27/01/10

FANÁTICOS CONTRA ISRAEL


Mentres os observadores objectivos de todo o mundo maravilham-se ante a eficácia de Israel e a sua generosidade liderando os esforços de ajuda médica em Haiti, alguns ressentidos insistem em utilizar estes esforços como ocasião para continuar o seu ataque contra o Estado Judeu. Tanto os neo-názis de extrema direita como os neo-estalinistas de extrema esquerda só sabem demonizar a Israel, para além do que Israel faga.

A web neo-názi ReportersNotebook acolhe um blogue intitulado “A sionização do desastre”, onde se acusa a Israel de “aproveitar-se do sofrimento dos pobres e indefensos haitianos em nome do trunfalismo israeli”. Denunciam que Israel está oferecendo ajuda médica a Haiti apenas para desviar a atenção dos seus crimes contra os palestinianos.

A extrema esquerda, inclusso a israeli, denuncia que Israel não deveria enviar assistência médica a um lugar tão afastado, senão à mais próxima Gaza.

Inclusso The New York Times, numa concienzuda análise da controvérsia da ajuda entre os israelis, não é quem de ver a diferência entre que Israel envie uns recursos limitados à afastada Haiti ou à vizinha Gaza. Haiti não está em guerra com Israel. Haiti não se tem juramentado na destrucção de Israel. Haiti não tem lançado 8.000 mísseis contra os civis israelis. Gaza, pela outra banda, tem um Governo eligido pelo seu povo que tem feito, e continua a fazeer, tudo o sinalado. Aínda mais, não é admisível a comparação entre as dúzias de miles de haitiano mortos a causa dum desastre natural, e o povo de Gaza que sofre muito menos pelo que não deixa de ser, essencialmente, um dano auto-infligido.


Também não reparam os incansáveis inimigos de Israel na comparação entre a minúscula e escasa de recursos Israel, dum lado, e as imensas e desbordantes de recursos nações árabes e muçulmãs, doutro. Mentres Israel bota mão dos seus recursos materiais e humanos para enviar assistência médica à outra parte do mundo, as nações árabes e muçulmãs estám em paradeiro desconhecido quando do que se trata é de materializar esforços. Isto é assim não apenas em Haiti, que é uma nação católica, mas exactamente igual qauando os tsunámis ou outros desastres naturais têm devastado nações muçulmãs.

Para aqueles que sustentam que Israel está enviando esta ajuda a Haiti por razões egoístas, há duas respostas. Primeiro a respoosta da realpolitik: todas as nações têm interesses; e todas se movem, quando menos em parte, por esses interesses. Quando o Governo dos EEUU é chamado a capítulo pelos norteamericanos para que justifique as suas ajudas multimilhonárias ao estrangeiro, geralmente responde argumentando que esses subsídios servem aos interesses dos EEUU. Quando se trata de Israel, sem embargo, sempre se aplica um doble raseiro. Israel só pode agir movida por motivos altruístas, mentres que todos os demais países têm direito a combinar o altruísmo com os seus interesses. A segunda resposta é que Israel está fazendo em Haiti muito mais do necessário para satisfazer os seus próprios interesses. Está enviando mais ajuda per capita que qualquer outro país no mundo. Está-o fazendo com extraordinária eficácia e autêntico impacto. Não é, quando menos, possível que a milenária tradição judia de tzadaká [a caridade baseada na justiza] explique em parte a generosidade de Israel?

O facto de que tantos israelis exijam a assistência médica e doutro tipo a Gaza, não deixa de ser uma boa base para esta última teoria. Algum outro país na história mundial tem proporcionado assistência médica ou doutra índole ao povo com o que está em guerra –ao povo que permanentemente apoia o ataque com mísseis e outras formas de terrorismio contra os seus próprios civis? Novamente, o doble raseiro. O certo é que Israel será extremadamente generoso com o povo de Gaza quando deixem de apoiar os ataques contra os civis israelis, quando deixem de converter em mártires aos seus terroristas suicidas, e quando deixem de estimular aos seus rapazes para que se embutam em explossivos e se imolem. Contrastemos Gaza e o West Bank, que hoje goza duma economia em recuperação, melhores condições de infraestruturas e um dos sistema de saúde melhores entre todos os países árabes ou muçulmãos da zona. O dividendo da paz que o povo palestiniano colheitará se fai a paz com Israel é incalculável.

Assim que criticade a Israel quando não seja capaz de dar a talha segundo os estándards aplicados internacionalmente, mas reconhecede o seu mérito quando supera com creces esses estándards proporcionando uma ajuda que tem salvado e continuará salvando tantas vidas. Israel seguirá enviando ajuda ante os desastres para além da resposta que receba, porque os israelis sabem o que é ser vítimas dum desastre. Mas o mínimo que cabe agardar é que Israel não seja condeada pelos seus esforços humanitários, e que o seu envio de ajuda a Haiti não seja utilizado como noutras ocasiões para aplicar um doble raseiro às suas iniciativas.


ALAN M. DERSHOWITZ

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