17/01/10

EU ACREDITO EM AHMADINEYAD



“Meus queridos amigos, por segunda vez na nossa história, um Primeiro Ministro britânico tem regressado de Alemanha traíndo paz com honra…Ide a casa e que tenhades um sono reparador”, dixo o Primeiro Ministro britânico Neville Chamberlain o 30 de Setembro de 1938, em pê à entrada do nº 10 de Downing Street tras volver do seu encontro com o Chanceler Alemão Adolf Hitler.

Seis meses depois, Hitler conquistava os Sudetes, e um ano mais tarde, as forças názis invadiam Polônia e a infame guerra estalava em Europa.

Como se passou então, novamente agora os judeus e as nações civilizadas enfrontam-se a um ditador, esta vez iraniano, que se obstina em afirmar que o poovo de Israel não tem direito a existir. Ou dito doutra forma, que sustenta que a entidade conhecida como Estado de Israel tem que ser eliminada, junto com os seus cidadãos, por suposto.

Quando o iraniano Mahmoud Ahmadineyad aparece na televisão, rimos pelo baixo e o vemos como se for um tarado ou um cómico de segunda fila. Tendemos a não acreditar em ele e temos a certeza de que alguém no mundo occidental o ponherá no seu sítio; pensamos que pode que se acabe decatando de que as suas palavras carecem de sustância.

Isso mesmo é o que os nossos pais acreditaram quando Hitler declarara reiteradamente que os judeus deviam ser exterminados. Hitler, como o iraniano Ahmadineyad quando fala do Estado de Israel, sustentava umna posição firme, segundo a qual os judeus não têm um lugar sobre a Terra.


Retrospectivamente, podemos analisar as lições e conclusões que teríamos tirado daquela, antes da Conferência de Munich e antes de 1939. De termos possujído o nosso próprio Estado daquela, poderíamos ter agardado dos seus dirigentes que tomassem as decisões necessárias para deter o processo emprendido por Adolf Hitler. Poderíamos ter agardado que essas decisões abortassem a ameaza.

O Governo de Israel tomou esse tipo de decisões, segundo sabemos, quando optou por evitar que os assassinos dos nossos 11 atletas nas Olimpiadas de Munich puidessem volver a perpetrar tamanhe carnezaria. Fazendo-o, o Estado de Israel dou pê ao melhor monumento aos nossos atletas assassinados. O monumento vivo de que aqueles que nos atacam não vivem para contá-lo é a mais importante homenagem aos que seguimos vivos; muito mais que qualquer embarazoso monumento nas aforas de Munich.

De avondar nesta linha de pensamento, teríamos contemplado a um dirigente judeu alzando a voz no seu momento e exigindo que a vida de Hitler tocasse ao seu fim. E de não ter existido tal dirigente, teria existido um judeu anônimo em Israel ou em qualquer parte do mundo que teria feito o que cumpria fazer no momento adequado. Se a vida de Hitler tivesse rematado em 1939, seis milhões mais de judeus estariam vivendo hoje em dia no Estado de Israel.

Eu acredito nas palavras de Ahmadineyad, e acredito que vai em sério quando fala assim. Quando um homem tão pequeno  projecta uma sombra tão alongada, significa que a escuridade está perto.


 AVIAM SELA


[Aviam Sela é um antigo oficial das Forzas Aéreas. Foi o responsável de planificar o ataque contra o reactor nuclear iraqui, e tomou parte na operação].

Sem comentários:

Enviar um comentário