30/12/09

O FUTIL CONSELHO DE SEGURIDADE



Muitos analistas estám preocupados ante a perspectiva de que os palestinianos obtenham uma resolução do Conselho de Seguridade da ONU reconhecendo as suas fronteiras de 1948. Pelo de agora, tal resolução é improvável: os EEUU vetariam-na, a menos que decidissem alinhar-se com Europa.

Mas as resoluções do Conselho de Seguridade não são vinculantes e, geralmente, são ignoradas. Tanto Israel como os palestinianos ignoraram a resolução da partição de 1947 (Israel ignorou as fronteiras, os árabes a própria partição). A “ocupação” israeli de Jerusalém, Judea e Samaria tem sido sempre tecnicamente ilegal, desde 1967, quando nenhum país reconheceu as nossas conquistas territoriais. Uma resolução mais não acrescentaria essa ilegalidade em modo algum.

Todos os países comprendem a impossibilidade dum retorno simplista às fronteiras de 1948, que implicaria desprazar entre 350 e 600.000 judeus, assim como a nossa capital: o Muro Occidental, a Cidade de David, e os edifícios do Governo, que estám todos situados para além das fronteiras estabelecidas em 1948.

Contudo, que a ONU reconhecesse o Estado palestiniano beneficiaria a Israel, pois nos legitimaria para deixar de subsidiar ao inimigo e poder bombardear tranquilamente a um Estado soberano.

1 comentário:

  1. Sou brasileiro, perdoe-me por não me expressar em seu idioma.

    Não compreendi como podem ser ilegais as ocupações israelenses se, em cada caso, a tomada de território ocorreu em guerra defensiva. Que eu saiba, nunca houve um ataque não provocado da parte de Israel. E as leis internacionais são claras a esse respeito: nenhum país tem obrigação de devolver território, se guerreou em defesa própria.

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