14/09/09

MUÇULMÃOS E DINOSAUROS


Nos últimos séculos tem continuado o fluxo evolutivo. Os seres humanos têm crescido o suficiente como para controlar totalmente as formas de vida do planeta e ser capaz de extinguir espécies inteiras –desde o búfalo até os mosquitos. Tanto os animais perjudiciais como os beneficiosos são exterminados, embora por motivos opostos. Dentro de poucas décadas os tigres, elefantes e as monas só poderão ser contempladas nos zoos. A destrucção dos velhos boscos contribui decididamente à extinção; os espazos reforestados carecem duma diversidade de fauna comparável. A sobreexploração pesqueira e a contaminação das águas provocam uma extinção semelhante no meio marinho.

Este processo nada tem de novedoso, e é semelhante em magnitude à anterior das extinções, quando todo um tipo de animais –os de maior tamanho- pereceram. Embora lamentemos carecer da oportunidade de observar os dinosauros nos safáris, a Terra está melhor sem eles.

Alguns humanos padecem uma espécie de “problema da extinção”. Ao longo das sucessivas eras, os humanos eram mais ou menos iguais. As suas culturas eram tão semelhantes em termos de avanço tecnológico que os romanos e os bárbaros germanos podiam competir quase em pê de igualdade; e no que se refere aos combates mantidos corpo a corpo, os germanos inclusso logravam impôr-se, Hoje em dia, os bárbaros carecem dessa oportunidade. Alguns africanos e mexicanos trunfam nos EEUU, mas a imensa maioria de eles não têm opção de alcançar o nível de vida dos nativos. Os africanos incrementaram enormemente o seu nível e vida com as migalhas dos avanzos tecnológicos occidentais. A sua qualidade de vida, inicialmente próxima a zero, aumentou enormenmente em termos relativos. Mas em termos absolutos a distância não faz senão crescer. Determinadas culturas têm-se mostrado ineficazes. Adquirir o hábito –e também o conjunto de habilidades- de estudar supões no tempo o passo de várias gerações, e quando os acadêmicos negros comezem a surgir, as sociedades occidentais terão aberto uma brecha já insalvável.

Historicamente, as sociedades primitivas foram aniquiladas por outras mais avançadas através da via militar. A dialéctica kalashnikovs contra francotiradores tem tocado ao seu fim. A decadência fazerá o resto: a desídia ante o trabalho e a negativa a engendrar filhos fazerá que os europeus se vejam abocados à imigração massiva procedente do Terceiro Mundo. Os imigrantes serão capazes de adaptar-se à nova cultura em apenas duas gerações. Velaí os descendentes dos marroquinos na França como um bom exemplo, mentres que os seus compatriotas em Marrocos irão ficando progressivamente no olvido.

Não existe Greenpeace capaz de salvar esse tipo de culturas em extinção. Nem falha que faz.


OBADIAH SHOHER

Sem comentários:

Enviar um comentário