07/01/10

O TRÂNSFER A DEBATE


QUATRO ARGUMENTOS CONTRA O TRÂNSFER



Uma das alternativas, entre o grande abano de propostas plantejadas ao longo da história para solucionare o conflito árabe-israeli, é a do “trânsfer”, consistente no traslado, de maneira forzosa, de árabe-israelis e palestinianos. Esta proposta nunca foi tomada em sério por Governo israeli algum e só acha simpatizantes num grupo extremista liderado pelo assassinado Rav Meir Kahane.

Quatro razões de por que esta não é uma solução adequada:

1. Moralmente incorrecto: Este motivo é suficiente por sim próprio. Um Governo não pode obrigar às pessoas a abandoar os seus fogares devido apenas a que falam o idioma equivocado, têm a fê equivocada, ou são partidárias da política equivocada. A limpeza étnica é inaceitável (também aplicada aos judeus como, por exemplo, os que vivem em Gaza).

2. Alenta aos israelis contra o seu próprio Estado: Uma parte considerável da população judia de Israel estaria alienada com um Governo que participar numa transferência. Alguns poderiam emigrar de Israel. A causa sionista sofreria graves danos.

3. Enfureze ao aliado estadounidense: Israel, com uma população de apenas 7 milhões de habitantes, depende em grande medida do seu aliado, os EEUU; se se aplicar o trânsfer qualquer Administração que estiver no poder replantejaria-se a sua aliança com Israel.

4. Incita, e não desalenta, ao inimigo árabe: As guerras rematam quando um dos bandos se dá por venzido –e o traslado forzoso não levaria aos palestinianos, e muito menos aos seus partidários árabes e muçulmãos, a renunciar ao seu sonho de eliminar o Estado Judeu. Pelo contrário, indignaria-se agitando-se aínda mais. O conflito extenderia-se, ficando sem resolver.


DANIEL PIPES


REFUTAÇÃO A FAVOR DO TRÂNSFER




1. O trânsfer de estrangeiros não pode ser moralmente errôneo por definição, porque a moralidade é um fenômeno intra-grupal. A nossa moralidade tem que estar em conflito com a dos palestinianos. Para além do qual, algo que é grupalmente asumido não pode ser imoral. O trânsfer de populações teve lugar muitas vezes ao longo do século XX.

2. Muitos israelis já estám contra o seu Estado, em todo caso. Os jaredim despreçam o Estado sionista. Os esquerdistas despreçam o Estado Judeu. Quase todo o mundo, agás os ultraesquerdistas acérrimos, despreça aos árabes. Portanto, o trânsfer não haveria de exacerbar tensões. Pelo contrário, numa perspectiva a longo prazo, o trânsfer remataria com a justificação principal da divisão entre judeus e árabes, e esquerda e direita. Para além de todo o qual, por que o Governo não sentiu preocupação pela divisão social quando evacuou Gush Katif?

3. Os EEUU não se pode arriscar a replantejar-se a sua aliança com Israel, o seu único aliado honesto no Meio Leste, o maior comprador de armamento, e o lobby por excelência. O Presidente Wilson aprovou o trânsfer de população entre gregos e turcos, e o igualmente idealista Presidente Roosevelt aprovou o trânsfer forçoso de 12 milhões de alemães da Europa do Leste.

4. O trânsfer remataria com o terrorismo dos árabe-israelis. Quase todos os ataques terroristas recentes foram perpetrados por cidadãos árabes residentes em Israel. Protagonizam revoltas permanentes e têm-se convertido na coluna vertebral do crime em Israel. A inimizade com os estrangeirois árabes não é um problema real, porque têm medo de atacar Israel. O resto dos árabes passam dos palestinianos e ódiam com todas as forzas a Israel. O trânsfer não empioraria essa situação. O trânsfer é a única opção de sustentar um Estado Judeu. Os árabes já constituim o 34% entre a juventude israeli e em 20 anos constituirão a facção maioritária da Knesset.


OBADIAH SHOHER

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