11/04/10

A ESQUERDA ISRAELI, DO POSTSIONISMO À ESPIONAGEM


Inclusso antes do assassinato de Yitzhak Rabin às mãos de Yigal Amir a esquerda israeli, encabeçada pelo jornal “Ha’aretz”, já entoava ao unísono o que remataria por converter-se no seu axioma político básico: a violência política é uma deriva congênita da direita israeli. Especialmente dos “colonos” e da direita religiosa. A violência política é uma plaga procedente e exclusiva da direita –nunca da esquerda-, têm insistido desde sempre. Naturalmente, tras o assassinato de Rabin, este mantra convertu-se em matéria teológica indiscutível.

Não só Rabin foi assassinado por um estudante religioso de direita, lembram a todos quantos querem escuitá-los. Inclusso devido a isso, qualquer pessoa que não fosse de esquerda em Israel foi considerada moral e subsidiariamente culpável da morte de Rabin. Mas para além disso, Jack Teitel, um israeli de direita originário dos EEUU, puxo um artefacto explossivo na porta do Professor Zev Sternhell que lhe causou feridas. Baruch Goldstein, outro extremista de orige estadounidense, abriu fogo no Santuário dos Patriarcas em 1994. Um direitista israeli lançou uma granada contra uma marcha de manifestantes de Paz Agora, matando a um. Alguns extemistas de direita têm-se confrontado com a polícia e os soldados nos “territórios ocupados”. E os kahanistas têm bordeado a lei, maiormente com actos de vandalismo de baixa escala, mas ocasionalmente violentos.

Tudo isso tem sido mais que suficiente para a esquerda israeli e o seu aparelho mediático subsidiário. Tudo isso “demonstrava” que na direita todos são uns criminais, uns violentos e uns assassinos em potença. Cada pedra lançada por um “colono” a um polícia não fazia senão ampliicar o coro. Tras o incidente com o professor Sternhell, vários esquerdistas atacaram-me nalgumas listas de correio de índole acadêmica, acusando-me de ter promovido o ataque porque alguma vez tinha criticado a Sternhell pelas suas posições esquerdistas e as suas opiniões politicamente ánti-democráticas.

A obsessão mediática com a pretendida inclinação congênita face a violência da direita israeli, têm sevido durante muito tempo para emascarar a congênita querência face a traição e a espionagem de boa parte dos membros da esquerda israeli. E os factos demonstram que em todos e cada um dos incidentes de espionagem ánti-israeli sempre tem estado involucrada a esquerda. O escândalo que se tem desatado em Israel, depois de que um tribunal proibisse dar-lhe publicidade, atinge a Anat Kam, uma jovem traidora da extrema esquerda que conspirou com o jornal “Haaretz” para filtrar documentos classificados pertencentes ao Exército. Kam roubou arredor de 2.000 documentos miitares classificados e fixo-os chegar a um jornalista do “Haaretz” chamao Uri Blau, que nestes momentos está oculto no Reino Unido. O “Haaretz” publicou uma série de informes utilizando material contido nesses documentos.

Anat Kam, por suposto, não é a primeira esquerdista israeli envolvida em delitos de traição e espionagem. Mordecai Vanunu, o famoso espia nuclear, era membro do Partido Comunista Israeli. Marcus Klinberg espiou em Israel para os soviéticos durante anos. Azmi Bishara, que espiou para os terroristas de Hezbolá, era um dos máximos dirigentes da esquerda israeli partidária do terrorismo árabe. O pior complote de espionagem proterrorista que tem funcionado em Israel foi organizado nos anos setenta pelo comunista nascido num kibbutz, Udi Adiv –que tras cumprir a sua condeia, ensia actualmente na Universidade Aberta de Israel. Tali Fahima foi uma esquerdista que resultou encarerada por ajudar ao seu noivo, um terrorista palestiniano, a planificar os seus atentados. Nos anos cinqüenta teria sido realmente complicado achar um só membro do Partido Comunista de Israel que não colaborasse com a URSS. Centos de esquerdistas israelis, encabeçados por Neve Goro, da Universidade Ben Gurion, promovem boicotes por todo o mundo contra Israel neste mesmo momento, assim como motins e a insurrecção entreos soldados israelis.

E assim poderíamos seguir falando longo e tendido de traidores da esquerda de hoje em dia. Curiosamente, “Haaretz” nunca saca uma editorial falando sobre as “inclinações congênitas” da esquerda a implicar-se na traição e a espionagem.

Tras o assassinato de Rabin, todos os jornais israelis e os comentaristas de esquerda denunciaram à Universidade Bar-Ilan, uma universidade religiosa onde Yigal Amir estudara Direito. Bar Ilan tinha que ser clausurada, diziam muitos de eles. É um criadeiro de violência de direita e moralmente responsável do agir de Yigal Amir, rugiam. Bem. Nem um só daqueles mesmos têm feito um chamamento durante esta semana para que se clausure a Universidade de Tel Aviv. Anat Kam estudava nos departamentos de história e filosofia dessa Universidade –ambos entre os mais monoliticamente ánti-israelis dos departamentos acadêmicos de todo o país. Junto com os departamentos de sociologia e ciência política da Universidade de Tel Aviv, um teria que procurar com um candil para achar a algum membro dessas faculdades que não seja comunista. Nem um só jornal em Israel tem denunciado aos radicais da Universidade de Tel Aviv por adoutrinar e incitar a Anat Kam, ou exigido que fagam um exame autocrítico da sua culpa –que foi o que figeram com a Universidade de Bar Ilan.

Em 1940, Winston Churchill fechou todos os jornais vinculados à União de Fascistas Britânicos, um partido fascista pro-alemão dirigido por Oswald Mosley. Foi uma das suas primeiras medidas como Primeiro Ministro. Uns 740 dirigentes do Partido, incluíndo a Mosley, passaram o tempo que durou a guerra recluídos em prisão. Ao igual que “Haaretz”, os seus jornais lançaram uma “campanha pela paz” (com a Alemanha názi) e deram apoio aos inimigos do seu país em quase todos os aspectos.

Até agora, o “Haaretz” era um jornal com presupostos políticos muito questionáveis, mas não um jornal implicado activamente em traição e espionagem. A metade dos seus colunistas são o equivalente moral de Lord Haw-Haw. Tem um índize de distribuição em Israel de entre o 6 e o 7% -a metade dos quais suspeito que seguem suscritos, apesar da sua ideologia ánti-israeli, graças ao “The Marker”, o melhor suplemento de negócios da imprensa em Israel (de facto, eu sou um de eles). Mas agora já temos descoberto que “Haaretz” tem dado um psso mais: de apoiar abertamente a traição, a ser partícipe de ela.

Terá Netanyahu a coragem de Churchill e fechará o jornal mentres dure a confrontação? Encarcerará aos extremistas que apoiam aos inimigos do país em tempo de guerra como Sir Winston? Dado que o que fixo Kam é muito pior que aquilo pelo que Jonathan Pollard foi julgado nos EEUU, serão sentenciados Kam e Blau a prisão, pelo menos pelo mesmo tempo que leva encarcerado Pollard?

Pela sua banda, “Haaretz” alardea sobre o seu papel desempenhado neste caso de espionagem e trata de apresentá-lo como um grande acto de patriotismo. A maior parte do jornal está adicado estes dias a vanagloriar-se de ter respaldado a Kam e Blau. Um grande acto de cidadania a favor da “paz”, insistem os seus editores e colunistas. A fim de contas, entre os quase 2.000 documentos classificados e roubados por Kam para o “Haaretz” havia um par de eles que descreviam os planos militares para seguir levando a cabo atentados contra terroristas de Hamas –conta o critério da Corte Suprema Israeli, que se manifestara em contra desse tipo de acções selectivas.

Ora bem, se o Exército israeli estivesse realmente planificando acções que neste aspecto ignorasse as recomendações da Corte Suprema, o que seria é merecedor duma medalha como recompensa. Não existe base legal para que a Corte Suprema interfira e kibbutize a direcção militar israeli na guerra congtra o terrorismo. A Corte não tem legitimidade para ordear ao Exército como afrontar os seus objectivos.

Mas, por suposto, esta não é a maneira em que “Haaretz” o enfoca. “Haaretz” apoia abertamente o activismo judicial porque os activistas judiciais  geralmente  único que fazem é implementar a agenda da esquerda ao país e os seus dirigentes. “Haaretz” também  dirigira a cruzada contra o exministro de Justiça, Daniel Friedmann, que ameaçava rematar com o controlo dos activistas de esquerda sobre a judicatura.

 Mentres, Anat Kam se tem convertido na chica do póster da esquerda israeli, cada vez mais abertamente implicada na traição política. Durante anos a extrema esquerda israeli, junto com os seus mentores mediáticos do “Haaretz”, tem estado apoiando a eliminação de Israel e a sua desaparição na enteléquia do Estado “binacional”, promovendo o “direito de retorno” palestiniano, organizando a insurrecção e a deserção de soldados nas IDF, atacando a barreira de seguridade israeli e apoiando o hooliganismo violento contra os soldados e a polícia, apoiando todas as exigências dos terroristas, aplaudindo os actos de terrorismo árabe, e servindo como escuds humanos para os assassinos. A espionagem é bem pouca coisa, a fim de contas.



STEVEN PLAUT

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