10/12/09

JUSTIZA NÃO, RECTITUDE



As referências à justiza são absurdas. Não existe a justiza nas relações internacionais, senão apenas balanzo de poder. Que justiza há em negar a Iran que possua armas nucleares? É um Estado soberano com tanto direito à energia nuclear como a Grande Bretanha. Já postos, a Grande Bretanha é responsável da morte de mais judeus que Iran, que em último termo é improvável que bombardee Israel.
Por que nos teríamos que preocupar pela justiza? Trinta anos atrás, Egipto estava muito concentrado no seu programa nuclear. Agia inclusso de maneira mais ilegal que Iran: em vez de construir as suas próprias plantas de cengtrifugado,, enriquecia o urânio em China com as plantas russas. Hoje Egipto desenvolve um programa nuclear ostensivelmente pacífico. Imaginade por um momento que se descobrisse que Egipto erige centrais nucleares cujo único objectivo fosse atacar Israel: importariam-nos o mais mínimo os aspectos legais do tratado de paza ou simplesmente bombardearíamos Egipto até retrai-los à época das pirámides?

Outro tanto com os palestinianos. Não é uma questão de justiza o facto de dar-lhes um Estado –a menos que o resto dos 6.000 grupos lingüísticos do planeta tivessem direito a 6.000 Estados; os palestinianos nem sequer constituim um grupo lingüístico. Consentir um Estado palestiniano, na realidade, supõe uma injustiza para os seus milheiros de vítimas entre o povo judeu. A única razão pela que pode que os palestinianos academ um Estado é que os governantes israelis estám aterrorizados, e não se atrevem a expulsar aos seus inimigos e enfrontar-se à opinião ánti-semita mundial.

A justiza é um fenômeno intra-grupal: nele cedemos parte dos nossos interesses imediatos a fim de obter uma contrapartida dos nossos bons vizinhos. Com o resto dos grupos, competimos ou combatemos. Não há razão alguma para negociar com eles em termos de “justiza” –quer dizer, para ceder nos nossos interesses ao seu favor, já que eles não teriam por que obrar reciprocamente. E inclusso se o figessem, que nos poderiam oferecer a câmbio de Judea?

Na Torá não existe o conceito de justiza, senão apenas o de rectitude, que incide na inquestionabilidade de qualquer coisa ordeada por D’us. A justiza abstracta é alheia ao nosso pensamento religioso. As nações de Canaan tinham sem dúvida justificação para defender a sua terra dos judeus invasores, mas D’us os expulsou e ordeou-nos aniquilar àqueles que se opussessem à sua vontade. Matar crianças em Midiam e Amalek foi todo o injusto que se queira, mas figemo-lo por imperativo divino e fomos abençoados por fazê-lo.

“É bom para os judeus?” é a fim de contas uma pergunta errônea. A adequada é: “Ressulta bom para o Judaísmo?”.

Limpar a terra judia de inimigos é, sem dúvida alguma, bom para a nossa fê.


OBADIAH SHOHER

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