz sobre un reporte de la ONG “Yesh Din” (“Hay Justicia”). Esta información nunca fue corroborada e inclusive el mismo artículo de Ha'aretz que la publicó incluye la aserción que la información está siendo investigada por el ministerio de justicia israelí y por el ministro de defensa Ehud Barak. Que Muñoz la escriba como hecho comprobado no es nada menos que engañar al lector. Muñoz no hizo nada más que copiar y citar al periodista Avi Isacharoff que escribe un artículo sobre Teitel en Ha'aretz y contiene esta oración (también sin otra fuente que la ONG). Muñoz se aproprió de esta información sin molestarse en averiguar su valor de verdad en medios oficiales, por ejemplo consultando al Ministerio de Justicia israelí.

Describiendo uno de los numerosos crímenes de Teitel, escribe Muñoz:

En marzo de 2008, remitió dulces que escondían explosivos a una familia de judíos mesiánicos -una secta que cree que Jesús fue el mesías, anatema para los judíos? e hirió de gravedad a un adolescente [...]

¿Cuál es el significado de este comentario? Es claramente un hecho que ya tiene 2009 años de existencia que los judíos no aceptan a Jesús como el mesías, pero, es necesario mencionar eso en este artículo? No para el contenido del artículo pero sí para “plantar” una idea muy muy antigua de antisemitismo visceral y religioso en el lector desprevenido. ¿Quién no sabe que los judíos no aceptan a Jesús como mesías y que por lo tanto los que lo aceptan no son judíos? ¿Cuál es el sentido del signo de pregunta que Muñoz escribe (y que El País imprime)? El de cuestionar o el de condenar la religión judía, o el de condenar a los judíos (una vez más, cabe agregar) en forma muy sutil frente al lector. Uno debería creer que en un periódico y mediante un periodista (no hablamos de una iglesia y un párroco) usar cuestionamientos y condenas religiosos serían tácticas caducas y obsoletas. No para El País ni para Juan Miguel Muñoz.

Escribe Muñoz en su oración final:
No hay más que dar una vuelta por varias de las colonias que frecuentaba Teitel para constatar que el fundamentalismo judío más radical goza de buena salud en la Cisjordania ocupada.


El tono sugestivo de Juan Miguel Muñoz hace que quede en la imaginación del lector leer entre líneas: ¡qué horrores de fundamentalismo judío debe haber visto el corresponsal en Cisjordania! La imaginación no es para el periodismo, para eso existe el género de la “ficción”. Muñoz insinúa que él ya ha constatado “el fundamentalismo judío más radical […] en la Cisjordania”. Quizás este fundamentalismo no consista en más que el deseo de vivir allí. Pero viniendo como cierre de un artículo sobre un loco presumido asesino, Muñoz insinúa que el fundamentalismo judío es eso: judíos asesinos sueltos. De uno a todos, el típico patrón antisemita. Y, preguntamos: ¿los palestinos no tienen entre ellos fundamentalistas? ¿Son todos democráticos, laicos, ciudadanos del mundo?

Juan Miguel Muñoz usa tácticas antisemitas bajas y lo hace con gran sutileza para llevar al lector a condenar a todos los judíos y a Israel a través de presentar los actos de un judío israelí acusado de crímenes violentos. Por empezar, Teitel ha sido acusado y no condenado, por lo tanto corresponde a un buen periodista hablar de él de esa forma: el acusado Teitel. Son los jueces y los jurados los que condenan, no los periodistas. A partir de Teitel, un desvariado acusado de crímenes violentos, Muñoz ya acusó en este artículo a todos los colonos judíos en Cisjordania de fundamentalismo asesino al generar insinuaciones de que “en los territorios se puede corroborar el fundamentalismo judío más radical” sin hechos fácticos que las substancien. De paso también condenó la Ley del Retorno por darle a los judíos un hogar nacional: otra vez, Muñoz insinúa que esta práctica de la Ley del Retorno, idéntica a la española Ley de Memoria Histórica, es injusta: ¿por qué darle un hogar nacional a los judíos?; y para completar su lista de insinuaciones y condenas, trajo el anatema de Jesús y el judaísmo a colación. En suma Muñoz teje artesanalmente en la mente del lector una línea directa: los judíos y el anatema de Jesús, los judíos y su apropiación de Israel, los judíos que cometen crímenes contra los que aceptan a Jesús como mesías y crímenes contra los palestinos, y la justicia de Israel que ignora esos crímenes contra palestinos que todos esos colonos fundamentalistas judíos cometen en la Cisjordania ocupada. Muñoz espectacularmente lo insinúa todo a partir de la historia de Teitel. Ese es el subtexto de este artículo que Muñoz y El País brindan con muy mal juicio periodístico a sus lectores en todo el mundo.

¿Cómo puede aceptar el lector en la España actual un artículo de este tono en el diario de mayor distribución y lectura? ¿Es que los españoles están todavía en el medioevo?


CAROLINA COLE e MÓNICA COOPER

Fonte: Revista de Oriente Medio