A questão não é se o Presidente Obama enviará mais tropas a Afeganistão.
O que realmente tem que fazer Obama é inventar uma máquina do tempo, regressar à campanha presidencial de 2008 e NÃO dizer, uma e outra e outra vez, que a de Afeganistão era “uma guerra necessária” mentres que a guerra de Irak era uma “guerra de opção”.
O primordial duma guerra é saber escolher de que parte estás na batalha, e o Presidente Bush puxo-se de parte de Irak por uma razão.
Nem Irak nem Afeganistão nos atacaram o 11-S –ou na outra dúzia de ocasiões em que as Embaixadas dos EEUU e os nossos edifícios têm-se convertido em branco yihadista desde que Jimmy Carter patrocinou o “câmbio de régime” em Iran em 1979. Ambos países –e outros- deram auxílio, isso sim, aos terroristas que atacaram repetidamente os EEUU –e que o volverão fazer.
Tal e como os progres nos lembraram até a saciedade durante as três semanas de guerra em Afeganistão prévias à que o exército americano varresse Kabul, Afeganistão tem todos os ingredentes dum desastre militar. É um país montanhoso, abrupto, tribal, sem recursos valiosos pelos que lutar e um povo que faz que Khalid Sheikh Mohammed [nota: destacado dirigente de Al Qaeda] semelhe Alistair Cooke [nota: ilustrado jornalista e historiador britânico-estadounidense].
Pelo contrário, Irak tinha um povo relativamente educado e pro-occidental –embora dirigido por um brutal déspota terceiromundista.
Os muçulmãos sempre andam pelo meio. Ou temos um povo saudável governado por um Governador que está como uma cabra –Irak, Iran e Síria (e também California e Michigan)- ou um povo que está tolo de atar governado por dirigente relativamente aceitáveis –Pakistão e Afeganistão, tras a invasão dos EEUU (e também Vermont e Minnesota). Também há povos enfermos liderados por dirigentes enfermos (pensade nos Cáucus dos Demócratas). Povos normais com drigentes normais é uma mescla que aínda não tem sido posta a prova.
Não se trata só de que o câmbio de régime poida funcionar em Irak, senão que o seu povo é merecedor da ajuda estadounidense. Aparte do qual, Irak tem uns fabulosos recursos naturais. Uma vez que os EEUU tenham o controlo dos campos petrolíferos iraquis, os chiítas, kurdos e sunis, podem optar entre prosperar juntos ou morrer de fome juntos (e não falamos só de petróleo: falamos do enclave mundial com maiores reservas contrastadas de condutores de táxi).
Em contraste, não há muito aproveitável num ermo como Afeganistão, onde a gente vive em grutas e adicam-se a arrancar-se os olhos na escuridade. O único incentivo ou “zenoura” que lhes poderíamos oferecer seria…uma zenoura.
Mas aos Demócratas importa-lhes pouco a estratégia militar –ao menos toda estrategia que vaia para além de permitir que os soldados se pidam citas uns aos outros. Na medida em que sejades capazs de achar um progre interessado na seguridade nacional, estará-o na medida em que sirva para conspirar contra o seu próprio país.
Os progressistas desprezaram a descripção que Bush fez de Irak como “a fronte central na guerra contra o terrorismo” e como primeiro passo face “a democratização do Meio Leste”, porque amosar desprezo é tudo quanto sabem fazer.
Hoje em dia praticamente todos os habitantes do Meio Leste quer que os EEUU os invadam, para poder viver em democracia também. Como admitiu Thomas Friedman, os votantes libaneses figeram um guinho a Bush nas suas últimas eleições, dando a espalda a Hezbolá. Os progres norteamericanos, naturalmente, guinham o olho a Obama -pois acreditam que ele é o responsável de que amanheça cada dia.
Os bravos estudantes iranianos que protestaram contra o tirano Ahmadineyad, figeram-no alentados pelo exemplo de Irak –e deixaram de fazê-lo ante a cobarde indiferença de Obama. Desgrazadamente para eles, a política exterior norteamericana basea-se actualmente em cálculos de correcção política, e não de seguridade nacional.
Durante a campanha, Obama cotorreou incesantemente que Irak era “uma guerra de opção” e Afeganistão “uma guerra de necessidade” movido pela simples razão de procurar a ovação fázil dos progressistas traidores.
Mas, quem o ía dizer, esses mesmos progressistas que clamavam por intervir em Agfeganistão, de súpeto não têm mais que objecções também. Como diz um deles, Frank Rich, “Afeganistão não é Irak. É mais pobre, mais grande e mais povoada, mais fragmentada e menos susceptível historicamente às intervenções estrangeiras”.
Inteiram-se agora.
Afeganistão é um campo de batalha atroz, amplamente invulnerável às tácticas de guerra contemporâneas –como aprenderam britânicos e russos. Mas, como os nossos militares amosaram ao mundo em 21 dias, sob o mandato de Bush, uns selvagens pertrechados com coitelos e cimitarras não são inimigo suficiente para as voluntariosas tropas civis dum povo livre.
Bush sacou aos talibães do poder, capturou ou aniquilou à sua corte de lunáticos, e durante sete anos as únicas novas que recebíamos de Afeganistão eram os ocasionais anúncios de eleições parlamentares, a construcção de novas escolas, e de plantas hidráulicas e de electricidade.
A difícil eleição à que se enfronta Obama em Afeganistão é absolutamente responsabilidade sua –não dos seus generais e, sem dúvida, também não de Bush. Foi a estupidez sem sentido sobre que Afeganistão era “uma guerra necessária” durante a campanha eleitoral o que tem desprazado o ponto central na guerra contra o terrorismo de Irak –um magnífico campo de batalha para os EEUU- a Afeganistão –um cenário de batalha nefasto para o nosso país.
E foi ideia de Obama afrontar uma guerra como se se tratar duma redada ántidrogas, lendo aos suspeitosos os seus direitos e tendo cuidado de não fazer um rasgunho aos civis.
Bem. Um Democrata é Presidente e, uma vez mais, os EEUU acham-se abocados a uma “guerra impossível de ganhar”. Sei que é algo que os Democratas nunca aprenderão. Mas espero que os votantes sim o fagam.
ANN COULTER
19/10/09
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