05/01/10

MORREU FREYA VON MOLTKE



Freya von Moltke, destacada resistente ánti-názi da 2ª Guerra Mundial, morreu o passado dia 1 de Janeiro aos 98 anos de idade.

Von Moltke, natural de Alemanha, mas que desde 1960 viveu em Vermont (EEUU), morreu a causa duma infecção vírica, segundo fixo saber o seu filho Helmuth.

Nos seus escritos posteriores à guerra, Von Moltke descreveu a sua vida na resistência com o seu marido, Helmuth James Graf von Moltke, que foi co-fundador do Círculo Kreisau –grupo de resistência cívica ánti-názi, que remataria atentando contra o Führer- e que remataria sendo detido e executado pelas suas actividades.

Freya nasceu numa família de banqueiros no 1911 em Colônia, e casou com Helmuth em 1931, licenciando-se em direito ambos esse mesmo ano. A parelha foi viver ao Estado de Silésia –pertencente hoje em dia a Polônia- trasladando-se ao pouco tempo a Berlin. Os Von Moltke, de ideologia liberal, foram firmes opositores do regime názi desde o primeiro momento, e ajudaram aos judeus e outras vítimas do régime na sua prática profissional no campo das leis.

Integrados no Círculo Kreisau –no que junto a várias dúzias de expertos em economia, diplomáticos e cregos, planificavam a saída para uma Alemanha democrática quando colapsara o III Reich- em 1943 estabeleceram contacto com o Colonel Claus von Stauffenberg, líder da resistência militar alemã, e apoiaram o seu falhido intento de magnicício contra Hitler o 20 de Julho de 1944. A história do complot foi levada ao cinema em 2008 no filme “Valkyrie”.

A resultas das suas actividades, Helmuth von Moltke foi arrestado pela Gestapo e executado a piques de rematar a guerra sob cárregos de alta traição.

Em 1947, Freya von Moltke desprazou-se a Suláfrica onde exerceu como trabalhadora social, até que teve que regressar a Alemanha em 1956, tras os seus enfrontamentos com o regime do Apartheid.

Nos anos sesenta trasladou-se a Vermont onde transcreveu e publicou a correspondência do seu marido, “Cartas a Freya: 1939-1945”. As suas próprias memórias, “Memórias de Kreisau e da Resistência alemã” saíram à luz em 1997.


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