09/11/09

KRISTALLNACHT



A Kristallnacht foi um progromo ánti-judeu na Alemanha názi que teve lugar tal dia como hoje na noite do 9 para o 10 de Novembro de 1938. Nessa jornada a “solução final” de Adolf Hitler saíu do armário. De facto, é considerada por muitos historiadores como o começo do solução final, que conduciria ao genocídio do Holocausto.

Num ataque coordinado contra o povo judeu e as suas propriedades, 99 judeus foram assassinados e entre 25.000 e 30.000 arrestados e levados a campos de concentração. 267 sinagogas foram destruídas e milheiros de fogares e negócios arrasados. Tudo levado a cabo pelas juventudes hitlerianas, a Gestapo e as SS. A Kristallnacht serviu também de pretexto para a confiscação total das armas dos judeus alemães. A Kristallnacht foi parte duma mais ampla política názi de ánti-semitismo e persecução dos judeus. A Kristallnacht foi seguida de posteriores persecuções económicas e políticas.


Hoje, em todo o mundo lembraremos a Kristallnacht, a noite na que os názis comezaram em sério o Holocausto. É curioso o pouco que têm cambiado as coisas a pesar das décadas transcorridas. Os livros de texto dos rapazes nos países muçulmãos seguem cheios de ódio ánti-judeu. Os cregos islâmicos seguem chamando à morte dos judeus. Em Venezuela e Iran os seus dirigentes fazem chamamentos fervorosamente ánti-semitas à sua população.

Muitos dos livros que circulam actualmente em Turquia amosam também os piores dos estereotipos sobre os judeus. O Centro Simon Wiessenthal tem advertido de crescentes tics ánti-semitas no Reino Unido, França e Grécia. Enquisas recentes sinalam que uma parte significativa da população mundial acredita que os judeus estiveram detrás do 11/S.

A ONU continua demonizando a Israel, como nova forma de atacar aos judeus. Este ano celebraram “Darfur II”, uma continuação da sua Conferência ánti-semita do 2001. Esta segunda Conferência teve a mesma temática que a primeira. A ONU investigou a Guerra de Gaza e publicou o Informe Goldstone, acusando a Israel de crimes de guerra e obviando o terrorismo de Hamas.


Inclusso os cámpus universitários dos EEUU têm-se convertido num refúgio seguro para professores ánti-semitas. Professores da Universidade de Chicago e Harvard publicaram um livro promovendo o estereotipo do “lobby judeu” que controla o Governo. O Presidente electo o ano passado conta entre os seus conselheiros pessoais com vários professores desse tipo. A MSNBC, uma potente cadeia de notícias, conta com um negacionista do Holocausto, Pat Buchanan, entre os seus analistas políticos estrela. Em Janeiro, cidades como New York, San Francisco e Chicago presenciaram protestas contra a Guerra de Gaza engalanadas de cartazes e consignas ánti-semitas.

É triste comprovar o pouco que têm cambiado as coisas em 71 anos. O mundo segue sendo um lugar muito perigoso para os judeus.


SAMMY BENOIT

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