14/02/10

PANDORA

O passado venres, os insurgentes palestinianos decidiram inaugurar uma nova iniciativa contra Israel: pintar-se de azul e posar caracterizados como as personagens do afamado filme “Avatar”.

Os manifestantes árabes e a pándi de Adriana Jové, aproveitando as datas entroidescas, cobriram-se com longas perrucas e taparrabos e acudiram à sua particular “tarde gamberra” de todos os venres contra a muralha de separação de Bilin. Já sabedes, a lançar flores e caramelos às forças de seguridade israelis. Terrorismo amável.

Identificam-se, assim, na sua protesta com a luta intergaláctica –ou o que diablos seja- narrada no mediocre filme de James Cameron.

Cumpre admitir que há uma certa semelhança que decontado nos vem a todos à cabeça: os Navi constituim uma nação fitícia que nunca tem existido. Já sabedes a que me refiro.

Contudo, na versão que projectaram em Corunha não lembro que os Navi educassem às suas crianças numa estrita dieta de incitação e ódio, vestindo aos seus filhos com chalecos explossivos, ou disparando mísseis indiscriminadamente contra escolas e hospitais.

Sirva como consolo pensar que, pelo menos, apesar da abjecta pobreza na que vivem em condições próprias dum “campo de concentração”, os simpáticos palestinianos têm aínda meios e –sobretudo- humor como para estar ao dia em matéria de cinema –o qual, por certo, nos leva a suspeitar que até têm sás de cinema. Vaia, vaia…


SOPHIA L. FREIRE

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