24/10/09

IRAN OU ARMAGEDON?



Durante as décadas passadas, a história tem-se repetido no que respeita aos judeus, como se estiver obstinada em ensinar-nos uma lição.

Primeiro, tivemos uma cópia a papel carbão do Éxodo: a Terra Prometida estava agardando, e a judearia europeia negava-se a marchar ao seu encontro. Ao igual que as 4/5 partes rechazaram abandoar Egipto e pereceram, uma proporção semelhante morreu em Europa. Só os hebreus endurecidos por décadas vagando no deserto do Sinai entraram na Terra; os pioneiros israelis não diferiam muito dos judeus do Exílio. Como em Egipto, os nossos assassinos e opressores foram em última instância saqueados. Em ambas ocasiões, estivemos a um passo da aniquilação total: a primeira vez mercede à orde do Faraó de aniquilar às crianças de sexo masculino, e o posterior enfrontamento entre o exército egípcio e a multidão judia nas beiras do Mar Vermelho. A seguinte ocasião foi no Holocausto.


Dois anos depois dessa carneçaria, os judeus aínda se negavam a construir o seu próprio Estado, confiando mais bem na idolatria socialista; então foram golpeados com a Guerra de Supervivência de 1947-48. Em 1967, a nação semelhava novamente em perigo de aniquilação: fora convintemente rodeada por todas partes de modo que sírios e egípcios puidessem exterminar-nos fazilmente. Em ambas guerras, os judeus venzeram só tras ter perdido toda esperança nos amigos terrenais: o embargo de armas dos EEUU em 1947 e a sua indiferença em 1967 semelhavam assegurar a nossa aniquilação.

Agora, velaquí temos a Ahmadineyad, inquedantemente parescido ao seu homólogo alemão dos anos 30: um paiaso, um líder carismático, um orador talentoso, completamente irracional, e exprimindo abertamente as suas ânsias genocidas. A comunidade internacional pergunta-se que será o que tem em mente –negando-se a escuitar as suas diâfanas palavras. Iran esforza-se por lograr o domínio na região –quizá o domínio a nível planetário-, mentres vai construíndo cabezas de praia e avanzadilhas chiítas no remoto Leste e em África. Simbolicamente, Iran trunfa onde os alemães fracassaram: em conseguir a bomba atómica. Novamente, os judeus estám ao borde do extermínio -com toda a comunidade internacional na nossa contra: ninguém está disposto a apoiar o nosso ataque contra Iran.

Uma vez mais, só poderemos ganhar se perdemos toda esperança nos nossos amigos terrenais.


OBADIAH SHOHER

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