01/04/10

A POLÍCIA RESCATA AO CHIVO EXPIATÓRIO


Noam Federman, um cidadão intachável para além de patriota judeu, foi arrestado quando circulava face Jerusalém para celebrar o Pesaj. O motivo aduzido foi que o passageiro que levava no seu veículo era…uma cabra.

Federman pretendia sacrificar seguindo o ritual a cabra no Monte do Templo –ou, como ele manifestou cortesmente, na sinagoga de Hurva, no Bairro Judeu.

A pretensão de Federman é religiosamente impecável. O sacrifício em Pesaj não é propriamente um sacrifício, já que está questionavelmente proibido na Torá em ausência de Templo. O Talmud proíbe o sacrifício ritual em Pesaj até que chegue o tempo do Messias –algo sem base escrita significativa, mas Federman o que ía sacrificar era uma cabra –não um anho-, e, portanto, tecnicamente não se tratava de algo relacionado com o Pesaj.

Ao revés que Abraham no caso de Isaac, a polícia não agardou pela intervenção divina, detendo a Federman e enviando a cabra às dependências do Ministério de Agricultura –não fosse a ser que os muçulmães vissem a Federman e se irritassem.

Vale. Mas os muçulmães se revoltarão faga o que faga Federman.


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