30/10/09

UM HOMEM HONESTO NA KNESSET


O deputado de União Nacional, Michael Ben Ari, converteu-se no primeiro membro da Knesset em boicotar o servizo memorial de Yitzhak Rabin. Levada a cabo com o mais estalinista dos despregues mediáticos, a semana em memória de Rabin inclui todos os anos um linchamento oficial do judaísmo nacionalista, sessões de lavado de cerebro nas escolas e gardarias, e cirimónias públicas mais próprias do reinado de Genghis Khan.

Os dignatários israelis adicam-se nesta semana a competir entre sim a ver quem diz a estupidez mais grande. Segundo o criminal Peres, Rabin “uniu o país durante a guerra” (que ele deshonrou em 1967) “e a paz” (houvo algo que unisse mais o país que os Acordos de Oslo???). Netanyahu louvou o gênio militar de Rabin. Sem dúvida. Como Uri Milstein detalha na sua biografia de Rabin, esse tarado fogiu correndo tão rápido como puido do campo de batalha em Jerusalém, abandoando aos seus soldados ante a aniquilação.

E, por suposto, ninguém lembrou publicamente a autêntica razão pela que Peres acabou com a sua némese. Num determinado momento, Rabin comezou a duvidar de fazer mais concessões à OLP e declarou na sua última intervenção ante a Knesset que o Val do Jordão devia permanecer em mãos israelis. E que não se devia dar passo ao Estado Palestiniano. Essa actitude foi a sua sentença de morte, pois era mais valioso como heróico mártir pela Paz, que como problemático político com vida.

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