06/09/09

O TRÁNSFER FEITO FÁZIL


À maioria dos judeus gostaria-lhes viver num país sem árabes, mas têm interiorizado a propaganda de que a extradição seria uma atrozidade e que o mundo não a toleraria. A quarta parte dos árabes do que haveria de converte-se em Israel abandoaram o país entre 1947 e a primavera de 1948, antes de que a Guerra estoirasse. Outros 300.000 árabes emigraram do West Bank entre 1948 e 1967, e um número semelhante na década seguinte. Os árabes trataram de marchar em grande número durante a Guerra ds Seis Dias, e as IDF –sob as ordes de Moshé Dayan- impediram-lho. Desde então, Israel tem evitado a emigração dos árabes do West Bank: os pacifistas fazem-no para criar uma situação demográfica que forze a Israel a não anexionar-se os territórios, e os “falcões” fazem-no para que a sociedade palestiniana siga em ebulição. Se um dirigente israeli forte adoptasse uma postura ameazante face os árabes, estes abandoariam Israel –especialmente se se lhes oferecesse algum tipo de compensação.

Seja qual for a sua orige, os “palestinianos” têm-se autopersuadido (e não só a sim próprios) dos seus “direitos nacionais”, e a opção de transferi-los a Jordânia, factível quarenta anos atrás, já não é viável. Os palestinianos formariam ali campos de refugiados –como figeram no Líbano-, alimentariam o sonho do retorno, etc. Mais bem, Israel deveria dispersá-los, e evitar a formação de campos de refugiados. A dispersão nem sequer é preciso que seja violenta, senão gradual, de modo que os árabes iriam marchando individualmente e assimilando-se, em vez de sair em massa face campos de refugiados.

Para animar aos palestinianos a emigrar, Israel deveria fazer umas quantas coisas de sentido comum: dissolver aos grupos subversivos e expulsar aos seus dirigentes; clausurar as suas instituições sémi-governamentais (“ministérios”) e os seus centros de incitação, como as suas “Universidades” (Jordânia teve o bom sentido de proibi-las mentres controlou o West Bank); proibir a ajuda estrangeira; um controlo pormenorizado das remesas que os tranalhadores palestinianos enviam desde o exterior; proibir-lhes a venda de oiro –que é o maior meio de investimento para os árabes; fechar Israel aos trabalhadores palestinianos imigrantes; impôr severos impostos às importações procedentes do West Bank; impôr toques de queda de castigo para entorpecer os seus negócios locais; deixar aos palestinianos fóra do Estado de bem estar e das infraestruturas israelis, incluíndo o subministro eléctrico e o abastecimento de água; incrementar os impostos sobre as terras; seguir demolendo as vivendas construídas ilegalmente e aquelas que exibam bandeiras palestinianas. Para além de tudo isso, expandir decididamente os assebntamentos judeus para deixar bem claro aos árabes que a sua esperança é vana.

As medidas drásticas funcionariam. Israel debe aniquilar aos dirigentes inimigos mais que à população civil. Uns quantos mísseis Tomahawk lanzados contra um desfile de Ahmadineyad seria mais efectivo contra o programa nuclear iraniano que um ataque a grande escala contra assuas instalações militares; se Ahmadineyad é um problema, eliminade o problema. De modo semelhante, o problema de Gaza procede da presença lá de Hamas; portanto, destruamos todos os edifícios de Hamas, as estações de polícia, as oficinas municipais, etc. Fussilemos todo o seu Parlamento palestiniano. Faga-se um filme porno com falashas judeus cobrando vingança no liderádego de Hamas.

A política de Israel, sem embargo, é exactamente a contrária: os judeus subsidiam aos árabes, induzindo-os a permanecer no West Bank com massivos projectos de infraestruturas, medidas de bem estar, e permitindo à maioria acceder ao mercado laboral israeli. A falha de oportunidades económicas, centos de milheiros de palestinianos emigraram entre 1956 e 1967, e um feche semelhante da cooperação económica de Israel devastaria o West Bank demograficamente em questão de poucos anos. A melhor ajuda que os EEUU poderiam brindar a Israel seria conceder visados americanos aos profissionais palestinianos, drenando a sociedade árabe do West Bank.

Os palestinianos rebelaram-se inclusso a pesar de gozar da taxa de crescimento não procedente do petróleo mais alta entre o mundo árabe. Como qualquer sociedade desenvolvida, Israel retrai-se ante a involucração directa na violência, e prefere agir através de representantes. Israel tratou de fomentar o colaboracionismo palestiniano: polícia, oficiais recaudadores, concelheiros, e inclusso mediante uma organização política de palha: Fatah. Todos esses intentos fracassaram invariavelmente, em tanto os radicais arrinconaram aos colaboracionistas: durante a Intifada, a polícia palestiniana controlada por Israel deixou em estampida os seus bem remunerados postos de trabalho. A pesar disso, Israel segue financiando a polícia de Fatah, confiada em que combaterá contra a insurgência. A rátio de mortes israeli/palestiniana está insuficientemente desequilibrada; isto é devido a que os comentaristas tendem a contabilizar só aos judeus como baixas israelis. Mas deveria acrescentar-se ao enorme número de “árabe-israelis” assassinados pelos seus próprios irmãos. Feita dessa maneira adulterada a rátio de vítimas é apenas de 1:2. Doutra banda, Israel ignora àqueles Estados que apoiam o terrorismo: consentiu que Kuwait, um destacado cliente dos EEUU, financiasse oficialmente a Fatah até a guerra de 1991 contra Irak. Não toma represálias contra Síria por apoiar abertamente a Hamas e Hezbolá. E tolerou ataques massivos com mísseis desde Gaza. Quando as bandas de forajidos mexicanos atacaram os EEUU, este país anexionou-se a terceira parte de México como represália.

Quarenta anos atrás, inclusso os esquerdistas estavam à direita dos actuais direitistas. Levi Eshkol, por exemplo, corregiu o Plano Allon de modo que Israel puidesse anexionar Gaza sem árabes. Outro exemplo: o termo “punho de ferro” –como política a aplicar contra os palestinianos- não foi inventado por Sharon ou Begin, senão por Yitzhak Rabin. Talvez a única diferência entre direita e esquerda é que a violência da direita tinha um objectivo, mentres que a da esquerda sempre foi histérica e sem sentido, cmo quando Rabin reprimia equitativamente aos colonos judeus e aos palestinianos que os massacravam.


OBADIAH SHOHER

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