02/02/10

O PÓLI BOM VAI A AUSCHWITZ


As actitudes dos árabe-muçulmãos ante o Holocausto são múltiples, astutamente ambivalentes e freqüentemente contraditórias. Mas todas estas incongruências aparentes são, na realidade, fruto duma estudada táctica. A finalidade é procurar a maneira de combater melhor os restos da destruída judearia europeia e os seus descendentes em Israel. O comum denominador é uma soterrada hipocresia que propicia a justificação do Holocausto. A negação do Holocausto e a exploração cínica do mesmo mesclam-se simultaneamente no discurso árabe.

O membro da Knesset Ahmed Tibi (Ra’am Ta’al), cujo salário parlamentar é sufragado por você e por mim, invoca, com não pouca freqüência, o velho adágio de que as autênticas vítimas do Holocausto foram os árabe-palestinianos aos que a má conciência occidental castigou com o aborrecido Estado judeu. Noutras palavras, os desastrados árabes pagaram a culpabilidade de Europa, para além da sua auto-proclamada inocência. Tibi quem, a propósito, não perde ocasião de socavar a ventagem potencial do Estado Judeu, foi votado como o político do seitor árabe israeli mais popular. Assim o concluíram unanimemente os três principais jornais árabe-israelis: Panorama, Kul al-Arab e a-Sinara.

O segundo político árabe-israeli mais popular, segundo estes três meios, é o parlamentário do Hadash, Muhammad Barakei, que desatou um tsunámi com a sua decisão de acompanhar à delegação da Knesset durante a cirimônia comemorativa da libertação de Auschwitz.

Tibi e Barakei amiúde jogam a ser o póli máu e o póli bom, respectivamente. Ambos, como medida preliminar para desmantelar o Estado de Israel, quixessem reemprazar o Estado Judeu por “um Estado para todos os seus cidadãos”. Ambos rechazam o seu hino nacional, a bandeira, o emblema e a Declaração de Independência.

Tibi é geralmente mais camorrista. Como companheiro de Yasser Arafat, encabezou  no seu dia uma delegação de centos de árabe-israelis em Ramala, onde berraram o de “um milhão de mártires marcharão sobre Jerusalém” e “abriremos as portas de Al-Aqsa com o sangue dos mártires”.

Barakei prefire o contexto politicamente correcto. O seu mais recente incidente: em vésperas da viagem a Auschwitz, abandoou um simpósio em Yad VaShem tras objectar que um dos conferenciantes dissera que hoje em dia as sociedades árabes e muçulmãs –junto com os movimentos esquerdistas e os comunistas pata negra do pristino bloco soviético- estám seriamente tentados pela judeofóbia. Longedd ded impressionar-nos com a sua preocupação e compassião, Barakei propaga a sua atrófia no nome da “oposição à trivialização do Holocausto”. O solícito “polícia bom” trata de silenciar a verdade da memória sem adulterar.

Os seus colegas árabes consumiram décadas ofuscando a verdade e amordazando-a unindo a sua voz a quem quer que figesse arengas descafeinando o genocídio. Apresentam-se não como virulentos colaboradores do Nazismo, mas como combatentes da resistência. Concomitantemente, tratam de asimilar aos judeus com os názis. Numa acometida massiva, satânica e exitosa.

Como devotos discípulos de Goebbels, implementam a sua imensa teoria falaz num mundo que lhes é receptivo, se bem não todos sucumbem ante tamanhe perfídia.

Barakei é um tipo abertamente original. Em 1983 Yasser Arafat propus colocar uma coroa de flores no monumento do Ghetto de Varsóvia. Podemos asumir com completa seguridade que a intenção de Arafat jamais foi a de render homenagem aos desesperados heróis sionistas do Ghetto, no seu combate desesperado ao carecer de refúgio, Estado ou Exército próprio. Arafat empenhou-se em dissociar judeus e sionistas, erigindo-se a sim próprio como sucessor dos heróis do Ghetto, em guerra com os názis actuais. Os superviventes e a sua descendência, obviamente, protagonizavam o papel do reencarnação do mal.

Foi a mais diabólica invenção desde que a ONU igualara sionismo e razismo.

Só mesma lógica retorzida que condeava a libertação nacional do mais castigado povo na terra, podia conferir cinicamente o título de “combatentes pela liberdade” àqueles que pretendiam destruir o fogar nacional dos que sobfreviviram o Holocausto e a sua descendência.

Barakei limita-se a seguir os passos do seu mentor. Identificando-se com as vítimas de Auschwitz, estabelece uma analogia entre estes e os palestinianos. Planea usurpar a mais grande das tragédias judias para promover a sua seqüela ánti-judia.

A tal fim, Barakei deve regatear a questão de por que o mundo árabe dou asilo a tantos criminais de guerra názis, incluíndo ao infame Alois Brunner. Deve obviar o facto de que a hostilidade árabe face o Estado em embrião de Israel percorreu toda a 2ª Guerra Mundial. Deve ocultar o inextricável vínculo das aspirações árabes daquela e agora.

As narrativas fraudulentas facilitam a ocultação da conexão directa entre a imperecedeira inimizade árabe face o renascimento nacional judeu e a Solução Final de Hitler para o problema judeu. Barakei não pode admitir que os árabes estivessem entre os primeiros admiradores da ideologia názi. Os partidos abertamente fascistas proliferaram na pré-guerra entre eles –desde os nacional-socialistas sírios encabezados por Anton Sa’ada até o Jovem Egipto de Ahmed Hussein.

Os árabes locais agardavam avidamente a conquista de Rommel do país. Acapararam armas, ensaiaram manobras para asistir aos Afrika Korps, acolheram aos paramilitares alemães, espiavam para eles e se saudavam entre sim com o “Heil Hitler!” e outros saúdos názis. Aos recém nascidos palestinianos punha-se-lhes o nome de Hitler, Eichmann ou Rommel.

 O seu aínda reverenciado líder, Haj Amin el-Husseini, era um názi fervoroso. A seu banho de sangue de terror entre 1936 e 1939, até então sem precedentes, foi financiado por Hitler. Husseini passou os anos da guerra em Berlin como convidado pessoal do Führer, com o que coincidia, alcanzando entre ambos uma plena coincidência no que respeitava à questão judia.

Husseini –como “Primeiro Ministro” dum Governo pan-árabe formado na capital alemã- instalou-se numa escola hebrea sionista confiscada na Klopstockstrasse e recebia o equivalente a 10.000$ mensais do Ministérios de AAEE alemão. A suma procedia dos sonderfund (fundos roubados aos judeus) das SS. Himmler organizava percorridos guiados para Husseini em Auschwitz, e Husseini planificou um campo de extermínio a escala perto de Nablus.

Foi nomeado encarregado de propaganda názi para os árabes e muçulmãos e reclutou bósnios para que se adicassem a torturar, brutalizar e concentrar aos judeus balcânicos em transportes para os campos da morte, em maior medida do que figeram no seu momento os ucranianos.

Himmler apresentou a Husseini a Eichmann, e é célebre o bem que ambos congeniaram; o que está documentado amplamente documentado nos juízos de Nuremberg e no mque se seguiu contra Eichmann.

A finais de 1942, Eixhman ordeou que se trasladasse a 10.000 rapazes judeus de Polônia a Theresienstadt. A Cruz Vermelha ofereceu-se a intermediar num interc âmbio de civis alemães a câmbio destes. Husseini inteirou-se do plano e protestou veementemente a Himmler, advertindo-lhe que “os pequenos judeus crescem e convertem-se em judeus grandes”. O trato fracassou.

Husseini arruinou pessoalmente qualquer trato sobre as vítimas de última hora do Holocausto. A sua intervenção directa frustrou qualquer negociação pelos judeus húngaros em 1944. Ele selou o seu destino. Todos morreram praticamente ao final da 2ª Guerra Mundial no mesmo campo de Auschwitz no que Barakei santurronamente pretende fazer o paripé, e disfarzar as suas inalteradas propensão e propósitos.

A sua táctica é muitoi maius efectiva e sofisticada que a feroz oratória dos seus predecessores pedindo rematar o que Hitler comezara. Mas os objectivos árabes não têm mudado. A retórica simplesmente tem-se refinado para ganhar adeptos entre as gentes influíntes.



Sem comentários:

Enviar um comentário