01/10/09

O TERRORISMO É ENDÊMICO



O terrorismo nunca foi significativo em Israel. Lógico, não deixa de ser uma operação a pequena escala. Uma vez que se desenvolve nalgo maior –como se passa no Líbano- os grupos terroristas têm que organizar-se em milícias e, eventualmente, em míni-exércitos –o que redunda em que perdam a sua maior ventagem: a dificil vencibilidade. Deixam de poder agachar-se eficazmente, e passam a ser susceptíveis de represálias levadas a cabo por exércitos convencionais de maior tamanho.

Inclusso nos seus momentos cume –derivados do processo de “paz” de Oslo- o dano causado pelo terrorismo em Israel palidecia comparado com as cifras provocadas pelos accidentes de tráfico. Por alguma extranha razão, a mentalidade do ser humano considera a violência algo mais importante que os accidentes; talvez a história ensinou aos humanos que, contrariamente aos accidentes, a violência desenvolve-se em espiral. Os mass media encarregam-se alegremente de amplificar a ameaça terrorista para manter à gente no cortelho do “processo de paz”.

Nenhum grupo palestiniano está realmente interessado em destruir Israel. A sua retórica é meramente propagandística, mas tão distante da realidade como o discurso judeu sobre as fronteiras da Terra Prometida. Tras a retirada de Israel de Gaza, Hamas adicou-se a bombardear não por alguma razão existencial, senão por dois motivos práticos e muito específicos: para expulsar a Israel do West Bank, e posteriormente evitar o bloqueio. Em ambos casos, Hamas tem resultado vitoriosa.

Os arsenais de Gaza não supõem uma ameaça para Israel. Uns escasos centenares de primitivos projectis são incapazes de infligir estadisticamente danos significativos. Hamas sairia perdendo os pés se uma acção militar levada a cabo com armamento de pouco alcanzo se prolongasse em Gaza mais de duas semanas. Pelo contrário, Hamas tem-se amosado seriamente comprometida com a seguridade de Israel, na medida em que tem evitado que outros pequenos grupos violassem o alto o fogo.

O terrorismo no West Bank apenas é uma brincadeira. As IDF interceptam de modo rutinário terroristas suicidas nos controlos de estrada, inclusso a pesar de que estes são uma mera pantomima. O qual só é possível devido a que os soldados estám sobre aviso. Apenas estoiram artefactos explossivos dentro de Israel, dado que quase todos os terroristas são antes interceptados. Isto seria completamente impossível num conflito real: optariam por infiltrar-se através de áreas fronteirizas permeáveis em vez de fazê-lo através de controlos de estrada. A autêntica razão do assombroso éxito do Shabak contra o terrorismo é o colaboracionismo. Os mandamais terroristas estám na obriga de amosar certa actividade ánti-israeli –mas não pretendem que Israel aniquile as suas organizações como acto de represália. Dacordo com isto, enviam homens-bomba e, simultaneamente, informam ao Shabak. Tras a retirada israeli do West Bank, a zona seguirá sendo um paraíso de corrupção e anarquia criminal, mas não um ninho terrorista. Palestina inclusso gozará de mais orde baixo Hamas que agora com Fatah –e desaparecerá o terrorismo.


Os milicianos do West Bank não acreditam na causa de libertar aos seus irmãos israelis. Em primeiro lugar porque os palestinianos nunca têm abrazado um sentimento nacional, e estám fragmentados em inumeráveis grupos: jordanos, gazenhos, habitantes do West Bank,… Deixado ao seu albur, o Estado palestiniano não suporia um problema para Israel, embora sim que seria uma grande humilhação –os inimigos ocupando a terra que D’us nos entregou, e que os judeus cederiam tremando de medo.

O Estado palestiniano dificilmente sobreviviria por sim próprio. Síria, Jordânia e Iran competiriam ferozmente por impôr a sua influência nele. No Líbano, Hezbolá não sustenta agrávios significativos respeito a Israel, a pesar de opôr-se a nós. As forzas aliadas de Iran na Palestina seriam subversivas dum modo semelhante. Sempre estaria, isso sim, o pretexto: a “opressão” israelis dos seus árabes, as restricções de visados para os trabalhadores emigrados palestinianos, ec. Mas essa hostilidade não se veria traduzida num problema existencial para Israel, embora um tratado formal de paz com os palestinianos, sofocaria a represália israeli pelos ocasionais ataques com fogueteria.

Só existe um problema: o terrorismo de base. Conforme as organizações terroristas estabelecidas cesassem no seu agir ánti-israeli, os grupos formados ad hoc comezariam a proliferar. Acá e acolá, pequenos grupos de jóvenes palestinianos uniriam esforzos para acometer acções específicas. Esses grupos são presa fázil para os servizos de inteligência quando os seus membros são concienzudos propagandistas e despregam a sua mensagem entre a gente, mas podem tornar-se impenetráveis se os seus dois ou, ao sumo, três membros integrantes agem com um mínimo de sentido comum. Em muitas ocasiões, os ataques são perpetrados por terroristas solitários incontrolados: as excavadoras, os atropelos com um carro, e as pessoas acoiteladas de súpeto, não são acções menos efectivas que as bombas magnificadas a efectos mediáticos. Este terrorismo de base é o que inunda a Pequena Israel e o West Bank. O aumento das jóvenes gerações garante a existência duma grande população árabe desempregada, sem qualificação, vaga e invejosa do bem estar israeli –e esse sector da população cresce imparável.

Não basta com os controlos no West Bank. Cumpre expulsar aos árabes.


OBADIAH SHOHER

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