10/03/10

OS CÃES DE SHEIKH JARRAH


Tende-vos perguntado alguma vez que será o que pensam os árabes dos seus companheiros de viagem os israelis judeófobos? O vídeo que adjuntamos abaixo pode que vos proporcione uma pista. Pertence a uma das manifestações semanaisque a esquerda israeli promove no bairro de Shimon HaTzadik (conhecido pelos árabes como Sheikh Jarrah) *.

No vídeo, podemos observar como alguns manifestantes são detidos pela polícia. A imensa maioria dos arrestados semelham ser judeus israelis. Mentres, começando arredor do minuto 3:19 do vídeo, um mulher árabe, observando como estes judeus pro-árabes são detidos pelas forças de seguridade, berra em alto a seguinte consigna:

Falasteene Bladna, al-Yahud klabna!

Que poderíamos traduzir assim:

“Palestina é a nossa terra, os judeus são os nossos cães!”

(Fixade-vos que não diz que os “sionistas” sejam os cães dos árabes, ou que os “israelis” sejam os seus cães. Diz que os JUDEUS são os seus cães).

E isto leva-nos a uma interessante questão: quem são exactamente os judeus aos que esta mulher árabe desrebe como os seus “cães”? Segurmente não os que vivem no edifício! Ninguém poderia sustentar que eles estejam jogando o papel de cães dos árabes; tudo o contrário: os judeus que vivem em Shimon HaTzadik negam-se em redondo a obedecer aos árabes, e não se deixam intimidar para abandoar o que constitui o seu patrimônio histórico. Isso não é o que os árabe agardam duns “cães”.

Portanto, é evidente que os “cães” aos que se refire a mulher árabe só podem ser os manifestantes esquerdistas judeus, que são conduzidos pela polícia à gaiola mentres ela berra grimosamente. E bem obedientes cães que são!, cumprindo docilmente os desejos dos seus amos árabes, procurando uma carícia de aprovação.

A mulher semelha entusiasmada de todas as piruetas e coisas que os seus cães faz

Toda vez que este vídeo amosa uma manifestante árabe em Shimon HaTzadik berrando consignas ántisemitas, quizá acreditedes que tem sido editado por algum direitistas grupo pro-judeu, com a intenção de demonstrar publicamente o antisemitismo de que fazem gala os participantes neste tipo de actos.

Pois estades novamente equivocados. De facto, o vídeo foi publicado –acreditede-lo ou não- por uma das organizações da esquerda israeli que se manifesta regularmente em Shimon HaTzadik, como parte do seu labor de promoção da sua agenda ánti-israeli (a organização Ta’ayush, financiada, como não!, pelo Novo Fundo Israeli).

Os judeus têm-se rematado acostumando a que cuspam sobre eles e ter que dizer que chove. Mas como se vê no documento, grupos como Ta’ayush têm convertido esta característica patológica em todo um arte.

No minuto 2:36 do vídeo, Arik Asherman, membro de “Rabinos pelos Direitos Humanos” (financiado também –surpresa, surpresa- pelo Novo Fundo Israeli) anima aos manifestantes a regressar a próxima semaa outra vez para mais do mesmo.

Apenas me resta perguntar-me que será o que pensam esses manifestantes “judeus” –especialmente os que são evacuados com as mãos esposadas- mentres a mulher ár abe lhes rende homenagem pela sua devoção e sacrifício pela causa palestiniana, proclamando voz em alto que são os cães dos árabes. Acreditades que algum de eles se tomará como uma ofensa essas palavras contra o seu povo e não acudirá à cita da próxima semana?

Eu o duvido.


THE MUQATA


* Shimon HaTzaddik foi um sumo sacerdote judeu que viveu aproximadamente há 2.300 anos em Jerusalém. O bairro leva o seu nome porque nele está a sua tumba.

Este bairro foi erigido e habitado pelos judeus em 1876. Uma comunidade de modestos judeus sefardis viveu ali até que foram expulsados durante as massacres árabes de 1936, mas regressaram ao pouco tempo. Em Dezembro de 1947 a comunidade judia foi novamente atacada pelos árabes e foram expulsos por segunda vez.

Jordânia não autorizou o regresso dos judeus a Shimon HaTzdaik tras a guerra, e cambiaram o seu nome pelo de Sheikh Jarrah, entregando as casas dos judeus a colonos árabes.

Tras a guerra de 1967, os judeus recuperaram o controlo do bairro autorizando, porém, aos árabes a continuarali em tanto pagassem a renda aos seus legítimos proprietários –coisa que nunca figeram- com o que os judeus começaram a promover acções judiciais para expulsar aos okupas que, meses atrás, se viram respaldadas pela Corte Suprema, que decretou a expulsão de várias famílias árabes que ocupavam as vivendas ilegalmente.




Sem comentários:

Enviar um comentário