20/12/09

COMO TRATAR COM A ADMINISTRAÇÃO OBAMA



Obama é extremadamente indeciso e aberto às influências. Tem sido mediatizado por forzas tão dispares como os ánti-semitas -um predicador negro e o judeu Rahm Emanuel-, a ultraesquerdista Samantha Power e a cínica Hillary Clinton. Para além da sua retórica sobre o câmbio, Obama puxo na Casa Branca aos tipos e tipas de sempre, sucumbindo à influência dos Nancy Pelosi e companhia. O establishment democrata tem colocado aí a Obama como homem forte, como curtinha de fume para a sua tradicional política de corruptela. Mas carece da experiência burocrática, indispensável para fazer fronte a esse mesmo establishment que o manipula às suas anchas. A ineptitude política de Obama propicia uma situação na que os interesses incontroláveis –desde os dos lobbies corporativos aos dos grupos de ultraesquerda- campam ao seu livre albedrio. Obama é um cosmopolita, e portanto carece de valores firmes e é sumamente débil. Se os judeus se movem com pulso firme, rematará pondo-se do nosso lado.

As raízes muçulmãs de Obama trabalham ao nosso favor. É semelhante aos judeus cosmopolitas que dam a espalda aos valores judeus que conformam a sua identidade. Obama tem uma fazilidade pasmosa para desentender-se da sua família: não tinha nem ideia de que a sua tia residia nos EEUU ilegalmente (e que poderia ter normalizado sem problemas o seu estátus) e negou-se a trair aos seu irmão kenyata ao país. Inclusso, nem sequer tem o mais mínimo interesse em usar o seu recentemente adquirido poder para ajudar à pátria do seu pai.


Os ánti-semitas de ultraesquerda dos que Obama se tem arrodeado, não tardarão demassiado em saír em desbandada, apartados pelos burocratas de carreira que conformam o grosso da sua equipa. Os árabes rechazarão o seu aperturismo: Iran já se tem negado a pôr freio ao seu programa nuclear, Síria mantém o apoio aos grupos terroristas, Turquia e Irak cada dia se tornam mais ánti-americanos, e Pakistão está-se convertendo num país abertamente islamista. Enfrontado às ameazas do mundo real e o inconformismo, Obama pode dar um giro à sua militância, como os esquerdistas fazem amiúde quando os seus sonhos por trocar o mundo naufragam. Quando a democracia romana fracassou e foi re-emprazada pela monarquia (como se passou com os Bush e os Clinton), começando a aceitar estrangeiros como emperadores, as agressões histéricas passaram ser a norma.

Israel poderia explotar a gazmonha debilidade de Obama rechazando energicamente fazer qualquer tipo de concessões. Semelhante actiutude levou no seu dia a James Baker a manifestar a um Primeiro Ministro israeli que a negativa a aceitar as condições impostas pelos EEUU teriam conseqüências. Mas com os democratas pro-israelis firmemente enquistados no controlo do Senado, Obama será incapaz de recurtar o apoio do seu país a Israel, para além do que fagamos. Obama não pode pressionar como o soubo fazer Baker; e, incapaz de coaccionar a Israel, pode que remate situando-se da nossa banda.

Netanyahu parte duma boa posição para convencer a Obama do ataque a Iran; compartem a cultura das Universidades exclussivistas dos EEUU e falam a mesma linguagem. A dominante personalidade de Ehud Barak é também um factor ante o débil Obama. A sua aquiescência a um ataque israeli contra Iran é muito factível, toda vez que os Mulás não fazem mais que insultar a sua mentalidade de aula magna rechazando qualquer debate. Inclusso se não estiver finalmente dacordo, Israel poderia agir pela sua conta.


A IAF conta com aparelhos de combate capazes de fazer um operativo de ida e volta. Outros aviões poderiam operar, quizá com certos riscos, no Kurdistão, Azerbaijão e Turquia. Aínda com desgosto do seu Governo islamista, os militares turcos poderiam amosar-se desafiantes e permitir que a IAF utilizasse os seus corredores de aterrizagem. No pior dos cenários, os aviões poderiam ser abandoados: sacrificar alguns aparelhos sob um custe de 3.000 milhões de dólares não é um prezo proibitivo se do que se trata é de rematar com o programa nuclear iraniano. O Senado pró-judeu dos EEUU rapidamente abasteceria de novo o arsenal israeli, entre os aplausos internacionais por tão eficaz e intrépida operação.

Um ataque a base de mísseis Tomahawk seria outra alternativa. Israel pode enviar os seus mísseis Popeye –que possuem um rango de autonomia de 900 milhas- desde submarinhos, ou mísseis de rango aínda superior directamenmte desde as bases terrestres. Dada a necessidade de empregar vários centenares de projectis, um ataque mixto desde o ar e os submarinhos seria uma opção muito viável. Israel deveria reservar uma quantidade limitada de mísseis de longo alcanzo para um possível contra-ataque de resposta de Iran, ou quando menos para disuadi-los com a possibilidade duma represália aínda mais devastadora no caso dum contra-ataque iraniano. Um ataque com mísseis teria a ventagem de fazer inecessário o trâmite da autorização norteamericana para sobrevoar Irak.

Os mísseis ánti-bunker não seriam imprescindíveis para levar a termo este operativo. Embora os EEUU têm-se negado a subministrá-los, Israel pode utilizar um grande número de mísseis convencionais ou armas nucleares tácticas contra os oibjectivos iranianos. Em todo caso, haveria certa contaminação radiológica, dado que Israel vê-se abocada a destruir o reactor produtor de plutônio de Bushehr: 82 toneladas de urânio enriquecido volatizariam-se. Os ataques nucleares tácticos provocariam uma contaminação aproximadamente igual.

Mas porque nos teríamos de molestar, nem sequer, em discutir tão irrelevantes conseqüências?


OBADIAH SHOHER

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