09/02/10

LIEBERMAN: “NÃO MAIS PAZ POR TERRITÓRIOS”

Segundo informa Israel National News, o Ministro de Exteriores, Avigdor Liebeman, dirigente do partido Yisrael Beiteinu, sustenta que “É hora de esquecer a nossa obsessão de ‘territórios a câmbio de paz’. Qualquer acordo futuro deverá estar baseado em ‘paz a câmbio de paz’”.

Falando num encontro com membros do seu partido na jornada de ontem, Lieberman dixo que “a paz é o que mais desejamos desde o fundo do coração, mas não é mais importante que a própria existência do Estado do Povo Judeu ou que a seguridade dos seus cidadãos. Extendemos a mão em sinal de paz aos nossos inimigos, mas na medida em que optem pela via da guerra seremos firmes, aceitando a batalha e derrotando-os. Devemos centrar-nos na vitória em vez de estar falando de hipotéticos compromisos, algo que é interpretado como debilidade pelo nosso inimigo”.

“O nosso partido, Yisrael Beiteinu, acredita que devemos libertar-nos da obsessão da paz a câmbio de territórios. Qualquer acordo no sucessivo deverá basear-se no princípio ‘paz a câmbio de paz’, e sob a conceição da máxima separação das populações judia e árabe, numa solução regional, com a participação de Egipto e Jordânia”.

“As conversas de paz só podemter lugar uma vez que se dêm certas premisas: o terrorismo deve ser derrotado, devemos achar um sócio dirigente que queira a paz e capaz de cumprir as suas promesas; e deve produzir-se um câmbio radical no sistema educativo da Autoridade Palestiniana, de modo que em vez de educar na destrucção de Israel, o fagam na paz e na aceitação”.

Lieberman também aludiu brevemente à sua velha proposta de trânsfer populacional. “Uma ideia para um acordo de paz é implementar um intercâmbio de territórios e populações”, dixo referindo-se a zonas de alta densidade de população árabe como Umm el-Fahm, ao sul de Galilea, que poderia passar a formar parte da Autoridade Palestiniana, mentres que grandes áreas de Judea e Samaria poderiam passar a estar sob a total soberaia israeli.

“A exigência que se nos faz é desprazar todos os judeus de Judea e Samaria, como figemos em Gush Katif –o que significaria que nessas áreas surgiria um Estado absolutamente juden frei, ao mesmo tempo que Israel seguiria sendo um Estado binacional (com uma minoria árabe do 20%). Isso é algo inaceitável. Uma solução futura há ser simétrica, e não deveria perpetuar o conflito, cuja base última é o enfrontamento entre dois povos”.

Repassando os objectivos do seu partido, Lieberman manifestou que embora se têm cometido –e se cometerão- erros, “só aqueles que não fazem nada não cometem erros. Mas olhando o ano transcorrido, quando observo aos nossos votantes e o que lhes prometimos, estou satisfeito. Existem muitos aspectos positivos no nosso acordo de coaligação, e pretendemos levá-los a cabo, como a lei que permitiá que os israelis no estrangeiro votem –dissemos que transcorrido um ano de Governo acometeríamos esta lei, e está prevista para o 2 de Abril. Para além disso, acordamos que num prazo de 15 meses –quer dizer, no próximo mes de Julho- as leis relativas à conversão e o matrimônio civil estarão listas para ser votadas, assim como a lei de cidadania. Não podemos garantir o 100% de éxito, mas podemos prometer o 100% no esforço. Fazeremos tudo o possível para cumprir as promesas realizadas ao nosso eleitorado”.

Algumas desta propostas legislativas, sem embargo, são muito contestadas pelo establishment religioso e não é previsível que prosperem fazilmente.

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