16/02/10

OS JUDEUS SÃO INVASORES. E QUE?

Os judeus erroneamente negam-se a admitir que são invasores de Palestina. A ocupação não tem por que ser algo injusto.; amiúde basea-se em direitos e necessidades. A muitos judeus gostaria-lhes ter tido o seu Estado na França, e assentaram-se em Palestina só porque os árabes são mais fazilmente doblegáveis que os franceses. O actual consenso israeli sobre a necessidade de abandoar Judea e Samaria demonstra que os razoamentos religiosos e históricos carecem de interesse para boa parte dos judeus; por que agardar que o tenham para os árabes?. Certo, as planícies e terras costeiras de Palestina –o que é a actual Israel- estavam desabitadas dois séculos atrás. Mas Arizona também está praticamente vazia. Alguém acredita que os norteamericanos aceitariam de boa ganha que os judeus proclamassem o seu Estado em Arizona?

Esta imbecilidade sobre os direitos históricos é contraproducente. É fazilmente refutável: que se passaria se os antigos Caananitas quigessem retornar aos seus antigos territórios? Ou se os Peles Vermelhos reclamassem Norte América? Sustentando a questão do direito a um Estado israeli sobre tamanhe basura argumental, os judeus não fazem mais que impôr-se absurdas limitações morais à hora da guerra. Objectivos de índole moral, como a vitória na 2ª Guerra Mundial, foram freqüentemente acadados através dos mais brutais meios –embora à opinião pública lhe encandile a superfiial noção de lograr as finalidades morais mediante meios morais. Os imigrantes europeus que chegaram a América não im ploraram aos nativos que se apiadassem daqueles refugiados religiosos ou que tratassem de argumentar o seu “direito a existir”. Não existe tal direito, como podem dar fê centos de tribos e nações sem Estado exterminadas. O direito ao Estado de Israel é simplesmente uma questão de poder: os judeus tiveram o suficiente poder como para impôra sua vontade sobre os árabes –mas não sobre os europeus- e daí que edificássemos o nosso Estado em Palestina.

Se abandoássemos esta retórica moralista, os judeus seríamos capazes de lutar pelo nosso Estado com a mesma normalidade que qualquer outra nação lutou pelo seu: sem o mais mínimo escrúpulo moral derivado das relações em tempo de paz entre vizinhos. Esquecendo o moralismo progre –que nada tem a ver com os valores práticos do Judaísmo-, os judeus deveriam cesar de torturar os seus cerebros com assuntos irresolúveis como o de instaurar uma democracia etnicamente cega no Estado Judeu. Todas e cada uma das nações que procuraram construir o seu Estado exterminaram ou expulsaram previamente aos aborígenes –e só a partir daí procederam a construir as suas democracias. Nenhum Estado é etnicamente cego; inclusso os EEUU têm quotas de imigração para várias nacionalidades. Nenhum país em guerra, ou cuja dentidade esteja ameaçada, oferece idênticos direitos para todos. Em 1939, os britânicos proibiram a venda de terras aos judeus que residiam legalmente em Palestina. Por que não haveriam de poder os judeus proibir a venda de terras aos árabes?


OBADIAH SHOHER

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