17/09/09

APRENDAMOS A ODIAR


Tínhamos medo de odiar durante o Exílio. O Cristanismo, e mais adiante o esquerdismo, converteram o ódio nalgo pouco “fashion”. Lede a Byalik falando da massacre de Kishinev e aprenderedes a odiar. Os judeus têm a tendência de analisar aos seus inimigos e tratar de procurar uma boa explicação para a sua inimizade. Em vez disso, deveríamos proceder como faz a gente normal: ódia àqueles que te ódiam.

Eu ódio aos árabes? O meu melhor amigo foi um membro das forzas especiais egípcias durante a guerra. Ajudou-me várias vezes, e eu figem o mesmo com ele. Conheço e respeito aos árabes, e sei que não titubeiam nem perdoam.

Nada tem cambiado na mentalidade do género humano. O século vinte presenciara massacres inimagináveis: os progromos russos, a Guerra Civil espanhola, a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais, Hiroshima e Nagasaki, Algéria e Viet-Nam, Afeganistão e Ruanda, e as carneçarias da guerra Iran/Irak. Os humanos matam, e os mais avanzados aperfeiçoam as suas maquinárias de matar. As ideologias servem para justificar o assassinato a grande escala. Os Estados artificiais precisam de ideologias que os respaldem. A gente antepõe muitas coisas por diante da vida, não só as ideologias. Os bombeiros, os alpinistas, e os buzeadores arriscam as suas vidas por coisas menos valiosas. As pessoas que se batiam em duelo eram no seu tempo algo habitual, e matavam por causas menores revestidas em termos de “honra”, até que a irritante presença policial rematou com os duelos. Os seres humanos não são apenas uns corpos, senão também corações e formas de pensar. A vida não o é tudo; inclusso é muito pouco comparado com as ideias.

Os judeus são civilizados e razonáveis, mas a vitória de 1967 fixo-os indiferentes a qualquer oferta procedente dos árabes. A vitória de Gush Katif teve um efecto semelhante entre os árabes.

Fagamos o que for, o mundo nos criticará. O ánti-sionismo e as posições ánti-israelis são simples eufemismos da judeofóbia –e sempre o serão. O mundo nunca se dará por satisfeito. Procedamos dacordo com as necessidades de Israel.

Os vikingos e os cabaleiros poloneses da Yarema eram tão notavelmente crueis que provocavam a saída em estampida dos defensores dos povoados antes de ter que provar a sua fúria. Tras muitos anos de combates anodinos, os russos erradicaram os Basmach asiáticos prendendo lume às suas vilas e massacrando à população. Em Palestina durante a 1ª Guerra Mundial, os australianos arrasaram a vila de Surafend, exterminando à sua população masculina e o campo vizinho de beduínos a garrotazos.

A crueldade com os milicianos, os pressos de guerra e os civis é o que sempre tem decidido a sorte duma guerra.


OBADIAH SHOHER

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