24/03/10

QUE IMPORTA QUEM TENHA RAZÃO?

Imaginade que os palestinianos estám inquestionavelmente no certo. Imaginade que eles viveram nesta terra durante um milheiro de anos, e qued drenaram os pantanos e os converteram em jardins. Imaginade que deram a benvinda aos refugiados judeus e os deixaram viver aquí livremente. Cambiaria isso nalgo as coisas? Os judeus seguiriam necessitando um Estado próprio e estariam obrigados a expulsar aos amigáveis palestinianos que, em virtude simplesmente do seu número, socavam a soberania dos judeus.

A Torá sanciona o genocídio de palestinianos. No Deuteronômio, Moisés chama a Israel a matar a todo aquele que habite na região de Sihon, incluídos mulheres e crianças. Como outras nações na Terra de Israel, Sihon não ía ser exterminada, senão apenas expulsada. Essa opção esfumou-se no momento em que Sihon decidiu combater contra os hebreus.

A sua decisão não foi um pecado contra D’us, porqueeste endurecera o coração de Sihon –como fixo com o Faraão e, aparentemente com os názis alemães. Sihon já pecara com anterioridade, e portanto o endurecimento do seu coração fora um castigo, e a posterior derrota apenas a conseqüência lógica desse castigo. Em termos modernos, o castigo consiste em sentenciar ao acusado a morte, e a injecção do velenho letal é simplesmente a conseqüência da sentença.

Sihon ameaçou aos judeus. Presumivelmente, eles não teriam amosado piedade de nós, e nós agimos seguindo a regra do quid pro quo.

Normalmente, o bando que inícia as hostilidades –como figeram os judeus- considera-se que é o culpável, e que a parte contrária se limita a reestabelecer o status quo combatendo contra ele. Não existe direito de quid pro quo desde o ponto de vista do agressor. Com os judeus foi diferente, já seja no caso de Sihon ou no dos palestinianos. O nosso ataque contra Sihon não foi imoral, como o são outras agressões, senão neutral. Não tinhamos animadversão contra Sihon. Não eligimos atacá-los –apenas cumprimos com os desígnios de D’us. Procedimos como instrumentos mais que como indivíduos com livre vontade (e vontade de fazer dano). Condear-nos é igual de absurdo que condear um cavalo de batalha ou uma espada.


OBADIAH SHOHER

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