22/01/10

AJAMI



Algo se passa com o cinema israeli. Tras dois anos entrando nas nominações finais dos Óscar na modalidade de Melhor Filme em Língua Estrangeira –com “Beaufort” e “Vals com Bashir”- semelha que este ano se culminará o hat trick.

A Acadêmia de Arte e Ciências anun ciou o mércores a lista de nove filmes pré-seleccionados entre centenares para optar ao prémio na categoria. E incluíram “Ajami”, a proposta oficial israeli para os Óscar. O bairro de Ajami, em Jaffa, Israel, é uma amalgama de culturas e pontos de vista enfrontados entre judeus, muçulmãos e cristãos. A trágica fragilidade da existência humana põe-se de manifesto na fechada comunidade de Ajami, onde os inimigos devem conviver como vizinhos.

A lista deste ano inclui também filmes de Argentina, Austrália, Bulgária, França, Alemanha, Kazajstám, Holanda e Peru. Os cinco nominados finais serám anunciados juntos com o resto de candidaturas numa conferência de imprensa a celebrar-se o próximo 2 de Fevereiro.

Hannah Brown, crítico de cinema de “The Jerusalem Post” descreveu “Ajami” como um drama descarnado sobre o mundo do crime em Jaffa. A fita está co-dirigida por dois principiantes, Scandar Copti, um árabe-cristão israeli, e Yaron Shani, um judeu israeli.

O filme –que está rodado em hebreu e árabe- recebeu uma menção espeical no Festival de Cannes, e ganhou o “Ophir Award” –os Óscar israelis.

Ajami” competirá com “A fita branca” (Alemanha) –ganhador do Globo de Oiro ao melhor filme estrangeiro-, “El secreto de sus ojos” (Argentina), “Samson e Dalila” (Austrália), “O mundo é grande e a salvação agarda tras a esquina” (Bulgária), “Um profeta” (França), “Kelin” (Kazajstám) e “O inverno em tempos de guerra” (Holanda).

Quizá este seja o ano do cinema israeli nos Óscar –havida conta, sobretudo, de que “Ajami” é uma aposta indisimulada pela “coexistência” entre árabes e israelis.





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