Afortunadamente na Galiza, vozes individuais e colectivas, nomeadamente a da ASOCIACIÓN GALEGA DE AMIZADE CON ISRAEL (AGAI), têm ido sumando-se nos últimos tempos à das escasas pessoas que, nalguns casos heroicamente, durante anos defenderam o direito à existência em paz do Povo Judeu na terra de Israel, assim como a honra da memória das vítimas da lacra judeófoba e a denúncia do ánti-semitismo nas suas diferentes manifestações.
Mas, doutra banda, têm-se produzido com muita maior freqüência manifestações políticas, artísticas e de toda índole que movem a uma certa vergonha colectiva como país. São textos de aquí, da Galiza. Asinados sem empacho por pessoas ou entidades que se têm prestado (ou seguem fazendo-o) a promover o discurso da falácia e do ódio contra o judeu. As mais das vezes, sem dúvida, exercendo uma judeofóbia inconscente, deixando-se levar pela forza dessa cenagosa corrente. Ou pelo simples interesse de medrar.
Que se lhe vai fazer! Mas assim foi, e assim lho contaremos, limitando-nos a desempolvar adesões que alguns quereriam ocultar e deixando testemunha destes documentos de infâmia.
Apenas queremos contribuir a que não se esqueza, agora que tão em boga está a expressão “recuperar a memória histórica”.
Os textos irão na secção intitulada precisamente assim, “Memória Histórica”, e servidora tratará de pendurá-los pontualmente neste blogue tras a jornada de Shabat, todas as semanas. Não temades, que ninguém os manipulará –apenas irão acompanhados para contextualizá-los de breve referência documental. Não levarão comentário crítico algum. Qualificam-se por sim próprios.
SOPHIA L. FREIRE
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