17/01/10

LIMPEZA EM VEZ DE PAZ


Três décadas de negociações têm demonstrado que é impossível a paz. A paz só se logra através duma vitória devastadora.

Os antigos gregos não intentaram convencer aos persas sobre quem era mais civilizado, progre ou tolerante. Os gregos não tinham medo de rebaixar-se ao nível do seu desprezado inimigo. A guerra não é momento para poesias ou elevadas disquisições morais. As massas fomentas saqueam os armazéns de comida: quando a supervivência é o que está em jogo, a ética é secundária. Os superviventes pode que agardem rectificar no futuro os erros e restaurar a moralidade; mas aos mortos, e às nações mortas, apenas lhes interessa a moralidade.

A ética é um conjunto de restricções à conduta natural encaminhadas à coexistência confortável e pacífica. Mas é ineficaz em tempo de guerra. A ética aplica-se aos vizinhos –aqueles com os que se pode coexistir pacificamente. Mas a ética nunca se tem aplicado referida aos inimigos.

A Torá proibe o assassinato, mas não matar. Os judeus devem matar aos inimigos e aos criminais confesos. A Torá não duvida em prescrever o extermínio de nações inteiras quando não queda mais remédio. Os actuais políticos israelis acreditam que os palestinianos rematarão por esquecer a humilhação de perder as suas terras, os seus rapazes e irmãos. Os colonos norteamericanos sumiram aos índios indígenas no olvido. Não figeram o mesmo com os negros, que agora exigem privilégios mentres fortalecem uma sorte de nacionalismo negro. Os sulafricanos tiveram que reprimir aos negros para poder construir um próspero e seguro país, mas não os aniquilaram; os negros, logicamente, combateram contra a injustiza, ganharam, e destruiram o país.

Os judeus sensíveis pode que não queiram a aniquilação dos indígenas árabes –mas não existe outra opção para salvar o Estado de Israel. Qualquer outra opção só servirá para prolongar o sofrimento de ambas partes. Algo positivo hoje em dia –contrariamente ao que se passava nos tempos de Josué- é que uma nação pode ser aniquilada mediante a assimilação. Não temos, portanto, a necessidade de matar aos palestinianos: dispersá-los entre os países árabes vizinhos pode valer também.


OBADIAH SHOHER

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