10/09/09

NO 25º ANIVERSÁRIO DE TEL RUMEIDA (UMA ENTREVISTA A BARUCH MARZEL)


“Os árabes sempre são os mesmos árabes” (Yitzhak Shamir)

Hebron comemora 80 anos da carneçaria que padeceu em 1929, e o 25º aniversário da fundação do viznindário de Tel Rumeida. A dia de hoje aínda não têm esquecido que a massace teve lugar muito antes de que circulassem conceitos tais como “Estado israeli” ou “colonos”.

“Sabemos muito bem quem são os nossos vizinhos. Muito antes de que nem sequer existisse um Estado, colonos e “territórios ocupados”, assassinaram e massacraram aos seus vizinhos judeus que sempre se comportaram com eles como irmãos. Em 5689 [1929] não tinham excusa válida, e a pesar de tudo aniquilaram a toda uma comunidade judea sem compassião. Hoje em dia devemos enfrontar-nos a outro tipo de ameaça: as organizações esquerdistas que incitam aos vizinhos árabes contra nós. Inclusso proporcionam-lhes fundos para interpôr pleitos ante a polícia contra nós, os seus vizinhos judeus”.

O 10 de Av, vinte e cinco anos atrás, o vizindário judeu de Tel Rumeida foi edificado em 24 horas. Este vizindário simboliza a coragem dos judeus e a sua fortaleza, e está ubicado no lugar bíblico de Tel Hebron, o sítio desde o que David HaMelech partiu para governar como Rei de Israel. O Rabbi Baruch Marzel tem vivido ali durante mais tempo que qualquer outro residente, pois foi um dos fundadores e construtores do bairro de Tel Rumeida. Marzel, um dos mais activos membros do movimento ERETZ ISRAEL SHELANU, relata por vez primeira alguns sucessos, pleitos e vitórias que hojem formam parte da história.
Durante os últimos vinte e cinco anos, Baruch Marzel reside numa singela caravana repleta de buratos de bala que passaram sobre as cabezas dos membros da sua família no trascurso da 2ª Intifada. A sua modélica família de nove membros nasceu e criou-se na velha caravana de Marzel, e centos de milheiros –sem medo a cair na exageração- têm sido as pessoas que visitaram este vizindário do velho Hebron.
Tel Rumeida, um dos mais célebres vizindários de toda Eretz Israel, tem sido vítima de inumeráveis editos, mas com a ajuda de H’shem tem logrado sobreviver a tudo.

Como foi o estabelecimento do vizindário?

Tel Rumeida estabeleceu-se no período de transição entre dois Governos. Moshe Aaens (Likud) era Ministro de Defesa. Tínhamos já todos os permisos necessários. Arens dou-nos 24 horas para estabelecer Tel Rumeida de facto, antes de que Yitzhak Rabin o substituísse. Esse dia figemos história: em apenas 24 horas construímos Tel Rumeida. Por suposto, a primeira decisão de Yitzhak Rabin ao ser nomeado ministro foi a de “congelar” o vizindário. Soldados e polícia viam-se estavam ocupados em garantir o congelamento e nós, pela nossa banda, em instalar os mobiliários e recursos básicos: água,electricidade e sistema de sumidoiros.
Durante uma boa temporada não tinhamos nem revestimento na caravana. Fundamos o vizindário o dia prévio a Tisha B’Av. Da destrucção à construcção. Resulta muito simbólico que construíssemos o vizindário no núcleo da antiga Hebron, exactamente no lugar em que David HaMelech reinou, onde Isaac e Abraham estám soterrados. Tivemos o mérito de reconstruir a presença judea nesse lugar.

Está provado o facto de terem sido terras judeas?

A terra de Tel Rumeida foi adquirida pela comunidade sefardi. Temos todos os documentos, incluída a confirmação de Pliah Albeck, do Ministério de Justiza. Para além disso, esta é a antiga Hebron, onde os nossos antepassados repousam. Este é o berzo da história judea, e os achádegos arqueológicos apoiam o nosso conhecmento de que sempre houvo uma vibrante presença aquí ao longo dos tempos. Se não temos o privilégio de viver na nossa terra, onde viver se não?

Qual é o incidente que está mais gravado na tua memória desde que vives em Tel Rumeida?

O pior e mais inesquecível que sucedeu aquí por o brutal assassinato do meu vizinho Rabbi Shlomo Raanan, HY’D. Eu estava em Meoras haMachpela em Erev Rosh Chodesh Elul com o Rabbi Ovadiah, quando recebim a infausta notícia. Corrim a casa para tratar de salvar a minha família. A caravana do Rabbi Raanan estava calzinada, e o risco de que as lapas destruíssem a minha vivenda era elevado.
É importante sinalar que este ataque se produziu depois de que Hebron fosse entregada aos árabes (1997) e o Governo de Israel lhes subministrasse armamento. Foi com uma dessas armas que assassinaram ao meu vizinho. Israel acreditava que com umas quantas câmaras de seguridade a vida dos judeus estava garantida.
Outro momento impactante foi quando a minha dona teve de dar a luz baixo um forte fogo cruzado. O exército teve que contrarrestar os tiros dos árabes para que ela puidesse saír para ser atendida.
Também não esquecerei jamais a visita do Rabbi Shlomo Zalman Auerbach à minha morada. A sua presença foi uma fonte de inspiração, fortaleza e apoio para todos os residentes de continuar desenvolvendo o bairro.

Para além das caravanas, tendes desenvolvido uma ampla infraestrutura permanente.

Ehud Barak, daquela Ministro de Defesa, e Fuad [nota: então Ministro de Indústria] deram-nos os permisos pertinentes para construir uma estrutura permanente, e edificamos sete apartamentos. Obviamente não nos desfigemos das caravanas, a fim de incrementar o número de famílias. A minha família segue vivendo numa caravana. A dia de hoje temos o orgulho de poder dizer que 17 famílias vivem aquí. Este vizindário é uma fonte de orgulho e alegria. Temos minyonim [nota: monumento recordatório] nas tumbas de Rus e Isaac, assim como um kollel [nota: centro de estudos da Torá] onde descansa a Rebbetzim Menucha Rocel, onde o Shliach Dnny Cohen [nota: máxima autoridade do Chabad na zona] desenvolve a sua vida de santidade judea.

Quase fostes expulsos por Yitzhak Rabin.

Tras o episódio de Baruch Goldstein, HY’D, Rabin quixo expulsar aos judeus, e as excavadoras estavam listas para responder à orde do Governo. Naqueles dias eu estivem sob arresto administrativo. Os Rabbonim [nota: Grandes Rabinos] estiveram prestos e firmes, e foram quem de evitar a orde de desalojo. Numa manifestação multitudinária, com milheiros de assistentes, os Rabinos Shlomo Goren e Avraham Shapira advertiram que se produziria um banho de sangue se os judeus de Tel Rumeida eram expulsos. Nesse lugar e momento proclamaram o mandamento halájico do “dever de desobedecer essas ordes”. Isso foi o que fixo recuar a Rabin a sua intenção de expulsar aos judeus de Hebron. Sei de fontes fidedignas que altos mandos da seguridade foram conscentes das graves conseqüências que tal movimento teria, e convenceram-no para que desistisse de expulsar aos judeus.

Que lições extrais do progromo de Av de 5689 que comemorámos não há muitos dias?

Vejo a parcela do cimitério onde as sagradas vítimas do progromo descansam desde a minha janela. Para nós, em Hebron, essa história é parte das nossas vidas cotidianas. Sabemos perfeitamente qum são os nossos vizinhos. Oitenta anos é um período suficientemente longo de tempo, e a lição está clara: “Esaú despreça a Jacob”. Não tinham nenhuma excusa para agir assim em 5689; e, sem embargo, exterminaram a uma comunidade judea na sua totalidade.
O Governo israeli protege a esses assassinos. Agardemos que, quando menos, faga algo no que respeita à devolução das propriedades dos judeus. Seguimos sem possuir a prática totalidade do arrebatado aos judeus e, contudo, Netanyahu entregou Hebron aos árabes em 1997.
A dia de hoje vemo-nos enfrontados a uma constelação de criminais organizações esquerdistas que incitam permanentemente aos nossos vizinhos contra nós. Até a chegada do Messias, a guera com os nossos vizinhos é parte da nossa existência diária. Com a ajuda de H’Sheem, Hebron será nossa para sempre, e desde aquí se expandirá ardendo a luz do Messias.

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