18/02/10

A FAVOR DO DIREITO DE RETORNO


Em 1948, centos de famílias foram expulsadas dos seus fogares em Jerusalém. A cidade foi dividida e os okupas invadiram estas casas convertendo-as na sua propriedade. Aqueles refugiados reçaram dia tras dia para poder regressar às casas que adquiriram legalmente nos anos 20 e 30.

Em 1967, começram os procedimentos legais para restituir a propriedade daqueles refugiados forçosos. Os okupas árabes intentaram por todos os meios possíveis, ante todas as instâncias judiciais, evitar que se implementasse a restituição aos proprietários legítimos. Todos os procedimentos legais demoraram-se durante décadas, até que foi efectuado um chamamento através da Corte Suprema de Justiça.

Em 2009, a Corte Suprema ditaminou que os okupas deviam ser expulsos –e não apenas, senão que deviam pagar uma compensação aos antigos proprietários pelos anos que figeram uso das suas propriedades. Os procedimentos judiciais contra todos os okupas árabes aínda não têm concluído, mas este ano dúzias de famílias judias estám autorizadas a retornar aos seus antigos fogares. Judias?? Que?? Sim, sim. Famílias que estám readquirindo pelo seu preço as suas antigas propriedades no bairro de Shimon Hatzadik, também conhecido por Sheikh Jarrah.

Alguém na esquerda está da parte destas famílias saqueadas e contra os okupas árabes? Nem um só de eles. Toda a “moralidade” esfuma-se quando câmbiam os protagonistas. E onde podemos achar à (supostamente) “moral” esquerda?: nas manifestações contra a polícia israeli e contra os velhos/novos colonos que têm regressado aos seus fogares roubados.

Eu visitei Shimon Hatzadik um venres. A minha chegada foi recebida por um coro que berrava « Sheikh Jarrah livre !”. Uma processão da nossa rapazada, engalanada com kefyas, avançava face mim ao som dos tambores berrando.

Na realidade, estavam asustados. Não alcançava a entender de que ía o alboroto. A fim de contas, estas casas foram adquiridas duas vezes, e adquiridas com ingentes quantidades de bom dinheiro. Uma nos anos 20 e outra agora, aos okupas árabes.

Nenhum judeu atemorizou aos árabes com ameaças para que lhe vendesse a casa. Pelo contrário, os seus colegas árabes foram quem os ameaçaram se as vendiam. Mas muitos vizinhos as venderam. E agora as casas pertencem novamente aos seus antigos donos judeus.

Que tem isso a ver com a “Sheikh Jarrah livre”?

Estas manifestações estám deixando à extrema esquerda orfa de qualquer razão –por não falar de humanidade. Qual é a sua demanda: que os judeus estám arrebatando as casas aos árabes? Essas casas foram adquiridas legalmente duas vezes. Portanto, ou não são capazes de afrontar os factos ou os factos não têm nada a ver com a sua “luta”.

Tratei de evitar aos manifestantes para poder ver de perto a propriedade: uma casa sobre uma pequena porção de terra, um palmo de céspede –e, porém, encantadora. Os vizinhos, sem embargo, não semelham tão encantadores. Especialmente quando se decidem a plantar as suas tendas de protesta sobre esse céspede.

Eu sou dessas pessoas que necessitam espaço inclusso quando está entre vizinhos amáveis –coisa que estes não semelham ser. Para além das tendas de protesta árabes, representantes de ONG’s de todo o mundo aninham lá, equipados com toda a parafernália ánti-israeli, os seus rostos crispados e as vestimentas asquerosas.

Pondo a guinda ao circo, as nossas inevitáveis esquerdistas apinhadas na entrada da casa. Uma de elas, ataviada a expressão de amargura e ódio, aproximou-se-me e com um cinismo bulresco dixo: “Lim o teu artigo na imprensa. Para que queres uma “colina” se tens esta casa, não?”. “Boa ideia”, contestei-lhe de modo amigável.

Intentei dilucidar que é o que molesta à extrema esquerda e o descobrim: a muicipalidade de Jerusalém tem o projecto de construir 300 vivendas nesta área, um projecto que transformará Shimon Hatzadik num vibrante centro judeu em Jerusalém Leste. A escasos metros do centro da vila, a poucos metros da Cidade Velha. Isto é o que põe fóra de quício aos manifestantes esquerdistas.

Isto para eles é razão suficiente para saír, chova ou não, e andar berrando: que um bairro judeu esteja renascendo no coração de Jerusalém.


KARNI ELDAD

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