20/01/10

POR QUE APOIO A GEERT WILDERS?



Quem é o europeu vivo mais importante? Eu afirmo que é o político holandês Geert Wilders. Fago-o porque é o melhor situado para afrontar a ameaça islâmica que se extende pelo continente. E tem o potencial de emerger como figura histórica de envergadura mundial.

Essa ameaça islâmica consta de duas componentes: duma banda, uma população indígena de credo cristão, baixa taxa de natalidade e retraimento cultural, e, doutra, o influxo dos devotos, prolíficos e culturalmente assertivos imigrantes muçulmãos. Esta situação cambiante projecta profundas interrogantes sobre Europa: será capaz de manter a sua civilização maioritária ou se converterá num continente de maioria muçulmã submetido à lei islâmica (Sharia)?

Wilders, de 46 anos, fundador e alma mater do Partido das Liberdades (PVV) é o indiscutível dirigente dos europeus que desejam salvagardar a sua identidade histórica. Devido principalmente a que ele e o PVV diferem da maioria dos demais partidos nacionalistas e ánti-imigração europeus.

O PVV é liberal e conservador, asem ligações com o neo-fascismo, o nativismo, o conspiracionismo, o ántisemitismo ou outras formas de extremismo. Wilders inspira-se publicamente em Ronald Reagan. Indicativo da sua moderação é o alinhamento inequívoco de Wilders com Israel, que inclui dois anos de residência no Estado Judeu, dúzias de visitas, e a sua aposta por trasladar a Embaixada holandesa a Jerusalém.

Para além do qual, Wilders é um carismático, consistente e locuaz dirigente da que se tem convertido velozmente na forza política mais dinâmica de Holanda. Para além doutros temas, o Islám e os muçulmãos constituim o eixo central do seu discurso. Ignorando a tendência dos políticos holandeses às meias tintas, ele tacha abertamente a Mahoma de ente diabólico e exige que os muçulmãos “arranquem a metade do Coran se desejam seguir em Holanda”. Mais em geral, ele vê o Islám em sim próprio como um problema, não apenas como uma virulenta vfariante do chamado Islamismo.

Por último, o PVV beneficia-se do facto de que, caso único em Europa, os holandeses são receptivos a um rechazo não chauvinista da Sharia. Isto fixo-se evidente por vez primeira uma década atrás quando Pim Fortuyn, um professor homosexual excomunista começou a argumentar que os seus valores e estilo de vida estavam ameaçados irrevocavelmente pela Sharia. Fortuyn anticipou a Wilders fundando o seu próprio partido e encabezando a exigência de deter a imigração muçulmã em Holanda. A partir do assassinato em 2002 de Fortuyn por um esquerdista, Wilders recolheu o seu legado.

O PVV tem-se estreado bem eleitoralmente, ganhando um 6% dos escanos nas eleições parlamentárias nacionais de Novembro de 2006 e o 16% nas eleições europeias de Junho de 2009. As enquisas actualmente sinalam que o PVV continua o seu ascenso caminho de ser o primeiro partido do país. De chegar a ser Wilders Primeiro Ministro, poderia optar a um papel dirigente em toda Europa.

Mas não será singelo.

O fracturado panorama político de Holanda supõe que o PVV deva achar sócios com os que formar uma coaligação de Governo (tarefa complicada, dada a demonização que a esquerda e os muçulmãos têm feito de Wilders apresentando-o como “um extremista de direita”) ou obter uma maioria absoluta de escanos no Parlamento (perspectiva aínda afastada).

Wilders deve sortar também as rastreiras tácticas dos seus rivais. Nomeadamente, por fim têm logrado, tras dois anos e meio de enredos, sentá-lo ante os tribunais sob acusações de discurso e incitação ao ódio. O processo contra Wilders comeza em Amsterdam hoje, 20 de Janeiro. De resultar condeado, Wilders afronta uma multa de 14.000$ ou 16 meses de cárcere.

Mas lembremos: ele é o político mais determinante do seu país e, para além disso, devido às ameazas contra a sua vida tem que viajar permanentemente acompanhado de gardaespaldas e cambiar constantemente de domicílio. Quem é, na realidade, a vítima da incitação?

Embora tenho os meus desacordos com Wilders respeito o Islám (pois eu respeito essa religião, a pesar de estar em contra do Islamismo com todas as minhas forzas), estou abertamente em contra do processo. Rechazo a criminalização das diferências políticas, especialmente o intento de segar a erva sob os pês dum movimento político mediante os tribunais. Em conseqüência, o Projecto Legal Forum do Meio Leste está trabalhando no respaldo a Wilders, aportando quantiosos fundos para a sua defesa e ajudando-o em tudo o possível. Fazemo-lo convencidos da capital importância que tem poder falar com liberdade em público durante o tempo de guerra sobre a natureza do inimigo.

Ironicamente, trunfe Wilders ou remate na cadeia, seguramente verá aumentadas as suas possibilidades de converter-se em Primeiro Ministro. Mas os princípios estám neste caso por diante das perspectivas políticas. Wilders representa a todos os occidentais defensores da sua civilização. O resultado do seu processamento e a sua liberdade de expressão têm uma extraordinária transcendência para todos nós.


DANIEL PIPES

Sem comentários:

Enviar um comentário