23/02/10

AHMADINEYAD: “POR SUPOSTO, EU SOU NUCLEAR!”

O único homem capaz de provocar mais dor de cabeça estes dias a Obama que Joe Biden é Mahmoud Ahmadineyad (que, curiosamente, era a opção nº 2 que baralhara Obama na lista de vicepresidenciáveis).

Para além da capazidade de persuasão pessoal de Obama, o Presidente iraniano persiste como um fazendoso toupo em fabricar silos nucleares, o que derivou no seu anúncio a semana passada de que Iran “já é um Estado nuclear”.

Guau, é fantástico! –porque creio lembrar que se nos dixera em Dezembro de 2007 que as 16 agências de inteligência norteamericanas concluíram que Iran detivera o seu programa de desenvolvimento de armas nucleares à altura do ano 2003.

À altura daquela filtração, muitos de nós sinaláramos que os EEUU têm o pior sistema de espionagem de todo o mundo. Os checos, os franceses, os italianos –inclusso os iraquis (que foram adestrados pelos soviéticos) – qualquer de eles tem melhor sistema de inteligência.

Burkina Faso tem um melhor sistema de inteligência –e isso que o seu director de inteligência é um bruxo chamão. A divisão de marketing de Wal-Mart tem um aparelho de inteligência muito superior ao do Governo dos EEUU.

Tras o Watergate, a trunfante facção esquerdista do Congresso decidiu alegremente desmantelar o sistema de inteligência desta nação, baseando-se na pelegrina teoria de que o Watergate nunca teria sucedido de não ter existido a CIA.

Ron Dellums, o típico emocrata da época, que –curiosamente- era membro do Comitê Selecto de Inteligência e portavoz do Comitê dos Servizos Armados de Defesa, fez umas célebres declarações em 1975: “ Desmantelare-ms totalmente todas as agências de inteligência neste país, trozo a rozo, ladrilho a ladrilho, ponta a ponta”.

E vaia se o figeram!

E assim é que agora, os nossos “espias” têm proibido espiar. O único labor dum membro da CIA hoje em dia é lêr a imprensa estrangeira e os anúncios por palavras do “The New York Times”. São uma espécie de clube selecto de leitores de jornais. A razão de que ninguém na CIA prevesse o 11-S foi que não se dizia nada que o figesse suspeitar no “Islamabad Post”.

(Pelo lado positivo, quando menos não tivemos outro escândalo Watergate).

Os agentes da CIA não podem espiar porque isso requeriria saltar-se as leis dos países estrangeiros. Estám absolutamente dispostos a saltar-se as leis dos EEUU espiando o que diz o “The New York Times”, mas não para obter informação que seja realmente valiosa.

Assim, resulta curioso que depois de meses de advertências na Administração Bush em 2007 de que Iran estava tratando de culminar o seu programa nuclear, um Informe Nacional de Inteligência afirmou que Iran aparcara o seu programa de armamento nuclear anos atrás (2003).

Com os republicanos fóra da Adminitração emprendeu-se velozmente a senda que levou à nova teoria de “Iran é um doce de membrelo”. Inclusso o “The New York Times”, teve que sacar uma coluna asinada por dois expertos independentes qu afirmavam que as conclusões do mencionado Informe eram um grave erro.

Gary Milhollin do Wisconsin Project on Nuclear Arms Control e Valerie Lincy de Iranwatch.org citavam um operativo iraniano em marcha de 3.000 centrifugadoras na sua planta de Natanz, assim como um reactor de água pesada que estava sendo construído em Arak, nenhum dos quais semelhava ir destinado a propósitos de tipo pacífico (como se em Iran não tivessem nenhuma escura sustância que puidesse ser utilizada para producir energia!).

Surprendentemente, as nossas pseudo-agências de inteligência não deram importância a esses labores com energia nuclear. Estavam demassiado ocupadas lendo um artigo no “O chismorreo de Teheran” intitulado “Iran agora ama a Israel”.

Ahmadneyad estava exultante, denominando ao Informe do INI “a declaração da vitória do povo iraniano contra as grandes potenças”.

As únicas pessoas mais eufóricas que Ahmadineyad sobre a absurda conclusão da nossa jactanciosa “agência” de inteligência eram os progres.

No “Time Magazine”, Joe Klein ufanava-se de que o Informe sobre Iran “liquidava os últimos resquícios de credibilidade da brigada incendiária da Casa Branca” –concretamente a comandada pelo Vicepresidente Dick Cheney.

O columnista de progresso Bill Press dixo “Não importa o equivocados que estivessem Bush e Cheney em querer bombardear Iran. A partir de agora fica claro que tê-lo feito teria sido um erro trágico”.

Naturalente, a resposta mais histérica chegou procedente de Keith Olbermann, da MSNBC. Tras deixar a um lado a bata, enáguas e velhas babuchas da sua mãe, Keith adicou-se, noite tras noite, a enarbolar o Informe do INI, exigindo ante as câmaras que Bush pedisse deculpas aos iranianos.

“Tendo acusado aos iranianos de estar fazendo algo que já deixaram de fazer há mais de quatro anos” bramava Olbermann, “em vez de desculpar-se ou oferecer uma resposta diplomática dalgum tipo, o Presidente dos EEUU escurre o bulto”.

Olbermann defendeu ferozmente a inocência de ovelha de Mahmoud perguntando: “Senhor Bush, não pode deixar de organizar lios? Em resposta ao enfado iraniano por terem sido menosprezados e insultados, a sua única resposta oficial tem sido escurrir o bulto, como se isso fosse de grande ajuda!”

Bush “menosprezara” Iran!

Olbermann, Ed McMahon, o comprazente Howard Fineman do “Newsweek”, coincidiam ao dizer que a nossa inteligência demonstrara que Bush “tem credibilidade zero”.

O rastreiro sequaz de Olbermann, o andrôgino reporteiro do “Newsweek” Richard Wolffe, também coincidia voziferando que “a credibilidade dos EEUU tem sofrido outro sério olpe”.

Pobre Iran!

O mais varonil dos contertúlios de Olbermann, Rachel Maddow, exigia saber –com encantadora originalidade- “que sabia o Presidente e quando o soupera”. Isto vinha a conto de que Bush desprestigiara o bom nome dum vissionário verme negador do Holocausto, apesar da existência dum reconfortante Informe sobre Iran elaborado pelas nossas progressistas agências de inteligência.

Olbermann, que sabe todo quanto aparece no “Daily Kos” e pouco mais, chamou àqueles que punham em dúvida o conteúdo do Informe Nacional de Inteligência “mentireiros”, e exigiu reiteradamente a apertura duma investigação sobre desde quando Bush tinha conhecimento do que aparecia como facto evidente no incontestável Informe citado.

Enfim, que ainda no aso de que vocês não souperam que os EEUU contam com o mais nefasto serviço de inteligência do planeta, e inclusso se não cairam na conta de que esse Informe foi exclussivamente elaborado para lixar a imag de Bush, é que uma pessoa no seu são juízo não acha nada suspeitoso num informe que conclui que Ahmadineyad se comporta como um príncipe de conto de fadas?

Pois os progressistas não. As nossas agênciaas de espionagem concluiram que Iran suspendera o seu programa nuclear em 2003. E que, portanto, Bush devia uma desculpa a Ahmadineyad.

11 de Fevereiro de 2010: Ahmadineyad anuncia que Iran já é uma potença nuclear.

Obrigada, progressistas!


ANN COULTER

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