22/04/10

CALVOS, HOMOSEXUAIS E OUTROS DEGENERADOS

Seguindo a senda iniciada no seu dia por outros dirigentes populistas de América do Sul, como o expresidente de Chile Salvador Allende, e vítima dum evidente empacho das patranhas defendidas por farsantes como os que militam em Greenpeace, o mandatário boliviano Evo Morales “culpou”, neste caso aos alimentos transgênicos, da homosexalidade e da calvície.

Como evidenciou o filósofo Víctor Farías no seu imprescindível estudo “Salvador Allende: contra los judíos, los homosexuales y otros degenerados”, Allende, dirigente socialista e antisemita manifesto, defendeu nos anos 30 a necessidade de esterilizar aos enfermos mentais e aos alcoólicos, assim como que os judeus eram geneticamente delinqüentes.

Ao igual que Allende, que no seu dia dou refúgio a criminais názis alemães e que elaborou a sua tese doutoral nos anos 30 - sustentando que a homosexualidade era uma enfermidade própria de “degenerados”, Evo Morales a emprendeu anteontem contra os transgênicos, no transcurso da inauguração do cúmio social que se celebra no seu país para discutir sobre o câmbio climático, falando também dos perjuízos provocados pela Coca-Cola, a pataca holandesa (terá também algo contra Geert Wilders?), os medicamentos e os plásticos. Segundo lemos em Libertad Digital, o analfabeto Presidente de Bolívia, defendeu as suas estrambóticas ocorrências sustentando que “não são inventos senão informação provada” e nalguns casos, como o da Coca-Cola, fruto das suas próprias vivências.

Evo Morales começou falando dos pólos, pois, segundo ele, as aves de granxa engordadas com hormonas femininas têm conseqüências em quem as consume: “Está carregado de hormonas femininas. Por isso quando os homens comem esses pólos, têm desviações no seu ser como homens”, asegurou o sósias andino de Freddy Krugger.

Também acrescentou que por culpa dos pólos e do gado vacuno criado com hormonas, as rapazas desenvolvem premturamente o busto.

Respeito das conseqüências desses alimentos na calvície, Evo é muito pesimista e profetizou que “em cinqüenta anos todo o mundo será calvo”. Embora centra a sua maldição no Velho Continente: “A calvície é uma enfermidade europea, onde quase todos são calvos, E é devido às coisas que comem. Mentres, nos povos indígenas não há calvos, porque comemos outras coisas”, afirmou Morales, mentres revolvia a sua mata de cabelo.

Para além de criticar as patacas holandesas, Morales a emprendeu –como não!- com o mais célebre dos refrescos: “Todos tomamos Coca-ola, lamentavelmente”, comentou, para acto seguidoi lembrar que nos anos noventa –os loucos noventa…- bebeu vários vasos dessa bebida ficando muito afectado na sua saúde (O que não comentou foi com que a combinara, claro).

Também criticou a farmacopea occidental que, segundo o Doutor Morales, “cura um mal, mas provoca dois”, para rematar questionando os danos medioambientais causados pelos plásticos, fronte o tradicional prato boliviano de barro cozido.

Toda uma exibição do talento deste liberticida antisemita, para além duma mostra inegável da modernidade da nova esquerda iberoamericana.


SOPHIA L. FREIRE

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