06/12/09

ISTO É A PAZ AGORA



Rematar com o terrorismo de Gaza é relativamente singelo: cada vez que um foguete ou missil seja lanzado contra Israel, esta deveria lanzar um missil contra os centros mais populados de Gaza. O vínculo causa-efecto ficaria claro rapidamente, quando cada Qassam disparado tivesse como conseqüência umas dúzias de mortes em Gaza. A represália despiadada e imediata provavelmente deteria os ataques terroristas.

Restaurada a política da disuasão, Israel poderia abrir sem temor todos os passos fronteirizos e ignorar a acumulação armamentística de Hamas. Os judeus sabem que não querem volver a ocupar Gaza, mas Hamas mantém baixo suspeita as nossas intenções e seguirám fazendo acópio bélico. Na medida em que os terroristas sejam disuadidos de atacar-nos, pouco nos deveria importar que sigam armazenando armas.

Outro ponto de contenção é o acceso livre de Gaza ao West Bank. Sobre isto, os habitantes do West Bank estám muito mais preocupados que Israel. A migração em massa desde Gaza ao mais próspero West Bank é irrelevante para nós, mas inaceitável para os residentes no West Bank, que se resistem à invasão destes refugiados profissionais. Tecnicamente, uma estrada West Bank-Gaza não supõe problema: poderia ser um passo elevado, um inclusso um túnel.


A paz no West Bank é muito mais problemática. Lá, Israel precisa rematar o muro de separação para deter o livre trânsito de palestinianos ilegais. Esse muro, fechado aos centros de população árabes, seria excesivamente humilhante para eles, uma lembrança permanente do que eles contemplam como uma ocupação judia. A fronteira em Gush Etzion, titubeante como o caminhar dum borracho, e atravesando o centro das povoações árabes, seria extremadamente visível e provocadora. A coexistência sem fronteiras é impossível por razões económicas e de seguridade, mentres que os valados garantem a coexistência pacífica.

As tensões aínda seriam maiores em Jerusalém. Ao igual que o Muro de Berlin se converteu num símbolo, o mesmo se passaria com o muro na Cidade Velha de Jerusalém. A ocupação árabe do Monte do Templo e dos postos de trabalho dos seus vizinhos judeus derivariam em extremados conflitos religiosos e civis.

Os vizinhos que se levam bem podem chegar a solucionar esse tipo de questões, mas aquí carecemos desse tipo de vontade. Os judeus derrotaram aos árabes a campo aberto, mentres que os árabes derrotam aos judeus mediante o terrorismo. Ambas partes capitularam a reganadentes.

Nenhuma das partes está interessada em aniquilar à outra. Muitos equivocam-se ao comparar Hamas com os názis: os judeus não reclamavam nada a Alemanha, mas ocupam uma terra que já habitaram antes que os refugiados de Gaza.

No melhor dos casos, os judeus pacificarám aos árabes através das represálias. Essencialmente, Israel tem-se proclamado preparada para impôr a paz uma vez que tenha estabelecido os seus assentamentos. Mas se nos adicamos a “pacificar” terroristas, para que necessitamos os assentamentos? Israel pode disuadir imediatamente aos árabes do seu agir terrorista através da represália imediata –e conservar todo o território para ela.


OBADIAH SHOHER

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