13/04/10

YOM HASHOA, A CHAMADA DA SIRENA

Uma coisa está clara, Yom HaShoa foi criada por (e para) judeus descarriados (muitos de eles bem intencionados), que necessitam o espectáculo dum solene ritual para comemorar o Holocausto. Pessoas ignorantes (muitas das quais se oponhem à Torá) estabeleceram um dia nacional de luto no mes de Nissan. Com que propósito? Já temos um dia de luto colectivo designado para comemorar todas as grandes tragédias da história judia. Chama-se Tisha Ba’av. Uma desagradável data na que recriamos os horrores do passado e nos arrependemos. Uma data para interiorizar as lições judias, e volver os olhos face o Todopoderoso, para que não nos sobrevenham mais horrores.

Sendo como é o Yom HaShoa uma comemoração redundante, é certo que só um autómata pode ficar indiferente ao alarido da sirena que percorre todo o país. Se ao menos essa sirena significasse algo mais…

Escuitei a sirena esta manhã. Não a sirena de alarma dum projectil que se avizinha, graças a D’us, embora essas as vaiamos a seguir escuitando no futuro. A sirena de Yom HaShoa. Conforme a sirena gemia o seu recordatório de luto, tratei de remontar-me e reflexionar sobre o escuro período da história em que os monstros com apariência humana de Europa devoraram aos meus irmãos e irmãs. Vinham-se-me à cabeça imagens de pesadelo. Montanhas de ósos judeus. Fornos escuros com cinzas judias. Homens esqueléticos olhando aos seus semelhantes. Quadros de gritos, lágrimas e Inferno. Seis milhões e meio de judeus, homens, mulheres, crianças e fetos, exterminados pelos amalequitas europeus. Lembrei a promesa do fogo e o sangue judeu. Nunca mais! Um juramento que defenderei até o meu último alento.

Obsessionado como estou com a supervivência judia, não posso evitar a percepção da ironia. O sirena pretende lembrar-nos um pesadelo inimaginável que se fixo realidade. Mentres a sirena nos abruma, a demência de Oslo continua, uma loucura que só garante que se repita a Shoá novamente. O céu não o queira. Os dirigentes de Israel seguem proporcionando armas e dinheiro a Fatah. Mentres a sirena expande a sua sombria lembrança, os chacais com carta de cidadania israeli destruim o nosso país. Os “árabe-israelis” também escuitam a sirena. Mas não significa nada para eles.

O cidadão Abdul ódia aos judeus. Ódia a Israel e ódia o Yom HaShoa. Não ódia, porém, o Holocausto. Abdul acredita que o Holocausto foi um magnífico acontecimento. Hitler, o Mufti, Arafat: esses são os seus heróis. A sirena enoja-o terrivelmente, mas conforta-se pensando em que as coisas estám cambiando em Israel. Os judeus estám-se destruíndo a sim próprios a uma velozidade sem parangão, e se o curso das coisas segue igual, não escuitaremos sirenas num futuro próximo.

Abdul sabe de matemáticas. A demografia garante a maioria árabe no futuro, inclusso se Israel trai de “importação” outro milhão de não-judeus de Europa. A sua dona, Hanan, sabe que os israelis estám cansos de lutar. Ambos terão muitos filhos, que terão grandes proles à sua vez. E eles ensinarão a estas crianças que o sonho de “Palestina” se converterá numa realidade.

Haziz sabe que quando a Knesset conte com um número significativo de árabes, o país cambiará drasticamente. A infraestrutura virá-se abaixo, mentres os partidos judeus seguirão a dentelhadas entre eles para manter-se a flote. Começarão os progromos contra os judeus, que fazerão palidecer aqueles dos anos 20 e 30. Este é um pensamento prazenteiro para ele. Muitos judeus fogirão, e aqueles que não tenham a suficiente decisão lamentarão não o ter feito. Haziz agarda pacientemente. Ele também terá muitos filhos e os educará para que se sintam orgulhosos de ser árabes. Instrui-los-á para que sonhem com o pesadelo dos judeus.

Mentres os inimigos de Israel crescem fortes e audazes, o poder das IDF é templado por uma casta política cobarde, e um atemorizado populacho que se tem acostumado a aceitar o inaceitável. Os nossos países vizinhos árabes e islâmicos estám tranquilamente observando o curso destas coisas. Têm contemplado já a debacle do Líbano e a derrota auto-imposta em Gaza.E não me refiro a Iran e Síria. Votai uma olhada aos egípcios que praticam o tiro ao branco contra aviões israelis em bulrescos postos de feira. Paz com Egito? Por suposto que sim. Fazede a prova a visitar o Cairo com uma kipá ou luzindo a Magen David.

A sirena é como o shofar. O propósito do shofar é sacudir os vossos sentidos, e fazer-vos reflexionar no passado, no presente e no futuro. Eu escuitei um shofar esta manhã. Muito penetrante, sim, mas inútil se não nos faz acordar. Não sei se Bibi escuitou a mesma sirena que eu escuitei.

Ouvim hoje a sirena. Ouvim-na e renovei os meus votos novamente. Lembrei o que nos fixo Amalek –e que nunca esquecerei. E sei que os bastardos estám aí em cada geração.

E que os filhos do Mufti estám salivando.

Volvede os olhos a D’us.

Nunca mais!



DANIEL BEN SHMUEL ISRAEL

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